Conspiração Divina - Versão I escrita por Jubs C, Julia Brito


Capítulo 11
Desejo.


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo *---------*

Espero que gostem ;)

Nos vemos nas notas finais! Boa leitura ♥



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A cabana não poderia ser, exatamente, nomeada de casa, mas era aconchegante e parecia um bom lugar para se morar. O piso de madeira antiga, fazia barulhos leves quando me movia, as paredes, também de madeira, deixavam passar vez ou outra o assovio constante da brisa do mar. Um som gostoso, que depois que você se acostumasse, lhe faria dormir em uma espécie de paraíso.

O espaço não era grande, e nem bem preenchido. Ainda havia uns cantos em que Evan não havia colocado nada, era apenas coberto por um vazio imenso. Um sofá de couro emoldurava o lugar e dava um ar chique para uma coisa tão simples. A televisão posicionada à sua frente, completava o requinte. Uma cortina, que parecia der décadas, permanecia inteira, colocada atrás da televisão. O vento fazendo com que ela flutuasse com leveza, mostrando, quando se afastava do vidro, toda beleza que era escondida. Logo ao lado, próxima a porta uma lareira, que parecia ter sido acessa à tempos, queimava e esquentava todo o ambiente.

Á frente, pude ver uma escada e embaixo dela um comôdo que provavelmente era uma cozinha improvisada, uma luz leve vinha de lá, como se não fosse elétrica, uma luz como a de um lampião. Encarei a escada e olhei para Evan, como se perguntasse se podia subir até lá.

Ele apontou para escada sorrindo, entendendo completamente meu olhar.

Me aproximei da mesma lentamente, notando como era bem feita. O corrimão era totalmente contornado por desenhos sem sentido, mas que o deixava simplesmente belo. Era algo incrível de se ver, tudo parecia ter sido feito à mão. Os degrais não eram tão diferentes do corrimão, completamente desenhados com um pincél negro, levemente molhado com tinta, apenas para dar um toque clássico. Tudo aquilo parecia ter épocas, talvez aquela casa fosse sua herança.

Terminei se subir os degrais, escutando Evan atrás de mim. Ele não parecia desconfortável por eu estar ali, parecia apenas, ancioso para saber o que eu acharia do lugar.

Não encontrei mais nenhuma porta, quando cheguei ao último, pude ver claramente uma cama de solteiro posta ao lado de um vitrô e em cima da mesma, uma janela feita delicadamente com um vidro claro que mostrava o céu nublado de Rockford.

- A noite é mais bonito. - Disse ele, olhando para a janela para qual eu olhava. - Foi ideia de uma amiga. - Murmurou. O encarei. - No começo eu não gostei, me parecia claro demais. Aí então me acostumei. - Deu de ombros finalizando sua frase. Voltei a olhar para a janela, não demorando muito lá, continuando minha tour pelo quarto, com os olhos.

Era tudo certo demais, colocado em seu devido lugar, como se ele fosse uma daquelas pessoas obsecadas por organização. Mas ainda assim, nada muito escandâloso. Um armário de madeira saia da parede e assim como todos os detalhes da casa, ele era perfeitamente detalhado. Eu já tinha visto guarda-roupas embutidos em paredes, mas nenhum me pareceu tão magestozo como aquele. Era simplesmente incrível!

- Não é lá grande coisa. - Murmurou. - Não costumo trazer pessoas aqui para cima, por isso nunca me preocupei em arrumar nada aqui.

- Então porque me deixou subir? - Rebati de imediato, o que o fez rir, se sentando na cama.

- Não sei. - Deu de ombros. - Acho que não consigo negar nada para você.

Senti meu rosto arder, mas procurei disfarçar, me movendo para perto do armário e tocando o auto relevo desenhado dele.

- O quão antigo isso é? - Me vi mudando de assunto. Afinal, o que eu poderia responder para ele?

- Algumas décadas. - Novamente, Evan deu de ombros. Ouvi seus passos e senti quando ele parou logo atrás de mim. Alguns centímetros ainda nos separavam, talvez uns trinta e cinco. Pude sentir sua respiração pesada imundar minha nuca, me fazendo arrepiar brevemente. Em seguida, ele se aproximou mais, diminuindo aquela distancia, deixando que apenas uma luvada de ar nos separasse. Prendi a respiração. Seus dedos se moveram para frente e tocaram o guarda roupa. Voltei a respirar.

- Foi um presente de uma velha amiga.

- É lindo. - Murmurei.

- Você é mais. - Sussurrou em meu ouvido.

Tudo bem, eu não esperava por essa. Mas não era nenhuma surpresa que ele viesse com flertes depois de eu praticamente lhe contar  que estava apaixonada. Mas ainda assim, pude sentir meu coração falhar uma batida, minha respiração voltou a perder o controle e minhas mãos suaram. Procurei respirar fundo, fechando meus olhos, tentando me concentrar na vida real, e sair de perto dele. Mas era difícil pensar em qualquer coisa, na verdade, eu mal conseguia raciocínar!

