Assim que Nasuada cortou nossa conexão, sai correndo atrás de Fírnen, que estava caçando.

Assim que cheguei perto o suficiente, entrei em contato com ele, deixando todas as informações fluírem da minha mente para a dele.

O meu Dragão ficou muito preocupado e perturbado. Saber que seus "irmãos-que-ainda-estão-nos-ovos" (como ele gosta de dizer), iam ser mais uma vez usados para o mal o deixou com raiva.

– Estou com pressa, pequenina. Já está pronta para ir? - Ele me perguntou

– Sim, Fírnen, vamos. - Pulei em cima dele e ele levantou o voo.

No caminho, fiquei pensando em Eragon. Sem que eu permitisse, meu coração se encheu de esperança. Nasuada estava convicta de que ele voltaria. E se ele voltasse mesmo? E se eu tivesse que olha nos olhos dele de novo? Será que eu seria capaz de deixá-lo ir embora de novo?

Sacudi a cabeça, tentando organizar minhas emoções confusas.

– Ele mexe com vocÊ, não é, pequena? - Pergunta Fírnen.

– É. - Eu disse, ainda meio confusa. - Quero dizer, não! E-eu... só estou preocupada com os ovos de dragão, só isso. - Eu disse, dando-lhe um tapinha.

Ele rugiu, como se risse, e disse:

– Sei.

– E você em relação a Saphira? Seu coração está até descompassado! - Eu digo isso rindo.

De propósito, ele se balança um pouco, causando turbulências.

Mas, eu estava sim preocupada com os ovos de dragão (também). Esses roubos... Pessoas mascaradas... Eu não sabia o que pensar disso tudo, mas sabia que de bom, não havia nada.

Começo a pensar na reunião do Conselho de Guerra. Desde que Eragon foi embora, não havia acontecido mais nenhuma reunião. Todos os participantes dela estavam muito ocupados, reconstruindo seus reinos, dando atenção ao seu povo, ou simplesmente sem fazer nada, como por exemplo Murtagh e Thor. Pensar em Murtagh voltando me faz sorrir, porque ver ele e Nasuada convivendo, pelo que parecia, por um bom tempo juntos ia ser muito engraçado. Mas, aí lembrei que provavelmente Eragon vai estar aqui, e Nasuada deve estar rindo de mim e dele também. Que coisa!

De novo, meus pensamentos haviam me levado para Eragon. Eu precisava descansar por uns momentos e tentar me esquecer do fato peculiar da volta de Eragon. E Fírnen, a mesma coisa, só que se tratando de Saphira.

Sendo assim, descemos em uma floresta perto de Bullridge.

Quando chegamos ao chão, Fírnen foi procurar por algum lanche, ou seja, uma presa fácil, e eu fui procurar alguma lagoa onde pudesse me molhar e clarear os pensamentos. Nesse meio tempo, comecei a ouvir estranhos barulhos, alguns sibilos no ar. Fiquei em alerta e parei de andar, puxando minha espada.

De repente, 5 figuras mascaradas pularam em cima de mim, todas tentando me acertar com adagas curtas e negras.

Esquivei-me, pulando para o lado. Eles teriam me cercado, mas fui mais rápida: pulei em uma árvore muito alta.

Quando eles começaram a escalar a àrvore, tentei acérta-los com minha espada, mas eles conseguiram sair da rota mortal da minha lâmina. Eu já havia chamado Fírnen. Havia acabado de conseguir espetar um, que saiu correndo pela floresta, enquanto os outros continuavam a atacar. Fírnen chegou, abocanhou três e os jogou longe, e eles saíram correndo atrás do que eu havia acertado. Restava um.

– Jierda! - Gritei, tentado quebrar a cabeça dele (N/A Se quiserem ver os significados de todas a palavras na língua antiga que eu colocar, é só acessar esse link: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_antiga . Não precisa pegar seus livros!)

Mas, ele não morreu, levantou um pequeno amuleto que pareceu sugar a energia do meu encanto. Ele saiu correndo atrás dos outros. Eles eram tão velozes que não fazia sentido querer segui-los.

Então, montei em Fírnen e gritei:

– Rápido! Não há tempo a perder!