Em Nárnia...

A festa estava animada todos estavam dançando: Rei Franco e raina Helena, sr e sra Castor, Joseph e Helen, Eustáquio e Lúcia... Todos estavam muito contentes o único desanimado era Edmundo, ele estava encostado na mesa de comidas. Jill Pole tentou se aproximar, ela estava meio... é um pouquinho arrependida sobre o que falou, Susana sempre a tratou muito bem na verdade era bem gentil com ela. Uma vez na escola Susana até a ajudou quando uma menina queria beter em Jill. No inicio Susana era bem tímida e muito calada sempre ficava sozinha e na escola era quase invisível, mas depois de sua última ida a Nárnia havia se tornado muito popular quase toda a sociedade inglesa a conhecia ela estava em todas as festas e chamava muito a atenção dos rapazes.

– Oi Ed, cê tá gostando da festa?

– Não é da sua conta!

– Não precisa ficar bravo! desculpa. Eu não queria aborrecer ninguém. Então amigos de novo? - disse estendendo a mão.

– Você retira tudo o que você disse sobre a Su?

– Claro que não eu só falei a verdade!

– Se mexer com um Pevensie, mexe com todos. - Edmundo pegou uma taça de vinho e jogou na cara da menina. Todos pararam de dançar e voltaram seus olhos a Edmundo que ficou envergonhado.

– Isso não é jeito de tratar uma donzela - disse Rilian.

– Isso não é uma donzela, é uma bruxa disfarçada de gente!

– Seu bicho do mato eu só queria ajeitar as coisas mas você é um animal.

Aslam e Joseph se aproximaram dos dois.

– Filho que modos são esses? - disse o pai de Edmundo.

– Já disse várias vezes e vou repetir: meu país não é lugar para contendas - Aslam disse bufando, ou melhor bradando. - Edmundo e Jill Pole voltem para as suas tendas e só saiam de lá quando eu ordenar! Vou repetir pela última vez e serve para todos, do animal mais simples ao 1° rei, não quero brigas, contendas e muito menos discussões fui claro?

– Todos: Sim soberano ouvir é obedecer!

– Agora voltem a se divertir como verdadeiros filhos de Aslam.

– Aslam posso falar com você?

– Sim Caspian!

– Eu estive pensando e acho que não tem como Susana vir para cá, não há mais ninguém no mundo dela que saiba sobre Nárnia então ninguém pode ajudá-la.

– Não se preocupe com isso Caspian, Susana terá a ajuda que precisa.

– Como?

– Benjamim será a ponte, você será o caminho e Robert será a porta!

Na mansão Cooper...

– Bob o Ben já tomou banho?

– Já ele, quer que você leia a história pra ele.

– Aí Robert você sabe que eu não quero me aborrecer com isso, não vou ler essa história para o Benjamim.

– Você prometeu Su, por acaso essa história te faz lembrar de Nárnia?

– Não dá pra lembrar uma coisa que não existe!

Depois de ajudar Benjamim a vestir o pijama Susana leu a história para ele.

– Mãe será que existe um mundo assim como o país das maravilhas?

– É por isso que não gosto dessas histórias que só servem para retardar o crescimento intelectual das crianças. Benjamim presta atenção no que a mamãe vai dizer, não existe outro mundo além do nosso.

– Seria muito bom se houvesse um lugar como esse. Quem sabe meus tios não estão em um mundo fantástico.

– Não diga besteiras Benjamim Cooper, seus tios morreram e quando morremos não acontece mais nada. Agora vê se dorme.

Susana teve um dia muito cheio a única coisa que ela queria era recordar o passado mas algo naquela noite estava para mudar. De madrugada Susana não parava quieta na cama e Robert dormia feito pedra. Susana suava muito e não parava de repetir:

– Não, não pode ser... - ela sonhava com Nárnia pela primeira vez.

´´ Impossível - disse Susana não acreditando no que seus olhos viam, uma floresta coberta por neve´´ ; ´´Deve ser a imaginação de vocês - dizia Lúcia´´.

´´Porque ele disse que conhece o fauno! - Pedro disse´´ ; ´´Ele é um castor não devia dizer absolutamente nada´´.

Susana acordou - era só o que me faltava sonhar com faunos e castores falantes! isso era tudo o que ela menos queria.

– É isso que dá ficar lendo histórias infantis.

Em Nárnia...

Era madrugada e todos dormiam menos Caspian que pensava em Susana como sempre, Lilian sentiu sua falta e resolveu ir atrás dele.

– Últimamente você não esconde de ninguém, ou melhor desde que você para cá.

– Do que você está falando quarida?

