Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 5
A Identidade do Misterioso Garoto - Parte II




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297260/chapter/5

CAPÍTULO 005

Palmon finalmente retornou ao grupo, mas estava deprimida e não conseguia chegar perto de Rose. As crianças resolveram continuar a caminhada rumo à cidade mais próxima. Logo Jin viu luzes um tanto distantes, os demais também viram e concluíram que era a Cidade dos Brinquedos. Eles correram o mais rápido possível e chegaram na entrada da cidade. As crianças ficaram impressionadas com o que viram: casas iguais casinhas de bonecos, brinquedos por toda a parte, luzes pisca-pisca, enfim era um sonho para todas as crianças. Eles foram bem recebidos por um grande digimon urso, Monzaemon.

─ Bem-vindas, crianças digiescolhidas. Sou o prefeito desta cidade, por isso aceitem as minhas cordiais ajudas ─ disse o urso ─ aqui vocês encontrarão tudo o que precisam, existe comida, água fresca para beber e tomar banho.

─ Oba, agora eu vou correndo tomar meu banho, obrigada ─ disse Rose correndo desesperadamente, seguida por Palmon.

─ Rose espere ─ disse a digimon.

─ Obrigada, senhor Monzaemon ─ agradeceu Mia abraçando o ursão de pelúcia. ─ Nunca pensei que seríamos tão bem tratados assim.

— É uma honra ajudar os digiescolhidos na missão. Vamos, aproveitem e durmam cedo. Amanhã eu farei um Ataque dos Corações em vocês, para ficarem alegres.

Cada criança escolheu uma casa diferente pra ficar. Rose estava tomando um banho numa banheira em uma das casa. Trancou a porta do banheiro, Palmon ficou atrás da porta esperando sua parceira sair. Rose estava péssima e com a consciência pesada por ter sido tão grosseira com a sua digimon.

Enquanto isso, Mia e Betamon faziam uma competição para ver quem comeria as frutas mais rápido. Betamon colocou tudo de uma vez na boca que foi direto para o estômago em segundos.

─ Hã? Como você fez isso? ─ perguntou a garota horrorizada.

─ Eu estava com muita fome e resolvi comer logo de uma só vez. ─ Betamon olhou para as frutas que Mia tinha e pediu mais. ─ Mia eu quero mais...

─ Não. Você não respeitou as regras. A regra só era válida quando eu dissesse JÁ ─ a garota deu as costas por um momento e quando se virou teve uma surpresa ─ Olha só Betamon, você agiu... Betamon cadê você? Cade minhas frutas? ─ Tanto ele como as frutas haviam desaparecido ─ BETAMON!!! SEU LADRÃO!!! VENHA CÁ!

Ela pegou uma panela e correu atrás do digimon arrebentando a casa toda.

Jin ficava o tempo todo com o seu tablet querendo ver quem mandara aquele e-mail estranho com um mapa da Ilha Arquivo.

─ Achou alguma coisa, Jin? ─ perguntou Mushroomon.

─ Ainda não. É muito estranho isso.

─ O quê?

─ A pessoa que mandou este mapa quer nos ajudar, mas prefere ficar no anonimato.

─ O que você tem em mente?

─ Nada, por enquanto. Vamos dormir.

Ruan e seu digimon estavam revirando um baú velho para encontrar objetos antigos e restos de metais para Hagurumon comer ─ pois ele, como era um digimon máquina, não comia coisas orgânicas.

─ Achei uma coisa aqui, uma bateria de um brinquedo ─ disse o rapaz.

─ Passa pra cá, eu como.

─ Tem muita coisa neste baú, entulhos, baterias... serve pra você que come isso.

─ Ruan por que você não se entende com a Rose? Vocês vivem brigando.

─ É melhor não falarmos sobre isso. O que é isso? Um violão? Que ótimo, eu tocarei um pouco ─ o rapaz começou a tocar violão numa melodia suave.

─ Isso é bom de ouvir, Ruan ─ disse o digimon.

Então os digiescolhidos puderam passar uma noite tranquila e confortável, cada qual debaixo de um teto. Rose dormia abraçada com Palmon na cama. Jin dormia no colçhão e Mushroomon em outro. Mia e Betamon dormiam juntos na cama, o digimon se mexia demais chegando a empurrar a garota que caiu no chão, mesmo assim ela continuou dormindo. Hagurumon dormia, mas Ruan continuava acordado, sentado na janela admirando o céu. Ele ficou assim por um bom tempo.

