Nárnia Além Da Vida escrita por Pevensie


Capítulo 17
O impossível não existe


Notas iniciais do capítulo

Fico muito triste em dizer que já escrevi o penúltimo capítulo, e estou tentando criar coragem para escrever o último, então não deixem de comentar. Nesse capítulo a Su volta para Nárnia, não ficou exatamente como eu esperava, acho que não passei a emoção desejada por mim, mas espero que gostem!



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Susana foi até o porão onde se encontrava o armário, que continha lembranças antigas. Naquela velha caixinha empoierada que ela guardava as cartas que fez para Caspian, também guardava o antigo diário que era o memorial de toda a sua humilhação, se ela tivesse pego o diário quando deixou aquela música cair, teria conhecido toda a verdade bem mais cedo. O diário estava amassado e sujo, parecia bem velho e desgastado, Susana o abriu e por um tempo pôde lembrar-se de tudo o que viveu por seu descuido. Se Susana não tivesse guardado o diário nunca teria se esquecido de Nárnia, e ele era a prova perfeita de que tudo em que ela menos acreditava era real.


...


Robert chega em casa e Benjamim corre para abraçá-lo.


- Você demorou pai, pensei que não voltaria.


Ouvir Benjamim dizer aquilo era o fim para Robert, tudo o que ele queria era ver Benjamim crescer. Se ao menos Caspian estivesse em seu mundo, Ben e Susana não se sentiriam sozinhos, Robert precisava fazer alguma coisa para ajudar Susana  voltar para Nárnia, mas o que ele tivesse de fazer deveria fazê-lo bem depressa.


- O papai estava dando umas voltas por aí. - disse se sentindo péssimo.


Susana chega e percebe que Robert não está nada bem.


- Você demorou tanto querido, passou mal de novo?


- Não, não foi nada. - mas o rosto de Bob dizia o contrário.


- Benjamim por que você não vai lá no cozinha comer alguma coisa e me deixa aqui com o seu pai.


- Pode ser sorvete?


- O que quiser querido.


Robert estava muito inquieto e Susana pôde perceber seu nervosismo.


- O que foi que o médico disse querido?


- Nada, eu estou bem, deve ter sido alguma coisa que eu comi.


- Não minta para mim Robert, você não está nada bem. Parece muito angústiado.


- É só isso Susana eu já disse. - falou subindo as escadas, e Susana foi atrás dele.


- Bob eu sempre confiei em você e sempre te disse tudo, todos os meus segredos, até sobre Nárnia falei com você. Será que você pode me dizer o que está acontecendo?


- Acho... que... não vou conhecer seu querido Aslam.


- Não precisa se preocupar com isso amor, eu só vou para Nárnia se você e Benjamim forem juntos.


- Não é disso que eu estou falando Susana. Eu vou morrer em menos de dois meses. Descobri que tenho leucemia.


Os olhos de Susana se encheram de lágrimas, mas ela não podia se deixar levar pelo abatimento e pelo pessimismo.


- Não diga isso Bob, você vai ficar bem, vai fazer os tratamentos e vai dar tudo certo.


- Você não entende. Eu não tenho mais tempo, a leucemia aguda mata rápido, é difícil descobrir a tempo. - Robert se virou de costas, pois não queria que Susana o visse chorando. Susana encostou sua cabeça nos ombros dele e lamentou.


- Você não pode nos deixar Bob! o que será de mim? e o Benjamim? o que eu vou fazer sem você?


Se Robert já se sentia angustiado por si só, imagine como ele ficou ao ver Susana tão preocupada com ele. Susana não era apaixonada por Robert e ele sempre soube disso, mas ele era seu marido e foi a única pessoa que esteve com ela em todos esses anos, ela já tinha perdido tudo o que era importante para ela: Nárnia, Caspian, seus pais, seus irmãos, seu primo, seus amigos, quase perdeu Benjamim, e agora saber que perderia seu companheiro era demais para ela.


- E agora Bob? o que faremos?


- Não vamos contar nada ao Ben. Acho melhor nos mudarmos para Itália, assim você e Ben podem ficar perto do Chad.


- Logo agora que tudo estava indo tão bem Robert. Por que você tem que morrer?


