Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 7
''u've got magic inside your finger tips''




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Cheguei na escola e acho que eu era o assunto do dia. Todos me olhavam como se eu fosse uma famosa, e ao mesmo tempo ansiosos para que acontecesse algo. Será que todos já estão sabendo? Procurei pela Mel, mas não a achei, então entrei na sala e lá estava o Pedro, a Melissa e as seguidoras do Pedro. Fiquei sem entender nada e então ele me entregou um buque de rosas vermelhas e ele segurava uma caixinha rosa de veludo.

–o que esta acontecendo? – perguntei.

–volta pra mim? – ele se ajoelhou e abriu a caixinha e lá estava um par de alianças.

–não.

Pude ouvir um coro atrás de mim dizendo ‘oh’ ao se chocarem com a minha resposta.

–por que não, La?

–primeiro: pra você é Laura. Segundo: eu estou namorando.

–isso é mentira. – a Melissa disse.

–eu não te contei Mel. Mas estou namorando...

–como assim você não conta pra sua melhor amiga?

–eu não tive tempo, você só sabe falar dos meninos e não dava espaço pra mim.

–e quem é seu namorado? – o Pedro Perguntou. – É daqui da escola?

–não. E não interessa pra você. quem é você mesmo? Nem lembro. Depois que você ficou popular seu ego cresceu tanto que você virou um lixo, junto com esses meninos, esses que se acham o máximo e que você dizia que são ridículos, mas agora são seus melhores amigos. Você não é o Pedro que eu conheci e isso faz de você uma péssima pessoa. Você é pior que verme, pra mim.

Sai andando e não olhei pra trás, a multidão não me deixou passar então não tive escolha e tive que ficar na sala, olhando pro Pedro com cara de decepcionado e pra Melissa com cara de ódio. Sinceramente, eu fiquei aliviada com isso... Agora o mais duro será contar com quem eu estou namorando.

O professor de geografia começou a passar matéria e eu fiquei prestando atenção, coisa que nunca acontece. Depois, na hora do intervalo, o povo não parou de me olhar e eu fiquei sozinha, pois a Melissa era a minha única companhia.

Dei graças a Deus quando o sinal anunciando o termino da aula tocou. Arrumei meu material e sai correndo. Mandei uma mensagem pro Ro, pedindo para que ele fosse em casa, afinal, preciso dele. O meu dia foi péssimo e só ele pra me fazer melhor.

–O garota, onde você pensa que vai. Você tem que me fazer entender algumas coisas. – a Melissa disse de uma forma vulgar.

–não devo explicação pra ninguém. Se você fosse minha amiga de verdade você me entenderia, mas você esta provando que é qualquer uma. Sai fora, Melissa.

Fui andando e ela ficou parada olhando pra mim como se eu fosse a pior pessoa do mundo. Nem liguei.

Fui rápido pra casa, morrendo de medo, pois o povo da escola é tão doido que é capaz de eles me baterem. O Ro estava do lado de fora, sentado na calçada quando cheguei e ele me deu um beijo tão apaixonado, como se fizesse 3 anos que não nos víamos, que eu até esqueci dos acontecimentos passados.

–você tem algum tipo de poder? – perguntei enquanto o abraçava no sofá.

–você me faz ser esse homem poderoso, minha diva.

–Para de ser bobo. – eu ri e o beijei.

Fiz um almoço especial enquanto ele esperava pela chegada da Luiza. Sentamos todos a mesa e comemos, rimos, conversamos, nos conhecemos melhor.

–Nós somos os três mosqueteiros. – a Lu disse e eu fiquei com vergonha por essa citação dela.

–Um por todos e todos por um! – o Ro disse e pegou o copo de coca, o erguendo-o para brindarmos.

Ao fim do almoço a Luiza não queria dormir, mas o Roberto disse que se ela dormisse depois levaria ela ate o restaurante e eles comeriam sorvete de novo, só assim mesmo.

Ficamos assistindo filme na sala, abraçadinhos, e nas partes chatas nos beijávamos... tão perfeito. Mas como já dizia Nelly Furtado e Di Ferrero ‘o que é bom sempre tem um final.’ A campainha começou a ser tocada desesperadamente e na hora que abri levei um susto.

–Melissa? Pedro?

