P.O.V. Braider

Assim que sai do quarto de Rose deixei que meus pés me levassem pela Hogwarts, era como se eu me sentisse mais leve, era com estar de bem com a Rose novamente, mesmo que como amigos por enquanto.

Nem percebi que estava no campo de quadribol, já estava dando meia volta quando percebi uma figura entre as arquibancadas, era a Black, ela estava ali sozinha, com seus cabelos negros ao vento frio e fitava o horizonte, fui me aproximando lentamente.

– Cinco galeões pelos seus pensamentos. – disse e ela se assustou.

– Nossa, que susto Braider - ela estava com a mão no peito, levemente corada e a respiração acelerada.

– O que tanto pensa? – me sentei ao seu lado.

– Gosto de imaginar como será o amanhã, só isso. – novamente ela se virou para frente e continuou mirando o horizonte.

– Não vai brigar comigo que “É Black!”- fiz uma péssima imitação da sua voz, ela riu um pouco.

– Eu não falo assim, mas e você por que está aqui e não lá dentro com os outros? – seus olhos me fitavam agora esperando uma resposta.

– Apenas deixei meus pés me levarem e eles me trouxeram aqui, acho que é destino – respondi dando os ombros.

– Não acredito em destino, para mim somos nós que fazemos nosso caminho. – pode sentir em pouco de magoa em sua voz.

– Por que não acredita? – fingi desinteresse.

– Já passei por várias coisas e não acredito em muitas, é só isso. – ela parecia querer não entrar em determinado assunto.

– Não querendo ser intrometido nem nada, mas o que aconteceu com seus pais? – agora sim eu parecia muito interessado.

– Minha mãe morreu logo assim que eu nasci, foi uma gravidez difícil para ela. Ela era trouxa, e meu pai morreu depois. Um ano antes de eu entrar na escola. – seus olhos marejaram.

– Mas você não tem uma Avó? – lhe entreguei meu casaco, pois ela tremia.

– Sim, a mãe da minha mãe. Ela sabe sobre esse mundo da magia e tudo mais. Vivemos na Pensilvânia até o acidente, depois nós viemos para Londres. – algumas lágrimas caiam de seus olhos.

– Bárbara, não chora – eu a abracei.

– Como não Braider? Tudo que eu mais amo, foi arrancado de mim, – eu não queria vê lá naquele estado.

– Você tem a mim e seus amigos. – disse tentando tranquiliza lá.

– Eu sei que eu não deveria chorar. – ela secou as lágrimas e se virou para mim – Você pode ser meu arqui inimigo, Braider, mas sabe ser legal as vezes.

– Isso vindo de você é um elogio. – disse tentando faze lá rir.

– Tenho um presente pra você, de Natal, não tive tempo de entregar – disse correndo para o meio do campo – Vem aqui.

Eu desci rapidamente as arquibancadas até o meio do campo, bem a tempo de ver uma bolinha cinza pousar no ombro dela.

– Aqui, uma coruja das Montanhas Búlgaras. – ela disse colocando a coruja cinza com manchas pretas no meu braço.

–Obrigado. – eu não tinha uma coruja, geralmente não mandava cartas para casa, mas até que estava me acostumando com a ideia de ter um bichinho.

– Coloca o nome dele de Travis, por favor, Braider. – ela pedia como uma criança, nem parecia que estivera chorando há pouco.

– Por acaso Travis é o nome do seu ex? – perguntei com um pouco de raiva na voz.

– Sim e eu o amo. – ela se aproximou e acariciou o topo da cabeça da coruja.

– Então por que não volta pra ele? – perguntei com mais raiva na voz.

– Por que ele não existe, é apenas um personagem de um livro trouxa, Belo Desastre, conhece? – eu neguei com a cabeça – Então qual nome vai dar pra ele? – perguntou apontando a coruja em meu braço.

– Acho que vou chama-ló de Black, assim vou me lembrar quem me deu. – eu fitei seus olhos.

– Ok, bem vinda Black que é cinza. – ela riu.

– Você é uma Black, mas é branca. – rebati.

– Tudo bem, não vou mais zoar com o nome da sua coruja ok? –eu assenti.

– Tenho um presente para você também, já volto me espere aqui. – ela concordou com a cabeça e eu corri para dentro do castelo.

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P.O.V. Alvo

Eu estava no jardim com a Anne, isso mesmo a Anne, estou namorando agora, eu a pedi em namoro do Natal, muita gente achou que eu estava de rolo com a Babi, mas foi ela que me ajudou com a Anne e se quer saber aquela Black irritante virou minha melhor amiga.

– Hey Alvo, Anne. – Hugo chegou seguido por Lily.

– Vocês viram a Black? – Lily perguntou.

– Não, por quê? – me levantei.

– Por isso – Hugo me entregou o Profeta Diário e eu não acreditava em meus próprios olhos.