– Susana! quando estávamos vivos você não tocava no nome dela, pelo menos não na minha frente.

– Eu nunca escondi que a amava, quando nos casamos deixei isso bem claro a você só não falava dela porque te respeitava.

– Eu não estou reclamando sei dos seus sentimentos e quero que você os sinta sem medo.

– Como assim você aceita que eu ame outra mulher?

– É... é isso. Eu não sou humana Caspian e meus sentimentos são diferentes dos seus, não sinto ciúmes e pra falar a verdade nem sei se te amo.

– Se não sabe se me ama por que se casou comigo?

– Eu nunca me apaixonei e já estava ficando tarde para me casar, papai sempre me dizia isso. Eu nem sei se as estrelas podem se apaixonar... como eu nunca amei ninguém e gostava o suficiente de você para me casar aceitei.

– Eu te fiz infeliz?

– Não Caspian ao contrário. É que eu vejo você sofrendo por ela e agora que já morremos, se ela vier eu quero que você fique com ela.

– Obrigado Lilian. Então esse é um pedido de divórcio?

– Tenho certeza de que quando ela vier você vai querer estar livre para ser feliz.

– Mais uma vez obrigado por tudo o que você fez por mim. e quero que saiba que foi muito bom reinar ao seu lado - Caspian a abraçou.

– Então amigos?

– É claro, e eu espero que você encontre essa pessoa especial.

– Agora é tarde demais para isso.

– Nunca é tarde para encontrar a verdadeira felicidade.

Lilian partiu e deixou Caspian sozinho, que imediatamente voltou a pensar em Susana agora com muita intensidade.

Na Inglaterra...

Susana não conseguia mais dormir e começou a pensar em uma pessoa que ela não sabia quem era mais nunca saiu de sua mente. Era Caspian, ela não sabia o nome dele nem quem ele era mas mesmo assim ele dominava sua mente, antes de se casar com Bob ela costumava pensar nele de vez em quando mas quando Benjamim nasceu a imagem daquele homem que mais parecia ser esculpido pelos anjos não a deixava em paz, ele era moreno,tinha os cabelos negros que iam até o pescoço e os olhos eram mais negros do que a noite assim como Benjamim seu filho. Toda vez que Susana pegava Ben em seu colo lembrava-se dele e aquilo ela fazia se sentir tão bem quase todas as noites ela sonhava com ele, quando acordava pensava tanto nele que praticamente sonhava acordada. Susana não se lembrava de ter visto aquele rosto em nenhum lugar, mas como ela poderia pensar tanto em uma pessoa que nem ao menos conhecia? Isso ficou martelando na cabeça de Susana por um bom tempo até que ela esbarrou em Bob e acabou despertando ele que dormia pesadamente. Ao olhar para a figura que estava ao seu lado Susana não via Robert na verdade via Caspian o homem que morava secretamente em seu coração, ela abriu um largo sorriso que surpreendeu Bob ao ver Susana tão sorridente e com um brilho no olhar que nunca tinha visto em sua esposa.

– Estava pensando em mim amor?

– Sim, eu estava meu amor - disse Susana alegremente pensando estar vendo Caspian ao ver seu marido. - Eu te amo, você é tudo pra mim... ao dizer isso Susana beijou Caspian ou melhor Robert apaixonadamente, Susana o beijava com tanto amor e sofrequidão que Robert percebeu que Susana nunca havia o beijado daquela forma e feliz ao perceber que sua esposa o correspondia da mesma forma, na verdade ele estava enganado, e se Susana soubesse o nome desse desconhecido que morava em sua mente com certeza já haveria soltado seu nome.

Em Nárnia...

Caspian fechou seus olhos fortemente e por alguma razão que ele desconhecia sentiu mais um beijo de amor da sua amada e idolatrada Susana. Caspian passou seus dedos em seus próprios lábios e sem perceber repetia: Eu também te amo meu amor.

Caspian nunca havia sentido um beijo tão bom quanto aquele que parecia vir de sua amada, quando Susana o beijou em sua despedida o beijo fora rápido e terno, mas agora era lento,quente e completamente apaixonado.

– Não pode ser! - dizia ele falando para si mesmo. Ela não se lembra de Nárnia muito menos de mim, como posso me sentir beijado por ela? mas o que isso importava agora se ele estava se sentindo tão bem? então o rei fechou seus olhos e dormiu ali mesmo.

Na manhã seguinte tudo ocorreu normalmente, Susana achou que aqueles sonhos não voltariam novamente.

– Mas será possível - pensou o sonho sobre o fauno, o castor e a floresta pareciam ser tão reais. Porém Susana afastou aqueles pensamentos de sua cabeça. - Eu devo ter sonhado com isso peo fato de ter desabafado com Robert sobre eles, e também por ter lido aquele história idiota para o bnejamim.

