My Friend,my Love escrita por Yui


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

One-shot - Nalu.



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LUCY POV'S ~~

– Ai meu Deus Levy, eu não tenho roupa! – gritava a loira, desesperada.

– Lucy! Pelo amor de Deus! Você já vestiu 316487 vestidos e todos ficaram lindos! – dizia a amiga sorrindo.

– Ai amiga, você não entende... – Lucy foi cortada.

– O Natsu vai estar na festa e você tem que estar perfeita! Estou sabendo, estou sabendo... – disse Levy olhando suas unhas. – Amiga, porque você não conta pra ele?

– Ah,Levy! É complicado! E se ele não sentir o mesmo que eu? Prefiro ter ele como meu melhor amigo do que afastado... – disse Lucy suspirando.

– Como assim “não sentir o mesmo”? ‘Tá mais do que na cara que ele te ama menina, todo mundo percebe, o jeito que ele te olha, te abraça, só você não percebe... – disse Levy arregalando os olhos.

– Então porque ele nunca falou nada? Você conhece o Natsu, ele não é de esconder nada de mim, e se fosse algo do tipo ele falaria... – ela disse indo em direção ao espelho.

– Vai ver ele tem o mesmo medo que você! – disse Levy com cara de “obvio”.

– Não sei amiga, às vezes também acho isso, ele me fala umas coisas, faz umas brincadeiras, mas depois é tão indiferente a esse tipo de coisa... fico confusa. Prefiro deixar rolar, se for para ser vai ser, se não... – disse a menina com o olho lacrimejado.


– Não Lu, não chora! Vamos se animar! Fica bem linda, porque acho que hoje esse bofe vai se tocar que você é o amor da vida dele! – disse Levy puxando a amiga para um abraço.


**

AUTORA POV'S ~~

Em 40 minutos as duas estavam prontas e se dirigindo à casa de Natsu. O som já estava alto e já tinha bastante gente. Elas entraram e foram encontrar com Erza,Juvia, Bisca e Cana, que também estavam lá.

– Hi girls! – disse Juvia.

– Nossa Luh! você tá linda, amiga! – disse Erza abraçando a garota.

– Um arraso mesmo! – concordaram as outras meninas.

– Realmente amigas, mas não supera a minha beleza! – disse Juvia balançando os cabelos. Sua risada informou as meninas que era brincadeira.

– Oh,desculpe se minha beleza é insignificante perto da sua. – soltou a menina, fazendo todas rirem.

– Ainda prefiro a minha loirinha! – disse alguém abraçando Lucy pela cintura.

Quando a menina se virou deu de cara com seu melhor amigo a fitando com um sorriso de canto.

– Natsu! – disse a menina abraçando o amigo. – Estava com saudade, não te vi ontem e nem hoje, me abandonou. – falou ela com um bico.

– Nunca! Eu estava ajeitando as coisas para a festa , não tive tempo nem pra respirar. Me perdoa? – disse ele com as mãos envoltas da cintura da menina, ainda sorrindo.

– Deixa eu pensar... – disse ela arqueando a sobrancelha.

As meninas que assistiam aquela cena resolveram sair.

– Luh, vamos lá buscar uma bebida tá? Beijo. – disse Levy piscando maliciosamente pra amiga.

– Ta bom Levy! – disse ela sorrindo bobamente, enquanto via as amigas saindo.

– E então, já pensou se me perdoa? – ele perguntou fazendo ela encará-lo.

NATSU POV'S ~~

– Ah,não sei! Você anda muito ocupado, acho que vou trocar de melhor amigo sabe... – ela me disse pensativa e se soltando dos meus braços.

– O que? – perguntei fingindo incredulidade. – Vai me trocar?

– Acho que vou, por quê? – ela fingiu estar distraída olhando as unhas.

– Você não vive sem mim garota! – eu disse abraçando ela e levantando do chão.

– Natsu! Me coloca no chão, seu louco! – ela gritava rindo.

– Então diz que não vive sem mim. – eu falava girando ela.

– Ta bom! Ta bom!Eu não vivo sem você!Você é tudo pra mim! – ela disse com os olhos fechados.

Meu coração acelerou. Eu sei que ela falava brincando, mas eu não podia me conter ouvindo aquelas palavras direcionadas a mim. Soltei-a do chão e a abracei, ela levantou a cabeça e eu encontrei seu olhar brincalhão.

– Eu nunca te trocaria, por ninguém. – ela disse me fitando.

Naquele momento ficamos nos encarando. Eu não conseguia desviar meus olhos dos dela. Parecia que estávamos tendo uma conversa através do olhar. Eu via vários sentimentos passarem por ali: felicidade, alegria, carinho, confiança... e por último um brilho estranho, algo que eu gostaria de pensar que era amor.

