Castle

Richard saiu correndo de casa para comprar algo para Kate, mas o que?

Ele não conhecia suas preferências ou gostos então resolveu improvisar. Foi numa floricultura e comprou um buquê de rosas (clássico). Passou numa joalheria e comprou um colar simples com um pingente em forma de uma gota de água.

Foi para casa se arrumar. Colocou um terno preto e uma gravata cinza.

Depois que estava pronto ligou para seu amigo dono de uma companhia de limusines e contratou uma para pegar Kate.

Pensou que talvez fosse tudo muito chique, mas mulher gosta de coisa assim, afinal foi Alexis que lhe falou isso.

Depois que estava tudo pronto mandou uma mensagem para Kate.

Kate

Kate não sabia o que fazer. Suas roupas não eram horríveis, mas também não eram as mais lindas desse planeta e ela não conseguia achar nenhuma que servisse para um jantar romântico.

Decidiu ligar para Lanie. Mesmo não querendo que ninguém soubesse, Lanie era uma pessoa confiável.

O veredicto de Lanie foi: nada no guarda-roupa de Kate serviria. Não que ela já não tivesse percebido isso...

–Tá, o que eu faço então Lanie?

–Hummmm... Já sei. Espera aqui. – ao dizer isso ela saiu correndo pela porta.

Kate olhou no relógio. 19h.

“Droga, droga, droga!”

Começou a arrumar o cabelo e a maquiagem já que Lanie não voltava mais. Quando era 19h30 ela finalmente voltou com um vestido na mão.

–Lanie, o que é isso?

–Bom, eu ganhei esse vestido da minha mãe, no meu aniversário e eu acho que esse foi o jeito dela me dizer que precisava emagrecer. Isso NUNCA vai caber em mim e acho que agora ele pode dar uma volta com você ao invés de ficar no meu guarda-roupa.

–Oh Lanie... Não, eu não posso aceitar.

–Para de melodrama e vai logo se vestir.

Quando Kate saiu do banheiro já com o vestido, Lanie não pôde evitar o sorriso. Sua amiga estava linda.

–Maravilhosa! Ele vai babar quando vir você.

–Oh, para! – Kate ficou vermelha. Não estava acostumada com elogios.

Viu que seu celular vibrou. Era Castle. Seu coração acelerou com o simples nome dele ali.

“Está tudo pronto, só falta um detalhe: eu não sei seu endereço. É bom você saber agora como sou esquecido...”

Ela riu e o respondeu com seu endereço. Estava mais ansiosa do que o normal.

Lanie foi embora e disse que queria os detalhes de tudo depois. Kate não contaria nada de mais, pois ela nem tinha contado com quem ela sairia!

Era quase 20h e Kate não poderia estar mais nervosa, andava pra lá e pra cá até que, finalmente, ouviu baterem na porta.

Castle

Quando Kate abriu a porta Castle achou que estava vendo um anjo.

O cabelo dela estava caído sobre seus ombros como uma cachoeira, seus olhos mais verdes ainda e ela estava usando um vestido vermelho colado ao corpo, mas não muito chamativo.

Ficou sem falas por alguns segundos até que finalmente falou:

–Você está deslumbrante Kate! Maravilhosa.

–Oh Castle, obrigada. – ele percebeu que suas bochechas coraram enquanto ela olhava para ele mordendo os lábios.

–Aqui, para você. – ele disse enquanto entregava as flores. Decidiu que daria o colar no restaurante.

–São lindas. Obriga... – ela foi interrompida pelo seu celular. – Com licença, é do trabalho, eu preciso mesmo atender. Desculpa.

–Ah claro, sem problemas.

Ela não ficou mais que 20 segundos no telefone, mas quando desligou sua cara não era boa.

–Castle, houve um homicídio... Eu... Eu tenho que ir para o local. Sinto muito. – ele podia ver pelos seus olhos que ela estava mesmo chateada.

–Bom, eu não planejei um cadáver no nosso primeiro encontro, mas acho que é algo que nós dois gostamos. – ela riu, o que o fez rir também. – Será que eu posso te acompanhar?

–Claro, só vou colocar um casaco e podemos ir.

Tudo bem, Castle não estava muito feliz, mas era melhor encarar as coisas bem e, talvez, eles ainda pudessem jantar juntos.

