Conspiração Divina - Versão I escrita por Jubs C, Julia Brito


Capítulo 35
Respostas.


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente *-*

Capítulo freeeeesquinho *O* Espero que gostem ♥

Ah, recebi algumas perguntas, agradeço a vocês por se interessarem tanto pela fic ♥



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A surpresa era visível em meu rosto, e em minha mente as palavras de Charlote se reviravam como se nunca fossem parar, me lembrando de coisas que deveriam ser esquecidas.

O que Charlote queria dizer com "ela vai ser o fim de todos nós"? Não fazia o menor sentido, ela estava delirando, essa era a única explicação! Que tipo de risco uma humana, como eu, poderia trazes para seres como eles? Era estupidez e.

Evan se afastou alguns passos encarando o rosto dolorido de Charlote, enquanto analisava suas palavras antes mesmo de dizê-las.

Cuidadoso como sempre.

- Está blefando.

- Estou? - Charlote riu. - Pode achar que tudo o que eu disse é mentira, Evan. Mas sabe que eu não pensaria duas vezes em arrancar a garganta dela.

Evan a ignorou e eu procurei fazer o mesmo. Mas meu corpo não. Sua palavras gelaram meus ossos e fizeram meu peito arder, uma combinação estranha porém natural para o momento.

- Não me importa o que você pensa que irá fazer, Charlote. - Rebateu. - Porque isso é uma coisa que só será realizada dentro da sua cabeça. Quero saber quem está atrás dela.

- Muitos estão. - Respondeu Charlote, erguendo seus ombros discretamente, enquanto continuava a afagar seu pescoço. - Não posso nem contar quantos.

- Me dê um nome.

Novamente, a risada de Charlote imundou meus ouvidos. A gargalhada escandalosa e assustadora que deixou sua garganta só tornava tudo mais ameaçador. Eu estava começando a ficar assusta e sabia que, se não acalmasse esse lado, estragaria tudo.

- Faço muitas coisas Evan. - Respondeu, contendo o riso e encarando nós dois, porém seus olhos variavam entre nós se tornando frios ao encontrarem os meus. - Trapaceio, roubo, mas não conspiro querido.

- É claro que não conspira, Charlote. Afinal, iria conspirar contra quem? - Dessa vez, Evan quem se permitiu rir. Seus pés cravados no chão, firmes, como se nada pudesse o arrancar dali. - Você não serve a ninguém, nem ao Céu, nem ao Inferno e muito menos, aos homens. Então me corrija se eu estiver errado e aproveite para abrir o bico, e responda á minha pergunta.

Charlote se perdeu em pensamentos, seus olhos verdes cintilavam em minha direção, mas sua mente parecia ir muito além dali. Um suspiro escapou de sua garganta, mas ela o conteve, fazendo com que quase não fosse ouvido.

- Daniel sabe sobre isso. Sabe mais que eu. - Chiou. - Para de me torturar, Evan. Sabe como me sinto ao vê-lo com ela e ainda assim se rasteja e se humilha para salvar essa vida inútil!

- O que Daniel sabe? - Evan a ignorou. Eu não. Charlote não era confiável e nunca seria, eu sabia de seus sentimentos por Evan e também sabia que ela seria capaz de jogar sujo para ficar com ele. - Responda Charlote e acabarei com a sua tortura.

Meu coração falhou uma batida. O que ele estava querendo dizer com isso? As possibilidades eram suficientes para me fazerem afartar. 

Charlote sorriu e se aproximou, com certa confiança, como se soubesse que ele não iria impedir o contato. E Evan não o fez, apenas esperou que a mão delicada de Charlote encontrasse a pele gélida de seu rosto.

Respirei fundo e prendi o choro. Era estúpido de minha parte pensar que Evan ainda senti algo por ela, depois de tudo o que vivemos. Ele estava apenas jogando sujo. Só isso.

- Sinto sua falta querido. - Murmurou chorosa. - Sinto falta do tempo que passamos juntos, das noites que tivemos...

Sua voz se perdeu no ar, mas não antes de me alcançar. Aquilo era demais para mim e parecia que Charlote fazia de propósito. Meu estomago se revirou e eu virei meu rosto, na tentativa infantil de não ver aquela cena. Cogitei a ideia de tampar meus ouvidos e cantarolar alguma musica mentalmente, mas meu orgulho não me permitia tanto.

- Char, me diga - A voz de Evan era doce quando murmurou de volta. Eu já não tinha tanta certeza de que aquilo era apenas um golpe baixo. Continha um tipo diferente de carinho em seu tom, um tipo de carinho que eu não conhecia. - Quem quer matá-la? Se não fará por ela, faça por mim.

- Porque você a ama? - Charlote não me parecia racional no momento, não que ela já tivesse sido, mas parecia que daquela vez ela estava se superando. Como se estivesse sozinha com ele, tendo um momento mágico. - Porque não volta a me amar? Fiz tudo por você ,Evan e você me recusou. Me diga se é justo?

- A vida não é justa, Charlote.

Uma lágrima solitária se soltou de um dos olhos de Charlote, sendo acompanhada por um suspiro profundo. Uma de suas mãos tocou o peito de Evan e ficou lá, enquanto ela pensava e repensava em responder a pergunta que tanto atormentava à nós dois. Quando sua boca se abriu, a dor era eminente. Me perguntei como ela se sentia naquele momento e cheguei a conclusão que nunca gostaria de me sentir daquela forma.

- Daniel...

- O quê? 

- Daniel está atrás dela.

- Meu primo? - Balbuciei. Minha voz os acordou, retirando Charlote de seu mundo imaginário, a sugando de volta para a realidade.   Evan se virou para mim, como se confirmasse que eu ainda não tinha desmaiado.

- Acha mesmo que Daniel é seu primo? - A ironia voltou a sua voz e seus olhos me fuzilaram. - Daniel é o maior mentiroso que eu já conheci. Se alguém seria burro o suficiente para conspirar contra o Céu, esse alguém seria ele.

- Você está mentindo. - Sussurrei, observando enquanto Evan se aproximava de mim e contornava meu corpo com seus braços, ignorando completamente a presença de Charlote. Minhas lágrimas molharam sua camiseta preta e eu funguei em seu peito ao senti-lo depositar um beijo leve no topo de minha cabeça. - Ela está mentindo, não está?

Ao contrário do que imaginei não foi Evan quem respondeu. Charlote parecia atenta a nossa conversa e não mediu palavras ao responder.

- Pense o que quiser Melanie, não dou a mínima. - Retrucou. Não levantei a cabeça para encarar seu rosto, mas pude sentir Evan ficar rígido, como se o que se soubesse o que estava por vir. - Você tirou muito de mim, tirou a pessoa que mais amei por toda a eternidade. Não pense que vou perder a chance, mesmo que seja mínima, de vê-la sentir ao menos a metade da dor que me proporcionou.


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Notas finais do capítulo

E então? Ficou bom?
Meu Deus, eu tava com tanto medo de postar esse capítulo!!!!!!!
Vocês devem estar morreeeeeendo de raiva de mim, e eu entendo, juro! Mas era necessário galerinha. Daniel, sempre foi o culpado na minha mente D:
Digo, o culpado entre aspas. Ele persegue a Melanie e por enquanto é só!

Bom, mas me digam o que acharam e por favor, não sejam más ):

Até a próxima ♥

Perguntas: ask.fm/fanficsask



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