– O casalsinho... E tem a cara de pau de dizerem que são só amigos. – ouvi o Gray dizer.

Foi aí que paramos com o contato visual, ela olhou para algo atrás de mim, pude ver que estava encabulada.

– Ah! Não enche Gray! – eu disse empurrando ele.

– Você é chato hein! – Lucy disse para Gray.

– Ta bom ta bom, também amo vocês, mas, depois vocês namoram, a Polly tem que lá assar a carne primeiro. – ele disse rindo.

– Que Polly,o que?! – disse disfarçando minha vergonha.

Lucy riu olhando minha cara azeda.

– Vai lá ajudar ele! Depois a gente se fala. – ela disse bagunçando meu cabelo.

– Depois vou te procurar, tá bem? – eu disse a abraçando forte.

Era tão bom sentir a sensação do corpo dela ao meu. Eu queria tanto dizer a ela o quanto a amava, mas eu tinha tanto medo que o sentimento não fosse recíproco e ela se afastasse. Eu não aguentaria viver sem ela por perto.


***


A festa foi passando tranquilamente. As vezes eu ia procurar a Lucy e a encontrava dançando com as meninas e na maioria das vezes só ficava olhando. Eu poderia ficar com a garota mais linda do mundo, mas eu estaria pensando nela, Lucy. No seu sorriso, no seu olhar, no seu jeito e em como eu a amo... amo seus defeitos, suas manias, como ela fica furiosa quando mechem com qualquer amigo seu, enfim, tudo.

A festa estava no final. Fui andando pela casa pra saber quem ainda estava por lá, quando entro na sala vejo Juvia e Bisca conversando e Erza com a expressão preocupada fitando alguém no sofá. Corro meus olhos até lá e vejo Lucy quase desmaiando e tremendo. Meu coração dá um pulo e uma angústia me invade.

– Lucy! – chamei, correndo até ela e a abraçando.

– Ai Natsu, que bom que você apareceu! A Levy tinha ido te chamar! – disse Erza preocupada.

– O que aconteceu com ela, porque ela tá assim? – eu disse, beirando ao desespero.

– Hei, fiquem calmos, é o efeito do álcool – disse Juvia alternando entre mim e Erza. Depois parou o olhar em mim. – Ela bebeu demais Natsu, mas não é suficiente pra entrar em coma alcoólico. Ela só precisa de açúcar e descanso.

– Mas ela ta quase desmaiando,Juvia! – eu disse exasperado.

– Normal. – ela disse voltando a falar com Bisca.

– Natsu? – Lucy me chamou. – É você,Natsu?

– Sou eu sim. – eu disse fitando-a.

– Eu estou com frio,Natsu. – ela disse me abraçando mais forte.

– Vamos lá pro meu quarto, vou colocar você debaixo de umas cobertas. – eu disse pegando ela no colo.

Quando levantei,Levy apareceu afobada. Pedi pra ela a dar banho na Lucy e colocar umas roupas minhas que eu havia separado. Enquanto Levy dava banho nela, eu encerrava a festa e me despedia de todos. Voltei ao meu quarto e ela já se encontrava deitada debaixo das cobertas. Falei pra Levy ir embora que a partir dali eu cuidava dela. Pedi pra empregada trazer um chá e fiz ela tomar. Aos poucos ela ia parando de tremer.

– Tá melhor? – perguntei acariciando seu cabelo.

Ela acenou positivamente. O efeito do álcool ainda não tinha passado, mas ela estava razoavelmente consciente.

– Então agora dorme um pouco, descansa, qualquer coisa vou estar no outro quarto. É só me chamar. – eu disse dando um beijo na sua testa e saindo.

Entrei no quarto de hóspedes e coloquei uma calça de moletom e uma camiseta que eu tinha levado pra lá. Deitei com a intenção de dormir, mas algum tempo depois, ouvi a voz da Lucy me chamando. Corri desesperado pensando que ela podia estar tendo uma convulsão ou algo parecido.

– Que foi? – disse chegando perto da cama.

– Natsu! – ela chamava. – Natsu!

– Tô aqui! Que foi? – eu disse passando a mão no rosto dela e vendo que ela estava febril.

– Para de fugir de mim. Eu preciso de você. – ela disse com lágrimas escorrendo.

Estava delirando.

– Hei Lucy, acorda, eu tô aqui com você! – eu disse chacoalhando ela de leve.

Aos poucos ela foi despertando, arregalou os olhos quando me viu e me abraçou chorando.

