Perdidos Na Selva escrita por Dafne Federico


Capítulo 8
Capítulo VII: Reações Psicóticas


Notas iniciais do capítulo

Faz um tempo que não posto porque ... Culpa da filha de Hera (se existisse) da minha Professora de Português que está no meu pé. Tive que me dedicar muito, mas isso não é interessante!!!
Não tem foto no capítulo porque a narração é minha e vocês não querem foto minha, certo?
Mas quem quiser https://www.facebook.com/dafne.federico

Desculpem o capítulo chatinho!



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Reações Psicóticas

*O chatinho

Zeus Grace estava sentado na enorme poltrona frente aos relatórios meteorológicos. Precisava estudar as condições climáticas do final de semana e dentro de alguns minutos entraria no ar, durante o horário nobre da televisão no jornal mais conceituado de Nova York.

Seu camarim estava repleto de maquiadoras. Todas empenhadas em fazer as donas de casa suspirarem pelo cinquentão homem do tempo. Ele precisava estar sempre impecável, bonitão e fabuloso.

Finalmente ficou pronto.

O terno preto feito sobre medida lhe caia muito bem, combinando com a gravata vermelha. Ele tinha um charmoso cabelo com fios grisalhos, deixando os fios brancos que conquistavam as moças a mostra. E embora fosse sério e mal-humorado estampava um falso sorriso Colgate– momento merchandising- e bondosos olhos azuis.

Seguiu com a secretaria gostosa que traçava as vezes para o estúdio.

Já segurava a vara gigantesca que usava para apontar regiões no mapa quando Phoebe, sua secretária pessoal, disse:

– Senhor Grace, o diretor do colégio de seus filhos acabou de ligar.

– Me poupe. Não pago uma fortuna naquele colégio para o diretor me telefonar toda vez que Thalia apronta alguma coisa - sim Jason nunca se envolvia em confusões, toda vez que ligavam do colégio era sobre Thalia. - Agora me de licença, entro no ar em alguns segundos.

– E esse verão está quase um calor tropical! Continuaremos com as temperaturas elevadas, principalmente na área vermelha do mapa. - apontou para Nova York, Pensilvânia e Tennessee.

Zeus olhava suas falas no enorme telão, mas sua atenção estava parcialmente dividida. Phoebe, que trabalhava a muito com o senhor Grace para saber que seria culpada por ele depois que soubesse da informação, escrevia bilhetes em um papel com seu batom rosa-shoking.

O diretor do colégio de seus filhos ligou.

Ele ignorou.

Thalia e Jason se perderam durante o passeio.

Mesmo não sendo um pai amoroso ele entrou em choque deixando a vareta cair na frente das câmeras.

– O QUE? - gritou - Infelizmente não há previsão de chuva. James. - terminou a previsão fazendo as câmeras voltarem para James, o apresentador do jornal.

*O Necrófilo

Embora fosse tarde, Hades Di Angelo ainda estava na sede de sua empresa funerária descascando um abacaxi.

– A mulher insiste em falar com você, Hades. E não estou muito disposta a ouvi-la ameaçar-nos com um processo, por tanto mandei-a entrar. - berrou Perséfone debochada pelo telefone.

Contratar sua esposa fora uma péssima decisão.

A mulher entrou em sua sala aos prantos. Deveria estar por volta dos quarenta anos. O cabelo loiro escondido pelo véu negro assim como o corpo ainda vestia as roupas do luto. Era provável que estivesse voltando do falso enterro.

– Senhora... -começou Hades tentado apaziguar a situação.

A mulher começou a chorar.

– Não sou mais senhora - soluçou - Sou viúva e quase enterrei o corpo de um homem que não é o meu marido!

Esse era o abacaxi a ser descascado. Houve uma troca de caixões em sua funerária, o corpo do homem que foi mandado para o Arizona na verdade era o corpo do esposo daquela senhora. Mortos trocados. Durante o enterro a viúva pediu para ver pela última vez o corpo do seu esposo e deparou-se com um defunto que não era o seu.

– Garanto que quando essa confusão for esclarecida todos os incompetentes responsáveis serão demitidos. E o corpo do seu marido chegará do Arizona amanhã por volta do meio-dia. Todas as despesas do novo velório e enterro serão por nossa conta. Afinal é o mínimo que podemos fazer por termos causado esse transtorno. - explicou Hades.

– Só amanhã?

– Sim. - respondeu querendo mandá-la para o inferno.

O telefone tocou novamente.

– O que é agora Perséfone? - urrou Hades ignorando a viúva que se debulhava a sua frente.

– Não fale assim comigo não, porque pior do que trabalhar em uma agencia funerária é ter que aturar você, seu imbecil! - retrucou Perséfone. - O diretor do colégio do seu bastar.. filho está na linha, disse que é importante.