– Ai meu Merlin – Anne sibilou ao meu lado.

– Temos que acha lá, os outros membros da terceira geração já estão na Sala Precisa, só faltava ela e vocês. – Lily disse.

– Venha, vamos encontra lá – puxei Anne pela mão e saímos por Hogwarts atrás da Black sumida.

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P.O.V. Braider

Assim que eu cheguei ao meu dormitório, peguei um embrulho que estava debaixo da minha cama, voltei rapidamente para o campo, e lá estava ela, com os cabelos ao vento e sorrindo, estava tão delicada, tão inocente, parecia uma boneca que se quebraria só de você encostar.

– Aqui, seu presente – lhe entreguei o pacote.

– Nossa Braider, é tão linda – ela disse enquanto fitava a Nimbus 3001 que eu lhe comprei – Mas eu não posso aceitar. – ela me entregou a vassoura.

– Por quê? Eu comprei para você – peguei sua mão e coloquei o cabo da vassoura.

– Deve ter sido muito cara. – ela disse me devolvendo novamente a vassoura.

– Não Bárbara, é meu presente para você, não aceito devolução - dessa vez eu a puxei para perto, deixando a cara a cara comigo – Apenas aceite – sussurrei.

– Eu ... Eu não – ela estava gaguejando.

– Você não o que? – agora eu queria saber.

– Ok, eu não sei voar na vassoura, já pode rir – ela disse embirada.

– Como assim? Hahahaha você não sabe? – mesmo sabendo que ela ficaria mal eu não consegui evitar e continuei rindo.

– A única vez que eu tentei, foi antes do meu pai morrer, ai eu cai e quebrei a perna, depois nunca mais tive coragem. – ela se encolheu como se aqui fosse o pior mico do mundo.

– Vem vamos resolver isso – eu me ia me aproximando devagar com um sorriso digno de um Malfoy no rosto até que a peguei pela cintura com uma mão e a vassoura na outra.

– O que você... BRAIDER MALFOY ME TIRA DESSA VASSOURA AGORA – ela gritava e esperneava enquanto eu a colocava na vassoura.

– Fica calma, eu estou com você e se segura vamos subir. – eu falei e ela se agarrou em mim, como se sua vida dependesse daquilo, eu estava me divertindo muito.

– ASSIM QUE NÓS DESCERMOS EU VOU TE MATAR MALFOY! – ela berrava enquanto eu nós guiava pelos ares.

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P.O.V. Alvo

Não foi muito difícil achar a Babi, pois ela estava no campo de Quadribol gritando com o Malfoy dois coisas como: EU VOU TE MATAR ou NÃO CORRA BRAIDER, SEJA HOMEM E VOLTE AQUI! Ela parecia brava, mas feliz ao mesmo tempo, pena que essa felicidade não duraria muito.

– BaBI – a chamei.

– Hey Alvo. – ela me abraçou.

– Oi Potter – Braider disse meu nome com raiva? Eu nunca fiz nada pra ele.

– Venham, vamos para a Sala Precisa, reunião da Nova Geração. – com aquelas simples palavras todos fomos correndo ao encontro dos outros.

P.O.V. Braider

Assim que chegamos à Sala Precisa, estavam Scorpius, Rose, Hugo, Lílian e Anne lá, eu percebi que Rose tinha em mãos o Profeta Diário e assim que a Babi entrou todos os olhares caíram sobre ela.

– O que aconteceu? –ela perguntou.

Rose lhe entregou o Jornal, demorou cerca de uns cinco minutos para que ela saísse corendo de lá com lágrimas escorrendo pelo rosto.

– Bárbara!- eu gritei.

– Não Braider, é melhor deixarmos ela sozinha – Hugo me disse.

Apanhei o jornal e li a manchete principal:

“Senhora responsável pela guarda de Bárbara Andrômeda Black é encontrada morta na Mansão Black em Londres, testemunhas informam que ouviram gritos por volta das 2 horas da manhã e os aurores afirmam que ela foi assinada vitima do feitiço Sectumsempra, e agora o que a Black fará? Sozinha neste mundo sem nenhum parente próximo e com uma indústria que a aguarda para chefiar? Será que a menina Black retornará ao Brasil ou continuará em Hogwarts que aparentemente parece seguro?”

Aguardamos a decisão dessa pequena herdeira, esses são os votos do Profeta Diário.

Por Kameron Sketter.

– Silas – Rose sibilou.

– O que foi Rose? – Scorpius lhe perguntou.

– Foi ele, Silas. –ela repetiu.

– Será que ela está bem? – Alvo perguntou se referindo a Babi.

– Vou descobri – mesmo diante dos protestos dos outros presentes eu sai da Sala Precisa e segui pelos corredores de Hogwarts atrás dela, da Bárbara, a última Black.