Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Minhas lindas leitoras, me perdoem por esse hiatus!

Prometo que não irá acontecer novamente, mas é que eu tive um branco terrível. Não acho que esse capítulo tenha ficado bom, mas não queria ficar mais em falta com essa fic...

(momento consciência pesada kkk)

Bem, espero que gostem...

Ah, e como toda autora que se preze, vou pedir que vcs, se tiverem um tempinho, leiam minha outra fic e digam o que acharam! Minha mente vazia agradece!

La vai o link: http://fanfiction.com.br/historia/334621/Um_Outro_Olhar

Passem por lá, por favorrrrrr!!!



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Era justamente isso que eu temia. Era justamente disso que eu fugia. Agora eu sabia e tinha certeza que sim. Quando fui despertado em Montana, senti uma necessidade quase que desesperada de me afastar dali. De ir embora para o mais longe que eu pudesse. Eu sempre tive Rose em minha mente, mas pensava nela como alguém que nunca mais ia poder ver ou ter. E eu estava vivendo bem com isso.

Mas saber que Rose estava tão perto acendeu algo em mim. Era diferente do que eu sentia por ela quando era dhampir. Eu lembro de mim naquela época como se outra pessoa usasse o meu corpo. Um idiota metódico, cheio de regras para cumprir e valores estúpidos a seguir. Eu não conseguia ter uma vida própria de tantos limites que eram me impostos. Por mim mesmo e pelos outros. De uma forma ou de outra, o que eu sentia por Rose era alimentado também por isso. Agora eu não. Era tudo diferente. Eu tinha uma nova perspectiva de tudo, novos anseios. Eu sabia que era capaz de conseguir mais e queria mais. Queria tudo que eu pudesse ter. Tudo.

Lembrar de Rose aumentava essa sensação de poder. Ela tinha tudo que eu precisava. Força, inteligência, beleza. Se ela fosse despertada, além de ser grande ajuda me traria bastante status. E ela estava me procurando. Certamente com a doce ilusão de que conseguiria me matar. Claro que ela pode fazer isso, afinal, foi treinada por mim, e a incerteza de que ela faria ou não isso era algo que me corroía.

Encontrar Rose não seria difícil. Eu tinha a informação de que um grupo de dhampirs estavam caçando Strigois quase que descontroladamente. Isso os deixava bastante acessíveis para mim. Uma certa noite, fingi que sairia para resolver os assuntos corriqueiros de Galina e fui à busca desses dhampirs estúpidos. Eu tinha vontade de mostrar a eles que não é com todo Strigoi que se brinca, mas também sabia que com Rose no comando não era bom que eu me arriscasse, então levei comigo um reforço.

Barney era um Strigoi relativamente antigo, mas que tinha se juntado a Galina recentemente. Ele era um Moroi antes de ser despertado, por isso não tinha em si a mesma percepção que um dhampir. Eu o levei comigo naquela noite somente para servir de isca. Eu precisava ver como Rose estava agindo e precisava me preparar para reencontrá-la.

Fingindo uma casualidade, andei com Barney pela cidade sem um destino certo, como se procurasse uma presa específica para Galina. Eu queria encontrar o grupo, mas não queria que ele percebesse isso. Meus olhos varriam as sombras a busca de qualquer coisa que indicasse que alguém nos espreitava. Até que eu vi algo se movendo rapidamente em uma esquina. Muito rápido para um humano. Só podia ser o grupo de Rose. Eu dei mais alguns passos, sem demonstrar qualquer preocupação. Percebi novos movimentos e ficou mais do que claro que eles armavam uma emboscada. Uma que eu certamente não iria cair. Barney, no entanto, parecia completamente inocente, sem se dar conta do que o esperava, exatamente com eu queria.

Quando percebi um outro movimento mais ousado, vi que era a hora do ataque. Eu não podia ficar ali e, tão rápido como pude, me afastei deixando Barney para eles. Eu estava certo. No tempo de uma batida de coração, vários dhampirs o atacaram. Com movimentos calculados, não deram nenhuma chance de defesa. Eu permaneci a uma distância segura. Muito distante, na verdade, mas eu conseguia observar tudo muito bem. Meus olhos procuraram avidamente por Rose até que a vi. Brava e valente, ela os liderava como um maestro. Seus movimentos rápidos e precisos eram fascinantes. Eu me vi hipnotizado pela cena que se passava naquela rua deserta. Os garotos derrubaram Barney e o imobilizaram no chão. Enquanto isso, Rose avançou em cima dele com uma estaca em punho, rasgando a roupa e o peito dele. Barney deu um grito de dor. Eu me concentrei em ouvir o que ela falava.

“Você conhece Dimitri Belikov?” Rose falou entre os dentes. Senti uma apreensão estranha me tomar. Eu sabia que Galina tinha proibido qualquer dhampir de dizer que me conhecia e ela podia ser bem persuasiva quanto a isso, mas é difícil dizer como qualquer um vai reagir diante de uma tortura. Mas Barney não deu uma palavra sequer.

“Não me ouviu?” Rose rosnou. “Você conhece Dimitri Belikov? Responda!” Ela apertou a estaca no lado direito do rosto dele até sangrar.

