74º Edição THG: Versão Carreirista: Cato escrita por Yasmin Marques


Capítulo 1
Distrito 2


Notas iniciais do capítulo

É minha primeira fanfic de Jogos Vorazes então não sei se ficou muito boa, mas como vocês já devem saber, é o ponto de vista do Cato. Espero que gostem :)



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Acordo. O relógio ao lado da cama me informa que são seis horas da manhã, está na hora de ir para o Centro de Treinamento que o Distrito 2 nos proporciona para treinarmos para os Jogos Vorazes.

            -Cato! – ouço a voz de minha mãe me chamar para o café da manhã. A propósito meu nome é Cato, tenho 17 anos, ou seja, esse é o último ano em que tenho chances de convencer Brutus e Enobaria – os atuais mentores do 2— de que sou o melhor, de que poderei me voluntaria para vencer os jogos.Não que esse seja o último ano, na verdade, meu nome vai estar nas urnas de sorteio da colheita até eu completar 18 , mas penso que quanto antes eu me voluntariar melhor já que já sou uma máquina de matar e talvez ano que vem outro garoto fique melhor do que eu e Brutus o escolha, então que seja esse ano, eu vou me voluntariar a todo custo!

            Levanto da cama e desço para o café, hoje é o dia da colheita, o que significa que tenho oito horas de treino sendo que as duas terei que estar na praça assim como todos do distrito.

            Vejo meus irmãos mais novos Emily e Joe, eles vêm até mim e me abraçam. Ambos têm onze anos, são gêmeos. Ano que vem o nome deles estará uma vez na urna da colheita, sim apenas uma vez já que em nosso distrito temos abundância de comida, portanto, não precisamos nos candidatar à tésseras, e mesmo se nos candidatássemos para termos mais chances de sermos escolhidos, alguém iria se voluntariar antes de chamarem nossos nomes já que no Distrito 2, vencer significa mais que fama e fortuna, significa honra.

            Vou até minha mãe e beijo sua testa. Ela parece uma criança perto de mim, sua cabeça bate em meu peito.

            -Bom dia Cato. –ela diz sorrindo

            -Ótimo dia mãe! –respondo

            Ela me encara por um instante e vejo lágrimas formarem-se em seus olhos.

            -Você vai se voluntariar não é? Vai tentar convencer Brutus e Enobaria... –ela engasga pronunciando o nome de Enobaria – Cato, não faça isso!

            Você deve estar pensando que, se vencer significa honra em meu distrito, porque minha mãe não quer que eu me voluntarie? Simples. Meu pai morreu nos Jogos à exatamente 17 anos e nove meses. Minha mãe tinha 18 anos e estava grávida de mim, ela ia contar para ele depois da colheita, mas, ele se voluntariou. Ele a disse que não ia fazer, ele prometeu, mas quando chegou à hora ele disse as famosas palavras: “Eu me voluntario como tributo!”. Ela não teve coragem de contar para ele no edifício da justiça, e não iria fazer a menor diferença já que ele não poderia voltar atrás.

            A arena em que ele se encontrava não era nada mais do que um descampado, um deserto quente de dia e frio a noite, só havia árvores perto da Cornucópia então metade dos tributos morreram de frio pela falta de madeira para fazer fogo, a outra metade morreu de desidratação. Depois de um tempo só restaram na arena os carreiristas do um e do dois, os do dois mataram os do um e depois sem nem um pouco de piedade, a companheira de distrito de meu pai o pegou distraído e arrancou a carne de seu pescoço com os dentes, ele foi a vencedora desse ano, Enobaria, minha futura mentora, vou ter que confiar minha vida à mulher que matou meu pai sem remorso.

            Isso deixava minha mãe com medo, o fato de eu morrer na arena –o que é pouco provável já que sou Carreirista- mas se ela me perdesse talvez não agüentasse, pois, ela me disse que sou muito parecido com meu pai, alto e forte, cabelos louros e olhos azuis, e também sou muito teimoso, determinado e orgulhoso. Ele foi o único homem que ela amou na vida, óbvio que depois ela se casou para manter a vida, e tiveram meus dois irmãos, ela não o ama, no máximo gosta dele e quanto aos filhos eu sempre serei o favorito, mas eu a amo e amo meus irmãos, então tenho que confortá-la , lembrá-la de que não sou meu pai, de que sairei vivo da arena.

            -Mãe, está tudo bem, eu vou voltar. –digo com a voz mais serena possível enquanto me sento e começo a comer meus ovos e bacon que ela preparou para meu café da manhã, vejo que ela também fez algumas panquecas carameladas e suco de laranja, termino de comer.

            -Cato você vai treinar? – Emily me pergunta com os olhos azuis arregalados, pelo menos ela perdeu a irritante mania de me chamar de Catinho.

            -Sim, vou treinar mais e mais até eu ficar mais forte e habilidoso. –digo cutucando a barriga dela fazendo-a rir sem parar- Tenho que ir mãe, se quiser voltar a tempo de ficar apresentável para a colheita.

            Vou até ela e lhe dou um beijo na bochecha notando seus olhos avermelhados por causa das lágrimas, tento ignorar, não posso me deixar abalar por isso. Vou até a porta da frente e sinto Emily e Joe pularem ao mesmo tempo em minhas costas, me solto deles, lhes dou um abraço e parto em direção ao centro de treinamento.


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Notas finais do capítulo

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