Amor À Primeira Briga escrita por Our Kristen, ourkristen


Capítulo 6
Capítulo 3 – Planos Vorazes


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não morri. Não, vocês não vão conseguir me acertar esses rios lasers visuais (ta errada, sa coisa).
Primeiramente, deixe eu me desculpar pela imensa demora. DESCULPA! Eu tive bloqueios e muita preguiça nos últimos meses, mas agora estou melhor. Estou escrevendo muito, estórias novas e antigas, mas nem sempre o que me vem de inspiração serve para a APB, então eu tenho que queimar neurônios para ela. Eu vou tentar escrever mais rápido e vou seguir os conselhos das meninas no grupo do Facebook; sempre que tiver um capítulo pronto, vou postá-lo, o.k.?
Enfim, espero que valha muito a pena ter esperado esse tempo todo. Coisas boas nesse capítulo e muita, muita fofura.
Nos vemos lá embaixo :*



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Capítulo 3 – Planos Vorazes

Bella POV

— MANHÊ! – gritei o mais forte que pude.

Ouvi passos rápidos no corredor e sorri. Eu tenho uma mãezona, pode falar.

— O que foi, Bella? – Esme apareceu na porta do meu quarto.

— Tá doendo. – fiz bico.

— O que, meu anjo? – perguntou preocupada.

Mamãe veio em minha direção e sentou na beirada da cama, me fazendo cafuné.

— É aquela coisa bendita de todo mês – eu reclamei.

— Oh! – exclamou. – O.K.. Vou pegar o remédio e avisar Alice que você não pode ir à escola hoje.

Murmurei uma concordância e voltei meu rosto para o travesseiro. A cama voltou ao normal e respirei aliviada. Meu plano estava funcionando.

Com a intensão de evitar Edward (e a porcaria da chuva que não dava trégua), tomei a decisão de faltar a escola hoje, assim eu poderia criar barreiras para aqueles olhos verdes. Chame-me de covarde, eu não ligo mesmo.

Ouvi novamente os passos de mamãe e voltei a posição fetal de Tô-Com-Uma-Puta-Cólica.

— Toma, meu amor.

Sentei devagar na cama fazendo minha melhor cara de dor – exagero mode on. Peguei o remédio e o copo d'água, coloquei aquela coisa amarga na boca e bebi um gole da água, fazendo meu melhor para não engolir o remédio. Eita, porcaria ruim, credo!

— Obrigada. – agradeci.

Entreguei o copo a ela e voltei a me deitar na posição da Dor Suprema. Eu tomava aquela porcaria de remédio todo mês, então sabia que pelos próximos dez minutos teria que fingir estar com cólica.

Mamãe se levantou dizendo que qualquer coisa era só gritar. Eu apenas acenei fracamente com a cabeça. Assim que ela saiu, tirei a porcaria do comprimido da boca e joguei-o pela janela. Peguei uma das balas que eu mantinha no criado-mudo e coloquei na boca. Ah, alívio… Ô remedinho amargo, hein?!

Voltei meus pensamentos para o principal motivo de toda aquela lorota: Edward. Por que ele tinha que ser tão lindo? Tão charmoso? Tão fofo? Tão… Edward? Essa mania de capitão do time de ter que ser o melhor, ser “O cara lindo e legal que faz com que todas caiam aos seus pés” é muito chata. Poxa, é difícil não ter uma quedinha, né? Agora, vejam só, vou ter que ficar nessa porcaria de cama até que esse sentimento medonho saia de mim, porque, sinceramente, eu não estou nem a fim de ver Edward Cullen. Nem se ele aparecesse peladão pintado de ouro na minha frente. Iria expulsá-lo, isso sim. Garoto pertinente, metido a gostoso. Oh, não, desculpe, ele é naturalmente gostoso. Saco!

Uma batida na porta me tirou dos meus devaneios.

— Entra. – murmurei, o mais “colicada” possível.

— Oi, prima. – Dianna saudou, pondo a cabeça dentro do quarto. – Podemos bater um papo?

— Claro.

Ela sorriu e sentou-se onde mamãe estava minutos antes. Acariciou meus cabelos por uns instantes, me olhando como se soubesse um grande segredo. Oxe.

— Eu sei que você não está doente. – ela murmurou.

O-ou.

— E quem disse que não estou? – perguntei, fingindo estar ofendida.

