Alexithymia escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 5
Capítulo 04 — O ato de ser cínico.


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy gente! Mais um capítulo aqui e.... pfvr, comentem todos os que não estão comentando e a aquelas que vem comentando... um super obrigada a todas! Obrigada mesmo! Espero que gostem e... é isso ai.



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Eu estava tentando me recuperar do sono recente sentada no sofá quando a maldita campainha tocou e eu abri meus olhos em um segundo, de repente em alerta. Era cedo demais para Riley voltar da casa de sua mãe ou da empresa e minha vontade de deixar tocando era muito maior do que ser gentil com os vizinhos e atender a porta.

Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e ajeitei minha blusa amarrotada, ajeitando meu short que estava baixo demais. Eu estava completamente distraída ao abrir a porta, mas quando eu vi quem estava tocando na minha campainha a minha expressão foi de leseira para fúria. Eu tinha que ser educada com um dos Sócios da Wilder fora do ambiente de trabalho? Bom, não que eu saiba…

— Espera! — Edward colocou um pé para impedir-me de fechar a porta em sua cara.

— O que você quer comigo? — Empurrei mais a porta com os dentes trincados. — É algo sobre a empresa? Mande-me um e-mail se for. Se não for, nem me incomode.

— Eu só quero falar com você, Bella…

— Isabella. — O corrigi soltando a merda da porta quando percebi que toda a pressão que eu colocasse seria pouca diante ao imponente Edward Cullen. — Prefiro ser chamada de Isabella por Sócios da Wilder e desconhecidos.

Ele bufou, impaciente.

 — Não somos desconhecidos…

— Ah, somos, sim.

— Qual é o seu problema, Isabella? Só estou querendo esclarecer as coisas por aqui…

Você é o problema. Sempre é. — Falei aquilo como se fosse óbvio e cruzei meus braços, respirando fundo para o rosto de Edward Cullen não estar marcado por minhas unhas como era a minha vontade.

Ele se sentou na escada que tinha ao lado da minha porta e enfiou as mãos dentro dos cabelos cor-de-bronze, fechando os olhos como se fosse ele quem tivesse que se controlar. Por favor, ele quem teve a brilhante ideia de vir falar comigo e tinha que se controlar por isso? Esperei paciente — mais do que ele estava — que ele esclarecesse as coisas que já estavam brilhantes para mim.

Ele me olhou e desviou os olhos para a parede.

— O que está fazendo aqui? — Edward perguntou com o cenho franzido.

— Não te interessa.

— Olha… eu era uma criança naquela época, Bella… eu… eu… era muito mutável. Mas eu sinto muito por tudo aquilo, só depois eu vim perceber que você foi à única garota que gostara de verdade de quem eu era. E de um jeito errado e torto… eu… apaixonei-me por você também. Consegue entender a gravidade dessa merda?

Se eu ainda estivesse infectada por ele, com certeza essa frase faria meus olhos se enxerem de lágrimas e eu me jogaria nos braços dele. Mas eu tinha 24 anos e já tinha superado isso. Eu era de Riley e a única grande certeza que eu tinha na minha vida era que Riley era meu e que ele me amava tanto quanto eu o amava. Nada mais que isso.

— Não tem gravidade nenhuma nisso, Edward. — Eu murmurei, calma. — Passaram-se quase seis anos. Eu não sinto mais nada por você.

Ele olhou para o chão de novo e prensou os lábios em uma linha rosada e fina.

— Compreendo. — Ele assentiu. — Eu só quero que você saiba que eu nunca te… esqueci. Eu sinto muito também pelas merdas do passado.

Dei de ombros.

— Isso é uma grande besteira. Você está atrasado.

— Sim, eu sei, mas é melhor tarde do que nunca, não é?

— Talvez. — Olhei para a parede e prensei meus lábios para não escapar um silvo de “idiota” entre eles. — Se me der licença eu tenho que me retirar — E eu não te devo explicações, seu merda, pensei raivosamente. Ele sorriu de leve, assentiu e eu, aliviada por poder respirar novamente, me retirei sem nenhum sorriso.

Eu não estava feliz pra sorrir. A presença dele era minha infelicidade, não felicidade. Eu nunca senti felicidade verdadeira ao lado dele.

Sabendo que Edward não bateria em minha porta de novo, fiquei consideravelmente mais alegre ao preparar o jantar de Riley. Para afastar a desagradável conversa com Edward de minha mente, liguei o rádio enquanto cantarolava uma música qualquer. Antes não, mas agora eu tinha habilidade na cozinha o bastante para me distrair cantando uma música ao mesmo tempo em que cortava algum tomate ou qualquer outra coisa.

