Complicated escrita por Cathy


Capítulo 11
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

PAÇOQUINHAS, PSÉ, ESTOU VIVAA!
Bem, as explicações: Eu estava estudando a semana inteira para os simulados e provas, ai quando eu consegui um tempo, teve aquela atualização infeliz da Windows e meu computador ficou fora de uso ~~ainda bem que não danificou nenhum arquivo, senão estaria perdida~~ Ai depois disso ficou um bom tempo assim e depois que voltou do concerto eu tive que estudar a semana toda de novo para o outro simulado ~~e bem, agora eu tinha que estar estudando também, mas não poderia deixar vocês tanto tempo sem um att.
Bem, é isso, lá em baixo conto as novidades, senão aqui fica muito grande XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/301721/chapter/11

Algumas coisas nunca mudam.

Nathan estava parado à porta da minha casa com um jeans largo, camisa social e uma gravata frouxa. Seu cabelo estava apontado para diferentes lados devido ao vento e seus olhos eram de um tom verde hipnotizante: exatamente da mesma forma que ele estava na primeira noite em que saímos, mas a única diferença é que agora ele parece mais um príncipe encantado que fora enviado a minha casa especialmente para me resgatar.

A única falha nessa analogia era que eu não sou uma princesa.  E tão pouco merecia Nathan.

- Olá Lucy – Ele disse forçando um sotaque desconhecido, provavelmente um que ele acabara de inventar e passou o braço pela minha cintura – Devo dizer que está muito bonita essa noite- Ele falou e eu revirei os olhos.

Vestia simplesmente uma calça jeans resgada ao longo das minhas canelas e coxas, uma blusa preta com uma cruz feita de pontos brilhantes e um All Star confortável. Meu cabelo estava num rabo de cavalo alto que eu demorei um século para conseguir deixar igual ao da menina da vídeo aula. Só tentei fazer esse penteado porque aquele pesadelo ainda rondava minha mente e eu precisava mantê-la ocupada.

- Obrigada Nathan, você também está excepcionalmente bonito – Falei entrando na brincadeira e falhando tristemente em imitar o sotaque que ele fazia – Mas enfim, aonde vamos?

- Surpresa – Olhei para ele irritada e ele deu uma risada bem alta – Ok, tudo bem. O plano por enquanto é andar por ai até aparecer algo legal para fazermos – Ele respondeu e eu desfiz a careta.

Andar por ai sendo distraída por Nathan? Sem problemas. Além do mais, isso seria ótimo para minha mente.

A companhia de Nathan me fazia muito bem, e eu não consigo me explicar o porquê. Talvez tenha a ver com o fato de ele ter me salvado naquela noite em que Sammy enlouqueceu e eu o cabei tomando como uma espécie de protetor.

Ridículo.

Mas pensar em Sam não saiu tão casual como eu esperava. Nós passamos coisas demais juntos e isso não é algo que eu possa simplesmente decidir que tenha acabado. Não é assim que as coisas funcionam, eu preciso falar com Sam, e rápido.

O resto do passeio foi bem tranquilo. Nathan me contou como descobriu sua paixão por fotografia e eu ouvi tudo atentamente enquanto estávamos sentando num dos bancos do parque que ficava perto da minha casa.
 

- Eu tinha uns quinze anos por ai, quando minha tia me deu uma máquina. Não era semiprofissional e muito menos profissional. Acho que não tinha nem marca – Eu ri desse comentário e Nathan continuou – Mas foi amor a primeira vista. Eu a levava para todos os lugares que ia e tirava fotos até de uma pedra se achasse que seu limo ficaria interessante imortalizado na tela de minha câmera não identificada - Ele falou com um brilho um tanto maníaco no olhar que eu consegui reconhecer como sendo o brilho de paixão - Cerveja? - O apaixonado em questão perguntou-me.