– cadê seu namoradinho? Vou acabar com ele. Afinal ele roubou você de mim. – o Pedro disse.

–Sai daqui vocês dois.

–É! Sai daqui vocês dois, caralho. – o Roberto veio atrás.

–Roberto? – a melissa falou indignada.

–fecha a porta, amor. – o Ro disse e a fechou. – não de mole pra eles, pois tenho certeza que só querem ferrar você e te deixar pra baixo. E eu não vou admitir isso.

– será impossível, Roberto. E escola inteira vai se virar contra mim e isso não será nada bom.

–há pessoas que sobrevivem a isso. E outra... O fim do ano já esta próximo!

–vai ter a viagem de formatura! E meu pai já começou a pagar.

–mentira que vou ter que ficar 1 semana longe de você e você estará numa viagem cheia de meninos lindos, e interessantes e da sua idade e que vão querer te beijar, pois você é irresistível?

–verdade. Menos a parte que sou irresistível. Mas fica tranqüilo, pois não te troco por nada.

–agora eu to confuso e to querendo a minha mãe.

–Roberto, para com isso.

–sério, não to brincando. Acho que vou embora, preciso pensar.

–não Roberto, você não vai a lugar nenhum. Se eu to com você é porque não quero mais ninguém, então não precisa ficar com essa duvida que não faz sentido algum.

–eu confio em você, não confio nos outros. Hoje em dia não perguntam, só puxam e beijam.

–se tocarem em mim eu já vou dar um tapa. E minha mãe é psicóloga e diz ela que quando a pessoa fala ‘eu confio em você, não confio nos outros’ ela quer dizer que não confia na pessoa, ou seja, você não confia em mim.

–eu confio em você, juro que confio.

–eu não posso acreditar, serio. Agora eu que estou confusa. Pode ir embora se você quiser. – indaguei e sai andando para o meu quarto.

Adormeci e nem vi se o Roberto tinha ido embora ou não. Então depois que acordei fui ate o quarto da Luiza, que estava brincando de boneca.

–você tava chorando, Laura?

–não é nada, Lu.

–conta pra mim o que aconteceu? – ela largou as Barbies dela e veio em minha direção. Sentei no chão e ela sentou no meu colo.

–eu briguei com o Roberto. – comecei a chorar e ela me abraçou.

–mas o que ele fez?

–ele não confia em mim.

–que papo é esse? Olha, ele é um bobo. Mas você quer falar com ele de novo?

–como?

–a gente faz um plano e eu te ajudo a falar com ele.

–Luiza! – a repreendi.

–oh, você me leva ate o restaurante dele e eu converso com ele, daí vocês vão e se resolvem. – como uma menina de 7 anos tem um plano pra reatar o namoro da irmã mais velha? Só a minha mesmo, viu.

–não mesmo Luiza. O problema é meu e dele.

–se você não me levar, vou pedir pro papai.

–se você fizer isso não brinco mais com você.

–vou fazer isso então, porque você não sabe brincar direito. – ela falou e saiu correndo para a sala, pediu pro papai a levar pra passear e os dois saíram, antes que eu pudesse fazer algo.

Fui pra sala assistir algo, mas nada de bom estava passando, então acabei dormindo de novo e só acordei com uma pessoa perfeita me beijando.

–oi bela adormecida. – minha mãe disse.

–oi mamãe. Que horas são?

–sete e meia. Cadê seu pai e a Luiza?

–saíram, mas não me pergunte onde foram.

–vou sair pra comprar o jantar. Quando eles chegarem me avise, ok? Beijinhos.

Voltei a assistir TV, mas a campainha não demorou pra tocar e dessa vez era a pessoa mais linda do mundo.

–a Luiza falou com você?

–achei que você não sabia disso.

–achei que ela não faria isso. – bufei. – quer entrar?

–não posso, pois to cuidando do restaurante. Ela ficou La cuidando pra mim, enquanto eu faria a nossa operação secreta. Desculpa, Laura, eu não queria que você entendesse como desconfiança. Eu amo você e não quero te perder, tanto que farei tudo para que isso não aconteça.

–eu amo você também. – comecei a chorar (como eu sou besta) e o abracei, muito forte e ele retribuiu com um mais forte ainda. Nos beijamos, mas ele nem entrou.

