Conspiração Divina - Versão I escrita por Jubs C, Julia Brito


Capítulo 14
Confessada.


Notas iniciais do capítulo

Capitulo chato :X Fazer o que né?

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Boa leitura!



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Eu não sabia o que responder. Minha cabeça rodava e minhas pernas ficaram bambas, pude sentir minhas mãos suarem e sabia que a única expressão que permanecia em minha face era a de surpresa. Procurei por algum traço de mentira em sua voz ou em seus olhos, mas os olhos de Evan nunca foram tão firmes.

No meio de toda aquela neblina que quase nos cobria, os olhos de Evan pareciam ainda mais escuros, poderia compará-los com um vale negro, aonde na entrada, havia um grande aviso para turistas, com letras grandes dizendo: não entre, não é seguro.

Mas ainda assim, eu não acreditava. Mesmo se ele fosse o assassino de Amber, coisa que eu não engolia, porque me admitiria para mim ali e agora?

– Você está mentindo. - Sussurrei, na tentativa de permanecer firme e colocar certeza em minha voz. Mas o passo em falso que eu dei para trás, me entregou. - Você não a matou. Não teria coragem.

– Você quem está dizendo. - Ele riu irônico. - Melanie, você só está vendo o que quer ver.

– Eu estou vendo a verdade! - Rebati. - Você não a matou.

– Você está tentando convencer a si mesma disso. Mas, no fundo, sempre soube que tinha sido eu. - Por um instante pude notar uma ponta de tristeza em seu olhar, mas que se desfez antes que eu tivesse certeza de tê-la visto. - Deveria ter escutado, Daniel. Você deveria ter ficado longe de mim.

No fundo, não era apenas eu quem estava tentando me convencer de suas palavras. Evan também parecia exitante ao dizê-las, ele também tentava se convencer de que aquilo era a verdade. Mas não era. Eu sabia que não era.

– Você está dizendo isso, para que eu vá embora não é? Para que eu o odeie? - Despejei, dando um passo, ainda incerto, para perto dele. - Se queria tanto meu ódio, porque fez com que eu o amasse?

– Porque eu precisava, que você me amasse. - Disse de forma mecânica, como se tivesse planejado aquele diálogo, antes mesmo que ele acontecesse. Ele se aproximou de mim, e de uma forma estranhamente carinhosa, tocou meu rosto. - Para tê-la aqui, aonde você está.

Sua voz era suave e seus olhos não eram mais mortíferos, como minutos atrás. Eram quase... doces, se não fosse a dor estampada neles.

– E o que pretende fazer agora? - Perguntei. Minhas pernas estavam bambas novamente, mas não por surpresa ou medo, mas porque aquela era a reação delas quando Evan me tocava. - Vai me matar?

Ele não respondeu, seus olhos permaneceram fixos nos meus, espelhando toda a dor que sentia e a dividindo comigo. Aquela foi a sua deixa, sua mentira mal contada não tinha mais validade. Não para mim. Num surto de adrenalina, encostei meus lábios nos dele, de leve, só um toque. Um toque desesperado.

Evan não me afastou como eu pensei que faria, pelo contrário, senti sua resistência se desfazer e seus dedos encontrarem a pele de minha cintura, ultrapassando minha blusa quente. Seus dedos gélidos me fizeram arrepiar e em seguida me deram uma coragem absurda. Eu estava disposta a esquecer cada palavra que ele disse, porque era isso que deveríamos fazer com mentiras.

Lancei meus braços em seu pescoço, sentindo sob meus dedos a pele macia de sua nuca, ele me apertou mais contra ele, sua língua descobrindo a minha, nossas respirações se misturando como se fossemos apenas um. Por um momento seus lábios deixaram os meus e desceram até a pele de meu pescoço, me fazendo arrepiar, mas não de frio e sim de um calor que eu não sei de onde saía.

– Me desculpe.

Ouvi sua voz entre cortada em meu pescoço. Seus beijos depositados lá se tornaram leves, como beijos que minha mãe me dava depois que eu caia no quinta. Ele estava triste. Eu estava triste.

