Doctor Who: Gerônimo escrita por Doctor


Capítulo 3
The Evolution of Weeping




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3. A Evolução do lamentador

         — As estátuas se mexem! — disse uma mulher.

         — Senhora; sinto dizer, mas não tem nada acontecendo, as estátuas não se mexem, elas não tem vida! — disse o guia.

         — Mas… mas…

         As luzes se apagaram, e um grito foi ouvido.

         Quando as luzes se acenderam, o corpo da mulher estava caído no chão, com seu pescoço quebrado, cortado, com o sangue escorrendo no chão. Duas outras pessoas tinham sido transformadas em estátuas.

         — Que diabos você é? — perguntou um homem.

         — Eu sou o último Anjo Lamentador, e logo vocês serão como eu! — disse ele, com a voz da mulher.

         Todos correram em grupos separados. Sete seguiram para onde estava a porta de saída, mas ela estava com cimento seco tapando a passagem.

         — Eu serei o primeiro dos Anjos Lamentadores, o mais antigo de nossa espécie, e vocês serão meus descendentes! — disse o Anjo, atrás deles.

         A luz se apagou, e eles sentiram o toque gélido da estátua.

***

         A TARDIS pousou em um museu.

         — Ano 2029. Ano de lançamento do museu das máquinas. — disse o Doutor.

         — E por que nos trouxe aqui? — perguntou Sadie.

         — Bem… a TARDIS é uma das atrações, e terá uma estátua minha dentro dela! — disse o Doutor.

         James ainda parecia bravo por Doutor destruir uma espécie inteira, mesmo que eles o tivessem possuído. Mas James compartilhou das ideias dos Gelth, mesmo que por um pequeno tempo, e agora ele tinha ideias divididas.

         — Vou deixar a TARDIS invisível para não confundirem com uma das atrações — disse o Doutor, apertando alguns botões.

         Doutor saiu da TARDIS seguido de Sadie e James.

         O lugar não parecia um museu que iria inaugurar. Estava decadente: com estátuas caídas no chão; paredes com rachaduras imensas; um lustre abobadado quebrado no chão; a maioria das estátuas estava com expressão de desespero e tentando fugir.

         — Acho que pousamos na data errada! — disse o Doutor.

         — Você acha? — perguntou James, revoltado.

         Um grupo de pessoas veio correndo pelo corredor. Doutor foi até elas.

         — Ei, vocês podem me dizer o que houve com o museu das máquinas? — disse o Doutor.

         — Você não sabe? — perguntou uma senhora.

         — Se ele está perguntando é porque não sabe! — disse James, irritado.

         — Em 2029, isso aqui foi aberto. Alguns diziam que as estátuas se mexiam, mas ninguém acreditava nisso. — disse outro homem. — Ah… minha pobre esposa, por que não a escutei? — o homem suspirou. — Agora estamos tentando sobreviver, há dois anos.

         — Há dois anos? Estamos em 2031? Isso é impossível, era só em 2430 que esse museu deveria falir. — Disse Doutor. — Alguém está reescrevendo o tempo drasticamente.

         Doutor pensou no que podia estar acontecendo.

         — O que disse sobre as estátuas se mexerem? — perguntou Sadie.

         — Elas se mexem quando não estamos olhando! — disse um adolescente.

         — Doutor, lembra-se daquela estátua que vimos no museu daqui há um milhão de anos? — disse Sadie. — Talvez seja a mesma coisa. Se ela toca em vocês, vocês são levados de volta no tempo!

         — Não, não somos! Se eles nos tocam nos transformamos em estátuas, assim como eles! Exceto pela minha esposa, que teve o pescoço quebrado! — disse o homem.

         — Eles quebraram o pescoço dela para pegarem as cordas vocais. Desse jeito podem se comunicar. — Disse Doutor. — Mas nunca ouvi isso de transformarem outros em Anjos Lamentadores. — Doutor ficou pensativo. — Olhem para as estátuas não deixem que se movam!

         Todos se viraram e ficaram olhando para as estátuas.

         — Temos que achar o Anjo Lamentador que os transformou, e matá-lo de algum modo! — disse Doutor. — Mas temos que pensar num jeito de matá-lo.