Kate

Kate ficou morrendo de raiva, alguém tinha que morrer logo agora? Estava tudo tão... Perfeito. Castle estava lindo e ela muito feliz.

Mas é claro que alguém tinha que matar outro alguém.

Ela pensou que podia ver o corpo, mandar Ryan e Esposito pesquisarem sobre ela, contatar a família e pronto, podia sair para jantar.

–Castle, posso te pedir uma coisa?

–Claro.

–Eu só acho melhor ninguém saber sobre, hum, nós agora, então não conta pra ninguém que nós iríamos sair juntos, por favor?

–Okay, eu não falo. – ele respondeu com um sorriso e um selinho e então decidiram ir separados para a cena do crime.

–Nossa Beckett, como você está bonita. Se arrumou pro corpo é? – Ryan disse logo que Kate chegou.

–Haha, sem brincadeiras ok? Quem é a vítima?

Depois que coletou os dados da vítima, Castle chegou.

–Oh, detetive Beckett, que linda você está. Encontro com alguém essa noite?

–Meu deus, por que vocês insistem em perguntarem da minha vida pessoal?

–Yo, não insiste Castle, Beckett está irritada hoje.

–Eu não estou irritada! Quer saber, não vou discutir. Lanie, qual a causa da morte?

–Dois tiros no peito, pelo visto. E não fique brava Kate, a gente só quer saber quem fisgou sem coração. Eu soube das flores que te mandaram...

–Ok, vamos estabelecer uma regra aqui: a única vida que iremos discutir aqui é a da vítima, não a minha!

–OK! – os três e até Castle responderam em coro.

As coisas demoraram mais do que pensava e já era 22h e ela ainda não podia ir embora. Tinha que fazer mais entrevistas... Chamou Castle num canto e pediu desculpas. Ele estava sendo tão compreensivo, isso a fazia adorar aquele dia ainda mais.

Depois que ela finalmente pôde sair o restaurante já estava fechado e tudo tinha ido por água a baixo.

–Oh Castle, sinto muito mesmo. Eu queria tanto jantar com você.

–Bom, eu sei fazer uma macarronada muito gostosa, o que você acha?

–Eu amo macarronada. – ela sorriu para ele. Tudo naquele homem parecia perfeito, mesmo seus defeitos. – Eu topo.

E os dois foram até sua casa.

Castle

Richard levou Kate até sua casa e os dois cozinharam juntos. E ele aposta que foi muito melhor do que teria sido se tudo tivesse dado certo.

Durante o jantar eles conversaram sobre suas vidas. Ele contou o que tinha acontecido para ele ter se separado de suas ex-mulheres, sobre sua mãe e filha, sua carreira... Os dois falaram sobre o que gostavam ou não e tiraram a conclusão de que eram mais parecidos do que diferentes. Ela contou sobre seu pai e sobre por que tinha decidido ser policial (a morte de sua mãe.). Essa última história fez com que o clima ficasse desconcertante, então ele decidiu dar-lhe o colar.

–Aqui, para você.

–Ah Castle, que gentil da sua parte. Obrigada.

Ela abriu e logo sorriu.

–É muito lindo Castle, você acertou, é minha cara. – ele levantou-se para colocar em volta de seu pescoço.

–Perfeito. Você está realmente muito linda hoje. – um sorriu para o outro e se beijaram. Tão intensamente, demorado e perfeito como o primeiro beijo.

Ele não queria forçar nada ou ultrapassar os limites então sugeriu que assistissem a um filme.

E foi assim que a noite acabou. Os dois juntos, ela deitada em seu peito, abraçados, assistindo a um filme.

Kate

Aquele encontro foi o melhor que Kate já teve. Eles não foram a um lugar chique, mas cozinharam juntos. Riram juntos. E compartilharam histórias.

Ele foi o único homem para quem ela conseguira se abrir assim tão rapidamente. Parecia que se conheciam há um bom tempo.

O melhor de tudo foi que ele não insistiu para que eles ‘ultrapassassem a barreira’ naquele mesmo dia, ao invés disso ele sugeriu que assistissem um filme.

Foi perfeito. Os dois ali juntos. Ela deitada nele e ele fazendo carinho nela. Até suas respirações estavam em sintonia.

Apostava que, quem visse aquela cena, pensaria que os dois namoravam há anos.