– Porque disse aquilo? - O apertei contra mim, sentindo seu rosto se esconder na curva do meu pescoço. O momento "quente" tinha ido embora, mas tinha dado lugar a um momento melhor ainda.

– É a única forma de você ficar segura. - Murmurou em resposta. Senti uma lágrima escorrer de um dos meus olhos, mas eu a limpei antes que caísse. - Eu não posso ficar com você, Mel. Mas também não posso deixá-la ir. Estava tudo correndo bem até eu olhar para você, e quando... quando eu vi a tristeza nos seus olhos eu soube que não poderia mais... - Ele suspirou, erguendo seu rosto para me encarar. - Não posso mais ficar longe de você. Nem por um segundo.

– Então não fique. - Toquei seu rosto com as pontas dos meus dedos, e então sorri de leve. - Nunca mais.

– Eu queria tanto, tanto, que fosse simples assim.

– E porque não é?

– Existem coisas maiores que nós, Mel. - Sussurrou. - Coisa que vão muito além da sua compreensão.

– E nós não podemos ir contra elas? Só para variar?

Evan riu.

– Talvez. Vale a pena tentar.

E então selou nossos lábios de novo. E todo aquele calor que tinha partido, estava de volta. O sol queimava levemente meu rosto, nas vezes em que teimava em tentar passar pela neblina, mas aquilo não me incomodava. Eu estava ali, com Evan, o que mais poderia importar?

Não restavam mais dúvidas de que Evan não era o assassino de Amber, nada mais poderia perturbar minha mente. A única coisa que rondava minha cabeça, era a melhor coisa à se pensar: eu queria beijá-lo pelo resto da minha vida.

Apertei meus braços em volta de seu pescoço e senti suas mãos grandes me aproximarem dele, quase nos fundindo. Era uma sensação única. E apesar de ele já ter feito aquilo diversas vezes, essa fora a primeira que eu senti que era verdadeira, que não havia nenhuma brecha entre nós.

Evan me puxou pela mão me levando para dentro de casa, eu sabia que o clima ficaria mais quente lá dentro, e contava com isso. Eu o queria, e sabia que ele me queria, nada mais importava para mim.

Senti minhas costas baterem no sofá de couro da sala, afundei nele quando senti o peso de Evan sobre mim. Nada exagerado, mas com leveza, eu quase não o sentia. Suas mãos correram minhas pernas sobre a calça jeans, alternando vez ou outra, para a minha cintura. Minhas mãos ainda eram indecisas, eu não sabia ao certo o que fazer, mas elas se aconchegaram quando eu as descansei em suas costas.

Sua boca desceu até meu pescoço me fazendo suspirar, perdendo uma batida quando ouvi sua voz rouca próxima ao meu ouvido.

– Não sei como pude pensar em ficar longe de você.

– Nunca mais pense nisso. - Rebati, tentando manter o tom de minha voz alta o bastante para que ele pudesse ouvi-la sobre meus suspiros. - Eu amo você, mais que qualquer outra coisa no mundo. - Agarrei meus dedos em seus cabelos e puxei seu rosto para cima, encarando seus olhos. - Você estava certo, acho que nos conhecemos de outras vidas.

– Eu amo você. - Respondeu, grudando nossos lábios em um leve selinho. E para não perder a mania de fazer graça com tudo, completou. - E eu sempre tenho razão.

Sorri abertamente pela primeira vez naquela manhã. Pela primeira vez em um longo período.

Antes que Evan voltasse a encostar nossos lábios, senti meu celular vibrar no bolso da minha calça. O nome que brilhava no visor, não era nenhuma surpresa para mim.


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Notas finais do capítulo

E aaaaaaai? Aaaah, to postando umas coisinhas na página, então qualquer coisa passem lá e se tiverem duvida em algo me perguntem ;)

Me digam o que acharam!! HEUHEEUHUE

Bom, é só.

Beijos ;*



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