Seus lábios tocaram meu ombro, descoberto pela falta de blusa de lã, e naquele momento minha regata não servia de nada. O contato de seus lábios quentes em minha pele fria, me fez perder o resto de sanidade que eu tentava ter, suas mãos também não queriam me ajudar, passaram lentamente da minha bacia para a frente de meu corpo, seus dedos ardendo sobre o tecido de minha blusa. Eu estava enlouquecendo, tentava manter o controle, mas não queria mantê-lo. Nunca tinha desejado ninguém como o desejava, era quase... mortal.

Como se eu precisasse dele, mais do que de mim mesma. Era clichê dizer isso, eu sabia que era, pois era isso que eu pensava quando lia livros de romances. Mas eu nunca tinha sentido nada assim. Eu daria qualquer coisa para beijá-lo novamente. Por mais errado que fosse, por mais que eu só estivesse pensando em mim mesma ao desejar aquilo. Só que pela primeira vez era em mim que eu estava pensando. Não no que Daniel ou o resto da cidade ia pensar, mas no que eu ia pensar, no que eu queria. Lidaria com qualquer coisa se tivesse a certeza de que ele me queria tanto quanto queria Amber. Era orgulhoso pensar isso, e era horrível! Eu estava traíndo a memória de Amber e pior que isso, eu não estava me importando. Não naquele momento. Talvez depois, eu passasse a noite em claro me lamentando por ter sido tão fútil, mas não agora, não ali. Porque eu sabia que só uma coisa me faria lamentar mais, eu sofreria muito mais se não deixasse que meu corpo fizesse o que minha alma tanto almeijava.

Me virei para ele, encontrando de imediato seus olhos escuros que me analizavam, eram tão desejosos quanto os meus, o que fez com que uma coragem desconhecida tomasse conta de mim. Subi minhas mãos em direção à sua nuca, e deixei que meus dedos se agarrassem aos fios curtos de seu cabelo. Aquela foi sua deixa, ele apertou mais suas mãos, agora na parte de baixo de minhas costas, e juntou seus lábios nos meus. Pude sentir a diferença entre aquele beijo e o de mais cedo. Esse não tinha dúvidas, ele sabia o quanto eu o queria e isso lhe dava motivação para continuar. Eu sabia que poderia me desepcionar em deixá-lo saber o quanto eu precisava dele e eu sabia que se me perguntassem o motivo desse amor tão imediato, eu não saberia responder. Nem eu mesma sabia de onde vinha. Era apenas como se, estivesse adormecido à muito tempo e de repente, tivesse acordado com mais força do que nunca.

Senti minhas costas baterem com força, no guarda roupa, fazendo um gemido escapar de minha boca. Ele suspirou, colando mais nossos corpos. Minhas mãos não conseguiam se decidir aonde ficar, mas se acomodaram quando eu as passei sobre a pele de suas costas, por debaixo da camisa. Eu não tinha a minima ideia do que estava fazendo, mas sabia que era o que eu queria. Suas costas estavam levemente suadas, um suor frio. Arrastei minhas unhas por elas, fazendo com que Evan me apertasse mais nele.

Voltei a correr meus dedos pela pele de suas costas, tentando esquecer qualquer problema que pudesse assombrar minha mente naquele instante. Seus lábios estavam quentes e dançavam em uma sincronia incrivel junto aos meus. Eu poderia morrer ali, no calor daqueles braços firmes, que me rodeavam. Era tudo tão complexo, tão forte, como se de alguma forma, eu já pertencesse á ele antes mesmo de saber.

– Eu amo você. - Murmurei contra seus lábios, levando uma de minhas mãos até seus cabelos e as  apertando lá, numa tentativa boba de lhe mostrar o quanto eu o amava, o quanto eu o queria.

– Você não pode me amar, Mel. - Sua voz saiu rouca, passeando pela pele do meu ouvido, me fazendo enrijecer instantaneamente. - E eu não posso amar você.


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Notas finais do capítulo

Ai ai ai *--------* Tava doida para chegar nessa parte *O*

Vocês devem estar pensando, mas porra Julia, eles vão transar tão rápido? E a Julia já adianta: NÃO! U_____U Ainda tem umas coisas para acontecer.

Outra coisa que deve estar passando na cabecinha de vocês: esses segredos do Evan, quando serão revelados. Eles vão ser, um por um, mas no seu devido tempo. Não vou apresar nada. Porque apesar de a fanfic não ser longa, as coisas vão acontecer em seu devido tempo, ok?

Ah, mais quantos capitulos, Julia? Menos de trinta hahah D: Pois é :c Mas tá longe ainda. Porém, quem sabe eu a aumente né? Depende do decorrer da história.

E pra finalizar, não adianta me apresarem ou dizer que eu estou fazendo as coisas acontecerem rápido demais. Tá tudo planejado e se eu mudar, ou diminuir a velocidade vai perder o sentido :C

Bom, enfim, enfim, depois desse desabavo, me diga: o que acharam? *----*
Amanhã tem mais um ou dois, ok? Depende da minha criatividade hahah ;)

Beeeijos ♥



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