Benjamim chegou bem nessa última frase, e por consequência deixou a taça de sorvete cair no chão.


- O que você disse mãe? o papai vai morrer? - o menino estava tão assustado, ele era muito apegado ao pai e perdê-lo seria o fim para ele, Susana ficou com o coração apertado ao ver a expressão infinatamente triste de Ben, e a voz do menino demonstrava a vontade que ele tinha de chorar.


- Não filhão você entendeu tudo errado. - a voz embargada da Robert tentava esconder sua aflição.


Benjamim subiu as escadas correndo a se jogou no colo do pai.


- Por que vai me deixar papai? você não me ama mais? eu fiz algo errado?


- Que isso Ben? eu te amo mais do que tudo. Você entendeu errado, mamãe não quis dizer isso. - respondia Bob com o menino no colo.


- Não mente pra mim pai. Você já estava meio doente.


Bob colocou o menino no chão e Ben perguntou: - Você vai morrer?


- Sim. - Robert tentava segurar as lágrimas, mas ver seu filho daquele jeito o fazia sentir arrepios só em pensar no que seria dele.


Susana também chorou, ela tentava se segurar mas não conseguia, vendo seu filho e seu marido daquele jeito. Robert tinha razão era melhor eles irem atrás de Chad. - pensava Susana.


...


Os dias foram se passando e Robert tentava aproveitar o máximo de tempo possível ao lado de sua família. Quase todos os dias eles saíam juntos, todos os dias jantavam em restaurantes, iam ao zoologico, iam no shopping, ao boliche, faziam piquiniques e tudo o que podiam fazer em família. Ás vezes Robert passava mal, o que deixava Susana muito preocupada, pois ela tinha medo de que Robert morresse antes do previsto e fazia de tudo para confortar Benjamim, mas o que mais martelava na cabeça dela era o que ela faria para ir para Nárnia.


Os Cooper tomavam o café da manhã no jardim da mansão.


- Susana o que acha de fazer umas cartas?


- Para quem Bob? e por que?


- Quando você for para Nárnia tem gente que precisará saber o que aconteceu e o motivo do seu desaparecimento.


- Está falando de D. Marta e Chad?


- Exatamente. Você deveria falar sobre Nárnia para Chad, creio que ele acreditará. E  D. Marta é só você mandar uma carta antecipada explicando o motivo de seu desaparecimento. Os dois precisaram de uma explicação se você for, pelo menos eles.


- Você tem razão Robert, se nós formos D. Marta e Chad vão querer saber para onde fomos. Mas tia Alberta e tio Arnaldo?


- Sei lá D. Marta pode dizer alguma coisa, falar que nos mudamos para o exterior.


Bom, Susana estava achando Robert muito estranho, ele falava todos os dias sobre Nárnia. Mas em uma coisa ela pensava o tempo todo: como ela ficaria com Caspian se seu marido fosse junto? como ela diria a Robert que ela amava Caspian? tudo bem que Robert sabia o que Susana sentia por Caspian, mas na época de Nárnia. Será que ele sabe que ela ainda o ama?


- Sabe eu tenho planos especias para hoje.


- Que planos pai?


- Ben seu pai tem planos todos os dias! - dizia Susana.


- Bom, nó sempre saímos para aproveitar tudo o que tem de bom na cidade, mas hoje eu queria aproveitar tudo de uma vez, como se fosse a última vez.


Susana sentiu medo. Robert estava estranho, fazia ligações, saía sozinho sem dizer onde foi. E essa coisa de aproveitar tudo como se fosse pela última vez. - Será que Robert tinha menos tempo de vida do ele dizia? será que ele morreria antes de dois meses? Robert se sentia mal constantemente. Susana achou melhor não pensar mais nessas coisas.


- Tudo bem, e quando começamos o nosso dia de diversão? - disse Susana tentando achar algo em Robert que revelasse o que ele escondia.


- Agora mesmo!


Aquela manhã foi maravilhosa, eles fizeram de tudo um pouco, mas acabou rápido e Susana estranhou. Robert atendeu uma ligação e tentou desconversar sobre quem era e ás duas da tarde já estavam em casa.


