Imaginário. escrita por Lia Sterm


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Meu amores! Desculpem a demorinha ;)
Fiquei muito feliz ao saber que gostaram no capítulo anterior, eu fiquei meio insegura com ele.
Dedico esse capítulo á LuizaPhayper, uma das leitoras dessa fic que pediu para que eu dedicasse o capítulo 13 á ela. Aqui está, flor!
Dedico também esse cap á Mary, que recomendou a nossa história. Muito obrigada, Mary, a recomendação foi perfeita! *u*
E dedico á linda da ANGEL GREEK que fez uma recomendação maravilhosa para a história, recomend lindona! *o*
Espero que curtam, deem uma olhada nas notas finais por favor.



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Descia as escadas de minha casa tranquilamente, já estava arrumada e pronta para tomar o café da manhã que minha mãe com certeza havia preparado.

Talvez seria loucura disser que ontem seria o melhor dia de minha vida, mas sim, ele foi. Só de pensar que meu primeiro beijo foi maravilhoso e dado por Dave, já sorria bobamente. Eu amava aquele garoto, é obvio que amava.

Pensava naquele momento enquanto caminhava até a cozinha em pequenos passos, distraída e com os pensamentos focados nele, até que escuto barulhos.

–Você deveria ter bebido menos, Rafa!-Me deparo com Bianca na cozinha, conversando com Rafaela, que se encostava na bancada, aparentemente passando mal.

Pus a mão no peito, assustada.

–Meu Deus! Querem me matar de susto?-Perguntei.

–Ah, oi Lory!-Bia então percebeu minha presença, logo sorrindo, como se nada estivesse acontecido.

–Oi.-Falei desanimada.-O que vocês vieram fazer aqui? E porque a Rafa tá com a aparência de quem levou um soco?-Comecei com as perguntas, aquilo era estranho demais.

–Quando eram cerca de 22h da noite, começamos á sentir sua falta e então fomos te procurar pela balada, mas não te encontramos e desistimos.-Disse Bia.-Onde estava?-Ela quis saber.

–Eu saí dali bem cedo, não aguentei ficar lá.-Dei de ombros.

–Eu suspeitei desde o começo que não aguentaria.-Sussurou Bianca.-Mas enfim, voltei á dançar e Rafa foi beber um pouco. Só que ela acabou bebendo mais do que o necessario, e ficou enlouquecendo por aí. Tive que esperar ela voltar ao seu "estado normal" e quando finalmente ela tomou conciência de onde estava e como estava, ficou vomitando compulsivamente, além de não conseguir andar direito, ela só cambaleava.

–Sério?-Ri.-Quem mandou beber, ein Rafaela? Você nem tem idade pra isso e vai bebendo como se não houvesse amanhã...-Reclamei.-Agora minha casa tá uma bagunça graças á você e seu estado.

–Eu não tenho culpa, aquela bebida era...-Ela tentou falar, pelo o que vi estava bem mal, teve que parar para vomitar.-Forte demais.-Terminou de disser, suspirando cansada.

Bianca tampou a boca enojada com o que acabava de ver, fiz o mesmo.

–Dá um comprimido para ela!-Gritei, correndo em direção aos ármarios, pegando o primeiro que vi pela frente.

–Eu estava procurando exatamente isso.-Bianca informou.-Tome a água.-Ela me entregou um copo com o líguido, e eu ofereci o remédio para Rafaela, que bebeu desesperadamente.

–Mas porque vieram para a minha casa ao invés do Hotel dos pais da Rafaela?-Fiquei em dúvida.

–A burra aqui esqueceu o celular pra ligar para os meus pais e saber qual era o Hotel que iríamos ficar .-Rafaela respondeu por Bianca, com dificuldade, mas parecia esta bem irritada por isso.

–Então a única opção foi vir até aqui.- Indaguei, mostrando entender. -Que horas chegaram?

–5:45 da manhã. Tocamos a campainha e seus pais atenderam, falei que a Rafa estava se sentindo mal e achamos melhor vir aqui, eles permitiram .- Explicou Bianca.

–Então a noite foi complicada, né? Subam e tomem um banho para relaxar, eu vou no jardim.- Avisei.

–Jardim? O que vai fazer lá?

–... V-Ver a-as p-plantas, ora essas!-Inventei uma desculpa, me dirigindo para o local.

–Ver plantas? Essa tá maluca!-Consegui ouvir Bianca comentar e ri baixinho enquanto caminhava. Era obvio que ela não entenderia.

Fui até o jardim, ventos fortes e frios circulavam pelo local, tinha a certeza de que há poucos dias o céu já estaria á nevar, acho que a neve é uma das poucas coisas que realmente me agrada, por isso, eu torcia para que isso acontecesse logo. Aquela gélida e úmida neve sempre alegrava a minha pessoa.

