PDV NIKLAUS

– Você está ouvindo isso? - sussurrou Caroline Forbes, ao meu lado em nossa cama.

O silêncio predominava a madrugada, minutos após nossos demorados minutos misturados com nosso prazer e amor sobre a cama. Sob o luar da lua, Caroline estava radiante, bela e sorridente.

– O quê? - pergunto eu, confuso sobre sua pergunta - Eu escuto nada.

– É exatamente isso. - respondeu ela, olhando para o teto. Caroline fez uma pequena careta e se levantou com o lençol de seda envolvendo seu corpo.

O corpo magro e esbelto dela sse moveu pela cama e eu a observei ir em passos rápidos a entrada que nos levava ao quarto de Clare Mikaelson. Caroline voltou após checar o estado de nossa filha. E sorriu.

– É isso, Niklaus. Não há choro. Não há dor. - ela sentou-se de volta na cama e olhou para a janela aberta - Há semanas que isso vêm acontecendo. Eu acho que... - ela me olhou acanhada - Eu acho que nos mudar para New Orleans foi realmente bom para todos nós e principalmente à ela.

Sorri vendo o enorme sorriso de Caroline nos seus tão delicados lábios rosados. Ela riu e deitou-se ao meu lado.

Só estávamos morando em New Orleans há um mês, desde então, em nosso novo lar, Clare não teve uma crise sequer. O que foi extremamente bom, para todos nós. Kol viera conosco quando nos mudamos. Ele ficou apenas por cinco dias, para ver como seria a reabilitação de sua sobrinha após uma viagem longa num avião. Clare nos surpreendeu quando nos mostrou que estava bem o suficiente para aquilo.

Assim, com a partida de meu irmão, Caroline e eu redobramos os cuidados com nossa filha, sem jamais deixá-la sozinha por um segundo sequer.

Caroline estava se habituando com a mudança, mesmo que toda sua vida estivesse em Chicago, ela sentia-se bem com New Orleans. É claro, ela sentia falta de seus amigos e a nova família que encontrou tão recentemente, mas ela estava feliz, aqui e comigo.

Minha vinda para New Orleans foi um pouco receosa, afinal, eu ainda tinha uma pequena parte de mim em Chicago. Essa parte chamava-se Augustus e mesmo se eu quisesse, eu jamais conseguiria deixá-lo de lado. Gus era meu filho e eu não suportaria viver tanto longe dele. Jamais teria um convívio com ele assim como tenho com Clare, é óbvio. Hayley Marshall e eu não temos algo como tenho com Caroline Forbes, mãe de Clare, então eu não moraria no mesmo lar com a mãe de meu único filho homem. Minhas portas estariam sempre abertas para Augustus e Hayley, eles sempre seriam bem vindos, como declarou Caroline, que quase chorou a Hayley, lhe jurando que não estava me afastando do filho dela.

Hayley ficou tranquila desta vez ao descobrir sobre minha mudança, com o tempo, Hayley passou a perceber que não havia diferenças entre Clare e Gus para mim, ambos eram meus filhos e eu os amaria sob quaisquer circunstâncias.

PDV HAYLEY

Sob alguns resmungos e protestos, Augustus Marshall Mikaelson finalmente se aquietou no banco de trás preso numa cadeirinha dentro de meu carro. Agradeci aos céus em pensamentos enquanto já me prendia ao cinto no banco do motorista.

– Por mais que seu pai diga que não, eu digo que sim, Gus: você é sim muito mimado. - resmunguei, revirando meus olhos e meu filho balbuciou coisas desconexas.

Ri ligando o motor do carro e dirigi na direção do meu destino. Por pouco que fosse, meu filho tinha a expressão tão parecida com a de Elijah Mikaelson, e isso me incomodava. Não o fato de Gus ter os olhos como os do tio, sim o fato de olhar para meu filho e me lembrar do homem que está me deixando enraivada ultimamente.

Era claro, a culpa de eu estar nesse maldito carro depois de algum tempo sem dirigir, era de Elijah Mikaelson. Há semanas que eu venho notando atitudes estranhas por parte do tio e padrinho de meu filho. Aquilo me enraivava. Não eram mudanças despercebidas, eram nítidas. Elijah vinha fugindo de mim como o diabo foge da cruz. Ele que antes ia ao meu apartamento todos os dias a fim de ver Augustus, vinha apenas aos finais de semana, para o resto dos dias, pedir notícias por meio de curtas ligações com poucas palavras.