- Bob eu gostei muito desse dia e do nosso passeio, mas acabou tão cedo. Pensei que nos divertiríamos o dia todo.


- Mas não foi nesse mesmo horário que seus irmãos morreram? - disse Robert em tom de mistério.


- Que conversa é essa Bob?


- Só porque chegamos em casa, não significa que as surpresas acabaram. Tem uma surpresa para você aí, vai querida entre primeiro que o Ben e eu já entraremos.


- Certo. - disse Susana confusa.


Quando entrou na mansão Susana viu várias pétalas de rosas vermelhas no chão formando uma trilha que ela deveria seguir, pelo o que ela percebeu as pétalas iam até a escada, pelo menos era o que dava para ela ver. Susana foi seguindo o caminho devagar, e no primeiro degrau da escada ela encontrou um objeto enrolado em um pano com um pequeno papel que dizia para ela abrir o embrulho e usar no momento certo. O objeto que estava enrolado no pano era a sua trompa mágica e Susana ficou encantada em vê-la de novo, todas as vezes que ela olhava para sua trompa ela lembrava o quanto era especial para ela. Susana continuou seguindo a trilha de rosas que tinha um cheiro maravilhoso, o coração dela batia forte só em pensar no que significava tudo aquilo, será que Chad veio visitá-la? no final da escada Susana viu uma grande caixa de joia e pensou que só poderia ser um colar, mas quando abriu a caixa ela se surpreendeu com o que viu: era a sua coroa, a mesma coroa que ela usava em Nárnia quando reinava ao lado de seus irmãos. Susana ficou parada ali por uns segundos e colocou a coroa em sua cabeça lentamente, a sensação de ter uma parte de Nárnia consigo era maravilhosa, sentir sua coroa em sua cabeça mais uma vez foi a melhor sensação que ela já sentiu, mas Susana precisa continuar pois a trilha parava em seu quarto e Susana não conseguia parar de pensar em como Robert conseguiu sua coroa.


Na porta de seu quarto havia um papel dizendo que ela devia desembrulhar o  presente principal. Susana abriu a porta de seu quarto e se assustou ao ver que seu quarto se encontrava vazio, toda sua mobilha havia desaparecido e só havia um grande móvel coberto por um pano. O coração de Susana gelou quando ela pensou no que poderia estar debaixo daquele pano, com sua coroa na cabeça e a trompa na mão Susana foi até a grande mobilia e puxou o pano revelando o maior presente que ela já recebera: o guarda roupa que a levou para Nárnia pela primeira vez.


- Eu não acredito! o que isso está fazendo aqui? - dizia ela já chorando, as lágrimas eram suaves e frescas refrigerando toda a sua alma.


Ela tocou suavemente nos detalhes do armário, e encostou seu rosto no móvel.


- Aslam me ajude! eu não sei o que fazer para voltar, e eu preciso voltar.


- Como não sabe? a resposta está aí na sua frente. - dizia Robert de mãos dadas com Benjamim.


- Bob como você conseguiu tudo isso? - Susana estava muito emocionada e sua voz saía um pouco falhada.


- A coroa foi com Glozelle. Ele a trouxe para cá quando veio. Ele ia vender, mas desistiu e a poucos dias eu comprei para você. O guarda roupa eu comprei com o novo dono da casa do professor Kirk, por isso eu estava saindo bastante e também estava recebendo aquelas ligações. Eu estava tentando negociar com Glozelle, e esperando o armário chegar.


Susana foi abraçá-lo em forma de gratidão. Aslam tinha razão quando disse que Robert seria a porta,então estava tudo completo. Benjamim foi a ponte quando sofreu aquele acidente e quando desenhou Caspian, Caspian foi o caminho quando ajudou Benjamim voltar para casa e por ter vivido todos esses anos na mente e no coração de Susana, e agora Robert era a porta que Susana precisava para Nárnia.


- Querido e se isso não der certo? o professor disse que não deveríamos tentar voltar para Nárnia e Aslam sempre dizia que nada acontece duas vezes da mesma maneira.


