Acordei no outro dia com a maquiagem toda borrada. A noite havia sido longa e divertida.
Durante o almoço, pude conhecer melhor todas as meninas. Elas foram educadas e muito simpáticas comigo. Recebi varias dicas delas sobre sexo, prazer e como me portar em alguns casos.
Naquela noite Gioconda havia me reservado um cliente em especial.
Era Pedro, filho do prefeito da cidade.
Eu estava muito nervosa, mas ansiosa ao mesmo tempo.
Eu sentia que aquela noite seria especial.

***

Eu estava sentada na minha cama arrumando a meia arrastão. Lia estava ao meu lado se preparando para dançar no pole dance.
Eram quase onze horas da noite e era possível ouvir a musica vindo de dentro da boate.
Passei um batom bem vermelho e destaquei meus olhos com uma maquiagem preta.
-Como estou? – perguntei para Lia que ensaiava uns passos de um lado para o outro.
-Esta linda – disse ela sorrindo.
Ouve uma batida na porta e logo em seguida Flora, uma das meninas da casa, entrou no quarto.
-Jessye – disse ela – seu cliente já esta ai. Gioconda esta te chamando.
-Estou indo – respondi – obrigada Flora.
Ela sorriu e saiu do quarto.
Coloquei o sapato de salto alto e respirei fundo.
-Me deseje boa sorte – disse eu.
Lia sorriu e me deu um abraço.
-Boa sorte amiga.
Sai pela porta, segui pelo corredor da casa, atravessei o pátio dos fundos e entrei na boate.
Uma musica eletrônica tocava e muitas das garotas dançavam com homens de diferentes estilos.

Fui até Gioconda que estava no bar.
-Estou pronta – disse assim que a vi.
-Ouve um imprevisto – disse ela – Pedro quer você dançando no pole.
Meu coração acelerou.
-Mas eu não sei – protestei – eu ainda não ensaiei.
Gioconda bebeu algo dentro de um pequeno copo e me fitou.
-Preste a atenção Jessica – disse ela num tom ameaçador – Pedro é um ótimo cliente, ele tem preferências aqui. Depois que eu falei de você ele se interessou muito. Por favor, não podemos perder ele. Suba naquele pole e dance nem que seja macarena.
Eu teria rido se não estivesse tão nervosa.
Respirei fundo.
-Tudo bem – respondi apavorada – onde ele esta?
Gioconda procurou por ele entre os casais dançando e apontou para um homem sentado em um dos vários sofás de couro branco da boate.
O pole dance ficava em frente ao sofá onde estava Pedro.
Ajeitei minha curtíssima saia e fui em direção ao pole.
O DJ colocou Determinade para tocar, subi no pole e fiquei de costas para ele. A musica começa um pouco lenta, com um toque de piano. Fui me abaixando lentamente pelo mastro de ferro e assim que a musica começou a ganhar seu ritmo acelerado eu me soltei. Desci e subi pelo mastro, fui ate a chão me abaixei e levantei. Sai do pole e fui para o sofá onde Pedro estava. Dancei freneticamente por cima dele, jogando o cabelo de um lado para o outro, acariciando as pernas e o peito dele. Voltei para o pole e tirei a saia, ficando de calcinha meia arrastão, sapatos e minha blusa transparente e colada. Assim que a musica acabou eu estava numa pose sexualmente excitante no mastro.
Todos bateram palmas, foi quando eu notei que a boate inteira estava me olhando.
Desci e fui ate Pedro que estava de boca aberta.
-Você deve ser o Pedro não é mesmo? – perguntei sentando no colo dele.
-Sim – respondeu extasiado – e você é...
-Jessye – respondi – vamos subir?
Ele sorriu maliciosamente.

Levantei e o puxei pelo braço. Atravessamos a pista de dança e subimos as escadas indo para o segundo andar do prédio.

No segundo andar ficavam os quartos. Era uma espécie de motel. Havia uma pequena recepção onde Lua, uma das meninas da casa, cuidava e auxiliava o motel.
Pegamos a chave do quarto 07 e fomos para a nossa noite de prazer.
Entramos no quarto que era bem simples. Uma cama de casal com jogo de cama branco e uma janela de vidro com uma cortina vermelha.
Assim que entrei no quarto eu levei um grande susto. A luz estava ligada e eu pude ver o rosto do homem que estava a minha frente.
Não sei ao certo se podia dizer um homem. Sempre achei que os homens que frequentavam boates eram velhos, barrigudos e feios. Mas Pedro era o inverso, ele era muito jovem e sensual.
Seu cabelo louro arrepiado para cima estava meio bagunçado, seus olhos verdes estavam um pouco vermelhos, ele era alto e tinha a pele levemente bronzeada. 
-Algum problema? – perguntou ele.
-Não é que... Você é tão jovem – respondi lentamente.
-Eu ia dizer o mesmo de você – disse ele rindo.
O sorriso dele era tão contagiante, que eu sorri também. Por um breve momento eu estava desnorteada. Já não sabia mais o que eu era e nem o que eu estava fazendo ali.
-Você pretende apenas me olhar? – perguntou ele.
-Não – eu disse enquanto o empurrava para cama.
Subi em cima dele e o beijei na boca.
-Sabia que você é o numero 01 da minha lista – eu disse.
-E o numero 01 ganha algum bônus extra por isso? – perguntou ele.
-Ganha – respondi – é claro que ganha.
Fizemos o sexo mais selvagem da minha vida.