– Eu te amo. Não fica longe de mim. Eu não posso viver sem você. Eu sei que você é meu melhor amigo, mas eu não posso evitar te amar assim, e eu não consigo mais guardar esse sentimento só pra mim. Mesmo você não me amando, me promete que não vai se afastar? Não foge mais de mim. Fica comigo pra sempre! – ela dizia chorando.

Fiquei atônito com aquelas palavras. Ela estava delirando, eu sabia, mas parecia tão real... Demorei pra voltar a minha dura realidade.

– Eu prometo, eu prometo meu amor! – eu disse abraçando-a forte, ela se afastou e me deu um selinho. Sorri abobado e a deitei na cama.

Aos poucos ela foi se acalmando e acabou por dormir. Sua cabeça estava em meu ombro e eu tinha enlaçando a sua cintura. Fiquei um tempo mexendo em seus cabelos esperando o sono ficar mais pesado. Quando fui sair ela me abraçou mais forte me impedindo de sair. Acabei dormindo com ela.


***


Acordei antes dela e fiquei a olhando. Aposto que não se lembrava de nada. Eu também não contaria nada. Não a parte do seu delírio, essa não. Ela começou a se mexer, estava acordando.

– Bom dia. – eu disse sorrindo.

– NATSU? – ela levantou assustada. – O que eu...? P-por quê? Ai! – ela disse colocando a mão na cabeça.

– Que foi? – eu disse sentando e levantando a cabeça dela.

– Minha c-cabeça tá doendo demais. – ela dizia com os olhos lacrimejados.

– Hei, calma! Vou buscar um comprimido pra você. – eu disse dando um beijo na sua testa e pulando da cama.

Voltei pro quarto ela estava deitada olhando pro teto.

– Trouxe seu comprimido. – eu disse sentando do seu lado.

– Obrigada  Natsu. – ela disse sentando.

Esperei ela beber e peguei o copo, colocando na cômoda.

– Natsu, o que aconteceu? – ela perguntou com a mão na cabeça.

– Você bebeu demais, Dona Moça. – eu disse com a expressão séria.

– E porque estou na sua cama com as suas roupas? – ela perguntou com a sobrancelha arqueada.

– Você passou mal, estava tremendo, com frio, pedi pra Levy te dar um banho, e falei que cuidava de você depois. Fiz um chá e te coloquei pra dormir, você teve febre de noite, delirou um pouco e falou umas coisas, mas ficou bem depois. – eu disse dando de ombros.

– Ata! – ela disse com expressão de alívio.

– Pensou que eu tinha te dado banho? – perguntei rindo. Ela me olhou sorrindo. – Eu adoraria sabe, mas achei melhor não. – eu disse deitando e cruzando as mãos atrás da cabeça.

– Seu safado! – ela disse batendo na minha perna.

– Ah! Vem cá vem! – puxei seu braço e fiz ela deitar comigo.

Ficamos abraçados em minha cama. Era a melhor sensação do mundo estar abraçado com a pessoa que ama, mesmo essa pessoa sendo sua melhor amiga e não te amando do mesmo jeito. Eu era especial.

– Natsu... – ela me chamou.

– Hm? – eu disse a fitando.

– No que está pensando? – ela perguntou.

– Em você. – disse sem pensar. Ela arregalou levemente os olhos e suas bochechas ficaram rosas. Tratei de concertar o que tinha dito. – No trabalho que você me deu ontem. Lucy e álcool não combinam. – eu disse rindo.

Ela olhou pra um ponto vago e sua expressão de alegria mudou pra tristeza.

– Que foi? – perguntei erguendo seu queixo.

– Hm, nada Natsu. Obrigada por... tudo. – ela disse me olhando.

– Não precisa agradecer. Eu faria qualquer coisa por você. – eu disse a olhando.

Ficamos nos encarando um tempo. E notei que estávamos cada vez mais próximos, eu alternava entre sua boca e seu olhar. Ela fazia o mesmo. Mas na hora H eu direcionei o beijo a sua bochecha e esperei aquela vontade enorme de capturar aqueles lábios passarem. Ela fechou os olhos e me apertou mais.

– Me conta o que eu falei de noite. – ela disse de súbito.

Engoli em seco. Não sei se deveria contar pra ela. Ela estava delirando. E se isso a afastasse de mim?

– Ah, era bobeira, eu nem entendi direito. – eu disse hesitando.

– Então porque hesitou? Te conheço muito bem Natsu, dá para saber que você está mentindo. – ela disse se apoiando nos cotovelos e me encarando firme.

– Não disse nada Lucy. É sério. – eu disse brincando com a ponta da coberta.

– Olha nos meus olhos. – ela mandou.

– Golpe baixo,Lucy! – eu disse olhando nos olhos dela.

