Cidade Dos Sete Céus escrita por LuuHShii
Gritos repentinos de Jace tinham se tornado comuns. Para Clary, jamais seria comum. Os gritos de Jace provocavam nela um desespero incomum, incomum e extraordinariamente doloroso. Clary não tinha ido no Instituto, hoje Simon iria se apresentar com a sua banda numa convenção de animê e Clary, lembrada pela mãe do seu dever como melhor amiga de Simon, foi ao show. E, ao ponto de vista de Jocelyn, o show veio bem a calhar. Jocelyn convencera Simon a fazer com que distraisse Clary por um dia inteiro, enquanto ela e Luke iriam ao encontro de Rafael.
Rafael combinou que os encontraria no Central Park, assim que o dia começasse a escurecer. E isso não seria tão tarde assim, visto que os dias tem estado todos nublado e o sol mal aparecera. Jocelyn e Luke estavam sentado, de mãos dadas, num dos bancos do parque. Logo viram Rafael se aproximar e levantaram-se.
- Olá, olá. – cumprimentou Rafael. Luke apenas assentiu com a cabeça e Jocelyn sorriu, retribuindo ao olá.
- Então, vamos direto ao ponto. – disse Luke, tal frase tirava um riso baixo de Rafael, Luke preferiu ignorar. Por natureza só já não gostava de Rafael. – Algum sinal dela?
- De Camille? Oh, sinto em decepcioná-lo amigo licantrope, mas não. Nem sinais da Lady Camille. – respondeu Rafael, seu tom demonstra leve irritação.
- Nos mantanha informados, pode ser? Por favor. – falara Jocelyn, num tom que chamou a atenção de Luke.
- Claro, claro. Se não se importam, vou aproveitar o início da noite. Com licença. – respondeu Rafael, e logo desapareceu.
- Que tom foi aquele? – perguntou Luke, parecia um tanto incrédulo.
- Se quer que ele nos ajude, tem que ser mais querido com ele! Você deixou a porta aberta para eles nos dar as costas, eu a fechei com gentileza! – Luke se viu rindo da esposa, não por maldade, mas sim por achar que Jocelyn estava anos demais sem lidar com vampiros… Jocelyn pedia por explicações, mas Luke a abraçava e ria. Jocelyn e Luke partiram para o Instituto. Maryse deixara que Luke e Magnus entrassem no Instituto, claro que com avisos prévios.
- Alec. - falava Magnus, com a mão sobre o ombro de Alec, esperando poder acordá-lo. Alec parecia atordoado, e ficou mais ainda quando Magnus aproveitou a chance e arrancou-lhe um beijo. Os dois estavam brigados, apesar de estar trabalhando juntos, mas Alec havia feito questão de deixar claro: estava trabalhando com Magnus por Jace. E isso machucou Magnus. Mas, Magnus, sabia que havia também chateado Alec. Mas tudo que ele mais queria era trégua. Alec tentava retrucar, mas tudo o que mais queria também era poder estar nos braços de Magnus. Alec levantou e colocou-se de frente a Magnus. Magnus o olhava. – Uma trégua? Por favor. Eu prometo te contar tudo o que quiser saber de mim e dos meus muitos anos de vida, prometo te contar cada desejo meu. Mas, tenho um que eu quero contar agora: é você, Alec. Meu maior desejo de todos é um Caçador de Sombras estúpidos e que deve ter comprado todas as camisetas iguais. É estar com você. – Alec se viu desarmado.
- É que… - Alec não tinha como descrever em palavras todas as dúvidas que ele estava tendo a respeito de Magnus. – Quando você interrogou Camille.. - o rosto de Magnus retratava expressões cansadas, mas ele não estava cansado fisicamente, mas sim cansado desse assunto. - Eu percebi que não sei nada, não sei nada de você e ela parecia saber tanto...
- Camille me conhecia. Quem me conhece agora é você. Eu me ponho a sua frente sem proteção nenhuma, sem máscara nenhuma, é apenas eu. Só você pode me alcançar, Alec. Será que não vê? Eu te amo. – Alec se viu obrigado a abraçar Magnus depois disso. Alec sabia que tinha todo o tempo do mundo para questionar Magnus. E que talvez não precisasse pensar em amanhã, no fato de que ele envelheceria e Magnus não. Podia pensar no agora, que agora ele tinha Magnus. Tinha Magnus como ninguém mais o tem. E Magnus, os sentimentos de Magnus estavam estampados em seu rosto, e seus desejos Alec já sabia: era ele e a eternidade do lado dele.
Maryse estava a espera de Luke e Jocelyn na entrada do Instituto, quando os dois finalmente chegaram. O céu já estava escuro, não havia uma única estrela no céu. Logo que chegaram, os três adentraram o Instituto e foram para a biblioteca, onde um dos Irmãos do Silêncio os esperava.
- Eles estão aqui? – perguntou Jocelyn.
- Eu os chamei.
“Meus outros Irmãos estão examinando o jovem, fui o escolhido para a reunião.”
Luke não estava gostando e nada disso, desde quando isso virou uma reunião? Até onde se lembrava o pedido feito a ele e a Jocelyn é que encontrassem Rafael, pegassem informações e as trouxessem até o Instituto.
- Reunião? – perguntou Luke. – Viemos aqui apenas para dizer o que Rafael disse: nenhum sinal de Camille.
“Clarissa Morgenstern o considera pai dela, e Jocelyn Fairchild é a mãe.”
- O que isso quer dizer, Maryse? – indaguinou Luke.
- Estamos pensando no que é melhor para Jace. Talvez ficar nesse sofrimento que tem cada dia aumentado não seja a resposta… Vocês estão aqui porque são os pais de Clarissa, e ela é a namorada de Jace.
- Querem matar o garoto!?! Vocês, ao menos, pesquisaram direito? Tentaram todas as alternativas?! – falava Luke, e Jocelyn o puxou pelo braço e balançava a cabeça negativamente.
- Os Irmãos do Silêncio não vêem solução. Magnus Bane não vê solução. Não há solução, Lucian!
- Não há solução para quê? – uma quinta voz se pronunciava na biblioteca, todos viraram, exceto o Irmão, e viram que era Clary. – VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO! – Clary logo gritava, era fácil concluir do que falavam ao ver a expressão do rosto da mãe ao vê-la.
Antes que a discussão tivesse a chance de continuar, ouviu-se um estouro vindo da entrada. Maryse correu para ver o que era e, quando todos a alcançaram, todos tomaram sua expressão: perplexos.
- Não é possível… - dizia Elliot, o último a chegar. Não era possível, não era possível que ninguém além de Caçadores de Sombras adentrassem o Instituto. Ninguém, ainda mais demônios.
- Ela não estava morta?! – perguntou, incrédulo Alec, que estava acompanhado e bem próximo de Magnus.
- Aparentemente, não.
Era Lilith, Lilith acompanhada de Camille.
- E parece que Rafael estava mentindo. – completou Luke.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Está quase no final, hahá. Espero que tenham gostado!