- Claro - Respondi e peguei a garrafa que ele me estendia. Em geral Nathan não gostava de me dar bebidas, mas hoje estávamos em clima comemorativo; aquela sessão de fotos de hoje a tarde podia fazer toda a diferença em sua carreira.

Estava feliz por ver Nathan progredindo em algo que ele gostava de fazer,.

- Lucy está tudo bem? - Ele me perguntou e eu suspirei. Era muito fácil saber quando eu estava um pouco pior do que de costume.

- Não muito. Mas relaxa, foi só um pesadelo.

- E você não vai me contar o conteúdo dele certo?

- Eu até poderia, mas você não iria entender - Eu disse e depois dei um longo gole em minha garrafa.

- Normalmente pesadelos tem um contexto. E algo me diz que o contexto do seu não é algo muito agradável - Ele puxou o assunto e eu apenas balancei a cabeça afirmativamente. Desagradável era muito pouco para descrever o contexto daquele pesadelo - Me conta - Ele não disse isso de forma autoritária, mas poderia. O tom dele era mais para persuasivo, o que me fez questionar-me se era proposital ou não.

- Bem, eu estava em casa. Na minha antiga casa, antes de vir morar aqui... - Antes de fugir para aqui quase disse, mas achei melhor não.

Contei o pesadelo editando algumas coisas e Nathan era um bom ouvinte. Depois que terminei, ele simplesmente encostou a cabeça e ficou olhando para cima: ele fazia isso quando queria pensar, e eu não entendi muito bem em que ele estaria pensando agora, já que pelo visto não entendeu como aquele pesadelo pudesse ter tido aquele efeito em mim.

Por causa do contexto.

Repeti seu gesto, só que mais afastada dele e me permiti pensar também, e isso era algo extremante auto punitivo no meu caso, mas era inevitável.

Lembrei-me de Sam, ou melhor, relembrei de Sam, já que sem querer havia pensando nele um pouco mais cedo. No dia em que terminamos ele estava na casa de não sei quem se recuperando da briga que tivera com Nathan.

 A briga em si não foi algo tão grave mas o problema foi depois que Nathaniel me pegou no colo e tirou-me de lá; Sammy ficou tão doido depois que percebeu que eu não estava mais lá que começou a me procurar pelos lugares mais improváveis em que eu estaria e como consequência acabou em um bar  imundo e meteu-se em outra briga lá. Depois disso a vizinhança - que era composta apenas por uma senhora e seus três gatos - chamou a polícia e Sam ficou detido por um dia devido ao fato de estar bêbado e se metendo em brigas por aí.

Ah, se eles soubessem no que ele pensou enquanto estava me arrastando por aquela rua, provavelmente não o teriam solto no dia seguinte.

Essa foi a primeira coisa pela qual ele me pediu desculpas quando eu fui na casa de não sei quem - que não estava em casa -.

- Pode entrar... OH LUCY! - Um Sammy muito mal vestido, com olheiras por cima de um olho roxo e um lábio cortado atendeu a porta - Eu estava tão preocupado com você! Está tudo bem? - Ele tentou me abraçar como sempre fazia, mas eu recuei. Acabara de me despedir de Nathan, que aparentemente me salvou de Sammy, e ah sim, também acabei de sair de um hospital, onde, aparentemente, estava por causa dele também. Isso eram coisas demais para deixar qualquer um meio abalado, até mesmo eu - O que aconteceu? Lucy, eu juro, eu não me lembro de nada, por favor, sente-se, a gente precisa conversar - Ainda em silêncio assenti e fui me sentar no sofá bege desbotado que ele me apresentara, e, olhando em seus olhos, podia-se ver claramente que ele se lembrava de algo sim, e da pior parte. 

- Lucy, o que... Onde você estava? - Ele ajoelhou-se na minha frente e tentou encontrar meu olhos. Conseguiu, mas nos seus eu só a via a culpa que ele tentava esconder.

