City Of Evil - Fic Interativa escrita por Roli Cruz, Eileen Harvey


Capítulo 31
I Love You, My Darling - Griff


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Pov. Griff Grimjow

 - Por favor, Yvanoe. – Repeti, bloqueando a porta, para que ela não pudesse passar. – Só cinco minutos, eu prometo!

 - Não Griff, não é permitido. E você sabe muito bem disso. – Ela fechou a cara, tentando passar. Me coloquei em sua frente e fiz um beicinho que era para ser fofo.

 Ela suspirou e me olhou feio.

 - Por favor... Eu prometo obedecer ao horário. – Insisti.

 Minha mentora passou a mão nos cabelos e me olhou, cansada.

 - Cinco minutos cronometrados. – Ela apontou um longo e fino dedo moreno para mim. Sorri largamente.

 - Você é demais, sabia?

 - Não bajule demais, senão o tempo diminui. – Ela revirou os olhos, me puxando pelo braço para o quarto dela.

 Entramos e ela fechou a porta, enquanto eu sentei na cama enorme dela. Fiquei observando a mulher procurar algo em sua gaveta.

 - É muito difícil de ser usado? – Perguntei, passando a mão nos cabelos distraidamente.

 - Não. – Ela deu de ombros, se afastando do armário. – Aqui. – Ela estendeu a mão e um tipo de controle remoto estava sendo oferecido à mim. Peguei-o e examinei o objeto. Era um tanto quanto comum demais para meu gosto.

 - E como faço para calibrar direto para ela? – Perguntei, virando aquilo de ponta cabeça. Yvanoe pegou o objeto de minha mão e mexeu em alguns botões. Me entregou e me olhou com uma sobrancelha erguida:

 - Quando estiver pronto, aperta esse botão azul e espera a imagem ficar quase perfeita. – Ela foi até a porta e apontou dois dedos para os olhos dela e depois para mim. – Cinco minutos, Grimjow.

 Sorri e esperei que ela fechasse a porta. Fui até ela e a tranquei. Voltei para o centro do quarto e suspirei.

 Meus batimentos cardíacos estavam extremamente rápidos e eu sentia um misto de felicidade máxima junta com desespero.

 Fechei os olhos e prendi a respiração, apertando o botão.

 Nada mudou de primeiro momento, mas então eu abri os olhos e senti algo como um soco na boca do estômago.

 Naomi estava ali. Era um holograma, eu sabia disso, mas era muito mais real do que eu imaginava. Do que eu esperava.

 Seus cabelos castanhos estavam presos em um coque desajeitado, ela estava jogada em cima da cama com um livro. Sua barriga estava mais saliente do que o dia da Colheita.

 - N-Naomi? – Chamei, tentando chegar mais perto, mas meu esforço não teve efeito.

 Ela olhou para mim e então arregalou os olhos, indo para trás instintivamente.

 - GRIFF! – Ela exclamou, saindo desajeitadamente da cama. Ela se aproximou e tentou me tocar, mas sua mão passou direto. – C-Como... Como você...

 - Yvanoe me emprestou o dispositivo dela. – Sorri, sem acreditar que estava conversando com ela. Naomi parecia se encontrar no mesmo estado de choque.

 - É você mesmo? – Ela perguntou, chegando o mais próximo que conseguia. – Me diga algo que somente o meu Griff saberia.

 - Por onde eu começo? – Sorri. Ela continuava linda. Ainda mais, ouso dizer. – Sua fruta favorita é amora, você dorme com um bichinho de pelúcia chamado Elijah, sua paixão platônica é um cantor do século passado, sua cor favorita é amarelo e... – Hesitei, olhando em seus olhos que, mesmo com as falhas do holograma, continuavam com o mesmo brilho apaixonado que sempre tiveram. – Quando você me contou que estava grávida, eu havia acabado de te levar para o lugar mais bonito da praia. – E então não pude deixar de olhar para a barriga dela. Naomi sorriu docemente e passou a mão esquerda em cima da barriga.

 - Está grande, não? – Perguntou, sem tirar os olhos de mim.

 - Maior do que a última vez que vi. – Sorri, mas sentindo um terrível aperto no coração. – Naomi. – Me endireitei, olhando em seus olhos com pesar. – Quero lhe dizer algo importante.

 - Diga. – Ela me olhou, séria.

 - Se eu não fosse obrigado a entrar nessa Edição... Naomi, eu te juro, ficaria no Distrito para cuidar de você e do bebê.

 Ela abriu um sorriso amoroso e esticou a palma da mão, virando-a para mim. Fiz o mesmo gesto e encostei o máximo que podia, fazendo parecer que estávamos com as mãos encostadas.

 - Eu sei, querido. – Ela suspirou. – Mas você está aí na Capital. Vai entrar na arena, vai divertir todos da Capital e vai lutar até a morte. Talvez vença, talvez não...

 - Não diga isso. – Pedi, com a voz rouca.

 - É a verdade, Griff. – Ela respondeu firmemente. – Será ótimo se vencer. Poderá ficar comigo e com o nosso filho, ter uma vida ao nosso lado e talvez ser feliz...

 - Eu serei feliz ao seu lado. – A cortei.

 -... Do contrário... – Ela continuou. – Morrerá sabendo que há alguém te ama muito. Alguém que ficou com uma lembrança sua, uma lembrança eterna.

 - Morrerei sabendo que te desapontei. – Soltei, frustrado.

 - Não. Você foi forçado à ir. – Ela juntou as sobrancelhas. – Não coloque coisas nessa sua cabeça.

 - Sinto sua falta. – Falei, sentindo um grande impulso de pegá-la pela cintura, abraçá-la e nunca mais soltá-la.

 - Eu também, meu amor. – Ela sorriu fracamente. – Eu te amo, Griff.

 - Eu tamb... – Comecei a falar, mas o holograma foi ficando cada vez mais fraco, até sobrar apenas um Carreirista do Distrito 4 parado, com a mão estendida no ar. Se sentindo péssimo.


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Notas finais do capítulo