We Found Love In A Hopeless Place escrita por Mari Kentwell Ludwig


Capítulo 17
Capítulo 17




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O sol nasce e bate diretamente em meu rosto. Todos estão dormindo e percebo que há algo de errado. Troop está dormindo e quem está de guarda é Peeta. Eu não confio nele e nunca permitiria que ele ficasse sozinho na vigília.

-Você trocou com Troop durante a noite? – Pergunto me levantando e me aproximando do garoto.

-Sim. Ela estava dormindo sentada, iria acabar se descuidando. – Ele responde.

Mexo em Troop com o pé para acordá-la.

-O que foi? – Ela pergunta sonolenta.

-Por que você trocou com ele durante a noite? – Pergunto irritado.

-Estava com sono. Mas eu passei a noite inteira acordada. Só trocamos por agora.

-Mas sou eu que decido isso por aqui. Se não fosse a minha gentileza, vocês estariam mostos agora. Então, é melhor fazer o que eu mando. E eu não mandei ele ficar na vigília.

-Me desculpe, Cato. Da próxima vez eu acordo um de vocês. – Ela responde um pouco amedrontada.

-E você, vai dormir. Pode deixar que eu fico de vigília. – Digo ao Conquistador que larga a lança que segurava, e se deita sem dizer nenhuma palavra.

Pego a lança e assumo o seu posto. Como uma maçã para matar a fome.

Já sei o que faremos hoje. Iremos até a floresta para tentar achar Katniss. Assim, poderemos nos livrar logo do Conquistador. Ele não me parece nem um pouco confiável. Sei que suas feições de garoto bonzinho escondem muito mais além de um pobre garoto do 12.

Algumas horas depois, todos finalmente acordam.

-Vamos, hoje teremos um longo caminho pela frente. – Digo apressando todos.

-O que faremos de tão cansativo? – Pergunta Marvel.

-Vamos achar Katniss. – Respondo. Isso parece animá-los.

Reabastecemos nossas mochilas e seguimos caminho. Conquistador vai à frente, observando qualquer indício da passagem de Katniss.

Andamos bastante tempo e todos estão esgotados.

-Vocês vão querer continuar andando? – Pergunta Glimmer.

-Podemos passar a noite aqui. Talvez até apareça alguém pra dar uma elevada no percentual de mortos. – Diz Marvel.

-Ficaremos aqui então. – Confirmo jogando a mochila no chão, aliviando minhas costas.

Depois do “almoço”, estamos totalmente entediados. Tão entediados, que Clove resolve começar a treinar a mira em uma árvore há alguns metros de distância. Glimmer e Troop acabaram cochilando. Conquistador parece estar viajando e Marvel observa Clove atirando facas.

Clove suspira e se levanta. Vai até a árvore que usou como alvo e começa a arrancar as facas do tronco.

-Isso tá tão chato que daqui a pouco eles vão jogar alguns bestantes aqui pra ver se esse troço anda. – Comenta Clove.

Marvel solta um riso.

-Será que eles iriam gostar se nós matássemos alguns coelhos? – Ele pergunta com sarcasmo.

-Não seria uma má ideia. Pelo menos teríamos alguma coisa para fazer. – Comento. – Ei, Conquistador? – Digo, o que faz com que ele retorne ao mundo. – Você tem certeza de que sabe onde ela está?

-Sei onde ela costuma se esconder. Só preciso achar alguma pista.

-Então é melhor começar a procurar. – Avisa Marvel.

-Vou dar uma olhada por aqui. – Diz Conquistador enquanto se levanta.

Marvel me olha desconfiado como se estivesse esperando a minha opinião sobre a iniciativa.

-Marvel vai com você. Para se certificar de que você não vai fugir. – Digo.

Ele se levanta, pega uma lança e acompanha Conquistador.

-Anda logo. – Diz Marvel o cutucando com a ponta da lança.

Tempo depois, ouço um leve quebrar de galhos. Viro-me, mas não vejo nada. Olho para Clove que também procura pelo autor do som. Cutuco Troop que desperta rapidamente.