— Você sempre fica avermelhada e murmurando iniquidades aos Céus e Terra quando está com cólica.

Soltei um longo suspiro.

— Eu não posso esconder nada de você, né?

— Não, não pode. – sorriu. – Eu sei porque você está fingindo, e o motivo tem nome e sobrenome.

— Virou mãe Diná? – perguntei mal-humorada.

— Nop. – estalou os lábios. – Mas eu conheço você como conheço a palma da minha mão, prima, e também andei conversando com Alice. – Aquela vadiazinha traidora! – Você está apaixonada e não quer admitir, então agora está brava porque ele é apaixonante demais.

Olhei pra ela incrédula. Ela estava mesmo ali apenas uma noite? Será que ela andou conversando também com as bibas e eles meteram minhocas na cabeça dela?

— Como você sabe? – perguntei, abismada.

— Toda vez que alguém falava o nome “Edward” no jantar você fechava a cara e ficava com uma expressão distante, como se lembrasse de algo. E eu já fiz esse truque da cólica quando tive uma queda pelo Jonny.

— Pera, pera, pera. Você ficou afim do Jonny? Aquele Jonny? O Jonny Sanduba? – caí na gargalhada.

— Pare de rir! Você eradoida, pirada, pelo Palitinho e pelo Sunny Peackop.

— Ah, mas eles eram bonitinhos e nerds. Você sabe que eu tinha uma queda por nerds.

— Que seja. O importante é: você quer o Edward, mas tem medo de se machucar. Eu não conheço ele, mas Alice e Emmett disseram que é uma ótima pessoa, e você sabe que devemos confiar neles. Não se prenda ao passado, Bells, ele foi duro, eu sei, mas sempre devemos nos reerguer. Dê uma chance a ele, você sabe, nem todos são iguais.

Suspirei cansada. Eu ainda não podia desistir do meu plano. Eu tinha que me proteger, me manter sã, eu não poderia aguentar outra pancada daquelas. Eu tinha certeza disso.

— Vamos dar tempo ao tempo, Dean. – murmurei.

Pelo olhar que Dianna me deu, ela tinha entendido a mensagem: eu não estou pronta. Ela acenou com cabeça e saiu do quarto em silêncio. Um silêncio que dizia que ela não desistiria tão cedo.

Dianna POV

— Como está a Bella? – tia Esme perguntou ao me ver saindo do quarto.

— Melhor. O remédio está fazendo efeito, provavelmente dormirá daqui a pouco. – informei-a.

— Que bom. – suspirou, parecendo aliviada. – Ah, Alice está te procurando.

— Onde ela está?

— No quarto dela.

—O.K.. Vou lá, tia. Obrigada. – beijei sua bochecha e me dirigi ao quarto da nanica. Como de costume, bati três vezes na porta. – Posso entrar? – perguntei, colocando a cabeça dentro do quarto.

— Claro, Dean. Estava te esperando. – ela olhou pra mim daquele jeito.

Revidei o olhar séria, informando a ela que algo estava errado. Ela acenou com a cabeça pro closet e foi pra lá. A segui.

— O que foi? – perguntou preocupada.

Parei a sua frente, no meio do armário gigantesco.

— É a Bella. Você já percebeu que ela está diferente?

— Sim – acenou. – Ela está afim do amigo do meu irmão, mas, como é a Bella…

— Eu sei, ela não quer ser machucada de novo. – suspirei. – Mas eu acho que consegui fazer ela repensar.

— Sério? – os olhinhos azuis de Alice se arregalaram de choque e felicidade. – Eles ficariam tão perfeitos juntos!

— Eu sei, Lice. Nós precisamos juntar eles.

— Mas, como? Eu andei pensando nisso, mas o povo lá da escola nunca deixaria eles terem algo. Você sabe, ele é “o cara”, ela é a “anônima”, teriam muitos problemas.

— Bom, então temos que fazer dela alguém…

Olhamos uma para outra tentando pensar em algo. Ela não é uma líder nata, então nada de Conselho Estudantil. Não é jornalista ou radialista. Futebol, natação ou basebol fora de questão… Sobra apenas…

Cheerleader! – exclamamos juntas.

Sorrimos cumplicies.

— Vou ligar pra Rose.

(…)

Edward POV

— Você o que? – Putz, vou ficar surdo. Rosalie não podia gritar mais alto não?

— Terminei com Jessica. – repeti de cabeça baixa.