O dia raiou na ilha, dando vida a mais aventuras. As crianças acordaram e, para surpresa de todos, Mia havia preparado um bolo de brigadeiro com alguns ingredientes que havia numa dispensa. Monzaemon foi muito generoso em dar tudo isso aos digiescolhidos. Era de se esperar de um digimon do tipo vacina.

...

Alguns quilômetros dali, na Cidade do Princípio, Impmon torturava Elecmon pisando em suas costas. O pequeno vilão era cruel e pisava constantemente no pobre digimon.

─ Argh... O que você quer de mim? ─ perguntou o digimon torturado

─ Os digiescolhidos estão vindo pra cá, nessa direção. Você fará um pequeno favor para mim. Diga a eles para irem na direção da montanha central.

─ Eu nunca farei isso!

─ Vai fazer sim ou eu mando o Picodevimon destruir esses bebês agora. O que acha? ─ o digimon demorou muito a responder. ─ PICODEVIMON MATE OS BEBÊS!!

─ É pra já, chefe.

─ Espera! Não faça nada com os meus bebês. Eu o farei.

─ Agora sim estamos nos entendendo ─ disse o digimau roxo dando um sorriso maléfico.

Impmon colocou as mãos atrás da cabeça e começou a assoviar. Saiu andando como se nada estivesse acontecido.

...

Os digiescolhidos se arrumaram para partir da cidade. Antes, Monzaemon fez o que prometeu e jogou vários corações neles que logo ficaram felizes, mas a aventura não podia parar e eles tomaram o caminho.

Rose, antes de prosseguir com a jornada, pediu perdão a Palmon.

─ Palmon, perdoe-me. Eu fui muito dura com você, cheguei a jogar o digivice no chão, mas depois peguei arrependida.

─ Eu só queria conversar, mas você foi muito má.

─ Palmon, me perdoe — disse Rose se ajoelhando e segurando nas mãos da digimon. ─ Perdão?

─ Sim, eu te perdoo ─ as duas se abraçaram chorando.

─ Olha aí uma cena rara de se ver ─ disse Mia.

Portanto, eles foram a caminho da cidade mais próxima, a do Princípio. Jin mexia sem parar no tablet agora com um guia da ilha; Ruan ficou com o violão e era o único que permanecia calado. Eles pegaram a estrada.

Logo atrás deles, o par de olhos azuis bem chamativos... O garoto misterioso seguia-os de perto. Ele fazia isso desde o começo da jornada na ilha e sempre ficava escondido. Com um binóculo, ele observava cada passo que davam, cada movimento que os heróis faziam. Era um mistério um rapaz assim. Ele viu que os garotos chegavam na próxima cidade.

─ Eles cairão na armadilha de Impmon.

Impmon chegou no acampamento dos digimaus juntamente com Picodevimon. O comandante ordenou ao digimon morcego que fosse atacar as crianças com os Bakemons. Eles foram no encalço deles.

Cidade do Princípio

Mia e sua turma ficaram maravilhados com a cidade. Muitas cores, o chão que lembrava um pula-pula, bebês por toda parte, digitamas também. Eles descobriram que os digimons nasciam de ovos chamados digitamas. Rose e Palmon ficaram pulando enquanto que Elecmon, um tanto desconfiado, pedia para eles seguirem no caminho da montanha central.

─ Vão por este caminho. Na montanha Mugen tem as respostas para suas perguntas ─ disse o digimon guardião dos bebês.

─ Estranho, aqui no mapa mostra que devemos ir para a aldeia de Leomon. Não é por ai ─ disse Jin mostrando o mapa.

─ Mas justamente o Leomon foi pra lá ─ retrucou Elecmon com um pingo de suor na cabeça.

─ Você parece nervoso, se sente mal? ─ perguntou Betamon.

─ Não, não, é engano seu.

─ Então vamos indo, temos um dia longo de caminhada ─ concluiu Ruan.

Eles foram na direção errada, na direção do inimigo. Impmon observava tudo de longe e alegrou-se com o resultado de seu plano maléfico. Apenas ficou com raiva ao perceber que Palmon se reconciliou com sua parceira.

─ Aquela idiota voltou com a humana. Preciso mudar meus planos.

