Hiatus - You're The Only One escrita por Jaqueline Ines


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá. Voltei e nem demorei tanto assim dessa vez.
Quero agradecer a todas que deixaram um reviews no cap. anterior, ou que favoritaram.
Brigadão *_*

Vamos ao que interessa que é ler.

Boa leitura!



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A segunda-feira chegou nublada e fria como sempre. Tive um fim de semana maravilhoso com meus amigos. No sábado depois de uma conversa franca com Alice, tomei a decisão de mudar, de não me deixar abater por causa de alguém que não me quer.

Passei o domingo com a cara em cima de cadernos e livros. Angela passou aqui me deixando a matéria atrasada e graças ao Jasper, consegui copiar tudo o que estava atrasado, quer dizer, o Jasper copiou. Eu na verdade copiei somente uma matéria. Mas como ele conseguiu copiar minha caligrafia, ficou perfeito, agora era somente estudar e tentar recuperar o tempo perdido.

Levantei-me com um pouco de dificuldade, ainda estava me recuperando por ficar tanto tempo sem andar, e por causa disso vou ter que fazer fisioterapia. Eu não queria, mas o Dr. Christopher me disse que era necessário, então vou fazer, até mesmo porque me levariam arrastada se eu não for.

Tomei um banho, coloquei uma roupa básica, mas quentinha e desci para tomar café.

Nem alcancei o segundo degrau e Charlie veio correndo na minha direção.

- Por que não me chamou, Bella. Eu teria te ajudado a descer, você ainda está se recuperando, querida. – disse atencioso.

- Eu sei pai, mas eu quero andar. Isso vai me ajudar a me recuperar mais rápido. – resmunguei enquanto terminava de descer os lances de escada com o apoio de Charlie. – Não era pra você estar na delegacia a essa hora?

- Deveria, mas eu mando naquela joça, então posso chegar a hora que quiser, além do mais, o Steve está lá, então se houver algum problema ele resolve. – acomodou-me na cadeira.

- Tudo bem xerife. – sorri. Tomamos nosso café em silêncio, aliás, silêncio demais. – Cadê minha mãe.

- Bom, se ela mantêm esse hábito, acho que ainda está dormindo. – murmurou tomando um gole de seu café.

Dei uma olhada no relógio. 07:43hs. Renée não acordava antes de 08:30hs, e isso sempre foi um problema.

- É ela ainda tem o hábito de acordar só depois das 08:30hs. Só falta ela se atrasar, minha sessão de fisioterapia é as 09:00hs. – suspirei.

- Ela falou que estaria aqui, então vamos esperar. – disse Charlie.

É. Agora é sentar e esperar.

(...)

Estava terminando de repassar a matéria de história quando Renée chegou toda esbaforida.

- Desculpa o atraso gente, eu dormi demais. – riu ajeitando o cabelo.

- Novidade! – Charlie e eu dissemos em uníssono.

- Aí seus chatos, vamos logo antes que nos atrasemos. E a Bella ainda tem que se encontrar com aquele médico gostoso para agradecer as flores. – disse seguindo até a porta.

- Mãe! – ralhei. Eu acho que ela às vezes se esquece de que não é mais uma adolescente.

- O que foi? E por acaso estou mentindo? Ele é gostoso mesmo, e se eu não estivesse com o Phil eu bem que investiria. – suspirou sonhadora.

- Renée, pare já com isso. Pai manda ela parar. – choraminguei para Charlie. – sentei no banco de trás da viatura e tentei ignorar minha mãe com esse assunto constrangedor.

- Renée você está constrangendo a menina. E eu também não me sinto confortável com essa história desse médico ficar mandando flores pra minha filha. Onde está a ética profissional dele. – Charlie resmungou dando partida no carro.

- Desde quando é antiético mandar flores pra uma mulher? Se ele gostou dela tem mais é que mandar flores mesmo. Eles não estão mantendo um caso dentro das dependências do hospital, e sim fora dele. Ele não está quebrando as regras quanto a isso. – discursou Renée.

- Hei, não temos caso nenhum, e parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui. – emburrei.

- Desculpe-me querida, mas você bem que poderia nomeá-lo como meu genro. Eu não me importaria. – sorriu para mim do banco da frente.

- Mamãe! – aí que coisa, quando Renée começava com esses assuntos não tinha mais fim.

- É mais eu me importo. O cara é bem mais velho que a Bella, tem idade para ser irmão ou tio dela. – argumentou Charlie.

