City Of Evil - Fic Interativa escrita por Roli Cruz, Eileen Harvey


Capítulo 34
Shit - Misha


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Graças a sugestão de mariatheberge, os capítulos agora terão o número do Distrito ao lado do nome de cada tributo.
Espero que gostem.
Beijos



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Pov. Misha McKenna (Distrito 3)

O primeiro dia de treinamento foi... Um tanto quanto forçado, na falta de melhor palavra.

Claro que eu estava longe de me preocupar realmente. Minha maior preocupação era sair o mais rápido possível da Cornucópia com uma bolsa não muito longe, já que essas têm mantimentos piores ou em menos número que outras mais próximas da concentração de bolsas.

Acredito em meu potencial para achar abrigo, minha vida inteira fora assim. E eu ainda tinha Alejo, quem eu realmente achava ter conseguido a confiança. Só precisava ficar viva e ativa tempo suficiente.

Fui passando de ala por ala, tentando aprender um pouquinho de cada coisa. Claro que fui muito melhor em sobrevivência e armadilha do que lança e espada, assim como luta corpo a corpo, mas eu não estava me preocupando demais.

No fim do dia eu estava andando pelo saguão de entrada, onde tínhamos chegado ao sair do trem. Não tinha conseguido dormir e duvidava que conseguisse. Estava em êxtase por saber que minha vida como eu a conheço logo acabaria. Claro que de um jeito ou de outro ela mudaria, mas eu esperava que para melhor. Eu era, de longe, a mais franzina de todas as garotas e garotos dali.

Andando, achei uma porta entreaberta, de onde eu ouvia vozes. Cheguei mais perto sorrateiramente e me encostei. Minha audição era mil vezes melhor que a visão.

No início achei que alguém estava chorando, o que era totalmente compreensível. Mas apurei o ouvido e detectei a voz de outra pessoa, mais grossa que a primeira, e emitia sons parecidos.

Tentei chegar mais perto, ver se captava algo mais, uma conversa ou algo assim, mas os sons eram repetidos, ora com mais intensidade, ora mais suaves. Abri um pouco a porta e reconheci o cômodo como sendo a cozinha. No final, duas figuras se abraçavam. Estreitei os olhos, tentando distinguir através da escuridão. Os sons ficaram mais altos e eu reconheci como gemidos. Arregalei os olhos em um movimento inconsciente e levei as mãos à boca, para que não percebessem minha presença.

Fiquei paralisada, meus pés pareciam não querer me obedecer. Eu precisava urgentemente sair dali, antes que comprometesse minha vida antes de chegar na Arena.

Me distanciei devagar, ainda olhando para a cena e me virei, batendo o corpo contra alguém, soltando um som agudo de surpresa enquanto caía no chão. Olhei de relance para a pessoa e me rastejei para longe, levantando precariamente e disparando para o elevador que, felizmente, estava com as portas a me esperarem.

Merda. Dois Carreiristas e um mentor. Eu não poderia ter deixado minha situação pior.


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Notas finais do capítulo