Seria eu idiota em negar que sentia algo por Elijah, eu estaria mentindo e alucinando. Desde quando minha gravidez tornou-se complicada e arriscada, Elijah esteve comigo em todos os momentos e vê-lo afastado de mim, era como se parte de mim estivesse sendo arrancada brutalmente. Como me machucava ver o homem que eu eu gostava tão longe e não poder fazer algo a respeito.

Mas eu tinha tomado uma iniciativa. Tinha vindo com meu filho naquele maldito carro em direção ao prédio enorme com um M berrante no topo. A empresa Mikaelson era a mais conhecida pelos EUA, por seus equipamentos eletronicos tão funcionais e eficaz. A empresa vinha se tornando alvo das revistas e jornais, devido a um dos herdeiros ter abandonado a empresa e criado a concorrência eficaz e já valiosa. Klaus Mikaelson vinha se tornando o destaque da mídia. O pai de duas crianças e quase marido da ex prostituta Caroline Forbes era tão famoso quanto Justin Timberlake. Eu ficava feliz pela atitude de Klaus em sair das asas de Mikael para criar seu próprio legado, seu próprio reino onde apenas ele seria o rei.

Pelo menos um Mikaelson da família tinha atitude e não fugia como um covarde.

– Eu vim falar com Elijah Mikaelson. - anunciei a secretária do vigésimo andar executivo - Hayley. Hayley Marshall, quem gostaria de falar.

– É claro, eu sei quem é a senhora. - declarou a secretária, sorrindo educadamente.

Concordei, tentando me equilibrar com meu filho pesado nos braços, junto com sua bolsa num ombro e a minha no outro. A secretária falou com Elijah pelo telefone.

– Pode entrar, senhora Marshall, Elijah lhe aguarda na sala dele.

Eu agradeci a garota e meus pés quiserem correr na direção de Elijah. Eu me contive, afinal, eu estava atolada com tantas coisas em posse.

A sala de Elijah era acomoda, como um escritório homiciliar. Havia um par de sofás ao lado esquerdo, as paredes eram de tons claros e uma janela ampla trazia luz ao ambiente. A mesa do dono do escritório encontrava-se de cara com a entrada, trazendo atrás de si uma cadeira grande e confortável.

– Hayley! - vinha Elijah com seu semblante preocupado - O que aconteceu? Gus está bem?

– Elijah. - sibilei e sorri - Não. Aconteceu nada, Gus está perfeitamente bem.

Elijah aproximou melho de nós, vestindo seu impecável terno, sua gravata tão bem enlaçada ao seu pescoço e seu cabelo perfeitamente arrumado. Suas mãos chegaram perto de mim e alcançaram meu filho.

Suspirei aliviada quando Gus foi para os braços de Elijah, então coloquei as duas bolsas sobre um dos sofás. Voltei de encontro a Elijah que avaliava meu filho com cuidado, dos pés a cabeça. Gus, com tão pouca idade mas bastante peso, era apaixonado por Elijah e sempre ansiava em estar nos braços do tio novamente.

– Se Augustus está bem, o que te traz aqui? - perguntou Elijah, confuso.

– Eu vim falar sobre nós, Elijah. Eu sinto que esse assunto já não se pode mais adiar.

Elijah pareceu ficar mais rígido que o comum a minha frente e com meu filho nos braços. Notei presente na mesa de Elijah um par de quadros. No quadro mais chamativo, alí estavam os irmãos Mikaelson reunidos e elegantes na escadaria da mansão. Elijah sempre fora quem mais prezava pela familia. E ao lado daquele quadro estava eu em meu primeiro momento com Augustus após seu nascimento claro.

– Hayley, não há nada para conversarmos. - declarou Elijah, me retirando do transe.

Elijah tinha uma foto minha com Gus sobre sua mesa. Aquilo me deu uma vontade imensa de sorrir.

– É claro que há, Elijah. Já está na hora de pararmos de ignorar o que sentimos um pelo outro e...

– Hayley, você não percebe o quanto isso é errado? - interrompeu-me, com sua voz terna, porém quase exausta.

– O que é errado? Sentirmos algo um pelo o outro, Elijah? Pois é o que acontece entre um homem e uma mulher!

