Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 63
A Primeira Vista


Notas iniciais do capítulo

Certo, aviso: NÃO ME MATEM. Pensem bem, seria melhor isso do que a Bella morrer certo? shaushuahusha *sai de fininho*



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Capítulo 34 – A Primeira Vista

POV de Bella

“O que está acontecendo?” Eu me perguntava, olhando á minha volta, numa clareira que um dia, devia ter sido um lugar bonito.

“Esse foi o seu desejo mais profundo...” Uma voz doce, mas ao mesmo tempo alerta, me dizia.

Então eu acordei.

Acordei subitamente, cinco minutos antes do despertador. Passei a mão em meu rosto, senti pequena gotículas de suor. O que foi aquilo? Que sonho foi aquele? Eu me perguntava, me referindo ao meu sonho da noite anterior. Era tudo tão perfeito, Edward – o cara do meu sonho, vampiro – era como um deus grego, eu vivia com a família dele, e com mais pessoas.

Ridículo. Pensei comigo mesma. E ainda por cima, eu era uma bruxa. Eu ri sozinha na cama.

Era tudo como se fosse um vislumbre do futuro, visões borradas. Uma voz doce e distante ficava ecoando na minha cabeça, talvez eu estivesse ficando louca, talvez fosse minha consciência. Eu não sabia.

Respirei fundo e me levantei, fui tomar banho e descer com minhas malas para a cozinha. Minha mãe preparava meu lanche para levar dentro do avião. Eu estava de mudança, indo para Forks, península de Olympic, o lugar mais chuvoso dos Estados Unidos da América.

- Vamos, filha... – Ela me chamou. – Sabe que não precisa fazer isso se quiser...

- Tudo bem, mãe. – Menti. Eu estava ficando boa nisso. – Aliás, faz tempo que não vejo Charlie.

- Mas você sabe que pode voltar quando quiser, não é Bella?! Sempre terá sua chave e seu quarto. – Ela afagou meu rosto.

Dei adeus para Phil e ela, então entrei no avião. Foram quatro horas de vôo até Seattle, uma cidade um pouco menor que Phoenix e... chuvosa. No mesmo aeroporto, peguei um pequeno avião até Port Angeles, lá, Charlie me esperava.

Assim que vi a viatura dele, senti uma ponta de arrependimento, mas ao mesmo tempo, senti uma pontada de esperança. Como se fosse possível. Ele me recebeu com um abraço, depois, nossa viagem foi silenciosa, oq eu não era ruim, porque Charlie e eu éramos pessoas que conviviam bem.

“Forks, população: 3120 pessoas”

Ótimo, pensei comigo mesma quando li a placa. Um fim de mundo.

[...]

- Pode guardar suas coisas no banheiro, Bells... –Charlie falou. – Tem uma prateleira. – ótimo, um banheiro.

- Obrigada, pai. – Murmurei.

- A vendedora escolheu as coisas da cama, espero que goste de roxo. – Ele sorriu. – Tem uma luminária boa para estudos aí, também. E depois, desça, quero te mostrar uma coisa.

- ok.

Arrumei uma parte das minhas coisas na cômoda grande, de mogno, e a outra parte no guarda roupa. Em meu quarto, ainda existia a cadeira de balanço que minha mãe usava para me por dormir, tinha uma escrivaninha, um computador bom – não ótimo, mas bom – e minha cama era grande, não de solteiro, mas daquelas um pouco maior, agradeci por isso.

Algum tempo depois, ouvi uma buzina e vozes vindas da frente da casa. Desci até lá.

- Bella, este é Billy Black e Jacob, seu filho. – Meu pai murmurou.

- Nós costumávamos fazer bolinhos de lama quando eu era pequeno, eu, você e minhas irmãs... – O garoto alto, moreno e de cabelos lisos falou.

- Ok. Como vão? – Perguntei educadamente.

- e aí, gostou?

Meu pai apontou para uma caminhonete chevy, vermelho desbotado, antiga, mas bonita. Em menos tempo do que eu imaginei, me vi lá dentro. Então, abri um sorriso em meu rosto, eu havia adorado a picape.

- Adorei!!! Obrigada pai! – Agradeci e entrei.

Forks High School não ficava muito longe da casa de Charlie – uns dois ou três quilômetros, quem sabe -, mas eu agradeci imensamente por ele ter me dado aquela picape. Fui seguindo alguns carros, até que cheguei perto da rodovia, então, vi um grande prédio e um amontoado de casinhas iguais e uma placa dizendo: “Forks High School”. Fui entrando e estacionei perto da secretaria, num lado próximo á entrada de carros.

- Bom dia. – Murmurei.

- Bom dia, em que posso ajudá-la? – Uma senhora falou. – Sou a senhora Cope.

- Sou Isabella Swan... – A filha do Chefe Swan, pensei em dizer, mas com certeza ela já sabia disso.

- Ah, sim. Bem querida, este é o mapa e esse seu horário. Seja bem vinda! – Ela disse com uma voz animadoramente irritante.

Fui andando em direção ao prédio três, onde eu tinha trigonometria.

Um garoto japonês ou algo do tipo, veio em minha direção e começou a conversar comigo. Algumas vezes eu assentia, ou eu apenas murmurava. Ele foi comigo em direção á minha primeira aula.