Tudo bem que eu tinha passado uma noite inteira sem vontade de comer por causa do medo que eu tinha de decepar um dedo meu — uma coisa que não passara muito longe. Eu ainda tinha a cicatriz no meu dedo indicador de alguns anos atrás quando eu tentei cortar uma cebola, rápido o bastante porque eu estava em uma das minhas competições idiotas com Riley na época da faculdade.

Claro que de vez em quando estávamos dementes o bastante para fazer isso hoje em dia, mas infelizmente era em número muito menos já que de vez em quando não tínhamos tempo nem para dormir direito. Uma das inúmeras partes ruins desse trabalho era que ele consumia todo o tempo possível e imaginário livre que possuíamos longe disso tudo.

De cem pensamentos meus, tenho certeza que noventa e cinco são para a empresa. Não que eu estivesse reclamando, eu tinha sorte pra cacete por ter essa enorme oportunidade. Eu nunca me imaginaria aqui no passado, nunca me imaginaria tão… sei lá, amada, talvez?

— Isso é um sequestro. — A voz de Riley sussurrou enquanto seus braços envolviam minha cintura e me agarrava com força contra o seu peitoral, seu rosto encostado em meu ombro. — Vamos para o quarto transar.

Eu sorri aliviada.

— Você ainda me mata de susto.

— Mas não é de susto que eu quero te matar. — Ele riu em meu ouvido, beijando meu pescoço enquanto suas duas mãos se espalmavam em minha barriga, trazendo-me para mais perto dele.

— O que houve com você? Está tão necessitado assim? — Eu gargalhei, virando-me na sua direção e prendendo seu casaco entre meus dedos, puxando-o para mim ao mesmo tempo em que com uma mão em seu peito o deixava longe o suficiente para olhar seu rosto.

— Faz exatamente cinco dias e doze ho…

— Não acredito que você está contando isso! — Exclamei, horrorizada.

Ele riu, fazendo alguns de meus fios de cabelos voarem pela sua respiração estar dentro deles. Riley apertou sua mão em minha cintura e me trouxe para mais perto dele, levantando seu rosto até seus lábios estarem nos meus, beijando-me com lentidão e suavidade. Seu nariz se esfregou levemente no meu e eu sorri entre o beijo. Torci meus dedos em seu cabelo e os deslizei para sua nuca, arrodeando a gola de seu paletó espesso demais para tudo que queríamos fazer no momento.

A primeira coisa que fiz antes de ele aprofundar o beijo foi livrá-lo do casaco do paletó e começar a desabotoar os botões de sua camisa.

— Esse balcão presenciou tantas coisas… — Murmurei para ele assim que ele me sentou no balcão da cozinha e deixou seus lábios caírem para meu ombro, puxando impacientemente a blusa que eu vestia para cima.

— A parede antes da porta do nosso quarto presenciou mais. — Ele disse. — Muito mais. — Ele completou, sussurrando em meu pescoço.

Ele o beijou suavemente, infiltrando sua mão por minha camisa até chegar ao fecho de meu sutiã. Riley deixou que eu tirasse sua camisa social por seus braços e logo em seguida tirou a minha blusa branca e larga.

— Tem alguma coisa queimando. — Sussurrei sem ar e vontade para me mover para longe dele e alcançar a panela que estava sobre o fogão. Ele fez isso por mim e quando ele virou seu rosto para o lado só para ver qual boca ele deveria desligar, beijei a lateral de seu pescoço, enrolando meus braços por suas costas e me agarrando a ele.

— Sabe — Ele começou, chupando meu pescoço e rindo porque sabia que eu odiava e amava aquilo ao mesmo tempo. As pessoas percebiam as marcas em meu pescoço quando eu me esquecia de maquiar e eu odiava quando elas ficavam rindo maliciosamente. Minha vida pessoal me pertencia e pertencia ao Riley, somente. — Eu amo aquela parede.

Eu ri assentindo e encostando meu queixo em seu ombro.

Os cinco dias e meio foram compensados perfeitamente naquela noite.

Depois de tomarmos banho e termos jantado, estávamos deitados de qualquer jeito no sofá, juntos como se não estivesse abafado por eu ter fechado a janela principal. Depois de algum tempo, eu aprendi a ter medo quando ela estava aberta e mesmo Riley estando comigo, eu sempre lhe deixava fechada porque eu tinha receio que qualquer coisa agora.

Não era bom ser medrosa. Não era mesmo. Mexi-me nos braços sonolentos de Riley e suspirei, mexendo meus dedos em seu cabelo. Ele despertou e olhou para baixo, observando com curiosidade o sorriso travesso que tomava conta de meu rosto.

— Sabe o que eu quero agora? — O indaguei.

