Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 23
Recíproco


Notas iniciais do capítulo

Tragam as crianças para sala... rsrsrs

Capítulo bem família e light! O dedicamos a Sophie Hatake pela linda recomendação! Nós amamos!! *---*

Obrigada pelos comentários anteriores!

Boa leitura!



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Relaxar...

Era tudo o que eu estava precisando.

Foi mesmo uma ideia de gênio ter comprado esta incrível banheira que Sasuke tanto odiou. É tão divertido ver bolhinhas de sabão pra lá e pra cá... Poderia dormir ali, se não fosse, é claro, a droga do meu celular tocar bem no meu momento descanso.

— Oi, Naruto... — atendi.

Sakura, problemas a vista... — disse ele.

— Ta falando do quê? E o Konohamaru, como está? — perguntei em vão, pois o loiro havia desligado na minha cara. Achei estranho.

Problemas a vista?

Era só o que me faltava mesmo, não? Argh.

Já que quebrou meu clima mesmo, resolvi dar fim a meu bainho. Peguei uma toalha, escolhi uma roupinha e fui zanzar pela casa em busca de Sasuke, que havia evaporado. Ótimo! Nem mesmo depois de uma longa e cansativa viagem este homem descansa? Argh.

Caminhei por aquela casa e desconfiava seriamente de que um furacão havia passado por aqui. Parecia a terceira guerra mundial: louças gigantescas, lixos e sujeira por toda parte!

Já estava na hora de alguém tomar alguma providência, certo?

O cúmulo do caos foi perceber que Sasuke e eu estávamos tomando suco em xícaras de café.

É nesse momento que você assume a responsabilidade de se livrar daquela bagunça e podridão. Arregacei as mangas da minha blusa de seda e fui enfrentar a bagunça da pia.

— Louças, vocês já são grandinhas suficientes para se lavarem sozinhas, viu! — disse, enquanto tentava achar alguma solução que fugisse de ter que lavá-las e arruinar o que sobrou das minhas unhas.

E foi aí que eu tive a melhor ideia do mundo olhando para o lixo que estava transbordando.

Peguei vários sacos de lixo e joguei todas as panelas sujas, copos, facas, garfos e pratos que atrapalhavam a limpeza da casa. É. Recolhi todos o lixinhos que pairavam pela casa, colocando-os no saco. Bom, agora vem a parte que sou profissional e que mais gosto: compras!

Acessei a internet do meu celular e encontrei alguns números úteis. Fiz uma encomenda de louças, panelas e talheres novinhos em folha, pagando a mais para entregarem imediatamente, também pedi algumas comidinhas prontas. Não demorou muito até que tudo chegasse, então guardei os congelados na geladeira e desembalei as louças guardando-as. Varri algumas sujeirinhas pra debaixo do tapete da sala e pra dar um toque final, sai espalhando meu perfuminho no ar.

Passei as costas das mãos na testa para limpar o suor do meu trabalho árduo, e coloquei as mãos na cintura admirada com a obra prima que aquela casa se tornou. Ufa! Sou ou não sou uma dona de casa expert?

Limpeza concluída com sucesso!

Subi para o quarto pra poder tomar outro banho, dessa vez usaria o chuveiro pra ir mais rápido. Precisava me livrar do suor, pó e gordura do corpo que a dura faxina me causou.

Coloquei uma lingerie de oncinha e saí secando os cabelos para pegar alguma peça de roupa no closet, mas dei de cara com um Sasuke mal-humorado sentado na cama me encarando furioso.

Dei meia volta, retornando meu trajeto para o banheiro para me esconder. Antes que eu fechasse a porta, Sasuke a segurou com uma só mão, enquanto eu forçava com meu corpo todo quase soltando os bofes pra fora. Droga!

Ele ganhou, entrando com tudo para dentro do banheiro.

— O que está fazendo, homem? Estou peladona não ta vendo não, é? — perguntei indignada.

— Já te vi de biquíni antes, se esqueceu? — rebateu. É, ele já tinha visto mesmo. Mas agora eu estava de lingerie e é diferente oras!

— Mas biquíni é completamente diferente de lingerie... É mais íntimo! — protestei.

— Também já te vi de lingerie antes, esqueceu? — lembrou-me. É, ele já tinha visto mesmo.

Mas essa era de oncinha e eu não tava pretendendo nada com ele dessa vez e é diferente, oras!

— Mas esta estampa é completamente diferente, e eu não to tentando te seduzir desta vez. Então vire-se! — ordenei sem sucesso, porque ele tava com o cão no corpo e pensei que fosse o fim dos Harunos, quando ele puxou meu braço esquerdo com força, segurando por fim minha mão, bem a que tinha uma unha quebrada, e para que ele não visse, fechei-a imediatamente.

— Era pra ter uma aliança ai, não? — indagou.

DROGA, DROGA, DROGA!

— É que esse dedo tava cansado de segurar o peso do diamante, daí está descansando na outra mão. — disse com um sorrido amarelo.

— Então me mostre a outra. — exigiu.

— Não posso.

— Por que não? — perguntou. Ferrou! Pensa Sakura, pensa!

— Porque minha unha está quebrada! Acredite, é horrível... MONSTRUOSO. Você não vai querer ver! É. — disse, mas ele pareceu não ter dado muito crédito vendo que só faltou arrancar meu outro braço fora para verificar.

— Não estou vendo merda nenhuma aqui, idiota!

— Sabe o que é... É tudo culpa da dieta da banana! É. Sabe... Funciona mesmo! Meu dedo emagreceu e... A aliança ficou frouxa no dedo. Mandei na joalheria pra eles apertarem! 

