O céu negro da noite se coloria dos vários fogos de artificio. Os dois garotos sentavam na varanda do apartamento do grisalho, Tsuna usava dessa vez um kimono alaranjado e sorria vendo os fogos de artificio, estava sentado em um banco e sorria calmamente a brisa fresca abria seu kimono levemente, exibindo o peito.

A porta se abriu, o tirando de seu pensamento e prestando atenção no garoto com pinta de delinquente a sua frente, e sorriu ao ver Gokudera ali.

-O maníaco do baseball dormiu, eu deixei ele no sofá. –falou respeitosamente e ficou ali, observando e analisando o menor.

-Obrigado, Gokudera-kun. –Tsuna sorriu, se escorando contra a parede e olhando os fogos na presença do outro.

Ele nem percebia que estava sendo analisado. Cada pedaço de pele branca estava sendo devidamente estudado por um par de olhos verdes atentos, mas Tsuna só tinha olhos pro espetáculo de cores que acontecia no céu da noite.

Gokudera lentamente se sentou ao lado de seu amado chefe, com um sorriso leve no rosto, analisando as feições juvenis e dóceis do menor.

-Gokudera-kun. –Tsuna chamou, finalmente. –Tem algo no meu rosto? –falou, tocando de leve a bochecha, procurando por uma mancha. –É o sorvete de antes?

-Juudaime. –Gokudera ficou em silêncio por um momento, e então saiu do banco e se ajoelhou perante o seu amado chefe.

-Gokudera-kun? –o grisalho havia segurado a perna do garoto, afastando um pouco do tecido do kimono que o impedia de ter a visão perfeita da perna e de parte da coxa. –Gokudera-kun!?! –o menor já estava surpreso, e ficou ainda mais assustado quando teve sua perna beijada pelo maior. –O-O que é que você tá...!?

-Desculpe, Juudaime. –ele pediu, com o rosto ligeiramente rubro de vergonha, mas não pelo que fez, e sim por uma humilhante derrota na batalha dos anéis.

Tsuna ficou sem reação, se questionando se mesmo depois de terem ganho e mesmo depois das feridas deles sararem, ele ainda carregava nas costas esse peso.

-Um beijo na perna significa obediência. –Ele falou, com os dedos descendo pela pele branca da perna de seu chefe. –Só quero que me perdoe por não ter sido forte o suficiente.

Um silêncio pesado recaiu sobre os dois, até finalmente Tsuna suspirar pesadamente, e se ajoelhar ao lado de Gokudera, depositando um beijo na bochecha do grisalho, esse ato fez os dois corarem bruscamente, até as bochechas ficarem vermelhas e se encararem apenas com o canto dos olhos.

-Eu não mereço, Juudaime.

-Merece sim. –Tsuna sorriu, silenciando seu guardião mais cabeça dura. –Você não ganhou, mas cumpriu minha ordem. –O som de mais um fogo de artifícios os fez levantar os olhos em direção a luz avermelhada cortando as trevas da noite. Nesse meio de tempo, Tsuna pousou a mão na cabeça de Gokudera fazendo um carinho doce e lhe dando um beijo na testa. –Estamos assistindo os fogos de artificio juntos, não estamos?