Teias De Aranhas escrita por DezaP


Capítulo 12
Casa do Pai


Notas iniciais do capítulo

Me empolguei haha, adoro escrever o passado dela.



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Peguei minha mochila e fui até o carro, papai me esperava no mesmo, ele sorriu para mim, o ignorei, sabia que ele nao gostava de mim, entrei no mesmo colocando o cinto de segurança, senti o carro andar, peguei meu livro e comecei a ler.

Mamae achou melhor que eu passasse um tempo longe de tudo, longe de tudo, digo, longe das garotas que me agrediu a 3 dias atraz, Não fazia muita diferença fugir das meninas e ficar com meu pai, ele nunca gostou de mim, acho que foi porque eu fui um acidente, nasci em uma viagem deles e atrapalhei tudo, admito que queria nao ter nascido, nem na viagem, nem nunca, acho que se esse desastre nao tivesse acontecido, papai ainda estaria com mamae e seriam felizes, ele a abandonou 2 anos depois, conheceu outra mulher, a qual está casado até hoje, só vi ela no dia do casamento, tinha acabado de fazer 3 anos e nao me lembro de muita coisa, mas nao gosto dela, ela tinha um filho, Antonny, ele tem 13 anos e ao contrario de sua mãe é um rockeiro bem legal, ele tambem nao gosta muito dela, falo com ele por telefone as vezes, mas nao por muito tempo, sei que nao é legal falar com criança, por mais que ela tenha mente de um adolecente anti social.

Senti o carro parar, olhei pela janela, paramos em frente a uma casa pequena e amarela, havia flores na frente, oque me deu ancia de vomito, odeio flores, são coisas para menininhas, e pode ter certeza que eu nao sou qualquer menininha, guardei o livro, peguei minha bolsa e desci do carro, papai foi na frente, abrindo a porta para mim, entrei no mesmo, olhando por fora, parece uma casa pobre, mas por dentro, da até vontade de gritar, é enorme e.. branco, porque a casa de todos os ricos sao brancos? nao devia ser amarela ja que é a cor do ouro?, tentei nao parecer impressionada e admirada com a casa e fui perguntando onde eu iria ficar, Peter ( meu pai ) me guiou até a escada, subiu a mesma, fui atraz, entramos em um corredor onde tinha 6 quartos, Peter abriu a primeira, era o Banheiro, a Segunda, uma sala de estudos, admito, o melhor lugar da casa, havia prateleiras com livros, escrivaninhas e mais prateleiras com livros, a terceira porta era o quarto do Antoni, ele nao estava lá, Peter disse que tinha saido com os amigos mas que voltavam logo, a terceira porta era o quarto dele e de Lorelay, a ruiva oxigenada, mais conhecida como mulher do meu pai, as ultimas duas portas eram quartos hospedes, um deles era o meu, havia uma parede verde, e as outras cor-de-pessego, havia uma cama encostada numa parede e um guarda roupa, um quarto simples, entrei no mesmo e coloquei minha bolsa encima da cama, pegando as roupas e colocando no armario, quando terminei ja estava um pouco tarde, sai do quarto e desci, Peter e Lorelay estavam sentados no sofá, na verdade, agarrados no sofá vendo um filme meloso de romance, Lorelay me viu e se soltou do meu pai vindo até mim, e me abraçando. 

- Bem vinda querida - Ela disse me abraçando e dando um beijo demorado em minha testa - Se precisar de algo é só avisar. 

Assenti e Lorelay voltou para meu pai, me juntei a eles, sentando em um sofá afastado, Lorelay era uma ruiva dos olhos verdes, ela era muito bonita e simpatica, nao teria motivos para nao gostar dela se ela nao fosse casada com o meu ' ex querido papai '. O filme estava numa cena em que O garoto reencontra a garota depois de anos, eles se beijam e sao felizes para sempre, acho interessante como os filmes romanticos acham que o amor funciona, sei que eles vao se casar, viajar, ter um filho e o garoto irá abandona-la porque conheceu uma ruiva no trabalho, mas acho que.. fui interrompida dos meus pensamentos pelo barulho da porta se abrindo e uma risada seguida por um " xau " ecooando na mesma, de lá saiu Antoni, com sua blusa do Iron Maiden, sua calsa jeans larga e rasgada, e seu all star velho e sujo, quando ele me viu sorriu e abriu os braços, levantei rapidamente e corri até ele, abraçando-o. 

- Senti saudade de voce paçoquinha - Disse ele, odiava quando ele me chamava de paçoquinha, só significava que eu era pequena, e segundo ele, que é porque ele adora paçocas.

- Eu tambem senti sua falta - Disse em um quase- sussurro pois meu rosto estava afundado em sua blusa.

Soltei o mesmo que segurou em minha mao e me guiou até seu quarto, entramos no mesmo e ele fechou a porta se sentando na cama, me sentei ao seu lado.

- E então paçoca, porque está aqui? - Disse ele se deitando e me encarando.

- Fui agredida por ser anti-social - Disse - e mamae achou que seria melhor eu me afastar de tudo um pouco.

- E voce está bem? - Ele disse se levantando e levando sua mao até meu rosto, alisando o mesmo - elas te machucaram muito?.

- Eu to bem - sorri - Sim, mas ja passou.

Ele me abraçou novamente, alisando meu cabelo e sussurrou um " Se elas mexerem com voce mais uma vez voce me avisa, ninguem pode tocar na minha maninha ", maninha, essa palavra ecoou em minha mente, fiquei feliz por alguem se preocupar comigo, e por alguem se considerar meu irmão, ficamos até 20:00 conversando, jogando video game e as vezes assistindo televisao, ouvi Lorelay gritar nos chamando para a janta, descemos e nos juntamos a eles, jantamos em silêncio, algumas vezes Antoni fazia algumas piadas, eu ria e Peter e Lorelay o ignoravam, Algumas vezes Peter encarava eu e Antoni, acho que achavam que Antoni era um pedofilo e dava uns " pega " ( como a maioria dos adolecentes dizem ) em mim, quando terminamos voltamos para o quarto, digo, cada um para o seu, coloquei meu pijama, me deitei na cama e dormi. 


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Notas finais do capítulo

Adoro o Antonny :3