74º Edição THG: Versão Carreirista: Cato escrita por Yasmin Marques


Capítulo 11
Casa temporária


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem-me por demorar a postar esse capítulo, é que eu estava em semana de provas então estava meio complicado, mas está aí, aproveitem!



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Nossa casa provisória tomava todo um andar do edifício,  na sala de estar havia um enorme sofá preto e na frente dele uma TV de tela plana gigantesca, a sala de jantar ficava logo ao lado com uma enorme mesa de mogno e oito cadeiras ao seu redor, havia um longo corredor e sabia que ali seriam os quartos, segui por ele até chegar a um imenso quarto no fim do corredor, ele era bem maior do que meu quarto em meu distrito, uma cama de casal estava disposta no centro do quarto, havia um guarda-roupa e quando o abri vi que tinham algumas peças de roupas que caberiam perfeitamente em meu corpo, havia também uma janela de parede inteira e um banheiro logo ao lado do guarda-roupa. Fiquei olhando a vista da janela, podia ver um pouco da Capital, fiquei com inveja dos tributos do Doze que ficaram com toda a maravilhosa vista já que eles ficaram com a cobertura, mas tudo bem, eles foram pobres a vida inteira, deixe-os aproveitar o pouco de vida que os resta.

Jogo-me na cama de lençóis brancos e sinto algo duro em minhas costas, é um controle remoto, para o que exatamente eu não sei, começo a apertar os botões e percebo que o quarto ficou mais escuro de repente, olho para a janela e vejo que agora em vez da Capital eu estou olhando para uma paisagem montanhosa com o céu estrelado, aperto outro botão e a paisagem muda para uma floresta, depois aperto outro botão e a vista para a Capital volta. Levanto-me e vou para o imenso banheiro de minha suíte, um banho parece bem adequado agora, principalmente para tirar todo esse brilho dourado de meu corpo. Tiro a armadura dourada e entro no boxe, o painel do chuveiro possui mais de cem opções de banhos, espero ter um desse em minha casa na Vila dos Vitoriosos quando eu vencer os Jogos. Regulo a temperatura para morno, a pressão para média e coloco uma essência de hortelã.

Quando saio do boxe eu piso em um capacho e aquecedores são ligados para secar meu corpo, quando eles terminam, vejo que meu cabelo também se secou e saio do banheiro, nu. Quando volto para o quarto dou de cara com Clove.

            —MAS QUE DIABOS?! — Eu grito para ela e cubro minhas partes intimas com as mãos.

            Ela sorri e fica me encarando.

            —Vim te chamar para jantar… — ela falou segurando o riso— E bem, sabia que quando se está em uma casa com mais pessoas “morando” com você, você tem que levar as roupas para o banheiro para… Evitar situações como estas.

            Rio alto e paro de esconder minhas intimidades, vou até o guarda roupas e pego uma cueca preta e visto-a.

            —Na verdade, qualquer garota morreria para ver meu belo corpo nu.

            Ela revira os olhos.

            —Menos eu.

            —Talvez você não seja uma garota…

            Ela vem até mim e me dá um soco no tórax encarando-me com um olhar assassino/divertido.

            —Se troque logo, eu estou com fome!

            E sai. Pego uma camiseta verde esmeralda e visto-a, escolho uma calça aleatória e visto-a também, vendo que ela era preta, ótimo. Fico descalço já que odeio, repito O-D-E-I-O, ficar com chinelos/pantufas/tênis em casa. Vou para a sala de jantar.

            Brutus, Enobaria e Clove estão sentados à mesa discutindo alguma estratégia… sem mim. Beau e Cassidy estão no enorme sofá discutindo sobre algo superficial e rindo disso, droga, eles passarão todos os dias até a arena aqui? Juntos de nós?! Droga! Vou até a mesa e me sento na cadeira de frente a Brutus.

            —Como eu estava dizendo… —ele diz me encarando — Na arena como vocês já sabem, você farão alianças com os mais poderosos, entenderam? —ele disse sério— E dependendo da situação, poderão fazer aliança com algum tributo mais fraco, se eles tiverem algo a oferecer.

            Entendo o que ele quis dizer, faremos aliança com os tributos fortes, mas quem nos garante que ele serão inteligentes? Agora se fizermos aliança com um fraco, mas inteligente, poderemos usá-lo e matá-lo em seguida.

            —No treinamento —agora era Enobaria falando— Vocês terão que mostrar todas suas habilidades, para os tributos mais fracos ficarem com medo, pois o medo os torna tolos. E tentem mostrar as habilidades com as mais diversas armas já que se mostrarem, eles colocarão esses armas na arena.

            Eu e Clove anuímos com a cabeça. Uma avox loura chega carregando uma bandeja tampada, quando ela coloca na mesa e abre sinto o delicioso cheiro de lagosta, outros avox vêm fazendo o mesmo, a mesa fica bem diversificada, lagosta, porco assado, saladas de diversos tipos, frutas,  pato assado ao molho de laranja e algumas coisas que eu admito não saber o que são. Pego um prato e começo a me servir, com um pouco de cada coisa, quando termino, percebo que todos estão me encarando.

            —O que foi? —pergunto, mas sei que é por causa da enorme montanha de comida que está no meu prato. —Eu sou um cara grande…

            Começo a comer e depois de um instante, um avox ruivo me oferece vinho que eu aceito com um leve aceno de cabeça.

            Quando termino de comer e meu segundo copo de vinho está pela metade, começo a me sentir um pouco mal e peço um pouco de água. Quando eles servem a sobremesa eu nem consigo mais olhar para a comida, então levanto-me da mesa e me jogo no sofá para ver o que está passando na TV, vejo que é reprise do da cerimônia de abertura e quando vejo que todas as câmeras focam na cara de tonta da Srt. Everdeen, rapidamente desligo a Tv e bato com força o controle remoto sobre a mesa de centro. Sei que todos estão olhando para minhas costas, mas ignoro, sinto uma pessoa sentar ao meu lado, por um momento penso ser Beau, mas vejo que me enganei, era Clove.

             —Eu sei que você está com raiva dela Cato, mas na arena ela vai ser a primeira vítima. —ela falou com convicção.

            O porquê de Clove estar tentando levantar meu moral eu não sai, mas com certeza é algum plano maligno.

            —E isso interessa a você por que exatamente?

            Ela me encara e sorri.

            —Porque somos uma equipe.

            Sorrio, se ela quer jogar o jogo da falsidade, eu também consigo.

            —Mas o fato de sermos uma equipe não nega o outro fato de que eu irei te matar sem piedade quando estivermos só nós na arena… —digo em tom de brincadeira e ela sorri.

            —Então estamos de acordo.

            Uma avox chega e nos serve um pouco de vinho, aceitamos e eu dispenso a garota. Avox são pessoas que cometeram algum crime para com a Capital, e tiveram suas línguas cortadas para nunca mais falarem, em sua maioria são traidores, portanto, quanto mais distancia eu tiver deles, melhor.


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Notas finais do capítulo

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