– Eu não posso me comprometer a ter algo com a mãe de meu sobrinho, Hayley! - detalhou ele, angustiado - O que estaríamos fazendo com a cabeça desse garoto? Eu jamais tomaria o lugar de Klaus.

– Assim você me ofende, Elijah. - murmurei, fazendo-o calar - Eu não vim até aqui em busca de alguém para substituir o papel de Klaus, porque ninguém algum dia fará isso. Augustus Mikaelson tem um pai e o nome dele é Niklaus Mikaelson, você nunca tomaria o lugar dele e eu jamais deixaria isso acontecer. Se eu vim até aqui, Elijah, não foi para conseguir um pai para o meu filho, foi porque eu te amo e preciso de você!

Quando as palavras simplesmente saíram de minha boca, já não havia mais escolhas, eu tinha me declarado para o homem que eu amava.

– Eu não tinha a intenção de te ofender. - declarou ele, cabisbaixo.

Eu bufei, desacreditada.

– Você está brincando comigo? - esbravejei, um tanto desesperada e com o rosto molhado - Eu aqui digo que te amo e a única coisa que você me diz é que não tinha a intenção de me ofender?

Elijah permaneceu de cabeça baixa. Neguei, enraivada com sua atitude.

– Você não me ama, Hayley. Nós apenas nos envolvemos e você está confusa.

Furiosa, minha única vontade era de arremessar um vazo contra Elijah. E mesmo se ele não estivesse com meu filho nos braços eu jamais teria coragem de machucá-lo, nem mesmo da forma que ele me machuca.

Alcancei Augustus e retirei meu filho sonolento dos braços do tio.

– Você pode mentir e esconder seus sentimentos sobre mim, Elijah, mesmo que eu saiba que uma parte de você sente algo por mim. - digo, caminhando na direção do sofá novamente e alcanço minhas bolsas, viro para Elijah, que me encara chateado - Mas nunca, nunca tente esconder meus sentimentos. Eu não sou covarde.

PDV CAROLINE

Suspirei profundo, ouvindo mais uma vez os toques da chamada. Clare estava ficando impaciente, presa ao carrinho rosa e cinza. Mordi meu lábio inferior, ao aguarde de ser atendida.

– Caroline, eu estou na empresa.

– Oi, Klaus, sim, Clare e eu estamos bem, obrigada por perguntar. E quanto a você? Por que ainda não estou te vendo? - falei e ao final escutei sua abafada risada cansada.

– Hei, querida, eu sinto muito, estou muito atolado com assuntos da empresa, será impossível almoçar com vocês hoje.

Suspirei profundo novamente e relaxei meu corpo.

– Está bem, Nik. - relutei mas ao final precisei entrar de acordo - Ah, só para você saber, as medicações semanais de Clare já diminuíram para duas vezes ao mês.

Houve um breve silêncio na ligação, até que Nik, finalmente resolveu se manifestar.

– Bom... Isso é uma notícia maravilhosa.– ele estava sem palavras, eu o conhecia perfeitamente bem para saber aquilo – Preciso voltar para a reunião com os novos sócios da empresa, prometo que quando eu voltar jantaremos juntos para comemorar essa notícia maravilhosa. Eu lhe dou minha palavra, amor.

– Está bem, Nik. - concordei e no segundo seguinte desliguei a ligação

Sentada no atendimento externo de um restaurante do French Quarter, eu olhei para Clare que sugava sua chupeta e brincava com os próprios dedos pequenos. Sorri para minha cópia de Niklaus em versão feminina e a garçonete veio me atender.

Fui obrigada a almoçar sozinha pela segunda vez que Nik marca um almoço e a empresa o impede de cumprir.

Eu não o culpava, Nik estava apenas em iniciação do seu grande império. Ele estava apenas construindo o futuro para seus filhos e para nós. Era óbvio que seria difícil nos primeiros anos de iniciação da empresa.

Bill Forbes me ligou no fim do almoço, a fim de marcarmos um encontro no final de semana. Ele tinha planos para eu trabalhar como editora chefe da filial de sua empresa Forbes aqui em New Orleans. Recusar eu não queria, era uma ótima oferta, além do mais, a revista Forbes aqui em New Orleans era tão parada, eu precisava ajudar Bill nessa.

– Caroline Forbes, nós precisamos parar de nos encontrarmos assim. - falou Tyler Lockwood, quando eu prendi Clare na cadeirinha de segurança dentro do carro que Nik tinha me deixado para quando eu fosse sair com nossa pequena.

