Sangue de Jogos Vorazes escrita por Ytsay


Capítulo 13
A apresentação


Notas iniciais do capítulo

Uma questão fica e se perde no ar, logo cedo, antes de irem para a avaliação(ou apresentação particular). E irão aproveitar da situação e do estado da protagonista para tentar fazer dela um péssimo tributo, e dificultar um pouco mais a sua curta vida. Boa leitura.



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Acordei sem necessidade de alguém me chamar, sei que essa parte é importante impressionar, mostrar que é capaz de vencer, mas eu não sei o que fazer para mostrar isso.

Tomo banho, me visto com o uniforme de treinamento e me vejo em um espelho, ainda deve ter tempo e tento ajeitar o cabelo em algo mais organizado, o máximo que consigo é uma trança em um coque, com todo o cabelo bem preso... Me vendo durante um tempo, não gostei, não gosto da minha cara tão a mostra, puxo a franja comprida como uma moldura para o rosto me escondendo um pouco, melhor.

Alguém bate na porta enquanto fala:

–Maya! May...

Eu interrompo:

–Já estou acordada Laara! Eu já vou !

–Não precisa gritar!

Enrolo um pouco e saio do quarto e vou tomar o café da manhã. Me ajeito na mesa ao mesmo tempo que Laara, que senta na cabeceira, e Giulen já terminando seu café na minha frente. Logo chega Pullker, também pronto para a apresentação individual.

Depois de um tempo, entre pegar tortinha e suco:

–Eu gosto da cor de seus olhos. - disse Pulker do nada - Será que mais alguém tem esses olhos?

–Bom... -interrompeu Giulen, passando geleia em uma torrada e me olhando -Com certeza é de família.

Depois antes que pudéssemos perguntar qualquer coisa Laara nos diz, se levantando e mexendo em um aparelho em sua mão:

–Esta na hora, vamos. - ela saiu da mesa nos levando. Eu encarava Giulen querendo perguntar por que da certeza e só pude decifrar umas palavras que ele sussurrou ‘ boa sorte’.

Fomos reunidos no refeitório, onde todas as mesas estavam juntas do outro lado e perto da saída, duas fileiras de doze cadeiras uma virada para outra. Passamos pelo corredor entre as duas fileiras, com os tributos dos primeiros distritos nos observando. Nos sentamos um do lado do outro, logo após as cadeiras que já estavam ocupadas. Nas mas do fundo estavam os do distritos 12 e 11.

Não demorou muito para todas as cadeiras foram ocupadas. E todos permaneciam em um silencio contagiante. À medida que eles foram sendo chamados, uma tensão dentro de mim aumentava, ainda não tinha conseguido pensar em algo que pudesse ser aceitável para uma boa nota.

Apos Anber, do 5, ser chamada eu já balançava minha perna descarregando um pouco da ansiedade. Apoiei os cotovelos nas coxas, juntei minhas mãos na frente dos joelhos e abaixei minha cabeça, me forcando a me acalmar e a pensar. Quando me chamaram a atenção na cadeira da frente, um estalar de dedos com um psiu, levantei a cabeça para ver quem era, o garoto do 7, ele parecia tranquilo e começou a me aborrecendo falando sem emitir som que eu era fraca, que éramos péssimos e também sobre as formas que segundo ele iriamos morrer. Ele estava me provocando e a garotinha do lado dele sorria prestando atenção no que ele falava e na minha reação. Ele me aborreceu tanto, que eu me levantei, transformando toda a ansiedade em raiva, e disse furiosa:

–Ver seu sangue ainda quente escorrer vai ser mais bonito que essa sua cara! Perdedor!

Ele se levantou também com cara de que ia dar uma resposta, só q ele foi chamado, depois apenas disse:

–Vou te encontrar na arena!- apontando pra mim e depois olhou para Pullker indo embora. Isso bastou para me desconcentrar dos meus avaliadores e o que iria fazer.

Depois que ele foi embora, sentei de forma raivosa na cadeira, sem ligar para os olhares e encarei logo a pequena do distrito 7, ela estava com um sorriso o tempo todo, achando graça das provocações e toda a cena. De repente ela olhou pra mim e mesmo sem uma expressão definida ela sentia alegria, e pôs-se a aproveitar a deixa do parceiro:

–Você fala demais, duvido muito de você, Criatura. - disse ela, depois recostou a cabeça na cadeira, onde seus pés ficavam fora do chão.

–Há bebê, não me provoque. Na arena a babá não vai estar perto pra cuidar de você. –respondi, apontando claramente o caminho pra onde foi o parceiro dela. Ela ficou vermelhada de raiva, ou de vergonha. Não sei e não ligo. E ficou me fuzilando durante uns minutos com os olhos. Quando ouviu seu nome sendo chamado, ela se levantou e em um ultimo ato, me deu um chute na canela se virou e deu uma corridinha como se nada tivesse acontecido. Primeiramente eu ignorei a dor, e me levantei querendo muito retribuir, mas ela já tinha se afastado e logo na porta por onde ela saiu um pacificador mal encarado, me olhava me repreendendo. Mancado um pouco voltei a sentar com uma raiva imensa retida.

Eu estava borbulhando de raiva por dentro, e a qualquer coisa poderia me fazer explodir. E ali não era o lugar certo. Até que eu fui chamada. Na hora eu fui já sem nervosismo e esquecendo completamente o que fui fazer, pensando apenas na peste e quando eu iria encontra-los. Cheguei ainda com a vontade de mata-los, peguei um peso, que era só para levantar, olhei para um alvo que era feito de duas laminas grossas de madeira recortadas na forma de um corpo, e com toda aquela raiva joguei o peso no alvo a uns quinze metros de mim, o alvo ficou em pedaços, logo a raiva passou e tudo havia acontecido bem rápido. Então percebi novamente onde estava, como se num pique o pensamento que foi escondido aparecesse, olhei para cima todos me olhavam de forma que não pude distinguir se era boa ou ruim, pedi uma desculpa tímida e fui fazer minha apresentação.

–Maya Malmer Distrito 8.

Escolhi um machado, talvez ainda pensando no garoto e na pestinha e que aquela poderia ser muito bem arma deles, e me direcionei a uma próxima estação. Me posicionei na frente de um de vários manequins, que eram de forma humanoide e feito de uma borracha dura, ajeitei minhas mãos na arma, a direita mais acima e a esquerda abaixo, e puxando o machado para minha direita o ataquei. Consegui quase parti-lo em dois, depois ataquei outro próximo deste, decapitando-o. Agradeci e me retirei, acreditando que minhas ações não foram nada boas.


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Notas finais do capítulo

que atitude explosiva dela não... enfim o que acharam, a foi uma boa demostração de habilidade?

:* e até a proxima.