Era meu ponto fraco. Quando eu olhava naqueles olhos eu me rendia. Eu não conseguia mentir para aquele olhar. Era impossível.

– Então me conta. – ela disse rindo.

– Você que pediu. – eu avisei.

– Ok. – ela assentiu sorrindo.

– Você disse: “Eu te amo. Não fica longe de mim. Eu não posso viver sem você. Eu sei que você é meu melhor amigo, mas eu não posso evitar te amar assim, e eu não consigo mais guardar esse sentimento só pra mim. Mesmo você não me amando, me promete que não vai se afastar? Não foge mais de mim. Fica comigo pra sempre!” – terminei de contar e vi que ela estava de cabeça baixa. Chamei e ela não me olhou. Me sentei, preocupado.

– E-eu disse isso? – ela perguntou num fio de voz.

– Disse. – respondi.

– Eu não acredito. – ela disse colocando as mãos no rosto.

– Hei Lucy, calma! Você tava delirando, não se preocupa, eu sei que não é verdade, apesar de eu... – me calei e ela revelou seus olhos vermelhos e seus dentes mordendo seus lábios.

– Apesar de você? – ela disse me encarando.

– Você não entende. – eu disse me levantando.

– Porque não entendo? – ela levantou e veio atrás de mim.

– É complicado. – eu disse. Ela arqueou a sobrancelha e eu suspirei. - Vamos dizer que agora não é uma hora apropriada pra isso. – eu disse por fim, na verdade eu queria dizer a verdade, que eu a amava.

– Eu quero saber. – ela disse fazendo bico e enlaçando meu pescoço. Estremeci ao sentir seu toque em mim. Era um momento decisivo.

– Lucy... – eu tentei resistir, mas o seu olhar intenso, me fez perder a linha de raciocínio. Acariciei seu rosto, ela sorriu e corou. Devagar fui aproximando nossos rostos. - Lucy eu... - eu não consegui terminar, tomei seus lábios num beijo calmo e saboroso. Senti ela corresponder ao beijo e uma emoção enorme invadiu meu peito. Enlacei sua cintura a puxando mais para mim. Seu corpo se moldou ao meu e quando me dei conta estava deitado sobre ela a beijando intensamente.

– Natsu. – Lucy me chamou quando quebrei o beijo. Meu corpo aqueceu e tremeu sobre o dela. O poder que essa garota tinha sobre mim era incrível.

– Eu te amo Lucy, sempre te amei, desde o dia que eu te vi. Me desculpe por não ser capaz de dizer isso, mas eu não falei nada porque tinha medo de você não sentir o mesmo e se afastar de mim. Não poderia viver sem você. Eu não aguentaria. Você é a minha força. – eu disse acariciando seu rosto.

Ela me olhava com os olhos arregalados em sinal de surpresa. De repente seus olhos se encheram e as lágrimas começaram a escorrer. Ela me abraçou.

– Desculpa, desculpa... eu não devia ter falado. Me diz que isso não vai estragar as coisas entre nós? Por favor. – eu disse abraçando-a fortemente.

Ela se separou de mim sorrindo.

– Seu bobo. – ela disse me dando um beijo.

Odeio o fato do meu organismo necessitar de ar. Ao parar o beijo, olhei pra ela confuso.

– Era tudo que eu mais queria ouvir. Eu te amo tanto, tanto Natsu. Você não tem idéia. Chegava a doer a possibilidade de nunca ter você comigo. – ela disse, voltando a me abraçar.

Assim que a ficha caiu eu devolvi o abraço e distribui beijos por todo seu rosto.

– Eu não acredito! – eu dizia feliz.

– Eu que não acredito! Sonhei tanto com esse dia. – ela disse me fitando.

– E eu então? É tão bom saber que finalmente você é minha. – falei a acariciando. – Você não sabe quantas vezes eu sonhei que beijava sua boca. – dei um beijo.

Nos beijamos de uma forma doce, calma e cheia de paixão. Deixando transparecer todo aquele sentimento que ambos guardavam por tanto tempo. Minhas mãos corriam pelas suas costas e as dela brincavam com o meu cabelo. Me sentia o garoto mais feliz do mundo.

– Eu te amo tanto. – ela disse me dando um selinho.

– Não tanto quanto eu. – eu disse devolvendo o selinho.

– Estou tão feliz. – ela disse.

– Eu também. Mas, eu não quero só ficar com você Lucy. – eu disse.

– Então, isso quer dizer que nós... – ela começou.

– Sim, estamos namorando. – eu conclui.

Nos beijamos várias vezes aquela manhã. Com certeza era o melhor dia da minha vida. Finalmente eu tinha a garota que eu amava para mim. E dessa vez não era um sonho, minha amiga era o meu amor.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem.