A Garota Do Cachecol Vermelho escrita por Ana Luiza Lima


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo... espero postar sempre rápido assim!



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Estava decepcionado de novo. Agora pelo menos eu tinha Donuts e café, esqueci-me de repor o estoque de vodka.  Quando acordei na segunda feira, eu consegui finalmente quebrar meu despertador, e teria que comprar outro. O dia anterior não tinha acabado exatamente como eu imaginava pelo menos eu não tinha chorado.  Eu estava muito chocado para chorar, e eu já tinha quase colocado todas as minhas lágrimas pra fora nos dias anteriores. Não iria mais sofrer. Mas porque ela fugia, minha mente me contra dizia e eu só ficava mais confuso ainda.

Tomei banho no automático, me vesti no automático, tomei café no automático. Eu estava no modo automático, e acho que ficaria assim por um bom tempo. Andei na rua como se fosse mais um na multidão, e na verdade eu era. Ali em volta ninguém se preocupava se eu estava bem, se alguém havia me ferido ou talvez o que eu tinha feito nos últimos tempos. E pensei que talvez ela também não se importasse.

Tentei pensar em qualquer outra coisa que não fosse ela novamente, e lembrei-me de Beth! Eu tinha que ligar pra ela, se não ela ia me matar! Como eu cheguei 15 minutos mais cedo no trabalho e tinha entregado tudo direitinho na sexta para o Sr. Rogers, então ele só me olhou de canto enquanto com certeza mentalmente ele tentava achar um erro, pra acabar comigo.

Sentei na minha mesinha (que realmente era muito pequena), peguei o telefone e liguei pra Beth.

- Alo?

- Beth sou eu Benjamin!

- Ben! Porque não me ligou antes?

- Eu estou bem obrigada por perguntar... e eu não queria atrapalhar logo de cara seu casamento, por isso liguei agora.

- Não me engane sei que você esqueceu-se de ligar antes... – que droga! – mas eu estou bem sim!

- Eu não esqueci... Só não queria atrapalhar!

- Ok, Ben, sei... Mas nunca imaginei que meus primeiros dias de casamento poderiam ser tão bons como estão sendo!

- Fico feliz por você Beth...

- Ben, posso perguntar uma coisa?

- Sim, claro...

- La na festa eu vi você com a prima do Arthur, houve alguma coisa entre vocês? –E o assunto voltou. Eu me senti mal de novo, mas prometi pra mim mesmo que não ia deixar me abalar como antes. Ela não se abalava então eu também não iria.

- Não houve nada Beth, não se preocupe. Viva seus primeiros dias de casadas intensamente. Tenho que voltar a trabalhar, qualquer coisa me liga. Tchau.

- Tchau, se cuida.

Não adianta. Beth sabia. E ela iria ficar preocupada. Mesmo sabendo que eu não devia ter ligado pra não transparecer o que estava acontecendo, eu tinha que ligar. Era confuso. Fiquei feliz por Beth ela realmente parecia bem ao telefone, nem parecia à mesma Beth que estava sempre estressada com a vida. Espero que seja sempre assim.

Terminei o trabalho, e realmente naquele dia o Sr. Rogers percebeu alguma coisa, porque ele estava me provocando para ver se eu ia responder (não perdia uma chance de me despedir), mas eu não estava dando a mínima pra ele e o seus motivos de me odiar (que eu não sabia qual era). Eu desconfiava que qualquer coisa que o Sr. Rogers me mandasse fazer seria um teste, eu tinha quase cem por cento de certeza, tudo que eu fazia eu era observado, um dia ainda iria perguntar pra ele o que seria.

Sai pra almoçar fora e voltei pro automático. Minha mente estava vazia, eu precisava dar um descanso para ela. Sentei-me à mesa e pedi o prato mais barato que havia no cardápio. Mesmo tentando ficar em paz, eu não conseguia.  Tudo me fazia lembrar ela.

Pessoas morenas me lembravam ela. Roupas vermelhas me lembravam ela. Cafés e Restaurantes me lembravam ela. Perfumes fortes me lembravam ela. E eu me olhava e lembrava dela. Era como se ela estivesse comigo, mesmo não estando ali. E minha cabeça voltava para ela. Estava tão distraído que nem vi uma figura ruiva sentar a minha frente.

- Benjamin! – Uma voz calorosa e que me trazia boas recordações... Não podia ser...

- Anabelle! – Eu estava muito surpreso. E ela sorria pra mim. Que saudade!


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