– E você precisa de me assustar assim. Por Deus, você está me seguindo? - perguntei, rindo - Quando eu apareço em New Orleans cá está você, volto para Chicago, olha o Tyler lá e agora que estou em New Orleans novamente você também está!

– Considero isso como perseguição, não seria de menos com uma mulher tão linda quanto você, querida.

O sotaque britânico do rapaz me assustou, ainda mais quando este estava ao lado de Tyler e eu nem sequer tinha o notado. Ele era alto e moreno. Tinha uma musculatura um tanto notável e um sorriso galanteador presente.

– Vamos com calma, aí, Lorenzo! - falou Tyler, incomodado, porém riu ao final - Hei, Care, este é Lorenzo, ele trabalha comigo no hospital.

Lorenzo se aproximou de mim e me estendeu sua mão.

– Me chame de Enzo, linda. - falou ele com seu sotaque tão forte quanto o de Nik.

– É um prazer te conhecer, Enzo. Caroline Forbes. - me apresentei e lhe dei minha mão.

Lorenzo, ou apenas Enzo, me surpreendeu quando tocou seus lábios delicadamente no dorso de minha mão. E sorriu.

– Está bem, eu disse para você ir com calma. - avisou Tyler rindo de leve - Caroline tem uma filha logo alí e ela já é casada.

– Eu adoro crianças. Ah e não sou ciumento. - ele piscou com o olho direito e soltei minha mão da sua rapidamente.

– Sério? Você está dando em cima de mim assim? Na maior cara dura? - falei, desacreditada e Enzo riu.

– Desculpe, Care, Enzo não é nada discreto. - desculpou-se Tyler, como se a culpa de seu amigo estar dando em cima de mim fosse dele.

– Tyler, meu amigo, não venha me dizer que foi ela quem você largou para agora estar com aquela roqueira metida a mal: Liv? - Enzo perguntou horrorizado e eu fiquei surpresa.

– Enzo, Caroline e eu já não temos algo ha alguns anos. - murmurou Tyler, envergonhado.

– Tyler é um babaca. - falou Enzo para mim e revirou os olhos - Existem caras muito melhor do que eles, pode ter a certeza, querida.

– Está bem. - falei, sentindo meu rosto esquentar - Eu preciso ir. Foi muito bom falar com vocês, rapazes. Eu espero encontrá-los novamente.

– Me passe seu endereço, eu mesmo irei te encontrar. - brincou Enzo, se era brincadeira eu não sei.

PDV HAYLEY

Já passava das oito quando Gus finalmente caiu num sono pesado. Seu quarto era todo detalhado e infantil. Da maneira que sempre sonhei para o quarto do meu filho. Eu só precisava agradecer a Klaus pela a ajuda.

Eu não queria voltar a trabalhar como modelo para a grife de meus pais. Eu nem sei ao certo com que quero trabalhar. Por toda minha vida, meus pais me influenciaram a seguir carreira de modelo, mesmo contra a minha vontade. Era estranho, eu sempre fui a única garota que tinha ódio em ser modelo, aquilo que todas as garotas dariam a vida para serem. Quando recebi a proposta de Esther Mikaelson para seduzir Klaus e estragar o relacionamento dele com Caroline, eu não pensei duas vezes antes de abandonar Nova Iorque e vir de encontro com minha futura liberdade. O que eu não imaginava era me encontrar grávida dois meses depois.

Rebekah Mikaelson como a nova estilista da família Mikaelson já pensava em abrir sua loja de grife e até me fez uma proposta de trabalhar com ela e não como modelo, sim para escolher as modelos e ajudar nos desfiles. Era uma proposta boa e o que eu mais tinha experiência era lidar com modelos.

Ainda assim, minha vida profissional era o menor de meus problemas. Minha vida amorosa, se é que eu tinha uma, estava de pernas para o ar e não havia nada que eu pudesse fazer além de vê-la desmoronando.

Elijah Mikaelson era o nome maldito que não deixava minha cabeça em paz. Elijah só devia ter me jogado um feitiço. Como eu queria bater nele até sujar de sangue sua roupa tão impecável. Maldito seja Elijah Mikaelson o cara que ao tanto que me faz querer matá-lo, me faz querer beijá-lo.

Com o corpo cansado e trajando apenas uma camisola preta de rendas, eu terminei de jantar sozinha ao som de uma música qualquer, quando a campainha tocou.