- Num hospital Sam, e pelo visto, graças a você - Eu estava um tanto encurralada, pelo fato de que não lembrava bem o que realmentetinha acontecido, e só me restava decidir acreditar ou não em Nathan, que, diga-se de passagem, é um completo estranho para mim.

Mas vendo a culpa refletida no olhar de Sammy, acho que eu não ficaria em dúvidas por muito mais tempo.

- Lucy, me desculpe, eu... 

- O que aconteceu exatamente? Porque você está aqui todo machucado? - Eu disse passando a mão pelo corte em seu lábio.

- Eu me lembro de apenas de alguns flashes, mas... - Acho que ao olhar para mim ele percebeu que não tinha a opção de mentir ou omitir nada agora, a menos é claro, se quisesse mais um machucado para sua coleção - Resumindo, eu... Bebi. Muito. E não estava enxergando muito bem... Depois disso é outro hiato e então eu me lembro de você tacando um copo no chão e saindo correndo, o que foi bem estranho já que eu jurava que era você quem estava comigo - O percebi cortando alguma coisa, mas nesse caso prefiro que essa lembrança fique só com ele - Então fui atrás de você e a gente brigou. Eu te machuquei. Lucy, por favor, me perdoa, eu... Não devia ter feito o que fiz, pensado o que eu pensei ou falado o que eu falei - Ele praticamente implorava e eu não gostei disso.

- Continue a história Sammy - Passei a mão pelo seu rosto e ele suspirou - E depois disso você se meteu uma briga, certo? - Eu o incentivei e ele me olhou estranho, como se realmente não esperasse que eu lembrasse - e para falar a verdade,  eu não lembro, mas a história que Nathan me contou parecia se encaixar perfeitamente na que Sam me contava agora.

- Sim, e depois disso você sumiu. Eu fiquei doido, te procurei eu todos os lugares que bem, que você nunca nem pisaria, mas eu não estava raciocinando direito. Lucy, você me perdoa?

- Lucy, o que aconteceu com você? Me diga, por favor – Nathan levantou a cabeça e me olhou com olhos sofridos e isso foi o suficiente para que eu largasse a lembrança anterior.

Nathan não merecia sofrer por mim.

- Nathan, não haja como se você estivesse sofrendo, por favor, eu não mereço esse tipo de coisa de você.

- Lucy, por favor, não comece, já conversamos sobre isso e eu me preocupo sim com você, agora me responda: você vai me contar ou não?

Suspirei fundo e sinalizei para que ele aguardasse um momento enquanto eu me decidia. Devia ou não contar a Nathan? Ah, com certeza devia. Foi ele quem se preocupou comigo como ninguém nunca fez em minha vida, e bem, dizem que se você é ajudado, a dor cessa mais rápido.

- Vou, mas... Não aqui, e eu não poderia te contar tudo de uma vez. Não conseguiria.

- Então vamos aos poucos. Olhe vamos até lá em casa, pode ficar por lá se quiser, Jason saiu, e você pode começar contando sobre esse seu pesadelo.

Assenti. Nathaniel finalmente havia conseguido o que ninguém, em todos esses anos conseguiu, nem nenhum dos inúmeros terapeutas em que fui e  nem Sammy: minha confiança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

bem, é isso. Ah, sobre o número de capítulos da fic, eu não pretendo passar de vinte ~~todos choram~~ é que a história ia ficar muito repetitiva e se ultrapassar vinte chega no máximo até vinte e cinco ~~pera deixa eu secar minha lágrimas~~
.
Eu postei aquela short de bulimia que disse que ia fazer >>>http://fanfiction.com.br/historia/351351/Again/<.
Quando eu sumir assim de novo, é porque realmente algo aconteceu ok? Nunca pensem que abandonei alguma coisa porque isso nunca irá acontecer e se sim, eu vou avisar. Para os autores lindjos, eu vou ler as fics de vocês ok morecos?
Bjooos paçocas da minha vida, até as reviews ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Complicated" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.