No caminho para a montanha Mugen, eles começaram a sentir calafrios. Os digimons sentiam uma presença maligna por perto e ficaram de guarda. Os Bakemons apareceram.

─ AHHHH! — gritou Rose assustada. — São fantasmas!!

─ Não, são Bakemons. Eles são digimaus ─ explicou Palmon.

Picodevimon logo apareceu também, para surpresa de todos.

─ PICODEVIMON!! ─ disseram todos.

─ Seus pestinhas, pensaram que eu havia sido destruído? Ha ha ha, eu que vou destruí-los.

As crianças e seus digimons correram rapidamente, deixando Picodevimon furioso. Então ele ordenou que os Bakemons fossem atrás deles.

...

Base Secreta de Weiz

Weiz, o colega de conselho de Gennai, estudava um certo digimon. Ele estava sentado à uma mesa de vidro com vários hologramas. Apareceu a imagem de Impmon na mesa. Os olhos esverdeados, quase azuis, ficaram cerrados. Os punhos do loiro ficaram firmes.

─ Como eu te odeio...

Dracmon, um digimon vampiro, apareceu diante do seu chefe. Weiz desligou os hologramas.

─ Não sabe bater na porta não, ô idiota?

─ Desculpa, senhor. Só vim avisar que detectamos uma anomalia no espaço-tempo no mar de Dragomon.

Weiz ficou pensativo. Pediu que o pequeno vampiro preparasse o Mekanorimon para si. Minutos depois saiu da nave dirigindo o digimon-transporte.

─ Preparem o portal para o mar das Trevas.

Darcmon, sua secretária, ficou bastante preocupada.

─ Senhor, tem certeza que quer ir para o mundo das trevas? Lá é perigoso.

─ Não fique preocupada. Toda a escuridão que está neste mundo, fui eu quem criei. Apesar de já não ter mais controle, eu sou o único dentre os cinco do conselho que não morre exposto nas trevas.

O portal abriu e ele passou.

O Mar das Trevas não mudou nada. Ainda continuava escuro, calmo, preto com branco. O homem ficou observando uma distorção acontecer no meio do mar. Ele mergulhou com o Mekanorimon e verificou no fundo da água o que estava caracterizando a distorção. Logo ele finalmente conseguiu ver.

─ Um Patamon?

Um Patamon no meio do mar provocava a distorção.

...

Ilha Arquivo

No caminho dos digiescolhidos, havia uma caverna e o garoto misterioso logo chamou-os. Pela primeira vez ele falou e se mostrou aos demais.

─ Por aqui, venham! ─ disse o rapaz.

As crianças foram para dentro da caverna. Os Bakemons e Picodevimon passaram direto. Eles agradeceram e Mia logo o reconheceu.

─ Eu ja te vi antes na praia.

─ Sim, me lembro de você e seu Betamon.

─ Você é um digiescolhido. Eu vi seu digimon ─ continuou Mia.

─ Sim, eu me chamo Paulo Victor, sou brasileiro. Eu tinha chegado antes de vocês. Venham mais para dentro, senão eles perceberão que estamos aqui.

─ Nossa, você é um gato! Obrigada, Paulo Victor. Nossa, este grupo possui pessoas de vários países ─ disse Rose ao mesmo tempo que admirava pela beleza do rapaz deixando-o corado.

─ Você foi muito bondoso conosco, obrigado ─ disse Jin.

─ Obrigado ─ agradeceram os digimons.

─ Valeu brother, fez mais do que a obrigação. Devia ter se juntado ao grupo como nós, mas não o fez ─ disse Ruan.

─ Ruan, por favor, seja educado ─ disse Hagurumon.

─ Ei, cadê o seu digimon parceiro? ─ perguntou a líder do grupo.

─ Ele foi buscar ajuda com o Leomon. Ficarei na entrada para esperá-lo.Fiquem aqui, não saiam daqui, senão os digimaus irão pegar vocês.

─ Depois volte, hein lindinho ─ falou Rose.

Paulo Victor foi para a entrada da caverna e saiu. Ficou alguns metros distante com os braços cruzados e logo soltou um sorriso maléfico. De repente, um Monochromon, que estava fora, entrou na caverna, pois esta era a caverna desse digimon. Um poco depois ouve-se o grito de Rose...

─ AAHH!!

O rapaz pôs as mãos na boca e começou a gargalhar de tanta felicidade. Ele não parecia ser tão confiável assim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!