Eu olhei no relógio que marcava 21h14. A essa hora me espantava alguém conhecido vir até aqui depois de passar pela portaria.

Atravesso a sala sem vontade alguma de atender quem quer se seja. E ao abrir a porta me deparo com a figura tão bem trajada de Elijah Mikaelson.

Antes de eu conseguir me manifestar, Elijah é mais rápido.

– Você tinha razão. - falou ele - Não podemos esconder o que sentimos, eu não posso esconder que me apaixonei por você Hayley. Não me apaixonei e jamais me apaixonaria pela garota mimada que tentou sabotar o relacionamento de meu irmão. Mas eu me apaixonei pela mulher arrependida que tentou se redimir todos os dias e não com Klaus ou Caroline, mas consigo própria. Eu me apaixonei por você, Hayley Marshall, não por estar frágil durante sua gestação, o contrário: por você ser forte e nunca desistir de gerar seu filho, mesmo sabendo que sua carreira, que você nunca desejou ter, pudesse ser destruída por ter tido um filho com um homem comprometido. Hayley, eu quero estar com você agora, mesmo que isso não seja duradouro, eu só quero amar a mulher que sou apaixonado pelo tempo que for necessário.

De repente, sem pedir permissão, Elijah me prendeu na parede a lado da entrada do meu apartamento, justamente dentro do mesmo e me beijou. Um beijo quente e eletrizante, como se apenas aquilo fosse o que ele mais queria em toda sua vida e para mim era tudo que eu mais queria.

Elijah suspendeu o beijo e me olhou como se pedisse permissão para continuar ou não. Não lhe respondi e o agarrei para continuarmos onde paramos.

Eu queria estar com Elijah e não lhe disse uma palavra, pois ele sabia. Suas palavras me afetaram, mesmo excitada com o momento, eu estava assustada. Elijah tinha se declarado como nenhum homem fez por mim. Eu só queria me entregar a ele naquela noite, e foi o que fizemos, nos entregamos um ao outro.

PDV CAROLINE

Eu sabia que em breve essa casa seria o cenário de Clare usar e abusar de cada canto em suas brincadeiras e correrias. Só de imaginar meu sorriso se alargava. O tempo passava tão rápido, eu quase nem percebia o quão grande Clare já estava.

Depois de checar o sono profundo de minha loirinha sapeca, desci as escadas imaginando o quão trabalhoso estava sendo manter essa casa enorme tão limpa. Eu deveria dar meus parabéns para as empregadas que Nik contratou.

– Senhora Caroline, o jantar já está na mesa. - avisou Samantha, a cozinheira que me ajudava nas refeições.

Suspirei olhando para o relógio. Já era a segunda vez que Samantha vinha me informar sobre o jantar. Meu celular tocou em meu bolso e me adiantei para pegá-lo.

Sinto muito, vou demorar para chegar em casa.

Não precisa me esperar acordada, pode ir dormir, querida.

Gemi inconformada novamente com o bolo que Nik estava me dando.

– Eu não irei mais jantar, Samantha. Eu sinto muito. - falei caminhando em direção aos sofás enormes.

– Mas e quanto ao senhor Klaus? Devo deixar o jantar servido para ele?

Ela vinha me seguindo no meu caminho. Bufei irritada.

– Não, Niklaus vai comer onde ele está. Dê um fim nessa comida, eu estou sem fome.

Joguei meu corpo no sofá a frente da lareira e obsevei o fogo queimar a lenha demoradamente. Samantha seguiu seu trabalho sem muita demora e me deixou alí sozinha.

Meu celular tocou novamente e bufei já imaginando ser Klaus. Pelo contrário, era mensagem de um numero que não estava guardado em minha agenda.

Boa noite, Caroline Forbes

Sem ter ideia de quem fosse, apertei meu dedo sobre seu nome na tela touch e a foto de perfil se expandiu. Soltei meu ar desacreditada na figura em minhas mãos. O celular assoviou com a nova mensagem do mesmo numero recente e fui abri-la.

Está me ignorando, linda? Há uma nova tecnologia onde mostra quando a pessoa visualizou sua mensagem e também é capaz de mostrar quando alguém está "online". E você está, Care.

Bufei rindo e desacreditei que Tyler possa ter lhe dado o meu número para ele. Então no segundo seguinte eu apaguei as duas mensagens de Enzo e desliguei meu celular.