Eu ainda estava envergonhado por ter falado o nome dela durante o sexo com Jessica. Isso é algo que nem a pior pessoa do mundo gostaria de ouvir (ainda mais do jeito que falei. Aquele “Bella” saiu mais como um “Oh, puta merda, Bella! Estou tendo fantasias com você, acordando e dormindo pensando em você, tô te vendo em todas garotas – e até mesmo em frangos –, estou apaixonado por você” – não que a última parte seja verdade. E nem me pergunte como um simples nome pôde transmitir tanta coisa e dar tanta ênfase).

— Como? – Rose perguntou, agora apenas ansiosa. Sua cabeça pendeu pra esquerda e seus olhos brilharam com curiosidade.

— Comendo. – respondi zombeteiro, recebendo como resposta um olhar feio. Suspirei. Eu não acredito que vou ter que confessar isso… – Nós estávamos fazendo sexo, aí, sem pensar, eu a chamei de Bella. – murmurei muito rápido, mas a reação de Rosalie indicou que ela tinha entendido.

Ela me olhou com os olhos arregalados por um instante, para logo em seguida cair na gargalhada. Ué, o que eu disse de tão engraçado? Ela se contorcia como uma minhoca doida no sofá da sala de nossa mansão, seu rosto vermelho e manchado de lágrimas. Será que ela está tendo uma convulsão? Eu via a hora em que ela caísse; com aquele tamanho todo ia quebrar o chão da sala. Pobre chão…

— Eu sabia! Eu sabia! Ha, ha, ha. Eu disse ao Emmett! – gritou, ainda rindo.

— Rose, fica calminha, tá? Quer uma água com açúcar? Um calmante? Ir pro McLean*?

*Hospital psiquiátrico muito conhecido nos EUA

Ela fechou a cara na mesma hora e me lançou o olhar Eu-Te-Mato-Até-Se-Tu-For-O-Super-Man-Falô?.

— Eu vou te mostrar o McLean, Cullen. – grunhiu.

Levantei as mãos em sinal de rendição. Mina estressada, mano.

— O.K., O.K. Não está mais aqui quem falou.

— Acho bom mesmo. – Abusada. – Então você terminou com a Jessica porque está afim da Bella? – questionou.

— Ah, bem, quase isso. A Jessica me mandou sair da casa dela e gritou que não… Pera aí. O que você perguntou?

— Se você terminou com a Jessica porque tem uma queda precipício pela Bella?

— E quem disse a você que estou afim da Bella? – perguntei, fingindo indignação. Eu estava muito afim da Bella.

Ela bufou. Deus, que ela não leia mentes, mas ela realmente pareceu uma égua patricinha bufante.

— Olhe pra você, Edward: defendeu ela no dia da briga, a olha com cara de bobo, fica sorrindo do nada, falou o nome dela durante o sexo com outra garota… Isso, se você quer saber, são os sintomas iniciais da paixão.

— Eu sorrio do nada mesmo e olho pra ela como um boboca gay?

— Pode ter certeza. Ah, e a tendência é só piorar.

Nos últimos dois dias eu só conseguia pensar na Bella. Tinha algo nela que não deixava eu me afastar, nem mesmo em sonhos.

Eu pensava no brilho único de seus olhos, na suave covinha que aparecia em sua bochecha esquerda quando ela sorria, no leve tom de vermelho que cobria as maçãs do seu rosto quando ela ficava envergonhada, nas sedosas ondas do seu cabelo castanho avermelhado, na pequena ruga que se formava entre suas sobrancelhas quando ela estava irritada ou concentrada… Era impossível não pensar nela.

Essa pequena observação disparou um alarme em minha mente. Meu coração acelerou e meus olhos se arregalaram. Eu estou apaixonado pela Bella!

— Sinto muito, maninho, mas você sofre do Mal de Afrodite: a paixão.

Eu sorri. Eu gostava da sensação que esse tal Mal de Afrodite estava me causando. Era bom, reconfortante.

Mas quando eu comecei a sentir isso exatamente? Eu deveria tentar ficar com ela? Ela também está apaixonada por mim? Seria muita sorte se estivesse. Mas eu nunca acertei na loteria, e pode-se dizer que eu talvez não seria um vencedor do Hunger Games, eu não teria a sorte a meu favor. Mesmo com esses pensamentos, eu senti a plenitude e felicidade se instalando em meu peito.

Um sorriso involuntário se formou em meu rosto.