Os professores eram gentis, assinavam minha caderneta e não insistiam para que eu me apresentasse a sala inteira, e isso era algo que me deixava bem contente. Algumas aulas passaram depressa, no intervalo, o tal Eric – o japonês -, me levou para conhecer os amigos dele. Lá eu conheci uma garota falante – e com um certo ar de deboche – chamada Jéssica, A Angela – que era gentil e meiga -, o Mike e outros amigos dele.

Angela começou a falar comigo, senti que nós poderíamos ser boas amigas. Mas tudo aquilo estava parecendo repetitivo demais, para o meu gosto. Quer dizer, eu estava tendo uma daquelas sensações de dejá vu.

- Ah... – Jess murmurou alguma coisa, olhando para a porta de entrada do refeitório.

- Quem são eles? – Perguntei, vendo que algumas pessoas entravam no recinto.

- O cara de cabelo escuro é o Emmett, está com a loira, Rosalie. Que  é irmã do outro loiro, o Jasper, que namora a Alice, embora todos sejam irmãos adotivos. – Jess disse rapidamente. Então, eu o vi.

- E... quem é ele?- Perguntei subitamente, ao ver o rapaz que seguia os outros quatro.

- Edward Cullen.

Aquele nome... o nome do cara com que eu sonhei. Quando lembrei-me disso, só então fui olha-los realmente. Eram todos iguais ás pessoas do meu sonho. Seria possível eu sonhar com eles, sem nem mesmo conhecê-los?

“Esse foi o seu desejo...” Uma voz doce e melodiosa murmurou em minha cabeça.

- Bella... está tudo bem?

- Ah, desculpe, Angie. –Respondi. – Sim, só que... eu acho que os conheço de algum lugar...

- Impossível. – Jess se intrometeu. – Eles quase não saem de casa, nem os vemos pela cidade... Ninguém sabe direito onde eles moram.

[...]

(N/A: Galera, seguinte... a partir daqui, eu estou escrevendo de acordo com a Bella da Tia Steph, então, vocês vão notar algumas semelhanças com o livro. Isso acontece, proque a fic começou quando Edward deixou a Bella, por isso a parte do livro “Twilight”, permanece igual. ;] )

Uma das minhas novas conhecidas, que eu me lembrava rapidamente o nome – Angela -, tinha biologia II comigo no próximo tempo. Seguimos juntas em silêncio para a sala. Assim como eu, Angela também era tímida, mas esse não era um silêncio que incomodava.

Quando chegamos na sala de aula, Angela foi diretamente se sentar. Sua carteira era de tampo preto, assim como as que eu usava em Phoenix. Ela já tinha uma parceira de laboratório, então, todas as carteiras já estavam ocupadas, exceto uma. Em uma fila que ficava no canto, perto da janela, estava Edward Cullen, o cara que era parecido com o Edward dos meus sonhos, com seu cabelo extremamente incomum. Ao lado dele, existia o único lugar vago.

Eu o olhei furtivamente, enquanto ia até o professor para em apresentar e entregar o cartão para que ele assinasse. Assim que passei por ele – Edward -, de repente, ele ficou rígido em seu lugar, ele me encarou. Seus olhos cruzaram os meus, que demonstravam curiosidade, bem ao contrário do dele que demonstrava fúria, hostilidade.

Os olhos de Edward era pretos, tão pretos como o carvão... mas em meu sonho, os olhos dele não eram dessa cor, eram dourados, como uma pedra de topázio reluzindo á luz do sol.

Quando me sentei perto dele, mantive meus olhos baixos e joguei o cabelo para frente, como se fosse uma cortina. Não fiz questão de olhar para ele, enquanto abria o livro no capítulo que falava sobre as planárias; também não fiz questão de dirigir uma só palavra a ele, apenas o olhei discretamente. A posição dele havia mudado, ele estava inclinado o mais longe possível de mim, suas mãos fechadas em punhos.

Essa era uma aula que eu já havia tido, mas mesmo assim anotei tudo o que o professor falava. E, de vez enquando, olhava Edward pelo canto do olho. Ele apenas me encarava – vez ou outra – e não fazia nem um tipo de anotação.

Depois de um tempo, o sinal tocou, em assustando claro. Mas o mais incrível, foi que Edward já estava em pé mesmo antes do sinal tocar, então, ele saiu, de costas para mim, com o mesmo olhar de hostilidade. Não era justo! Pensava comigo mesma. Eu não fiz nada á ele, não estava cheirando ruim... eu podia sentir a raiva se espalhando por mim e podia sentir, também, as lágrimas se acumulando em meus olhos.

Quando fui para a picape, era quase o último carro no estacionamento. Parecia um abrigo, a coisa mais próxima de casa que eu tinha neste buraco verde e úmido. Fiquei sentada lá dentro por um tempo, só olhando, sem enxergar pelo pára-brisa. Mas logo estava frio o bastante para precisar do aquecedor, virei a chave e o motor rugiu. Voltei para a casa de Charlie, lutando com as lágrimas por todo o caminho até lá.


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Notas finais do capítulo

Comentem gente! Beijinhos!



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