Observei o jardim, á procura de Dave.

–Bom dia, senhor esconde-esconde .-Sussurrei, e logo vi um vulto escuro ao meu lado, se transformando rapidamente no garoto.

–Procurando por mim, certo?-Dave apareceu repentinamente ao meu lado, com seu típico sorriso apaixonante.

–Dave!-Sorri.

–Dormiu bem, minha pequena princesa?-Ele perguntou, abraçando-me de lado, o encontro de sua pele fria com a minha me fazia bem.

Assenti, o que o fez sorrir.

–Trouxe algo para você.-O garoto sussurou, logo pegando um pequeno e brilhante objeto.

–O que é?-Perguntei, curiosa.

–Bom, não sei se irá gostar, mas acho que esse presente combinaria muito com você.-Dave colocou as mãos entre meus olhos, fechando completamente minha visão.-Feche os olhos.-Ele pediu. Assenti, sorrindo.

Logo senti algo gelado e fino percorrer meu pescoço, assemelhava-se á um cordão, e então, Dave pediu para que eu finalmente abrisse meus olhos.

Olhei diretamente para o que continha no meu pescoço, havia um belo colar, feito totalmente de ouro e com um pequeno pingente de coração.

–É lindo!-Exclamei, tocando com meus pequenos dedos o belo presente. Era a coisa mais bonita que já havia ganhado de alguém.

–Que bom que gostou, pequena princesa.-Dave então disse, afastando meus fios de cabelo da minha face, e beijando levemente o cantinho de minha boca.

Ri com a situação.

–Deveria parar de ser tão encantador, outras garotas irão gostar de você além de mim se continuar desse jeito.-Comentei.-Não quero competir com ninguém, sabia?

–Eu só tenho olhos pra você, garotinha. Não há chance de alguém tomar o seu lugar.-Respondeu Dave, acariciando levemente meu queixo, puxando minha face para perto da sua.

Selei os nossos lábios, em um beijo lento e apaixonante, eu gostava da nova sensação que sentia. Eu estava o amando, tinha a certeza disso.

Dave puxou meu corpo para mais perto do seu, como se necessitasse de mim á anos. O garoto segurava firmemente minha cintura com uma de suas mãos e acariciava minha face. Diversos sentimentos afloravam sobre mim e borboletas voavam livremente em meu estomago.

Infelizmente, o ar nos foi preciso, e tivemos que nos separar.

–Eu te amo tanto...-Ele sussurou, um pouco ofegante e com as mãos enlaçadas em minha cintura.

–Não mais que eu.-Lhe dei um selinho, tocando em seus lindos e repicados cabelos negros, que faziam sua perfeita pele pálida se contrastar ainda mais.

Sorri, eu me sentia cada vez mais feliz com Dave por perto, ele era uma espécie de proteção. Com ele, mesmo estando confusa e com alguns problemas, eu estava feliz.

–Acho melhor eu ir, Bianca e Rafaela estão lá em cima. –Avisei.

–E me abandonar? Você não faria isso...- Dave brincou, com a mão sobre minha nuca, puxando meu rosto para perto do seu novamente.

–Tsc, tsc. Você não me conhece então. Sou do tipo de garota que abandona garotos que a amam.- Disse eu, formando um sorriso sarcástico nos lábios.

–Mas se você o amar também?- O garoto então falou, encostando a pontinha de seu lábio no meu, o que me fez sentir todos aqueles sentimentos novamente.

Redirecionei minha atenção para sua boca, e mais uma vez, nossos lábios foram selados.

–Você sabe que eu preciso ir, e insiste em me beijar?-Sussurei ao término do beijo, reclamando.

–Não quero que você vá. Mas se vai, nos vemos depois então. –Dave disse, acariciando minha face e se dirigindo para longe do jardim.

Sorri, eu estava realmente apaixonada por aquele estranho garoto, eu estava realmente apaixonada por Dave Williaws.

Encostei-me na árvore nervosa, e fechei os olhos á sorrir, eu estava amando essa emoção que sentia quando estava ao seu lado.

–Lory, cadê você?-Ouvi Bianca á chamar-me.

–“Droga!”-Pensei, era obvio que logo ela me chamaria, cuidar de Rafaela sozinha não é uma coisa fácil.

–Estou aqui!-Avisei, indo em sua direção.

A garota, que agora estava com uma nova roupa, supostamente tirada de sua mala que trouxe até aqui, curvava o cenho duvidosa, aposto que não via sentido em minha pessoa circular aqui.

–O que tem de divertido nesse jardim?-Bia deu de ombros.

–Nada!-Respondi rapidamente, ela não precisava saber da existência de Dave.

