In The Hands Of Time escrita por WaalPomps, Miss Lopez Puckerman


Capítulo 11
Cap. 10 – Innocence




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Marley P.O.V

Eu estava com quase seis anos quando meu pai me colocou no carro rumo à Nova York, quase dois anos depois que minha mãe havia partido. Ela simplesmente nos esperava com as malas prontas, dizendo que havia conseguido um papel na Broadway e não sabia quando voltaria. Meu pai a pôs para fora mandando nunca voltar.

Eu não entendia o que íamos fazer em Nova York e estava ansiosa, pois estava morrendo de saudades da minha mãe e cheia de coisas para contar para ela, incluindo que havia dado meu primeiro solo de balé em Lago dos Cisnes. Na verdade, estava triste que ela não estava lá para ver, mas estava ignorando isso.

Demoramos um bom tempo até chegarmos à Nova York, na maioria do qual eu dormi, deixando que meu pai pensasse a vontade. Não fomos a nenhum hotel, meu pai dirigiu direto até a Broadway, parando nos fundos de um teatro.

— Vamos ver a mamãe, estrelinha? – perguntou ele com um sorriso nervoso e eu assenti maravilhada. Ele desceu, abrindo a porta e soltando meu cinto, me pegando pela mão.

Ao nos aproximarmos do teatro, comecei a ouvir For Good e minha vontade foi de correr até lá, cantar com mamãe. Mas papai segurava minha mão com firmeza e eu entendi que ele precisava de mim.

Entramos pelos fundos, caminhando em silêncio. Paramos próximos a uma coxia e vimos mamãe ali, no centro do palco cantando. Ela terminou e eu me preparei para correr, mas uma risada infantil cortou meus planos.

— A mamãe não estava incrível, Ryder? – perguntou um rapaz alto, de cabelos claros e olhos igualmente claros, se aproximando com um bebê no colo.

Minha mãe sorriu, se aproximando e apanhando o bebê, enquanto o homem a abraçava e colocava a cabeça em seu ombro, brincando com o bebê. Antes que eu pensasse em algo, meu pai me erguia em seus braços e saia de lá apressadamente. Ele abriu a porta e me colocou na cadeirinha, atando o cinto rapidamente e entrando em seu lugar.

Ele começou a tentar dar partida no carro, mas estava nervoso demais. Ele socou o volante, ativando a buzina algumas vezes, antes de conseguir ligar o carro e sair apressado de ré. Eu apenas encarava a porta por onde havíamos passado e a última coisa que vi foi minha mãe aparecendo ali correndo e seus lábios formando meu nome.

~*~

Eu nunca mais vira minha mãe, o rapaz ou o bebê na vida, mas não precisava de mais nada para saber que aquele rapaz era o bebê. Ryder, meu meio-irmão.

— V-v-você é o que? – perguntei com a voz esganiçada e ele suspirou.

— Eu sou seu irmão, Marley.

— Meio-irmão. – corrigi e ele negou.

— Irmão, filho de Finn e Rachel Hudson. – garantiu ele e eu ri.

— Não, você é filho de Rachel Berry e um filho da puta. – gritei e Jake me abraçou pela cintura.

— Não Marley, eu também pensava isso. – explicou Ryder com a voz baixa – Foi o que a mamãe me disse a vida toda, que Brody era meu pai... Mas quando vocês sumiram cinco anos atrás ela...

— Pera, cinco anos? – interrompeu Jake e eu bambeei – Beth, por favor, explica isso.

— Calma, vamos para um lugar mais calmo, onde não corra o risco de alguém ouvir. – pediu Beth, abraçando mais o irmão – Onde vocês tem ficado?

— Na casa da Hellena... – respondi e ela me encarou – Nós contamos tudo a ela, a Hellena do passado. Ela tem nos abrigado e fingido ser minha mãe... O que é bom, levando em conta que eu nunca tive uma.

O tal Ryder resmungou algo e eu apenas suspirei. Ele que dissesse o que quisesse, não estava dando a mínima. Só queria que Beth explicasse o que havia acontecido e onde estava meu pai.

— Podemos ir para lá então? – pediu Beth – Nós estamos com um carro no estacionamento, depois explicamos direito.

Eu e Jake concordamos, apanhando nossas mochilas. Descemos correndo rumo ao colégio e Jake conferiu se o corredor estava vazio. Beth veio já revirando a bolsa atrás da chave e assim que pisamos no estacionamento desligou o alarme de um sedan preto, no qual entramos antes de sair apressadamente.

Jake P.O.V

— Agora expliquem tudo, por favor. – pedi quando já estávamos no apartamento de Hellena, acomodados no sofá.

— Quando vocês saíram correndo, mamãe e tio Finn foram direto ao laboratório. Chegando lá, eles apenas ouviram gritos e quando entraram, tudo parecia no lugar. Demorou alguns dias para tio Artie perceber que a máquina havia funcionado.

“Quando ele percebeu o que havia acontecido, todos enlouqueceram completamente. Tio Sam começou a ajudá-lo nas tentativas de achar uma solução, mas nada acontecia... Um ano se passou e nada.”

— E foi então que eles foram atrás de nós... – interveio Ryder e nós o encaramos – Meu pa... Digo, Brody, estava voltando comigo de uma caminhada no parque quando nos deparamos com Finn e mamãe conversando. Ela chorava muito e quando Finn me viu começou a gritar com ela. Foi então que eu descobri que Brody não era meu pai.

— Mas por que meu pai foi atrás dela? – perguntou Marley ressentida.