- Agora é diferente Susana. E se isso não der certo eu tenho outra coisa que pode nos ajudar. - disse Robert estendendo a mão para entregar um papel a Susana. Mas na verdade não era um papel, era um mapa. O mapa de onde ficava a fenda que levou os telmarinos a Nárnia, se o guarda roupa não funcionasse, a fenda ficaria disponivel para quando eles quisessem pois ela era mágica e poderia levá-los à Nárnia a qualquer momento, eles só precisariam de um barco e Robert por precaução já tinha arranjado um se eles tivessem problemas com o guarda roupa.


- Ah Bob, como é que eu vou te agradecer? como você conseguiu esse mapa?


- Glozelle tinha guardado, e foi ele quem me deu. Que bom que você gostou da surpresa.


- Mas e as cartas? como Chad e Marta saberão que nós fomos para Nárnia?


- Não se preocupe eu fiz umas explicando tudo a eles. Aqui estão. É só você escrever mais alguma coisa e assinar seu nome.


E assim Susana fez, Robert foi rapidamente lá em baixo colocar as cartas no correio de sua casa para o porteiro pegar. Mas a alegria de Susana era tão grande que mais uma vez a dúvida veio fazer uma visita.


- Robert, Aslam disse que Pedro e eu não voltariamos mais para Nárnia. Acho que mesmo que a gente consiga chegar lá, acho que não permaneceremos, isso é impossível.


- O impossível não existe! você sabe muito bem disso. Aslam vai te aceitar, creia nisso.


- Você tem razão. - Susana deu a mão para Benjamim - Está pronto filho?


- Sempre estive mamãe, e não vejo a hora de chegar lá.


- Então vamos! - disse Susana esperançosa.


- Espera, não podemos ir ainda. - chegou o momento mais difícil para Robert.


- Por que não? algum problema?


- Nenhum, mas antes de irmos precisamos fazer uma coisa. - Robert pegou a mão esquerda de Susana, beijou-a e tirou a alinça do dedo de Susana, e em seguida tirou sua aliança também.


- Eu não entendo Bob. - disse Susana surpresa pelo gesto do marido.


- Acho que sua obrigação comigo já acabou, afinal você quer ir à Nárnia para ser feliz, e sei que essa felicidade você só encontrará em outra pessoa, e essa pessoa é o Caspian.


- Bob...


- Shiii, não diz nada Su. Eu sei que você o ama, e sei que você sempre quis ser feliz ao lado dele, e só serei feliz se você for também. Caspian é um bom homem, ele provou isso quando ajudou o Ben mesmo sabendo que ele era filho de outro homem. Vocês merecem ser felizes juntos e no fundo, é isso o que eu quero, afinal nós nunca fomos um casal de verdade, sempre fomos mais amigos do que amantes e assim será daqui pra frente, seremos só amigos.


Susana ficou muito feliz com o gesto generoso de Robert, e ficou muito feliz em ter o escolhido para ser o seu parceiro, outro homem não teria feito o que ele fez.


- Robert, obrigada por tudo. Sei que eu nunca te fiz feliz como você realmente merecia, eu sei que não te dei o amor de verdade e nem o casamento dos seus sonhos, mas valeu a pena cada segundo que vivi ao seu lado. Foi realmente bom, você tem um coração de ouro e existem poucas pessoas assim como você, homens perfeitos eu só conheci dois: um foi Caspian e outro foi você. Não me arrependo das minhas escolhas, sei que fiz certo ao escolher Caspian para ser o grande amor da minha vida, e você para ser o meu parceiro em todos esses anos. Ogrigada por tudo.


- Você não tem que me agradecer. Se eu não tivesse te conhecido, eu nunca teria conhecido Nárnia, você me mostrou que existe algo muito mais profundo que a razão, a fé, e te agradeço por ter compartilhado isso comigo.


- Acho que já está na hora. Estão preparados? - disse Susana contente.


- Estamos. - disseram os dois.


Os três deram as mãos e pararam bem em frente ao guarda roupa.


- Abre a porta Ben!


- Por que eu mamãe?


- Por que foi com uma criança em uma brincadeira que tudo começou, e será com uma criança que tudo terminará.


Benjamim abriu a porta do armário cuidadosamente. Susana entrou primeiro, Benjamim depois e Robert por último.