–agora eu vou. Amanha a gente se vê? Tenho uma surpresa.

–ansiosa... Até amanha, meu amor.

–te amo, ta?

–te amo mais.

–impossível. – ele me agarrou e me deu mais um beijo. – tchau.

Fechei a porta e fiquei sorrindo a toa. Meus pais voltaram rápido e chegaram praticamente juntos, jantamos, e depois ficamos na sala assistindo TV.

–então quer dizer que você está namorando e não nos contou... – meu pai falou.

–desculpe-me, eu tava com medo e não tinha certeza se era namoro ou não.

–ele é bonito? Beija bem? Tem um sorriso arrasador? E o bumbum é grande? Tem barriga de tanquinho?

–mãaaaaaaaaaae. Para! – eu falei ao ficar com vergonha da situação.

–sua mãe é doida, não sabia não, Laura?

Já deve ter noção do resto da noite, né? Ficamos conversando sobre o Roberto e nosso namoro, minha mãe queria detalhes, enquanto eu ria e meu pai ficava com ciúmes. A Luiza ficava o elogiando, ai que me pai ficou mais bravo ainda. Mas nada de mais. Depois fomos dormir e não tive como não agradecer a Deus por ter me dado essa vida.


O despertador tocou e eu acordei no maior animo coisa que achei que não aconteceria. Coloquei o uniforme e fiz uma trança. Fui pro colégio e nada de diferente. A diretora começou a anunciar no megafone que teria um concurso na escola e seria um programa de talentos. Todos começaram a me olhar na hora ate que uma menina que nunca havia falado veio em minha direção e disse:

–oi. Acho que você deve se inscrever. Você vai ganhar na certa.

–eu não sei cantar sozinha.

–ah, conversa com a diretora e chama o seu namorado. Tchau.

–obrigada pela dica. Tchau.

Ai eu me pergunto... Como ela sabe que o Roberto é meu namorado? Bem, fui pra sala e todos começaram a me olhar como se fosse bichos ferozes perto a me atacarem. Teríamos que fazer duplas para um trabalho e decidi fazer com a Bárbara, uma menina isolada do mundo, mas que parecia ser um amor de pessoa.

Marcamos de ficar na escola depois do horário pra fazer tal coisa e logo em seguida o professor já começou a passar matéria em cima de matéria. não estava afim de ficar forever alone em um canto da sala, então perguntei se eu poderia sentar perto dela e ela ficou muito entusiasmada.

–Sempre quis ser sua amiga. – a Babi falou.

–nossa, isso é bom ou não?

–muito! Você é super top aqui na escola.

–bem, então se considere minha amiga. Formaremos uma bela dupla, sabe? Falando nisso... você sabe tocar algum instrumento?

–não. Só canto.

–primeira ou segunda voz?

–acho que fico melhor pra segunda.

–No intervalo vamos nos inscrever nesse negocio de talentos. E vou ver com a diretora se posso trazer a banda do meu namorado.

–ah, o menino do show? Eles tocam muito bem e são lindos.

–tira os olhos do vocalista. Ele é meu! – fiz cara de brava, mas depois rimos.

–sabia disso. Ele é o menos bonito.

–ainda bem! Menos uma na concorrência. – rimos mais ainda e o professor pediu para que fizéssemos menos barulho.

–quer chamar atenção? Coloca uma melancia no pescoço. – a Melissa disse e todo o grupinho riu.

–inveja é uma coisa muito feia e não é de Deus, Melissa. Deixa sua mãe saber disso... Ela vai surtar. – eu falei e todos da sala começaram a rir.

O professor pediu silencio, pois a sala virou uma bagunça. O sinal do intervalo tocou muito rápido hoje, puxei a Babi pelo corredor e fomos ate a secretaria. Perguntei pra moça se eu poderia trazer a banda do Ro e ela autorizou. Fomos pra cantina, comemos juntas e depois voltamos pra sala.

Voltei correndo pra casa, pois a ansiedade de ver a surpresa do Rô aumentava cada vez mais. Ao chegar em casa, liguei pra ele que disse que já estava a caminho.

Coloquei um vestido preto, soltinho e de renda, passei lápis, rimel e um pouco de batom e sentei na sala pra esperá-lo.



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