Charlie não era super protetor assim, mas depois do que o Edward fez comigo esse lado dele veio à tona mais fortalecido.

- Ah tenha dó Charlie. Idade nunca foi um problema para as mulheres da minha família. Meus pais tinham cinco anos de diferença de idade, você é três anos mais velho que eu. E além do mais, se você não se esqueceu, eu namorei um rapaz bem mais velho antes de você. – espera aí, me explica direito essa história, minha filha.

- Que história é essa mãe, que você nunca me contou. – cheguei pra frente tentando absorver toda a informação possível.

- Ah querida, ele era bem mais velho, tínhamos 11 anos de diferença. Claro que meus pais nem sonhavam com isso, eu só tinha 15 anos na época. Seria um escândalo se descobrissem.

- 11 anos? Puta merda! – exclamei.

- Isabella, olha a boca. – Charlie não gostava que eu falasse palavrão.

- Desculpa, mas continua mãe. – era muito interessante descobrir o passado da sua mãe.

- Então, o nome dele era Joshua Weber, ele é tio da sua amiga Angela. – para tudo, nesse exato momento, Ang e eu poderíamos ser primas, é isso? – Ele estava de férias da faculdade visitando os pais, nos conhecemos numa lanchonete e começamos a conversar, depois ele me chamou para sair e me pediu em namoro naquela mesma noite. Foram os três meses mais felizes da minha vida. Depois ele voltou para a faculdade, perdemos o contato e não vimos mais, se eu o visse hoje nem reconheceria. – murmurou.

Não acredito nisso, minha melhor amiga e eu poderíamos ser da mesma família. Nem pra minha mãe casar com ele?!

- Porra mãe, nem pra você casar com ele. A Ang seria minha prima agora. – indaguei indignada.

- Valeu pela parte que me toca Isabella. Muita sensibilidade da sua parte. – Charlie pareceu chateado.

- Aí desculpa pai, falei sem pensar. Mas eu te amo muito viu? – bajular ajuda de vez em quando.

- Sei, vou fingir que acredito. – ele parou no estacionamento do hospital. Eu nem percebi que havíamos chegado.

Minha mãe me ajudou a descer do carro.

- Bem, estão entregues. Venho buscar vocês depois, ok. – disse Charlie.

- Não precisa pai, o Jazz vem nos buscar. Ele vai me ajudar a estudar hoje.  – despedi-me de Charlie.

- Tudo bem, mas se precisar de alguma coisa me ligue.

- Pode deixar. Até mais tarde. – lhe dei um beijo e um abraço.

- Até mais tarde Charlie. Vamos querida. – apoiei-me em Renée e seguimos para a entrada do hospital.

Paramos na recepção para falar com a moça que ficava ali e seguimos para a sala do Dr. Christopher, eu teria que fazer uma consulta antes de seguir para a fisioterapia.

Assim que chegamos a assistente já foi logo nos mandando entrar que ele estava a nossa espera.

- Bom dia, Sra. Dwyer, Isabella. Sentem, por favor. – nos apontou as cadeiras.

- Bom dia, Dr., mas pode me chamar somente de Renée. – deu uma risadinha. Revirei os olhos, Renée sempre seria uma adolescente.

- Bom dia, Dr. McAndrew. – cumprimentei-o. A lembrança da conversa que tive com Alice no sábado me veio à mente. Ela tinha razão estava na hora de deixar outra pessoa entrar em sua vida. Nada melhor que um novo amor para curar um amor antigo.

E além do mais, ele era bem bonito. Tinha cara de galã de cinema. E aquela barba o deixava com uma aparência de homem, não que ele não fosse, ah vocês me entenderam.

- Então Isabella, como tem se sentido esses dias. Alguma dor, tontura? – perguntou enquanto escrevia alguma coisa em um papel.

- Não. Não senti nada. – respondi. Quando percebi que ele mantinha o olhar sobre mim, corei na hora. Meu pai aqueles olhos verdes, ou seria azuis, estavam me hipnotizando.

- E tem tomado seus remédios, e seguido à alimentação correta? – nossa, ele tinha um sorriso tão bonito. Foco Isabella, ou você vai babar agorinha.

- Ah, é. Tenho sim. – respondi meio abobalhada.

- Ótimo. Continue assim e logo estará bem melhor. Muito bem, vou acompanhá-las até a fisioterapia. – nos levantamos e ele abriu a porta para nós.

- Nicole, vou estar na ala de fisioterapia, qualquer coisa estou no celular. – informou a assistente.

