Start Of Something Good. escrita por story4you
-Rooooooooooooooo- a Luiza saiu correndo ao avistar o Roberto. – que saudade que eu tava de você! – ela pulos nos braços dele, e ele a rodou, no meio do restaurante.
-Luiza, para de causar. – a repreendi.
-deixa ela, Laura. Eu também estava com saudades... – ele a abraçou mais forte ainda e ela começou a gritar. – vai pedir sorvete, meu pai ta lá.
Ela foi correndo e eu fiquei olhando pra ele com cara de tacho.
-você ta bem? – indaguei.
-mais ou menos. E você?
-bem. Ta acontecendo algo ruim na sua vida? Olha, sei que terminamos, mas me preocupo ainda. – eu disse e sentei com ele na mesa onde ele estava
-eu, é, hm – ele pigarreou. – voltei com a Pâmela, mas isso não esta me fazendo bem. Ela não me entende, não é minha companheira, não sabe nada sobre mim.
-num relacionamento isso é necessário. Como ela não age assim? Bem, isso é terrível.
-sinceramente... é o que eu mais sinto falta em você. – ele ficou mexendo num papel que estava sobre a mesa e não olhou pra mim.
-você tem que conversar com ela e decidir isso... não pode ficar por isso mesmo, Roberto. – disse, fingindo não ligar para o que ele acabara de falar.
-não sei se consigo. Eu ainda, bem, ainda lembro de voce... muito.
-Roberto, esquece. Acabou, está bem.
-Ro, eu fiz um desenho pra você, faz muito tempo, mas não trouxe hoje, porque a Laura chata não deixou... vamos em casa pegar comigo?
-ele não pode Luiza. – eu disse.
-vamos sim, Lu. Só vou pegar minhas coisas e vamos já. – ele me repreendeu com o olhar, foi ate a cozinha, pegou a chave do carro e nos chamou ate a porta.
-onde você pensa que vai, senhor Roberto? – a mãe dele e uma menina disseram juntas.
-vou levar a Laura em casa.
-a Laura, Roberto? Não tem consideração por mim não? – a menina disse e no mesmo instante a reconheci: Pâmela...
-não é por ela. – ele fez uma pausa, olhou profundamente pra mim e... – é pela Luiza... ela quer me mostrar uma coisa.
-Você vai cair na conversa de uma criança? Ela só quer ajudar a irmã triste e abalada por ter perdido um homem como você. – ela se insinuou pra ele mas ele pareceu não ligar.
-eu vou levá-las em casa. Conversamos mais tarde. – ele puxou a Luiza e eu fui atrás, sem dizer nada.
-Vai querer ouvir que musica hoje, dona Luiza? – ele disse ao dar partida no carro.
- sertanejo.
Ele ligou na radio sertaneja e começou a tocar ‘’Te amo e mais nada’’ do João neto e Frederico e eu comecei a cantar baixinho.
-canta mais alto, Lala. Eu gosto de quando você canta essa musica no banho! – a Lu falou.
Então comecei a cantar um pouco mais alto e ele abaixou o volume do radio, pra dar ênfase na minha voz.
-sua voz está melhorando ou é impressão minha? – o Roberto perguntou ao estacionar o carro em frente de casa.
-só impressão sua. Luiza, pega logo o desenho pro Roberto. – eu falei e ela saiu correndo. – obrigada pela carona, Roberto.
-de nada. – ele ficou olhando pra mim, diretamente pros meus olhos, e segurou minha Mao quando eu tentei descer do carro.
Ele ficou me olhando e eu não sabia o que fazer. Comecei a suar frio, meu coração disparado, eu não conseguia pensar em nada. Foi quando ele me beijou, eu tentei sair, mas ele me segurou firme e me deu um beijo apaixonado.
-para, para, para, Roberto. – eu disse.
-eu precisava matar a saudade.
-matar saudade de que? Você tem a sua namoradinha, que é perfeitinha.
-não é a mesma coisa, Laura... eu não a amo como eu amo você.
-pensasse isso antes de falar aquelas bobeiras que acabou comigo. Agora é tarde... vou chamar a Luiza, ela ta enrolando demais. Obrigada pela carona... tchau! – sai do carro dura, tentando esconder o sorriso.
Gritei pela Luiza, ela entregou o papel pro Roberto, disse que era presente e voltou pra casa, enquanto ele foi embora. Ela ficou olhando com uma cara de que tinha me pego no flagra, rindo e com uma cara de esperta que estava me assustando.
-o que foi ein Lu?
-eu vi vocês se beijando. Ele vai ser meu cunhado de novo?
-nos beijamos, mas não voltaremos.
-Lu, volta com ele... ele é tão legal!
-Lu, você é muito nova pra entender, mas quando uma pessoa nos magoa é difícil esquecer. Mamãe sempre diz ‘quem bate esquece, mas quem apanha nunca esquece’. – fiz cara de tristeza e ela me abraçou.
-ele é bobo por ter te magoado. Você é a melhor Irma do mundo!
Fiquei assistindo desenho com ela, enquanto não parava de recordar aquele beijo dele, sua Mao na minha, o cheiro do perfume... será que ele pensa assim de mim? Bem, minhas expectativas acabaram, logo que me lembrei da Pâmela toda elegante, com uma minissaia que quase mostrava o bumbum e um salto de 15 cm chegando com a mãe do Roberto, a causadora de tudo.
Levantei-me e fui pro quarto, pois no dia seguinte haveria aula e teríamos de fazer uma redação com tema desconhecido até o momento.
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