         — Ideias, eu preciso de ideias! — falou Doutor.

         Ninguém disse nada.

         — Deixe, eu penso sozinho então! — disse Doutor.

         As luzes se apagaram. Três segundos depois elas acenderam. Um Anjo Lamentador estava na frente do Doutor, com as mãos juntas como se estivesse rezando. Todas as pessoas tinham sido transformadas em Anjos Lamentadores, com exceção de Sadie e James, que correram para perto do Doutor.

         — Queria falar comigo, Doutor? — o Anjo lamentador com asas falava com Doutor.

         — Por que está transformando-os em Anjos Lamentadores? — Perguntou Doutor.

         — Você queimou nosso hotel, fez ele nunca ter existido, e depois só eu sobrevivi! — disse o Anjo, com uma voz feminina.

         — Mas você quem levou Amy e Rory para o passado! — disse o Doutor.

         — Duas pessoas não são comparadas a uma espécie inteira! — disse o Anjo.

         — Nossa! Você gosta de destruir espécies! — disse James.

         — Só as que fazem mal a alguém! — disse Doutor.

         — Agora eu irei transformar todos os humanos em Anjos Lamentadores, e só vocês podem salvá-los. Dar-te-ei uma vantagem!

         A luz se apagou, e um segundo depois se acendeu. O anjo estava na frente dele.

         — Corra Doutor, corra por sua vida! — disse o Anjo.

         Doutor deu alguns passos, andando de costas, até chegar à TARDIS. Ele entrou e disse para Sadie e James entrarem. Eles entraram, e trancaram a porta. Tinham que achar um jeito de matar o anjo, antes que ele transformasse toda a humanidade em estátuas que só se mexem quando se fecha o olho.

***

         Doutor estava apoiado na mesa de controle da TARDIS, com a mão na cabeça, pensativo. Tinha que ter u jeito de matá-lo.

         — Vamos Doutor, pense em algo que matará outra espécie do universo! — falou James.

         Doutor se levantou, e olhou zangado para ele.

         — Dá para você calar a boca? Se eu não matasse os Gelth eles matariam você, e depois possuiriam toda a humanidade. E agora se eu não os matar, os Anjos Lamentadores substituirão todos os humanos. Mas se prefere que eu defenda uma espécie que quer destruir a sua tudo bem, eu os ajudo, mas lembre-se que tudo isso teria sido sua culpa, culpa de um cara que se preocupa mais com outras espécies mais do que a dele mesmo! — gritou Doutor.

         James se calou.

         Doutor começou a bater as mãos em sua cabeça, tentando pensar em algum modo de derrotar o anjo. O Senhor do Tempo levantou a cabeça.

         — Yowzah! — gritou o Doutor.

         — O que foi? — perguntou Sadie.

         — Um vórtice temporal. Isso é uma das poucas coisas que pode matar um Anjo Lamentador! — disse Doutor. — Peguem uma lanterna e vamos atrair o anjo para cá!

         Eles pegaram as lanternas.

         — Gerônimo! — falou Doutor.

         Doutor saiu da TARDIS seguido dos Brooks.

         As estátuas cercavam a TARDIS.

         — Olhem para todas elas. Não queremos nenhuma estátua nos perseguindo! — disse o Doutor.

         James se virou e ficou olhando para os anjos atrás deles. Eles conseguiram atravessar a multidão de Anjos Lamentadores. James se virou, e sentiu um toque frio e sólido. James gritou.

         Sadie se virou, e viu seu irmão se transformando em pedra, aos poucos.

         — Jay! — Sadie gritou. — Não, Jay, por favor, não!

         Sadie começou a chorar.

         — Sadie, temos que ir! — disse Doutor.

         — Não, ele é meu irmão, não vou deixá-lo, não vou deixar meu irmão como uma estátua! — disse Sadie, dando alguns passos até seu irmão.

         Doutor a segurou.

         — Ele voltará ao normal quando matarmos a estátua — falou Doutor.

         Sadie o fez soltar seu braço. Sadie correu até a estátua do seu irmão, passou a mão no rosto do irmão.