“Sua dhampir maldita! Vou acabar com você!” Ele soprou e em um movimento inesperado conseguiu soltar os braços e segurar Rose pelo pescoço. Os outros dhampirs tentaram salvá-la, mas Barney tinha reunido uma força incrível, que eu jamais pensei que ele teria e se colocou em pé novamente, tentando erguer Rose. Essa era a vantagem de ser um Strigoi antigo. Minha apreensão aumentou.

Rose se debateu por um instante, mas logo seus anos de treino se mostraram. Com um movimento hábil, ela soltou um chute em Barney, exatamente na feriada aberta de sua barriga, e ele se contorceu e eu não sabia dizer era em surpresa ou em dor. Sem perder tempo, ela cravou a estaca no coração dele, antes que ele pudesse ter qualquer outra reação.

Todos observaram quando ele caiu morto. Inclusive eu. Rose o olhou de certa forma desapontada e eu a entendi perfeitamente. Ela estava frustrada por não ter tido notícias minhas. Era visível em sua expressão. Estranhamente, senti aquela conexão que eu tinha com ela voltar. Era apavorante e prazeroso ao mesmo tempo. Eu queria ela. Era como estar novamente com ela naquela cabana. Eu queria aquilo e precisava dela. Precisava estar com ela novamente e urgentemente. Relutando, resisti ao impulso de ir até Rose. Seria loucura, com tantos dhampirs por perto e assim vulnerável como eu me sentia. Eu tinha que sair dali e foi o que eu fiz.

Eu observei pacientemente o ataque daqueles dhampirs a Strigois e por noites a fio assisti Rose lutando a distância. Eu nunca a encontrava sozinha. Nunca a via sem aqueles malditos dhampirs. Eu estava já convencido de que precisava capturar Rose e tinha convencido a Galina de que aquela era uma boa opção, de que ela seria uma boa aliada. Confesso que não foi uma tarefa fácil. Primeiramente ela queria Rose morta a todo custo, mas logo meus argumentos surtiram efeito. Se ela era tão eficaz contra Strigois, se fosse despertada seria uma poderosa arma. Galina tinha treinado muitos dhampirs e sabia reconhecer o valor de alguém como Rose. Quando ela me autorizou a agir, pessoalmente eu preparei o quarto para prender Rose. Nada me passou despercebido. O reforço das portas e janelas, o tipo dos móveis. Eu mesmo tinha ensinado Rose a usar tudo que pudesse como arma, então, evitei tudo nesse sentido. Todos os dias, eu entrava naquele quarto e me permitia imaginar Rose ali, sendo finalmente só minha. Eternamente. Era como estar novamente com ela na cabana, mas de uma maneira melhor. Sem todos aqueles problemas que nos rondavam tanto. Eu realmente não consigo acreditar como eu podia me preocupar com coisas tão insignificantes como aquela. A ideia de poder ter Rose sem qualquer impedimento era o que me movia.

Semanas se passaram até que eu tive uma chance de ouro. Certa noite, Rose vinha com apenas dois de seus “amigos”. Eu tinha observado que Rose sempre vinha neste lugar, onde aparentemente um dos dhampirs morava, e sempre ficava à espreita. Os três caminhavam conversando amenidades, completamente distraídos. Em uma rua próxima, uma velha mendiga que sempre resmungava de tudo, falando sozinha, chamou a atenção deles.

“Meu Deus, é aquela mulher louca de novo.” Rose falou. “Será que está ferida?”

“Não. Ela só é maluca.” Um dos dhampirs respondeu, enquanto eles se viravam para entrar no prédio.

“Eu já vou entrar.” Rose respondeu, caminhando até a mulher. Eu podia ver em seus rosto aquela expressão que eu tanto conhecia. A expressão de quem se preocupava com as pessoas. Pura tolice. Inesperadamente, Rose começou uma conversa com a mulher.

“Desculpa, eu tenho que ir.” Rose disse, em uma certa altura da conversa. Aquele era o momento que eu precisava, então, lentamente, comecei a me aproximar. A mulher continuou a falar, mas parou abruptamente, assim que me viu.

“Não.” Rose sussurrou, sem se virar. Ela havia me sentido, eu sabia disso. Ela podia sentir um Strigoi. Senti um traço de diversão passar por mim. Ela era minha presa agora. Rose tinha passado de caçadora à caça em segundos.

Ela virou-se rapidamente e me encarou. Mesmo a uma certa distância, seus olhos brilharam em reconhecimento. Ela parecia me sondar, avaliando cada centímetro, com uma mistura interessante de choque e incredulidade em suas feições. Aqueles foram segundos que pareceram horas. Instintivamente, Rose apertou a estaca, segurando firme, mas eu pude ver a hesitação em seus olhos. Então tive a certeza que ela não faria. Ela não me mataria. E eu senti o mesmo comigo. Eu também não conseguiria fazer isso. Meu peito apertou com uma dor estranha. Como uma derrota.

“Roza.” Falei brandamente, sem perder o foco do que eu devia fazer. “Você esqueceu a minha primeira lição: não hesite.” Com essas palavras, eu lhe dei um golpe certeiro na cabeça e a segurei, enquanto ela caía desacordada.


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