Nem com esses sonhos Susana recuperou fé ela era realmente difícil, o maior problema era que haviam dois demônios que a acompanhavam: A razão e a lógica.

E o segundo sonho esse sim parecia real, mas esse Susana duvidou que fosse apenas um sonho. - Será que confundi esse homem misterioso com Robert? se ele souber disso certamente ficará chateado, seria completamente errado que uma dama de 28 anos casada e com filho pensasse em outro homem. Acho melhor tirar essas coisas da cabeça.

Aproveitando que estava sozinha Susana foi até ao porão onde guardava as coisas antigas de sua família, ao chegar perto de seu antigo guarda roupa abriu a última gaveta e retirou uma caixa empoeirada que guardava lembranças de seus irmãos como fotos, os presentes que ela comprou no dia do acidente, as cartas que ela mandou no período em que Ed e Lu passaram na casa de seu primo entre outras coisas...

Ela recolheu as fotos e durante um bom tempo observou os detalhes de uma por uma e lembrou o quanto era feliz com eles, mas logo depois se lembrou das brigas por causa de Nárnia. - Maldita Nárnia pensou ela.

O aniversário de 24 anos da Lúcia estava chegando e ela iria no cemitério eixar umas flores para ela como em todos esses anos, como ela fazia no aniversário de todos até de lady Polly que ela não teve muito contato. Susana era muito apegada a família e nunca os esqueceria e no mais íntimo do seu coração ela pensou: - Seria tão bom se Nárnia realmente existisse e minha família estivesse lá, ao menos eu saberia que eles estavam bem e poderia ter a chance de reencontrá-los algum dia.

Nárnia...

Caspian acordou bem cedinho e foi procurar Edmundo para conversar um pouco.

– Oi Ed que bom que você está aqui.

– Não tem nada de bom, se Aslam souber que saí da tenda sem permissão vai me fulminar.

– Não seja dramático!

– Ah não, você diz isso porque nunca levou uma bronca de um leão falante que pode tudo e eu nunca pensei que mortos ficavam de castigo.

– É verdade e é até engraçado. Mas não diga mortos, agora estamos vivos mais vivos do que nunca. Eu não sinto que morri na verdade sinto que renasci.

– E por que você está tão empolgado o que tem a me dizer?

– Bom não sei se você vai acreditar em mim mas é sobre a Su.

– Então fala só alguma notícia da Susana para alegrar meu dia, é notícia boa?

– Bom pra mim é.

– Então pode falar.

– Ontem a noite...

Caspian foi contando tudo a Edmundo que ouvia atento, enquanto isso Jill também havia fugido do castigo e quando ouviu Edmundo e Caspian conversando se escondeu atrás da árvore e ficou escutando.

– Ela me beijou, foi como...

Hahahahahahaha alguém gargalhava revelando seu esconderijo.

– O que está fazendo aqui Jill se Aslam souber...

– Você não devia estar aqui Edmundo.

– E o que tem de engraçado? - disse Caspian

– Isso de você ter dito que a Susana te beijou pela mente.

– Talvez ela tenha se lembrado de mim o que é uma boa notícia.

– Se lembrado? disse Jill incrédula. - Susana não se lembra nem do seu...

– Jill cala a boca - explodiu Edmundo.

– Se lembrado de mim? é isso que você quer dizer? disso eu já sei.

– Não Caspian, estou me referindo ao seu primeiro beijo com ela.

– Como assim?

– Vai embora Jill!

– Não Edmundo deixe ela falar. Cmo você sabe disso garota?

– Quando sua rainha se esqueceu de tudo - disse Jill pausadamente. - Em uma festa com as amigas Lúci disse que o primeiro beijo da Susana havia sido com um principe de verdade, de fato você mas Susana negou até a morte e disse que nunca havia beijado ninguém e que você era apenas um personagem da imaginação fértil da Lúcia.

– É verdade Edmundo? - havia tanta dor na voz de Caspian.

– É sim Caspian, eu não queria que você soubesse mas Susana não disse isso apenas para as amigas ela disse para nós também.

Caspian saiu correndo em direção ao bosque deixando Ed sozinho com Jill. Edmundo estava furioso e olhou Jill com muito despreso.

– Se há alguém que não merece estar aqui esse alguém é você, porque até os ratos dos bueiros de Londres são mais dignos que você.

Jill se sentiu mal ao ouvir aquilo, ela só estava brincando e não quaria machucar Caspian mas ela fez que foi longe demais não fazia sentido sentir tanta raiva de Susana que nunca fez mal a ela.