- Toque a trompa Susana, acredito que a magia será feita por ela.


Susana obedeceu o pedido de seu amigo Robert e tocou uma vez. Susana parou de caminhar de repente.


- O que foi Su?


- Acho melhor o Ben ir tocando a trompa, suavemente, baixo e devagar.


Benjamim pegou a trompa e fez conforme sua mãe mandara. Eles deram passos lentos, os mesmos casacos de pele ainda estavam lá, tudo do mesmo jeito. Quando Benjamim abriu a porta eles logo puderam ver o fundo do armário, mas agora parecia que o caminho estava um pouco longo, a porta do guarda roupa beteu fazendo um forte barulho, se eles não conseguissem entrar no país de Aslam com certeza eles ficariam presos. Mas a cada passo que Susana dava e não chegava ao fim do armário lhe dava a certeza de que o caminho estava aberto. Eles fecharam os olhos e quando se deram conta, sentiam uma leve brisa tocando seus rostos. Susana, Ben e Bob abriram seus olhos devagar e perceberam que não estavam mais no guarda roupa.


- Co... con... conseguimos. - disse Susana com os olhos brilhando. - nós estamos em Nárnia... eu voltei. - as lágrimas desciam pelo seu rosto a vontade. - Essa é a minha casa... o meu verdadeiro lar, eu estou de volta Bob, eu estou de volta, essa é a minha Nárnia, minha Nárnia. - Susana estava exultante e imensamente feliz.


Mas uma coisa estava muito diferente, não parecia a mesma Nárnia. O gramado estava mais verde que nunca, eles nunca puderam contemplar um gramado tão lindo, dava até para dormir ali mesmo, o sol estava enorme e com um amarelo muito forte, brilhava como nunca. Mas tinha um coisa que tomou a atenção de Susana e a deixou mais impressionada: O lampião. Não era aquele velho lampião do ermo, era um lampião dourado todo feito de ouro e muito maior do que o antigo, o mais incrível era que dentro dele podia ser contemplado um pequeno sol, sim era esse pequeno sol que iluminava aquele colossal lampião à noite. O céu era tinha um azul profundo e as nuvens tinham formatos incríveis, as árvores eram lindas e joviais e faziam um belo contraste com a natureza, e aquele ar, ai que ar, era o ar mais puro que já existiu só não era mais puro que o amor de Suspian. Robert estava sem palavras, ela tinha certeza de que daria certo e deu, o que o fazia se sentir muito feliz. Benjamim também não dizia nada, ele nunca esteve em um lugar tão mágico e só queria aproveitar o momento. Susana tirou os sapatos pois queria sentir aquela grama que era mais macia que qualquer travesseiro de pena. De longe Susana pôde observar umas montanhas, as maiores e mais belas que ela já vira em sua vida, se dependesse dela Susana nunca mais sairia dali, aquela visão era maravilhosa, mas tinha coisas muito mais importantes que ela precisava fazer.


- Robert, acho que não estamos em Nárnia. - disse Susana olhando tudo a sua volta.


- Como não Susana? onde mais poderiamos estar? - perguntou Robert surpreso.


- No país de Aslam. - disse ela convicta.


- Como você sabe disso? em Nárnia o tempo passa diferente do nosso e deve ter passado muitos anos por isso você acha tudo tão diferente.


- Eu sei que é o país de Aslam Bob, eu sinto isso e sei. Olhe para o leste.


Robert olhou e viu o mar se encontrando com o céu.


- Mãe foi lá que Caspian me fez atravessar os mundos. - apontou Ben.


- Lúcia me disse que o país de Aslam ficava onde a água encontra o céu. E tudo aqui está muito perfeito, Nárnia era maravilhosa mas não chega aos pés desse lugar.


Eles ficaram mais alguns minutos observando as belezas naturais daquele paraíso e Susana percebeu que já estava na hora de ir ao encontro de Aslam, ela Susana tirou a coroa de sua cabeça. Mas seu coração sentiu um grande temor, e se ele não a aceitasse? - Susana pensou com medo de sofrer uma grande rejeição.


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Notas finais do capítulo

Comentem, e não percam o penúltimo capítulo.