Era mais uma noite comum para mim. Eu caminhava nas ruas de Nova York a caminho da minha casa, quando meu sexto sentido me avisou que tinha alguém me seguindo. Virei-me um pouco para trás e vi uma sombra passar rapidamente. Apertei o passo, porem não adiantou muita coisa. Logo essa sombra apareceu na minha frente, saindo de um beco há algumas quadras na minha frente. Essa sombra, que antes parecia inofensiva, era, na verdade, um enorme e monstruoso minotauro. 
Eu comecei a recuar, mas o minotauro foi mais rápido do que eu, me pegou pelo pescoço e me jogou contra um prédio. Minha vista ficou embaçada, logo senti cheiro de sangue e minha cabeça começou a latejar. 
O que aconteceu daí pra frente foi muito rápido e eu me recordo de poucas coisas, então contarei o que me lembro. 
Quando voltei a enxergar direto, eu me vi cercada por quatro pessoas, que lutavam com o minotauro – é bom deixar isso claro – enquanto uma quinta pessoa, um garoto de pele escura e cabelos ralos pretos, cuidava de mim. 
- Você está bem? – o garoto perguntou. 
- Minha cabeça... 
- Eu sei. Léo, preciso de bandagens! – ele falou 
- To meio ocupado, Grover! – o outro respondeu. 
- Dá néctar pra ela. – a única menina ali falou, jogando uma bolsa em nossa direção. De lá, Grover tirou um cantil e colocou perto da minha boca para que eu pudesse tomar um pouco, que foi o que eu fiz. O gosto não era de suco normal, tinha gosto de biscoito com pedacinhos de chocolate, mas não qualquer biscoito com pedacinhos de chocolate, e sim daqueles que minha mãe fazia – antes dela e do meu pai morrerem – e que eu teimava em comer enquanto estavam quentes. E sim, eu sou órfã. 
Imediatamente meu corpo se sentiu bem, mas ainda assim eu estava cansada das três noites mal dormidas. Meu organismo pedia por descanso e eu acabei atendendo seu pedido. Como? Desmaiando.