Stay With Me escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 1
Finalmente em Casa


Notas iniciais do capítulo

Não demorei para voltar, certo? Então, esse é como se fosse um especial que aconteceu quando ela voltou para casa... Espero que gostem...



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Faz cinco dias que chegamos da capital e eu estou muito feliz, já estou com meus pais e Sílvia na nossa nova casa na aldeia dos vitoriosos, e o melhor é que Cato é o meu vizinho. Lembro-me bem da reação de meu pai quando eu cheguei, ele, mamãe e Sílvia esbanjavam alegria, Emma chorou por horas de emoção depois que eu cheguei, tive que contar para eles cada detalhe do que aconteceu inúmeras vezes apesar deles terem visto quase tudo pela TV. Nesse exato momento estou em meu quarto atirando facas em um pequeno alvo que eu desenhei a caneta. Hoje Cato vem jantar em minha casa, faz dias que não falo direito com ele, nossas famílias não tem nos deixado em paz, mas em parte concordo com eles, eu também estava morrendo de saudade. Sílvia me contou as novidades, agora ela e Max estão namorando e papai foi promovido. Ela já está com uma aparência melhor desde que eu cheguei, quando a vi nem a reconheci direito, Sílvia estava cheia de olheiras e o cabelo mal arrumado, mamãe contou que ela nem dormia para me assistir nos jogos.

-- Clove? – Sílvia fala abrindo a porta – é tão bom te ver em casa novamente! Mas, sem querer ser chata, se arruma logo que faltam trinta minutos para o horário combinado.

-- Tudo bem! Já vou – falo e ela se retira.

Para ser exata, vão jantar aqui em casa hoje mamãe, Sílvia eu e Cato, meu pai teve que ir para o distrito quatro ontem para resolver um problema com os pacificadores e só volta no final da semana. Coloco uma calça, uma blusa vermelha simples e chinelos brancos com a alça dourada. Arrumo meus cabelos soltos e passo um gloss de pêssego. Vou lentamente até a cozinha onde minha mãe está terminando de preparar um delicioso carneiro com ameixas. Sílvia está terminando de arrumar a mesa e eu sento no sofá da sala até a campainha tocar. Vou atender e Cato está lá com um buque de flores vermelhas em suas mãos.

-- Ah, Obrigada – falo satisfeita quando ele me entrega as flores. – Entra.

-- Olá Cato – minha mãe fala se aproximando.

-- Olá Sra. Rivers. – ele responde educadamente.

-- Não precisa disso – minha mãe fala sorridente – me chame de Helena.

-- Sílvia – ele cumprimenta.

-- Cato – ela retribui.

Logo já estávamos jantando, rindo e conversando. Mamãe parecia aprovar Cato, e Sílvia ficava falando sobre como viver aqui no distrito era chato sem poder me incomodar.

-- Mãe... – Não sei como perguntar isso. – Cato pode dormir aqui hoje?

-- Ah – ela franze o cenho – Pode. –Nem acredito que ela concordou.

Terminamos a janta e ela serviu a sobremesa, depois que comemos fomos para a sala assistir a reprise dos jogos. Já deviam ser quase meia noite, eu estava com vontade de treinar pela manha então não podia ir dormir tarde.

-- Vamos? – Sussurrei no ouvido de Cato.

-- Vão aonde? – Minha mãe que conseguiu ouvir perguntou.

-- Para o meu quarto – respondo com vergonha.

-- Tenho certeza que você deve saber que ele vai dormir no quarto de hospedes, não?

-- Mãe! – controlo o grito.

-- A menos que ele tenha mudado de ideia, ai podemos leva-lo para casa.

-- Tudo bem, Clove – ele fala agora de pé – onde irei dormir Sra. Rivers?

 -- Seguindo o corredor, segunda porta a esquerda, Clove te mostra onde é – ela fala bocejando. – Boa noite a todos.

-- Desculpe por isso – falo o levando até o quarto.

-- Deixa para lá – ele fala e me dá um longo beijo – Boa noite baixinha.

-- Boa noite grandão.

-- Hum, Clove?

-- O que?—pergunto indo até a porta.

-- Não quer dormir aqui? – ele pergunta sorrindo maliciosamente.

-- E a minha mãe?

-- Ela não está dormindo?

-- Espero que sim – Agora eu estou sorrindo maliciosamente.

Ele começa a me beijar enquanto desliza minha blusa para cima, ela já está no chão quando ouvimos batidas da porta.

-- CLOVE DIRETO PARA O QUARTO – Minha mãe berra do outro lado da porta.

Cato começa a rir, e eu devo estar mais vermelha que um tomate, isso sem dúvidas foi a coisa mais humilhante que já me aconteceu. Coloco minha blusa rapidamente e corro até a porta, quando a abro minha mãe me encara com um sorriso, ok, ela deve ser bipolar.

-- Mãe, ah. – Não sei o que dizer.

-- Vá para o seu quarto, filha! – ela fala ainda sorrindo – tem que acordar cedo amanha, não esqueça.

Concordo e sigo para o meu quarto enquanto ela vai para o dela. Tomo um banho rápido e coloco um pijama verde claro. O dia parcialmente tranquilo não combina com essa noite, venho tendo alguns pesadelos desde que sai daquela arena, e eles sempre tem algo haver com ela. Acordo cedo, antes do despertador tocar, vai ser a primeira vez que vou ao centro de treinamento depois que me tornei vitoriosa. Coloco roupas que eu costumava usar para treinar e sigo até a cozinha, graças que minha mãe teve que ir ao trabalho mais cedo hoje, não seria fácil encara-la hoje depois dos recentes acontecimentos...

-- Já vamos? – Cato pergunta aparecendo do meu lado.

-- Vamos, deixa a Sílvia dormir. – respondo com indiferença.

Caminhamos em silêncio até o centro de treinamento, Brutos e Enobária já estão treinando futuros tributos, e eu e Cato em breve estaremos fazendo isso também, afinal ano que vem seremos mentores, e para haver ainda mais pressão, será o ano de um novo Massacre Quaternário.

-- Hey Clove, Cato – Um garoto de aproximadamente vinte anos fala assim que entramos no centro.

-- Marcus – Cato responde revirando os olhos.

-- Te conheço? – pergunto grossa.

-- Ah, sério? – ele parece surpreso – Sou o vitorioso da 72° edição dos jogos vorazes.

-- Verdade – respondo irritada – tenho que falar com a Enobária.

Saio de lá o deixando falando sozinho, Enobária está tentando ensinar uma garota morena de uns dez anos a arremessar facas, mas ela faz isso tão bem quanto Glimmer ela boa com arcos. Não consigo evitar fazer essa comparação.

-- Clove! – ela exclama abrindo um sorriso e mostrando seus caninos alongados de ouro.

-- Precisamos conversar, certo?—Assim que falo isso, ela confirma com a cabeça e vamos ao outro lado do centro.

-- Sabe que a capital quer a cabeça de vocês, certo? – ela pergunta aflita.

-- Sei...

-- Então, ainda é muito cedo para falar sobre isso, mas vamos tentar fazer que a culpa principal seja de Katniss. E não esqueça que o distrito está do seu lado – ela completa.

-- O nosso distrito venera a capital – falo tristemente.

-- Tem uma coisa que apreciamos muito mais do que a capital – Enobária fala calmamente, e então, completa triunfante – Os nossos vitoriosos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
O próximo vai ser meses depois, eles se preparando para a turnê...