         — Eu juro que vou te salvar, Jay. Eu juro! — Sadie segurou o choro, e voltou para perto do Doutor. — Agora vamos encontrar o maldito anjo e matá-lo!

         Doutor apontou a lanterna, acesa, para frente.

         — Por que está levando a lanterna? As luzes estão acesas! — disse Sadie.

         — Anjos são traiçoeiros, querida Brooks. — Disse Doutor —, em um piscar de olhos as luzes se apagam!

         As luzes começaram a oscilar.

         — Sadie, acenda a lanterna agora, acenda! — gritou Doutor.

         A lanterna de Doutor se apagou e acendeu logo em seguida. O Anjo Lamentador estava em sua frente.

         — Olá Doutor, é muito perigoso sair de sua TARDIS com Anjos atrás de você! — disse o Anjo.

         — Sadie, volte para a TARDIS, temos que sair daqui, nós não podemos fazer nada! — disse o Doutor.

         — Mas, Doutor, como pode deixar a raça humana? — Sadie sabia o que ele estava fazendo, queria atrair o Anjo para a TARDIS.

         — Venha Sadie, não discuta!

         — Mas meu irmão?

         — Vamos Sadie, agora! — gritou o Doutor,

         Doutor e Sadie começaram a andar. Algumas estátuas o seguiam, mas nenhuma conseguiu pegá-los. Quando chegaram à porta da TARDIS, o irmão de Sadie estava impedindo a passagem.

         — Ah… Jay, por favor, deixe-nos passar! — pediu Sadie.

         — Ele não vai deixa, assim que a consciência foi tirada dele, ele não pensa como um humano. — Disse Doutor.

         Sadie apagou e acendeu a lanterna. James tinha saído da frente da porta. Doutor e Sadie entraram.

         — Por que James nos ajudou? — perguntou Sadie.

         — A consciência dele não foi retirada, talvez por estar olhando para você! — disse Doutor. — Temos uma ajuda agora!

         — Doutor! — gritou Sadie, apontando para frente. — Ele entrou!

         Doutor se virou, e encarou a estátua de um anjo. Na porta, James impendia que qualquer outro entrasse.

         — Sadie, feche a porta! — disse Doutor.

         — Mas e o James? — perguntou Sadie.

         — Nós voltamos para buscá-lo depois!

         Sadie pareceu relutante.

         — Se ele for, morrerá junto com o Anjo Lamentado! — disse Doutor.

         Sadie suspirou.

         — Tudo bem!

         Sadie se virou e correu para a porta. Ela olhou para seu irmão transformado em pedra.

         Sadie levou a boca até o ouvido do irmão.

         — James, não se preocupe, nós vamos voltar para buscá-lo, eu juro que vamos! — disse Sadie.

         A irmã mais nova fechou a porta, e pôde ouvir a TARDIS se materializando.

         — Estamos no vórtice do tempo! Sadie abra a porta e segure-se, pelo amor de Deus, segure-se, ou você pode se perder eternamente! — disse Doutor.

         Doutor começou a mexer nos botões da TARDIS.

         Sadie abriu a porta e correu até Doutor, que a jogou para os controles da TARDIS, e ela se segurou lá.

         — Sadie, não solte, ou você se perderá eternamente no vórtice do tempo! — disse Doutor. — Sadie, Quando eu pular no vórtice, você será levada para 2031, onde seu irmão está.

         — O que pensa que vai fazer? — perguntou Sadie.

         — Uma loucura, uma loucura muito, muito grande! — disse Doutor.

         Doutor pegou o Anjo Lamentador pelos braços, e o empurrou para o vórtice temporal, mas ele foi junto.

         Doutor empurrou o Anjo contra a borda do vórtice, e ele foi destruído. Doutor sentiu os olhos pesarem. Ele se virou e viu Sadie gritando:

         — Doutor, Doutor, venha Doutor, você não pode morrer! — gritou Sadie.

         Doutor fechou os olhos e apagou. Agora ele poderia ficar perdido eternamente no vórtice, mas ele tinha salvado a humanidade mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

o que acham que vai acontecer com o Doutor?