Nós a amamos!, os minis-Edward gritaram.

Não, eu discordei. Não a amamos. Ainda.

Amor é uma coisa que se constrói com o tempo. Precisa de muitas atitudes e palavras para crescer e muito cuidado para se firmar. A paixão não. A paixão vem e vai fácil, não se precisa de muito para que ela apareça e é muito mais fácil esquecê-la.

Normalmente, eu ficaria apavorado com a ideia de me apaixonar, mas aquela era Bella. A irmã do meu melhor amigo, a garota que não paro de pensar, a menina que cora só de alguém olhar para ela mais que três segundos, a gata sexy que meteu a pancada em Jessica. Então, que mal tinha? E eu queria me apaixonar por ela. Eu queria beijá-la até que perdêssemos o fôlego, queria dizer-lhe o quanto a achava linda e depois abraçá-la, queria abraçá-la se ela estivesse triste, andar de mãos dadas com ela, comprar presentes sem motivos e mimá-la ao máximo. Eu queria Bella.

O problema seria se ela não me quisesse. Se ela quisesse outro. Mas eu podia bater de frente com qualquer espertalhão que quisesse se meter entre nós dois. E, afinal, eu ainda era Edward Cullen, o capitão do time de futebol da Forks High School, eu podia ter quem eu quisesse – apesar de que Bella parecia o tipo de garota que daria trabalho. Mas um ajuda não faria mal…

Olhei para Rose pedindo com os olhos para que me ajudasse. Ela afagou minhas costas com ar de sabedoria. Garota irritante, metida a sabichona.

— Eu vou te ajudar, irmãozinho. Mas, antes de você conquistá-la, ela precisa ser uma Cheerleader. – falou com convicção.

Olhei pra ela incrédulo e ri. Da onde ela tirou essa ideia de gerico?

— Faça-me rir. Eu posso conhecê-la a apenas dois dias, mas sei que ela nunca quereria ser uma animadora.

— Assim você me ofende, mano. Esqueceu quem sou?

— Uma jamanta, loira e arrogante? – zoei, recebendo um tapa na nuca como resposta.

— Palerma! Bom, saiba você que eu vou, sim, conseguir fazer da Bella uma Cheerleader e ainda vou te ajudar a conquistá-la.

Suspirei, vencido. Rosalie era aquele tipo de pessoa que não desiste até conseguir o que quer.

— Que Deus nos ajude. Essa vitória vai ser difícil.

— Pois eu acho que será muito divertido; adoro desafios. – riu por um instante, assumindo uma expressão séria e determinada logo depois. – E que a sorte esteja a nosso favor. – murmurou.

Eu fui o único que se arrepiou?

Bella POV

A coisa mais doida e medonha que pode acontecer a uma pessoa varia muito. Cada pessoa tem um medo, então é difícil você passar pela mesma experiência medonha que outra pessoa. Por exemplo, você provavelmente não piraria com o que está me fazendo pirar. Pode parecer loucura, mas o que está me fazendo puxar os cabelos com raiva, bufar a cada frase nova que ouço dos birutas na sala da minha casa e andar para um lado e para o outro foi mais ou menos isso:

Ser acordada aos gritos por Alice.

Perceber que aqueles dias ainda não acabaram.

Ouvir Emmett gritar porque ficou com o pinto preso no zíper de novo.

Me preparar psicologicamente para encontrar Edward Cullen.

A preparação não valer merda nenhuma.

Edward Cullen ser um (porcaria!) cavalheiro.

E, por fim, mas não menos importante, Rosalie Cullen, Alice Swan, Dianna (CHERRIE, CHERRIE, CHERRIE! SÓ PRA TE IRRITAR, SUA PRIMA BOBA!) Swan, Mike “Keen” Newton e Tyler “Tryla” Crowley tentando me convencer a ser A PORCARIA DE UMA LIDER DE TORCIDA!

— Não, não e não! Eu não vou fazer porcaria de teste nenhum para líder de torcida. E nem tentem me persuadir! – quase gritei, andando de um lado para o outro da sala da minha casa.

Juro pra vocês, se não tivesse meu cabelo para puxar, puxaria o lá de baixo. Isso, meu querido, é o que a frustração e irritação faz contigo.