–Rafa está dormindo, e eu irei no Shoping da cidade comprar alguns novos acessórios, se vemos por aí.-Bianca disse, partindo dali. Nunca entendi sua compulsão por moda, era realmente aterrorizante ver o quanto estas coisas fúteis importavam para ela.

Assenti, e me dirigi até a cozinha comer o café da manhã que eu ainda não havia provado.

Comi o que continha lá tranquilamente, até que a campainha da velha casa começar á tocar.

–Quem seria?-Cochichei, indo abri-la.

Deparo-me com Gabriela, em mais um traje colorido que ardia meus próprios olhos.

–Oh, Gabi .-Falei.- O que faz aqui?

–Trouxe novas notícias.-A garota adentrou na casa velha, como se morasse no local ou o frequentasse á muito tempo.

–Quais?- Fiquei curiosa.

–Eu pesquisei sobre o caso de Dave.- Gabi informou, sentando-se no sofá da grande sala.

–E o que sabe desde então?- Perguntei.

–Dave é uma espécie de espírito materializado, mas o pior é que ele não se materializou por querer, ele nem seguer sabe como fez isto. Mas o garoto pode ser tocado e é semelhante a um humano muito bem.- Explicou ela, dando de ombros. - E outra coisa, ele tem um grande lado humano, ele tem sentimentos e emoções, o que é quase impossível para alguém como ele.

–O que tem isso de especial?-Quis saber, sempre pensei que Dave poderia ser um espírito normal.

–Ele tem um coração, Lorena, Dave não é um espírito comum.

–Estranho.-Sussurei, olhando rapidamente para os lados, sem reações.

–Ainda não acabei.-Falou ela.-Se... Dave não achar seu corpo em cerca de 3 meses no máximo, ele morrerá.

–Mas ele está em coma, é quase a mesma coisa, seu espírito vaga por aqui! Se Dave morrer, continuará junto de mim, não é?

–Não, você não entendeu. Ele precisa encontrar seu corpo, ou nunca mais se verão.-Ela avisou, deixando-me chocada.

–O que?! I-Isso n-não pode acontecer!-Desesperei-me.- Eu amo aquele garoto, Gabi, eu não vivo sem ele.

– Se o ama de verdade, o salve, ache seu corpo o mais rápido possível.

–Em que hospital ele está?-Perguntei, assustada.

–Não sabemos, nenhum de nós sabemos.-Gabi balançou a cabeça, triste com a situação.

–Por favor, descubra, eu farei o possível para o ter comigo.-Implorei, com uma lágrima presa em meus olhos.

–Está bem.-Olhou em minha direção, firme com sua resposta.

Sorri, iríamos conseguir, eu faria o possível para que tudo ficasse bem.

–Agora saia Dave, não pode ficar se escondendo por aí.-Disse ela, observando um espaço vazio na sala, que logo se tornou ocupado por Dave.

–V-Você... Estava aqui o tempo todo?-Perguntei baixinho, envergonhada e desesperada com a situação, expressei demais o que sentia para Gabi, não seria a hora certa.

–O que faremos?-Ele perguntou, ignorando minha pergunta.

–Temos que achar seu corpo, somente isso e tudo estará bem.

–Eu farei tudo, não quero me separar de quem amo.-Dave explicou, fitando-me triste.-Não quero me separar... De Lorena.-Sussurou baixo a última parte, mas foi o bastante para ouvi-lo.

–Não irá!-Gritei, indo em sua direção e o abraçando.-Nada separará a gente, Dave.

–Se forem rápido, terão mais chances. Eu pesquisarei tudo. Agora vou deixa-los sozinhos. -Disse Gabriela, sorrindo, parecia achar meigo o modo como eu e Dave nos tratávamos.

Logo ela não estava mais naquela sala, e só se encontrava Dave e eu, ainda abraçados.

O garoto acariciava com ternura meus cabelos e me abraçava fortemente, parecia ter o mesmo medo que eu sobre esta situação. Eu tremia, não queria que algo acontecesse entre eu e Dave, só de pensar em tudo isso, já me desespero com a situação. Mas prometi para mim mesma que se um dia eu achasse o verdadeiro amor, nunca o abandonaria.

–Eu te amo tanto...-Cochichei, segurando a sua bela face com as duas mãos. -Nada separará a gente, nada.- Garanti, beijando-o.


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Notas finais do capítulo

Então galera, eu gostaria de desejar um ótimo 2013 para todas vocês, espero que ele seja repleto de felicidades!
Sigam seus sonhos, lutem pelo o que querem e acreditem em si mesmos.
Amo muito vocês queridos leitores, sem suas presenças a fic não seria nada, tudo de bom para todos!
Feliz 2013! :D
PS: Acharam que esse capítulo ficou clichê demais? :/ Se sim, farei outro diferente, é que a maioria dos meus romances são bem clichês, então... Mas se guizerem que eu mude, eu mudo!