E então, da porta verde saiu Fallon. Os cabelos rosas totalmente desarrumados, mas caminhava com as próprias pernas e parecia de tudo... Bem. Juntei o resto das minhas forças para correr para abraçá-la. Ela mal me vira chegar, mas também me abraçou suspirando aliviada.

-Fallon! Eu fiquei tão preocupada! Ainda bem que você conseguiu...

-E você achou que eu não conseguiria? Ah por favor, Rimmel, eu dou conta, claro! E você, está bem? – Falou, brincando. Eu a olhei, torcendo a boca, mas assenti. – Quem é aquele que está nos olhando? – Seu olhar focou outro ponto e eu me virei para saber do que ela estava falando. Seu olhar cruzava com o garoto de cabelos cor de fogo que me ajudara.

-Eu não perguntei o nome dele... – Lembrei-me e, meio que de repente, corri em sua direção. Parando a sua frente e dando-lhe um sorriso grato. – Ahn... Oi. Obrigada por tudo lá na arena, mesmo...

-Não tem de nada! Algum dia você vai ter que retribuir! – E riu um pouco sinistramente. Tentei rir, mas ele tinha um olhar provocativo e suas palavras não pareciam tão brincadeira.

-Então... Posso saber seu nome? – Perguntei por fim.

-Claro que pode. É Siegfried. – Respondeu-me, lentamente. Balançou a cabeça para jogar seus cabelos para trás, um tanto arrogante. – E o seu?

-Ahn... Rimmel. Enfim, obrigada. Era só isso que eu queria falar. Então... Tchau! – Falei rapidamente. Ele me intimidava, e eu não era boa com isso. Saí de lá o mais rápido possível e me juntei á Fallon.

Tínhamos conhecido esses meninos há horas e então estávamos preocupadas com eles porque não haviam saído ainda. Eu não entendia mais nada. Apenas ficamos esperando e torcendo. Depois de alguns minutos os dois surgiram pelas portas. Gregory estava completamente bem, Edward parecia cambalear um pouco. Eles vinham na nossa direção.

-Hey. Tá todo mundo bem? – Falou Gregory, mas Edward já parecia estar melhor, mas ainda parecia fraco. Nós duas assentimos e ficamos apenas lá, comentando coisas bobas e olhando a nossa volta. Muitos choravam pela perda dos poucos amigos que não conseguiram. Pelo que Edward nos contou, a arena dos pistoleiros foi a única que não sofreu nenhuma morte.

E a voz do além começou a falar novamente:

-Muito bom, aprendizes! Alguns não foram muito bem no teste, como podem ver. Mas parabéns aos que conseguiram. E não se esqueçam: muitos destes ainda estão por vir! Agora queiram por favor dirigir-se á floresta do leste. Lá saberão o que fazer! – E fora apenas isso que dissera. Nós suspiramos. Agora entendíamos com o que estávamos lidando. Sem mais delongas, fomos andando juntos para a floresta. Siegfried desapareceu depois de nossa pequena conversa.

Ficava um pouco longe, mas por tudo que havíamos passado, pareceu relaxante caminhar pelo campo.

Chegamos um pouco depois dos outros. Novamente tivemos que nos amontoar para ler o anuncio que estava colado em uma das árvores. Todos estavam lendo ele também.

Caros aprendizes!

Como todos sabem, GhostinHelm é a dimensão dos pesadelos, medos, monstros que matamos... Então iremos trabalhar muito com vocês a questão do psicológico. A coisa mais comum de se sofrer com criaturas de GhostinHelm são as ilusões. Causam pânico no inimigo e o atordoam por muito tempo. Por isso todos devem estar preparados! Vocês devem chegar ao centro da floresta onde um teleporte irá levá-los para um lugar seguro. Cuidado, isto é um labirinto e não há outro modo de sair! Uma vez que entrarem aqui, não saíram da mesma forma que ingressaram. Devem achar a outra saída.

Boa sorte,

A corte.