— Vamos lá, Bella. Ser uma Cheerleader abre mil portas para você. Elas têm mais chance de conseguir uma bolsa numa faculdade, têm gatos correndo atrás delas o tempo todo, aprendem a liberar seu lado sexy, melhoram o equilíbrio e tem corpos que fazem os garotos terem uma síncope só de olhar. Ah, e se você conseguir ser a capitã, você fica com o capitão do time. O que acha, uh? – opa, isso ai me interessou um pouco.

Faça o teste, Bella!, meu coração traidor gritou. Nós queremos o Edward, e se você conseguir ser uma Cheerleader já vai ser meio caminho andado.

Não!, rugi de volta.

— Meu Deus, Rosalie, olhe para mim! Eu sou magrela, branquela, baixinha, morena, desastrada, sem peito, sem bunda, sardenta e uso camisas que dão até no Emmett! Eu? Cheerleader? Vocês estão loucas!

— Mas é muita audácia de sua parte duvidar da minha opinião! – Uh, acho que falei merda. – Olhe aqui, evolução de nerd, você é linda e tem um corpo ótimo. Seu equilíbrio nós podemos melhorar e fazer você mexer esse quadril vai ser moleza. Está escrito na sua testa o quanto você está a fim de Edward, e essa vai ser a melhor forma de você conseguir ficar com ele sem que vocês tenham que aturar aquelas pessoas preconceituosas da FHS. Então você vai levantar esse traseiro branco desse sofá, vai aprender tudo que precisa e pegar o seu homem. – ela ordenou.

Eu me encolhi, mas não baixei a cabeça. Empinei o nariz, estufei o peito e fiquei nas pontas dos pés para olhá-la cara a cara.

— Escuta aqui, projeto de Miss Estados Unidos, acho melhor você tirar essa ideia idiota da mente. Eu não vou vestir uma mini-micro saia, um top, pegar uns pompons e ficar gritando “Vai time!” que nem uma doida.

— Ah, mas você vai sim!

— Não vou!

— Vai, ô se vai. Se você não ser uma Cheerleader, eu mesma vou tratar de fazer Edward te esquecer. – ameaçou.

Recuei imediatamente, como se tivesse levado em tapa na cara. Ow! Por que isso doeu tanto?

— Isso é golpe baixo – grunhi. – E quem te disse que eu quero ficar com Edward?

— Tsc, tsc, tsc. Bellinha, coisa linda da Rose, você esqueceu com quem eu namoro? Emmett Swan, baby, o cara mais sem noção do mundo. Ou seja, eu conheço paixão e você, lindinha, está caidinha pelo Eddie C.

Suspirei pesadamente, vencida. É, meu plano de ficar longe do Edward terá que ser adiado.Podia até ver em minha mente uma Bella toda pimpona dando língua para a outra que gritava “FRACA, FRACA, FRACA!” incansavelmente. Ignorei-a as o melhor que pude.

— O.K., eu vou tentar. – concordei.

— EBA! – gritaram Alice e Dianna. Não é que eu tinha esquecido delas ali?

— Bom, pequeno gafanhoto, vamos começar arranjando uma academia pra malhar esse corpitcho. Você precisa de força e definição. Aposto que não consegue fazer nem cinco abdominais…

Oh, Senhor, onde eu fui me meter?

(…)

Eu sou uma medrosa! Uma medrosa das piores, daquele tipo que todas as amigas caçoam e perguntam se está doida. E eu devia estar mesmo, afinal, quem entra no armário de vassouras para matar aula só para não olhar pra cara perfeita de Edward Cullen? Só Isabella Marie Swan mesmo.

O pior é que essa merda fede a beça e tem essas coisas que ficam me tocando e parecem sinceramente teia de aranha. E, você deve saber, eu tenho pavor de aranhas e tudo que esse bicho faz – como seus filhotes e suas teias – e tudo que representa. Sim, eu não gosto de Halloween e de uma certa lenda grega que envolve um ser chamado Aracne (a propósito, senhor Rick Riordan, eu também estou com um pouco de medo de ler seus livros. Não foi legal o que ele fez com a pobre Anabeth Chase.).

Voltado ao assunto Isabella Presa no Armário de Vassouras Fedorento Para se Esconder, como um lugar onde ficam as coisas para limpeza pode ser fedido? Tá legal, nem os banheiros são tão limpos assim, mas o armário de vassouras? Os faxineiros deviam deixar esse lugar limpinho e mostrar para os amigos faxineiros de outras escolas. Quer dizer, faxineiros têm amigos faxineiros não é? Para, sei lá, falar sobre os melhores produtos de limpeza e o melhor jeito de amedrontar quem chega perto da área que acabou de ser limpa e tal… Hum... Por falar nisso, será que minha mãe conversa esse tipo de coisa com as amigas dela? Será que o armário de vassouras lá de casa também é imundo assim? Tenho que verificar.