– Não me interessa o que aquele moleque aprontou, mande Dionísio tomar as providencias porque estou ocupado. Esqueci que você não sabe o que é isso.

– Vá para o inferno, Hades. A propósito estou pegando minhas coisas e indo passar o final de semana na fazenda com minha mãe. Antes comer cereais do que ser mal comida por você!

– Sua vac...- o bipe avisou-o que Perséfone passara outra ligação para ele. - Hades Di Angelo.

– Senhor Di Angelo sinto incomodá-lo mas tenho que ...

– Dionísio, seja o que for que meu filho fez, pago essa mensalidade abusiva do seu colégio para que você resolva as questões e não me ligue toda vez que ele decide sair das rédeas. Agora preciso desligar.

– Nico está entre os dez alunos que se perderam durante o passeio.

– O QUE?

Ele não sabia sobre o passeio, mas tinha certeza que processaria aquele colégio.

*O Percy aos 40

O prédio da empresa responsável pelo nome Poseidon estava deserto. Embora todas as luzes estivessem apagadas, a limpeza sido feita, os funcionados ido embora, e a dispensa sido trancada - Poseidon é mão fechada, mão de vaca, pão duro, avarento – o próprio Poseidon, embora a porta do seu escritório estivesse fechado, estava lá. E não estava sozinho.

A loira que estava sob ele e sobre a mesa estava quase nua. As pálpebras fechadas escondendo os olhos cinzas, o cabelo loiro bagunçado e o sutiã cor de rosa rendado. Atena.

O cara que estava sobre ela e sobre a mesa queria estar nu. Cabelos pretos rebeldes espetados de um jeito sensual, pele bronzeada, músculos, capa de inúmeras revistas sobre surf. Poseidon.

E... O telefone tocou.

Em outras ocasiões Poseidon Jackson jamais - nunca, never, nem pensar, de jeito maneira - trocaria uma mulher por uma conversa ao telefone. Porém, esse já tinha tocado cinquenta vezes no mínimo e o de Atena, umas cem.

– Droga.

Ele puxou o telefone, que sabe se lá como não tinha caído no chão.

Dionísio. Leu na tela.

– Atena? - chamou. - Você conhece algum Dionísio?

A mulher levantou a cabeça impaciente e indignada.

– Talvez, só talvez, seja o diretor do colégio onde seu filho estuda. - respondeu abotoando a camiseta social. - Sinceramente, Poseidon ... - ela percebeu que ele não estava mais ouvindo, não porque nunca prestava atenção nas criticas que ela fazia, mas porque tinha atendido o telefone e parecia chocado.

– COMO ASSIM? VOCÊ ESTA QUERENDO ME DIZER QUE O PERCY ESTÁ...NÃO. - gritou. - E VOCÊ SÓ ME AVISA AGORA? QUE HORAS SÃO? OITO? EU IA MANDAR VOCÊ PARA AQUELE LUGAR POR TER INTERROMPIDO MINHA TRANSA, MAS AGORA EU DIGO: VÁ PARA A PUTA QUE PARIU POR NÃO TER LIGADO ANTES, SEU FILHO DE UMA VACA!

Atena, quase vestida, só murmurou:

– Transa? Sério? - ela estava mentalmente enumerando outras palavras referentes a sexo que ficariam melhor.

– Desculpe Sr. Jackson, mas estou tentando entrar em contato há algum tempo. Falei com todos os pais cujos os filhos se envolveram nesse incidente, exceto o Sr. e a Sra. Atena. - respondeu Dionísio ao telefone. - Não se preocupe, tenho certeza que o Peter ficará bem.

– QUEM É PETER? QUER SABER? NÃO INTERESSA! ESTOU INDO PARA AÍ AGORA! - urrou Poseidon e desligou o telefone. - E Atena, melhor você ligar o seu celular. Enquanto Dionísio conversa com você, nós vamos indo. - não queria ser ele a contar para Atena que a sua filha estava perdida na mata, ainda mais com Percy, tinha amor a vida - merchandising².

Poseidon pegou as chaves do carro e já estava alcançando a porta quando Atena voltou a falar.

– Não quer me contar? Tudo bem. Mas deveria colocar uma roupa antes de irmos. - ela apontou para a cueca box dele.

– Droga.

 

 


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Notas finais do capítulo

É a parte sobre mortos trocados é inspirado na vida real. Isso que dá ficar vendo jornais ... Já dizia Raul Seixas que mentir sozinho nós somos capazes.
Espero que não tenham achado tão ruim!!!
Desculpem minha demora, quem gostou manda review!
E eu estava lendo umas ideias que alguns leitores enviou e vou "amadurecer" - ridículo usar essa palavra, é como se estivesse falando de mangas - as ideias!
Comentem, critiquem, deixem reviews fdlísticos, tenho convulsões sobre o teclado, o que quiserem.
Beijos.