— Ah não, Bella, nada de sorvete essa hora. Da última vez você ficou com a garganta inflamada pelo resto da semana. — Eu ainda não sabia como ele me conhecia tão bem.

— Está bom, papai. — Ironizei.

Ele revirou os olhos e suspirou.

— Por favor. — Implorei, apoiando-me em seu peitoral para me levantar e ficar meio sentada, fitando diretamente seus olhos. Aquilo sempre funcionava com ele, prova disso foi que Birdie desviou os olhos para o outro lado. — Por favor, amor. Por favor. Eu estou mais resistentes a essas merdas, você sabe.

Riley depois de muito resmungar que eu iria ficar doente no dia seguinte, foi pegar as caixas de sorvete. Enquanto devorava uma inteira, sozinha, reprimi minha vontade de tossir por estar gelado demais e me concentrei em assistir o filme ao lado dele. Fomos dormir de duas horas da manhã, aproveitando que amanhã seria domingo e não tínhamos hora para acordar.

Era o paraíso inteiro em apenas um dia. Domingo. Nada de acordar cedo ou se apressar porque tinha acordado dez minutos depois do que era previsto. Nada disso. Era apenas calma e paz, no entanto aquele domingo foi diferente porque Edward Cullen esteve no meu dia de paz. Ele parecia estar seguindo nossos passos do tanto que era impossível nos encontrarmos no meu restaurante favorito.

— Por favor, por favor, Riley. Não faça isso… — Meu apelo ficou mudo em meus lábios quando Edward se aproximou o bastante para escutar. Riley me olhou e desviou os olhos para o canalha que tinha uma garota ao lado, de cabelos curtos e expressão leve.

— Que surpresa encontrar vocês por aqui! — Edward disse.

— É, é uma grande surpresa. — Murmurei azeda. Ele deveria saber desde sempre que eu não queria que ele se sentasse na mesma mesa que eu no meu dia de paz. Edward Cullen trazia o inferno e o capeta quando aparecia no meu dia. Eu não o suportava.

— Alice queria saber se comida Italiana era boa. — Ele deu de ombros. — Será que poderíamos nos sentar com vocês? — Ele era mais folgado do que deveria ser.

Antes que eu pudesse grunhir “não” em sua cara de merda, Riley interrompeu meu ataque de raiva:

— Claro. Por que não? — Como sempre tão educado que eu tinha vontade de arranhar toda a sua cara só para ele saber o quanto eu odiei aquela atitude.

— Alice, essa é Isabella Swan e esse é Riley Biers. — Ele apresentou enquanto puxava a cadeira para que ela se sentasse a mesa. — Isabella e Riley, essa é Alice, minha irmã mais nova.

A tal da Alice sorriu para nós e apertou a mão de Riley, erguendo uma sobrancelha ao desviar seu olhar para mim. É, eu sabia quem ela era. Tínhamos três aulas juntas no colegial e… ela costumava ser minha amiga até eu a deixar de lado por seu irmão. De qualquer jeito, essa breve amizade passou a significar nada no dia que seu irmão me deu o fora.

— Eu me lembro de você. — Ela sorriu docemente, apertando minha mão quando eu a estendi.

Ela a puxou, me abraçando de repente.

— Caramba, você nem na formatura foi! Eu não recebi informação nenhuma sobre você, Bella. — Ela me abraçou com força e eu ainda bestificada com sua ação, abracei-a só para não deixá-la sem-graça. Alice sempre fora uma grande amiga. — Pensei que tinha acontecido alguma coisa com você. — A voz dela era ressentida.

Edward foi tão canalha que não contou a irmã o fora que me dera.

— Só não estava a fim daquela frescura toda. — Menti pra ela.

Alice ainda não tinha me soltado.

— O diretor chamou seu nome para lhe entregar o diploma e eu perguntei pra todo mundo onde diabos você estava, mas ninguém sabia. Ai Bella, têm sido anos tão difíceis… — Ela me soltou, segurando meus ombros e me olhando com os olhos marejados. Alice prensou os lábios e olhou para baixo. — Senti sua falta. — Sussurrou.

— Eu também, Alice, eu também.

Na verdade, eu só estava sendo gentil. Se ela não tivesse aparecido hoje eu sequer me lembraria da sua existência, porém Alice não tinha nada a ver com seu irmão. Ela sempre fora mais alegre, mais bondosa e mais sorridente que Edward e mesmo assim, com todas essas diferenças, eu fui cega o bastante para me apaixonar por um cara tão…

Não valia a pena pensar nisso agora.

— Então… conte-me… o que aconteceu? — Ela perguntou, acomodando-se novamente em seu lugar ao lado de Edward.