Olhei em volta do armário usando a luz do meu celular para clarear. Eu me preocupava que alguém visse a luz. Quer dizer, não tinha nem dez minutos que eu estava alí dentro fugindo de você-sabe-quem, então tinha muita gente indo para as salas; eu teria que esperar um tempinho ainda para sair.

Aquele lugar era mesmo uma sujeira. Olha só! O que é aquilo? Cheguei o celular mais perto da manchinha esquisita no chão. Argh! Uma barata! Droga! Fedido, imundo e enfestado de pestes. Jesus! Por que eu tenho que ter ideias tão horrivelmente incríveis?

Me afastei do bicho asqueroso e colei o ouvido à porta, tentando descobrir quando todos estivessem em suas salas. Risadas. Tosses – credo, tá morrendo? “Até mais ver!”. Risadas. “Nos vemos no intervalo”. Uma risadinha do tipo “Para com isso, amor”. “Eu terminei com ele”. “Por que, Jessica?”. Risadas ao longe… Epa! Como é esse negócio aí? Quase enfiei o ouvido na porta para ouvir.

— O filho da mãe está de olhos em outra – ouvi Jessica explicar.

— Sério? – Essa for Melanie (traíra) chocada.

— Sim. Não contém ninguém ou eu mato a vocês, mas ele disse o nome de uma certa vadia na hora H – coloquei a mão tentando evitar que gargalhadas escapassem e me denunciassem. Ai, cara, como eu adoro esse garoto!

— A…? – Lauren começou, mas Jessica a interrompeu.

— Não diga o nome dela! Não quero nem vê-la! Aquela sonsa… – eu podia até vê-la vermelha e com os olhos semicerrados. O que foi? Se vai entrar em uma guerra, você tem que conhecer seu adversário.

— E o que você vai fazer? – Traíra perguntou.

— Bolas, o de sempre: me fingir de namorada apaixonada que não vive sem seu amor, mas que prefere ver-lhe feliz com outra do que triste comigo. Ah, como estou deprimida! – elas riram.

O sinal tocou nessa hora, me tirando do transe e fazendo as risadas delas pararem. Ouvi-as se despedirem e o toc-toc de seus saltos seguirem em diferentes direções.

Caramba! Jessica não era tão burra, afinal. E essa história do Edward estar apaixonado? Será? Mas, por quem?

Eu sei, eu sei. Eu não devia ouvir a conversa dos outros, mas não posso fazer nada se me escondi no lugar que elas parariam para bater um papo tão confidencial. E, ainda por cima, que envolve o garoto que eu posso estar ou não (ênfase no não) apaixonada. Caramba, isso que é acaso!

Será que devia avisar a Edward? Mas ele era capitão do time da FHS, então devia saber lidar com esse tipo de problema. E o que você tem com esse assunto?, aquela Bella chata perguntou. Eu já estava querendo matá-la por tanto pessimismo, mas, merda!, ela tinha rasão. Eu não tinha que me meter na vida de Edward. Ele nem mesmo era meu amigo amigo para eu dar palpite.

Então eu já sabia o que ia fazer: ia aproveitar que o corredor parecia deserto, sairia dali, me esconderia em um canto qualquer, esperaria minha próxima aula, ia ver Edward e ouvir os botados sobre o término dele e fingiria que nunca ouvi nada. Modo Boca de Túmulo ativado!

Guardei meu celular no bolso traseiro do jeans e abri uma frestinha na porta. Espiei o corredor pelo lado da fresta primeiro e depois pela pequena abertura entre as dobraduras da porta. Tudo limpo. Saí do armário fedorento de vassouras e corri para a biblioteca. A tia dali me conhecia e sabia que eu era do tipo que não mata (muita) aula, então não perguntou nada quando me viu entrar, seguir pra sessão de ficção e pegar um livro aleatório de Meg Cabot para ler.

Eu estava quase tendo uma síncope com um quase-beijo de Jesse e Suzannah quando o sinal tocou novamente, indicando o fim do primeiro tempo e o início do segundo. Resignada, peguei um marcador reserva que mantinha na mochila, marquei a página surtante, registrei com a tia da biblioteca que estava com o livro e segui para o prédio três.

