Stay With Me escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 11
Simuladores e futuros tributos


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que esse capítulo não ficou muito legal, mas é mais porque eu prometi postar ontem e não deu deu tempo, o próximo vai ficar melhor, de verdade. Dedico esse capítulo a Annie Odair Cresta e a Gaby pelas recomendações lindas, amei, obrigada :)



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Passei o resto do dia pensando no que o presidente Snow havia dito. Acho que ele estava blefando ou falou aquilo apenas para me deixar atordoada, caso seja a segunda opção ele com certeza obteve sucesso. Pensamentos de como tudo seria se eu fosse a única vitoriosa acabam invadindo meus pensamos, logo os afasto, são egoístas de mais até para alguém com um ego do tamanho do meu. Sem contar que Cato estaria morto.

–- Clove, você não pode passar o dia todo trancada no seu quarto só porque teve uma visita do presidente -- Silvia diz do lado de fora.

Claro que ela não entende, ela nunca entenderia, sem contar que ela é uma das últimas pessoas na qual eu gostaria de contar o que aconteceu. Ou melhor, será que eu deveria contar para alguém o que aconteceu?

–- A Enobária ligou -- Ela fala novamente -- Parece que eles precisam de sua ajuda no centro de treinamento. -- A ignoro -- Não me faça ir até ai -- Ela diz.

–- Acho que não foi você que venceu os jogos vorazes -- Digo.

–- Essa foi rude -- Sílvia responde. -- Mas é sério, eles precisam de você.

–- Tudo bem.

Me obrigo a levantar da cama. Tomo um banho rápido, coloco roupas que eu costumava usar para treinar e fico treinando expressões naturais no espelho, mas dá para notar que eu estou mais nervosa que o normal. "Essa não é uma boa hora para ser fraca Clove", sussurro algumas vezes e saio do quarto. Papai e Mamãe estão na sala.

–- Onde está Sílvia? -- Pergunto.

–- Ela saiu com o Max -- papai responde sem dar muita importância para minha presença.

Saio de casa sem dar tchau e vou até o centro de treinamento, já é por do sol então acho que foi desperdício de tempo terem me chamado, já que não dará tempo para um bom treino, a menos que eles estejam planejando treinos noturnos, participei de alguns ano passado e eles são bem exaustivos apesar de serem muito bem recomendados para quem quer competir, ainda mais que esse ano vai ter um massacre quaternário.

–- Chegou cedo hein Clove -- Brutus fala ironicamente.

–- Tanto faz -- Respondo -- Cadê a Enobária, falaram que ela precisava de mim.

–- Ela está preparando os alunos para o treinamento. -- ele diz -- Cato está preparando o local.

–- Mas aqui é o centro de treinamento e eles não estão aqui -- digo ríspida.

–- Acho que tem alguém de mau humor -- Brutus comenta -- Vamos fazer treino noturno na floresta hoje.

–- Divertido -- falo -- Quantos vão ir?

–- Acho que 8, Enobária ia escolher os melhores -- Ele diz deixando a voz quase mais sem emoção do que a minha.

–- E precisam de mim para...

–- Alguém precisa treina-los. -- ele responde cortando a minha frase. Ele está ficando mais ríspido do que eu estava.

–- E vocês?

–- Nós quatro iremos, vai ser mais fácil para ajuda-los, vamos ver os tributos mais preparados para o massacre, espero que as regras sejam mais simples esse ano -- Ele diz e eu apenas concordo -- a Eno também vai preparar a sua mochila.

A Enobária e o Brutus foram cruéis. Usaram a floresta da 74° edição dos jogos vorazes no simulador, claro que ele não é grande o suficiente para a floresta toda, então foi apenas um pedaço dela, a cornucópia digital me deu arrepios, acho que eu realmente estou fraca. O centro de treinamento sem um simulador no centro da floresta, assim dá para usar ele como se fosse anexado a floresta, o lado ruim é que todo mundo sempre sabe que lá é o único lugar em que você vai encontrar bestantes. Devem ser umas 4 horas da manha e eu estou vigiando uma garota chamada Alisa que está de vigia. Ela parece fraca, frágil e totalmente despreparada para os jogos, não sei porque Enobária deixou ela participar. Talvez ela pense que a garota tem algum potencial já que me colocou para treinar ela. Na verdade eu nem sei porque eu aceitei ser treinadora. Não, sei sim, o tédio me consumia. E treinar é muito mais divertido. Observo um urso bestante que parece ter escamas se aproximando, mas seguindo ordens eu não posso falar nada a não ser que Alisa o veja também. Ele está se aproximando rápido, espero que ela o veja logo, seria muito triste se eu tivesse que intervir. Enquanto torço mentalmente para não sermos achados por um urso escamoso digital, fico observando Cato dormir embaixo da árvore em que eu estou.

–- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

É, Alisa viu o urso. Não, Alisa não tentou matar o urso. Enquanto todos estão acordando e com cara de assustados e Alisa está olhando para o urso escamoso com cara de pavor, lanço uma faca perfeitamente entre os olhos do animal que agora se desintegrou em pixels. Pulo da árvor e caio exatamente do lado onde minha faca, agora sem estar crava em nada, está. Alisa me olha com medo como se eu fosse mata-la por ter feio errado, os outros estão atordoados me olhando, menos Brutus que já está com o eventual olhar sério. Me ajoelho ao lado da menina, ela tem 15 anos e realmente não dá para acreditar que nossa diferença de idade é tão pequena, seus cabelos são castanhos claros, com partes em degrade até ficar quase preto e seus olhos são azuis puxados pro cinza, tão claros que chega a ser quase brancos.

–- Vou te dizer uma coisa. -- Digo firme -- Você precisa de, entre muitas, duas coisas.

–- O q-que? -- Ela pergunta.

–- 1° Sobreviver -- Falo e quase abro um sorrisinho, Haymitch me disse isso uma vez.

–- E a segunda? -- Alisa pergunta dessa vez sem gaguejar.

–- Nunca contar tudo que você sabe. -- Digo o que faz ela tremer -- Cato, acho que é a sua vez de ficar de vigia.


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Notas finais do capítulo

Apesar de tudo espero que tenham gostado o/