Esperei um momento para que Edward pudesse falar alguma coisa para me tirar daquela, mas de repente eu percebi que ele queria saber o que tinha acontecido comigo. Ele não fazia ideia e continuaria não tendo nenhuma se fosse por mim. Olhei para Riley e ele estava olhando para mim, prensando os lábios como se não soubesse o que fazer.

— Então… Alice? Você se formou? — Ele finalmente perguntou, me tirando daquela roubada.

— Ah sim, não poderia deixar a faculdade de lado depois do que…

— Alice. — Edward a interrompeu, um tom repreensor crescendo em sua voz.

— Ele não gosta de falar sobre isso porque odeia se lembrar do que aconteceu com nossos pais. Mas qual é o problema, Edward? Eles são nossos amigos agora e devem saber o que nos fez sumir por tanto tempo do mapa…

Franzi meu cenho, mais interessada do que deveria naquela merda. Edward quase fuzilou Alice com os olhos se eu não estivesse o observando com curiosidade. Desviei meus olhos de Alice quando Riley passou a mão discretamente em minha perna, chamando minha atenção para si. Ele estava tão tenso que eu quase podia sentir o seu ciúme mandando visão de raio para a mesa que nós estávamos sentados.

Eu quase o disse que tinha sido ideia dele, mas era melhor ficar calada do que causar uma briga logo no meu dia de paz.

— Nossos pais, Bella, eles foram… raptados e foram mortos lá. Ninguém sabe o motivo ou qualquer outro detalhe, mas… é isso. — Ela baixou o rosto, eu desviei por alguns segundos o meu olhar para Edward que estava fazendo círculos no pano da mesa, distraído. — É tão… horrível, sabe? Eu sinto tantas saudades deles…

— Sinto muito. — Disse a ela, apertando sua mão levemente.

Ela sorriu tristemente, suspirando.

— Talvez eu e você pudéssemos colocar o assunto em dia hoje de noite?

— Claro.

— Por que vocês não vêm jantar no nosso apartamento? — Edward perguntou e eu ergui uma sobrancelha, descrente.

— Ah, não creio que…

— Vai ser legal. — Riley interrompeu-me, sorrindo.

Não que eu estivesse exagerando ou qualquer outra coisa, eu apenas… passei o almoço inteiro sem olhar na cara de Riley. Ele sabia que o dia de domingo era especial para nós dois porque era o único dia que tínhamos para ficar inteiramente sozinhos e sem precisar fazer nada de importante para a Wilder, ele sabia que eu detestava Edward e mesmo assim estava fazendo com que eu ficasse no mesmo ambiente que ele mais de uma vez em um dia só.

E eu sabia, ele estava fazendo de propósito — o motivo ainda me era desconhecido.

Entrei emburrada no carro dele, cruzando meus braços e encostando a minha cabeça na janela como eu costumava fazer quando estava com muito sono ou muito irritada com algo que ele fez. E uma das várias coisas que ele sabia sobre mim era os meus pensamentos — ele começou a tentar decodificá-los na faculdade quando eu não queria falá-lo sobre algo. E até hoje ele conseguia “ler” o que tinha na minha mente, mas pelo visto isso não tinha funcionado ou ele ignorou o que eu gritava mentalmente.

E eu odiava quando ele me ignorava desse jeito — o que nunca tinha acontecido antes de Edward invadir a minha vida perfeita.

— Você sabia que eu não queria ir nessa merda. — O acusei assim que eu me cansei de minha língua coçando para que eu falasse algo.

— Bella, eu… só achei que seria bom você conversar com a Alice. — Ele disse, calmo. — Acredite, eu odeio quando você fica perto do Edward tanto quanto você, mas você fica muito tempo comigo. Quero que fale com alguém, está me entendendo? A Alice é uma companhia boa por algumas horas…

— Está dizendo que você está cansado de passar esse tempo todo comigo? — O indaguei, ressentida.

Ele revirou os olhos, virando-se com um sorriso nos lábios por alguns segundos.

— Você me deixa sair com meus amigos da empresa e fica em casa se entupindo de pipoca enquanto assiste Titanic pela milésima vez. Só quero que… fale com alguém sem ser eu.

— Eu não me importo em falar apenas com você. — Resmunguei me encolhendo.

Ele sorriu na minha direção e acariciou a minha coxa coberta pela calça jeans levemente e tirou sua mão de lá quando o sinal abriu e ele teve que trocar a marcha. Suspirei pesadamente e coloquei em minha mente as palavras de Riley “Eu tenho que conversar com alguém sem ser ele. É isso ou eu enlouqueço de uma vez por todas”. 


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor! Espero que tenham gostado! Talvez eu poste duas vezes semana que vem se tiver um alto número de comentários e é isso ai kkkkkk beijosss! ♥ Boa noitee.