— BELLA! – ouvi atrás de mim.

Não, não, não! Eu não fiquei naquele armário fedorento por quase vinte minutos atoa. Vai embora!, eu quis gritar.

Me fingindo de desentendida, apressei o passo, tentando o mais rápido possível chegar a sala. Olha ela alí! Tão pertinho! Olha, um pedacinho da enorme bunda da professora Goff terminando de entrar na sala! Estou atrasada, Edward, não posso me atrasar!

— BELLA!

Eu não ouvi nada, lá, lá, lá. Nadinha. Estou surda.

— BELLA! BELLA! ESPERA!

Que isso? Um mosquito zumbindo? Morre mosquito! Quer dizer, morre não porque você não é mosquito, você é Edward Cullen e o colégio ainda precisa de você. O que estou pensado?

Senti uma mão se encaixar em meu braço e parei com um solavanco. Ui, que aperto gostoso! Pera, o que?

— Bella! – Edward arfou. – Caramba! Está fugindo de mim?

— Hã… Não. É que a professora já está na sala e eu não quero me atrasar e tals.– Desculpa mais esfarrapada que essa impossível.

— Oh – ele exclamou. – Enfim, você tá sabendo que a Rose vai dar uma festa lá em casa no próximo sábado, certo?

— Ahãm – Quem não sabia?

— E você vai?

— Não sei, não sou muito de festas…

— Ah, Bella, vamos! Eu te busco e nós vamos juntos. – Merda! Proposta quase irrecusável. Quase.

— Mas é na sua casa – eu lembrei.

— É, mas isso não me impede de ir com alguém – ele deu de ombros.

Droga! Tenta outra coisa, Bella, só mais uma coisinha… Aha!

— E Jessica? – perguntei quase acusatoriamente. Nunca que eu vou ficar ou sair com um cara comprometido.

— Não estamos mais juntos – ele disse, indiferente.

Ah, é. Esqueci disso.

— Hum… – murmurei, revistando minha mente atrás de uma desculpa plausível.

Vendo minha hesitação, Edward franziu as sobrancelhas e me lançou um olhar preocupado.

— Você não quer ir comigo? – questionou.

Eu quase ri. Quem não iria com esse deus grego até mesmo no pub mais merdinha?

— Não é isso, Edward. – É sim. Quer dizer, mais ou menos. – É que eu não sou muito fã de festas mesmo.

Ele deu aquele sorriso torto que dá vontade de beijá-lo e socá-lo ao mesmo tempo e me puxou para mais perto.

— Vamos, Bella? Por favor… Seria tão bom se você fosse – ele pediu, usando um tom seduzente enquanto alisava minha bochecha e colocava todo o poder de suas incríveis esmeraldas em cima de mim. Mal-da-de!

— Tá bem. Mas só porque você é um chato insistente.

— Isso! – ele comemorou. Awn, que fofinho ele todo contente por eu ter aceitado. – Até daqui a pouco.

Ele beijou o canto de minha boca e correu para sua aula. Hã… O que eu estava fazendo antes dele aparecer mesmo?


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Notas finais do capítulo

N/A: QUEM AMOU ESSE CAPÍTULO? Eu amei esse cap. Bells “colicada”, Ed xonadex todo fofo e sedutor… *.*
E Bella, Cheerleader? O.O O que será que vai rolar nesse teste, hein?
E quanto a essa festa, se preparem! Não sei o que vai acontecer ainda, mas tenho certeza que vocês vão precisar de calmantes. Então vai guardando o kissuco (assim que escreve?) de maracujá ;D
Perguntinha: vocês acham que está indo rápido demais? A minha intenção era mesmo fazer eles se apaixonarem ao se conhecerem, mas parece que está indo rápido demais…
Enfim, quero todo mundo comentando, hein?
PS.: Uma pergunta nada a ver aqui: o que vocês acham de eu chamar vocês de Grapettes? Umas amigas minhas cismaram que é assim que tenho que chamar meus leitores. Pode isso? Kkkkkkkkk
Agora deixa eu ir mesmo.

Grupo da fic >> https://www.facebook.com/groups/450728825013399/

PS.: Conheçam minha one Directioner ^^ http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-one-direction-kiss-me-like-you-wanna-be-loved-2268232



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