-Fica aí e toma cuidado. – Digo enquanto me levanto.

-O que está havendo?- Ela pergunta, mas eu e Clove saímos antes que eu possa respondê-la.

Seguimos o barulho escondidos entre os arbustos. Ele está aumentando e quando parece estar bem na nossa frente, porém não podemos vê-lo por causa das folhas, Clove pega uma faca e em um segundo se levanta e arremessa. Só então constatamos que nosso alvo se trata de um ser inofensivo: um coelho.

-Pelo menos agora temos um coelho. – Diz Clove enquanto tira a faca cravada na barriga do bicho. – Você não vai querer ele, vai?

-Não precisamos.

Enquanto caminhamos de volta ao acampamento, ela puxa assunto.

-Matou muitos no Banho de Sangue?

-Alguns. Uma garota que eu acho que era do 10, os dois do 7, o do 6 e o garoto do 4.

-Você matou o do 4?

-Sim. Ele não faria diferença. E você? Matou quem?

-Pouca gente. A garota do 3 e o garoto do 9. Por pouco não mato Katniss.

-Por que você não matou Katniss? – Pergunto um pouco pasmo.

-Ela estava brigando com o garoto do 9 por uma mochila. Ele estava na frente dela, então o matei. Quando ele caiu, mirei bem na sua cabeça, mas ela se protegeu com a mochila. – Diz Clove chutando uma pedra. – E ainda ficou com uma das minhas facas.

-Você conseguiu muitas? – Pergunto relembrando das várias facas que ela estava jogando na árvore.

-Acho que todas que estavam lá. – Ela diz enquanto abre o casaco, mostrando o colete repleto de facas de vários tipos e tamanhos. – Ainda tenho muitas na mochila.

Chegamos ao acampamento e lá está Troop sem entender nada até agora.

-O que houve? Onde vocês estavam? – Ela pergunta segurando uma lança em posição de ataque.

-Achamos ter visto um tributo pelos arredores. Mas era só um coelho idiota. – Esclarece Clove mostrando a faca suja de sangue.

-Puxa, levei um susto. Achei que algo tinha acontecido e que vocês estavam fugindo.

-Mas nada aconteceu. E por aqui? – Pergunto.

-Nada.

De repente, lá estão Marvel e o Conquistador.

-Encontraram alguma coisa? – Pergunta Clove.

-Nada. – Avisa Marvel.

-Que ótimo Conquistador. – Diz Clove irritada.

-Vamos caminhar até o anoitecer. – Digo pegando a minha mochila. Todos obedecem e Marvel vai acordar Glimmer.

Glimmer acorda se espreguiçando.

-Perdi alguma coisa? – Ela pergunta.

-Nada de importante. – Diz Marvel. – Vamos. Cato quer continuar a caminhada. – Ela também se levanta e pega sua mochila. E seguimos caminho.

Começa a anoitecer quando a símbolo de Panem surge no céu, mas na há nenhuma morte. Logo em seguida, paramos para reabastecermos nossas garrafas de água em um pequeno lago. Caminhamos mais um pouco.

-Vamos ficar aqui. – Digo soltando a mochila.

Me sento e como uma barra de proteína.

-Vamos acender uma fogueira. Pelo menos o fato de termos ficado andando por aí rendeu alguma coisa. – Diz Conquistador indicando alguns galhos que eles conseguiram recolher.

-Certo. – Respondo.

Ele acende uma pequena fogueira. As noites são cada vez mais frias. Os Idealizadores devem estar mexendo na temperatura por aqui. Coloco o meu capuz do casaco.

-Quem vai ficar de guarda essa noite? – Pergunta Troop. Ela é a única de se lembra disso entre nós.

-Eu posso ficar. - Digo. Todos concordam.

Com o tempo, todos vão adormecendo. Até que só resto eu acordado. Durante a noite, um ou outro barulho me deixa em alerta, mas nada de perigoso. Só o vento ou algum animal andando. No final da madrugada, acabo cochilando.


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Notas finais do capítulo

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