— Ele achou que era direito dela saber que talvez vocês nunca mais voltassem. – explicou Ryder – Depois disso a confusão aumentou. Eu tinha 12 anos e não entendia muita coisa, mas me lembro da gritaria. Finn me pegou no colo e desceu até o saguão do prédio onde morávamos. Ele me colocou no banco de trás enquanto mamãe gritava e Brody o ameaçava. Ele disse que mais uma palavra e ele faria com que minha mãe nunca mais me visse.

— Mas como ele te descobriu na hora? – perguntei e o garoto sorriu de canto.

— Bom, sou bem parecido com ele se você não percebeu. – disse Ryder – Em todo caso, minha mãe entrou no carro junto e voltou conosco para Lima. Ela ficou na casa dos pais, enquanto eu ficava com Finn. Durante as semanas seguintes, ele me contou o que estava acontecendo e eu fiquei com raiva, me recusando a falar com mamãe. Ela voltou à Nova York e se demitiu, voltando definitivamente para Lima, mas eu nunca mais sai da casa de Finn.

— Em meio a tudo isso, ainda estávamos procurando uma solução para o problema de vocês. Eu voltei de LA e não sai mais de casa, porque mamãe estava um caco. E certo dia, ela saiu pela manhã e ficou alguns dias fora. Quando voltou, ela trazia papai. – continuo explicando Beth e minha boca se escancarou.

— ELA FOI ATRÁS DELE? – gritei, irritadíssimo – O QUE ELE TINHA COM ISSO? ELE NOS ABANDONOU?

— Ele ainda é nosso pai, Jake... – continuou minha irmã, como se eu não tivesse me alterado – Sente-se e me deixe prosseguir, por favor. – pediu ela e eu a contragosto obedeci – Ele voltou arrasado. E bom, o fato de estar doente só fazia sua aparência ainda pior. Por meses eu me recusei a encará-lo ou ficar no mesmo cômodo que ele, até o dia em que fui lhe perguntar por que ele tinha nos deixado.

— E ele respondeu? – perguntei ansioso e ela suspirou.

— Não sou eu quem devo explicar a você Jake... Ele o fará. – garantiu ela.

— Se voltarmos a vê-los. – resmungou Ryder.

— Como? – perguntou Marley – Vocês não vieram nos buscar?

— Deixe-me terminar, por favor. – repreendeu Beth com um olhar severo – O tempo continuou passando e a cada dia nossos pais pioravam um pouco. A volta de papai e tia Rachel não ajudou muito em trazer vocês, acho que mamãe e tio Finn só os queriam por perto. E então eu e Ryder conversamos com tio Artie quando completou cinco anos que vocês haviam sumido...

— Vocês decidiram voltar sem garantia nenhuma? – chocou-se Marley e eu tive que concordar – Vocês sabem que pode ser que vocês nunca mais voltem né?

— E vocês nem sabiam se nós tínhamos realmente voltado no tempo e... Pera, como vocês conseguiram voltar ao mesmo momento que nós? – perguntei e Ryder deu de ombros.

— Artie fez todos os cálculos. Nos equipamos e voltamos com nada além da fé de que conseguiríamos lhes achar. – explicou ele e sorriu amarelo – Ah, e nossos pais não sabem de nada. Quer dizer, agora já devem saber. Honestamente ta difícil lidar com o tempo, porque aparentemente aqui passaram-se poucos meses.

— Eu to com medo. – admitiu Marley assustada e eu segurei sua mão.

— Vai dar tudo certo Marley, tio Artie vai descobrir o que fazer. – garanti e ela me abraçou – Nós temos que fazer o que você disse e ajudar Hellena... Ela não vai conseguir cuidar de nós quatro.

— Quanto a dinheiro relaxem. – pediu Beth rindo e abriu a mala que trazia – Nós viemos preparados com dinheiro, roupas e provisões. Hellena não terá problemas conosco. Mas o negócio aqui é outro... Ryder vai ter que ir para o colégio com vocês.

— Eu não quero ele lá. – resmungou Marley e todos suspiramos.

— Marley, você vai precisar aceitar essa situação. – pedi acariciando as costas dela – Mas vamos precisar de outra desculpa... Mais um filho para a Hellena será impossível.

— Ryder será meu irmão... – explicou Beth – Seremos Elizabeth e Ryder Lynn, transferidos para cá por que o pai é militar. Mas teremos que tomar cuidado... Essa proximidade com tio Finn, as possíveis com papai, mamãe e tia Rachel...

— Nós precisamos estar próximos a eles Beth. – explicou Marley – Precisamos entender o que aconteceu. Você entende não?

— Eu entendo Marley, de verdade... – concordou minha irmã segurando a mão da minha prima – Mas existem muitas semelhanças, muitos pontos que podem fazer a ligação... E se eles descobrirem, tudo pode mudar.

— Então que o Ryder fique aqui. – propôs Marley e eu revirei os olhos – É sério, se ele parece tanto com meu pai como ele diz, ele entrar na escola pode levantar suspeitas.

— Marley, ele vai para ficar de olho em vocês. – determinou Beth, pondo fim a conversa – Agora vamos nos instalar... Eu dormirei com você e Ryder com Jake. E quando Hellena chegar, explicaremos a ela. Sem mais discussões, entendido? – eita, maninha ta na TPM é? Melhor obedecer vai...


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Notas finais do capítulo

N/T: amadinhos de tia Tha, gostaram da surpresa??? Amando as reviews de vcs, sempre.bjks
N/W: Desisto de conseguir 5 reviews /chatiada HUAUHAHUAHUAHUAHU
Bom gente, a fic logo mais estará entrando em reta final ~chora~ Maaaas ainda temos foooortes emoções para viver e muita gente para aparecer. MUAHAHAHAHAHA
Beeeijos e até breeeve ;@
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