- Tudo bem Dr. – respondeu. Nossa ela é muito bonita, e esse sorriso digno de comercial de pasta de dentes me pareceu empolgado demais. Não a condeno quem resistiria a um homem desses.

Senti minha mãe me dar um beliscão no braço. Olhei para ela indignada.

- Agradeça as flores, garota. – sussurrou.

Neguei veemente. Não teria coragem para isso.

- Anda logo, senão eu falo. – ameaçou.

Que saco.

- Er... eu queria lhe agradecer pelas flores, são muito bonitas. Não precisava ter ser incomodado. – eu estava vermelha feito um tomate.

- Não foi incomodo nenhum, Bella. Espero que tenha gostado da dedicatória do cartão. – sorriu.

Oh Deus, não sorri não.

- Sim, gostei muito. Muito bonito aquele poema, não o conhecia. – isso era verdade, eu gostei mesmo do poema.

- Li uma vez nos vários livros que minha irmã deixa jogado pela casa. Nunca o esqueci. – ele sorriu ternamente, como se lembrar da irmã o trouxesse boas lembranças.

- Sua irmã gosta de livros? – perguntei curiosa.

- Sim. Sophie é uma biblioteca ambulante. Prefere um livro a sair para festas e shoppings. O que deixa meu pai, meu irmão e eu muito felizes, assim não precisamos nos preocupar com um possível candidato a namorado. – olha, ele é um irmão ciumento.

Minha mãe deu uma risadinha do meu lado.

- Ela vai encontrar alguém um dia, querido. O pai de Bella dizia a mesma coisa, mas não adiantou muito. – riu de novo.

- Mãe! – eu sabia que ela ia me fazer passar vergonha.

- Eu sei, mas espero estar preparado psicologicamente para isso. – riu.

Sorri em resposta. Era meio impossível não rir olhando para ele. Era um efeito retardatário.  

 A ala da fisioterapia era bem grande e movimentada. Havia muitas pessoas ali, desde crianças a idosos. E o que mais me espantou, havia jovens da minha idade.

- Will, deixe-me te apresentar sua nova paciente. – chamou um rapaz em torno de uns vinte seis anos.

- Ah, então você deve ser a Isabella. Prazer, sou Will e serei seu fisioterapeuta por um tempo. – sorriu me estendendo a mão.

- Prazer Will, mas me chame de Bella. Essa é minha mãe Renée. – apresentei minha mãe.

- Sério, pensei ser sua irmã. – disse galante.

Não preciso nem dizer que Renée se sentiu depois dessa, não é.

- Que isso rapaz, deixe disso. – sorriu timidamente.

- Cuidado com esse daí. Ele diz a mesma coisa para várias. – Dr. Christopher brincou.

- Não espalhar, cara. – fingiu estar chateado.

- Tudo bem, vou deixar vocês com Will, tenho outros pacientes para visitar. Nos vemos por aí Bella, Renée. – despediu-se.

- Até mais Dr. – disse Renée.

- Até. – sorri um pouco.

Ele me lançou um sorriso torto lindo antes de sair. Senti meu coração disparar e minhas pernas ficarem bambas. Nossa, o que foi isso?

- Bem vamos começar, Bella. Temos muito que fazer hoje. – Will tirou-me dos meus pensamentos.

- Ah sim, claro. – respondi meio aluada.

Fiz os exercícios que ele me ajudava a fazer no modo automático. Minha atenção estava totalmente na imagem do sorriso dele.

Será que de tanto me perturbarem com essa ideia que tenho que dar uma chance para o Christopher, estou começando a desenvolver sentimentos por ele?

Cadê o Jasper quando se precisa dele?

(...)

Will: http://www.droidforums.net/gallery/data/504/JensenAckles49.jpg

Nicole:http://2.bp.blogspot.com/-zo502p2q_WI/UOBMDma7sGI/AAAAAAAAAKU/wzFn1njgan8/s1600/284_janeiro-2012-republica-tcheca.jpg

Joshua Weber: http://images.askmen.com/galleries/men/benjamin-bratt/pictures/benjamin-bratt-picture-1.jpg


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Notas finais do capítulo

Bem meus amores, é isso. Caso as imagens não apareça de novo, vou estar postando no meu grupo do Face, ok?!

https://www.facebook.com/groups/494772747256207/

Aproveitem e participem, todas são bem-vindas :)

Bjão e até mais flores ♥

Ps: não esqueçam de deixar reviews :*