Isso Sakura, isso!

— Conta outra mentira porque essa não cola! — disse raivoso.

— Ok... Eu tava escondendo isso de você, porque não queria que pensasse que eu era uma fresquinha... Mas a verdade é que eu estava com alergia a toda aquela prata, diamante e brilhante juntos, sabe? Era tudo muito pesado pra um dedinho delicado como o meu... Tive que dar um tempo no uso da aliança. 

Isso Sakura, isso!

— Então me devolva... — pediu.

E agora merda. E AGORA?

— Não dá... Não se pode devolver presente, bobinho. Ele foi dado e não roubado! — protestei. Qual é... Ele queria de volta? Há uma altura dessas Konohamaru já deve ter dado fim!

— É mesmo... Que pena! Eu pretendia te dar um colar trabalhado nos mesmos materiais que a aliança, mas você tem alergia, não é mesmo, amor?

— Não, não, não... Querido, essa alergia é só no dedo. Sinta-se livre para me presentear! — disse sorrindo na esperança dele resolver me dar.

— Simples... É só devolver-me o anel. 

— Mas por que raios você quer, hein? Use a sua é tão bonita quanto a minha. — observei segurando sua mão pra procurar a aliança na esperança dele não estar usando também. Mas para minha derrota estava bem ali.

— Fala logo a verdade. O que você fez com a aliança? — perguntou, já perdendo o pouco da paciência que tinha.

— Não posso. — fechei os olhos pra não encarar seu rosto maligno.

Ele iria me matar!

— Da próxima vez me peça dinheiro ao invés de sair por ai dando nossa aliança de casamento. — Sasuke disse colocando um anel em meu dedo.

Abri os olhos e vi quando Sasuke saiu do banheiro, e desci o olhar até...

MINHA ALIANÇA!

Mas.. como?

— Ué, mas c-como... Como você achou minha aliança? — perguntei seguindo-o até o quarto.

Sasuke estava de costas, retirando sua camisa, mas se virou e encontrou meu olhar.

— Pensei que seu amante tivesse mais que um metro e meio... — disse sarcástico.

— Não sei do que você esta falando... — desconversei.

Merda, será que Naruto abriu a boca sobre Konohamaru? Faço picadinho do fígado dele! É

— Sabia que você não tinha nada na cabeça, mas um aviso: pedofilia é crime, Sakura — disse e riu.

Droga, será que isso tem a ver com a ligação do Naruto mais cedo?

— O que você fez com o Konohamaru, Sasuke? — perguntei com medo de sua resposta. Ai, ai...

— Pensei que não se preocupasse, afinal, para você tudo não é só interesse? — cruzou os braços para me encarar.

— Eu deixei com ele só um pouquinho, já ia pegar de volta...

— Engraçado é que Konohamaru disse que tentou te devolver e você não quis.

— Você sabe como são esses garotos de rua, não é mesmo? Mentem que só!

— Então vai dizer isso lá na cara dele. Ele está lá na sala. — Sasuke disse despreocupadamente, livrando-se das calças enquanto ia até o banheiro.

— Mas hein? O garoto está de cueca? Ops, digo, o garoto está aqui? — perguntei e Sasuke olhou para si próprio de cueca, depois voltou a me encarar rindo com sarcasmo.

Droga, ainda estou de lingerie.

Corri na sua direção para chegar ao closet afim de pegar algo para me cobrir, mas na confusão acabei esbarrando em Sasuke que me segurou pelos braços.

Agora imaginem eu, euzinha sendo amparada por seus braços fortes, sentindo aquele tanquinho definido que me deu vontade de lavar roupa.

Hoje eu to mesmo uma dona de casa, viu!

Encarando aquele rosto perfeito de anjo do mal, corada até o último por estar semi pelada e prestes a beijá-lo, isto é, se não fosse uma vozinha ecoando no ambiente chamando nossa atenção.

— Não tem banheiro nessa casa, não? — Konohamaru surgiu na porta aberta do quarto, e eu quase tive um ataque cardíaco escondendo-me atrás do Sasuke.

— Ali. — Sasuke disse apontando para o banheiro, e eu fui me fazendo de sombra escondida atrás dele enquanto o garoto passava por nós indo ao banheiro.

Arrastei Sasuke até o closet, trancando a porta para que o Konohamaru não nos visse trocar de roupas.

— O que você está fazendo? Eu vou tomar banho. — murmurou Sasuke recusando as roupas.

— Nem ferrando, você que trouxe ele aqui, vai me ajudar a cuidar dele! — disse e ele revirou os olhos pegando a camisa que joguei pra ele.

Coloquei as pressas um vestido lilás e virei para que Sasuke fechasse o zíper, depois o ajudei a abotoar sua camisa e o apressei a vestir as calças, enquanto procurava um sapato para calçar.

Saímos do closet não encontrando o garoto e fingindo que nenhuma cena constrangedora, onde fomos pegos agarrados e quase pelados, tivesse acontecido. Descemos as escadas vendo Konohamaru sentadinho no sofá da sala assistindo TV.

Olhei para Sasuke que me encarava, nós olhamos para o garoto e nos olhamos...

Constrangidos.

— É... E-eu, eu, vou fazer alguma coisa para vocês comerem... É — disse sem jeito.

— Eu vou assistir TV. — avisou Sasuke.

Sendo assim, enfiei-me na cozinha, abrindo a geladeira em busca dos congelados que havia pedido por telefone. Li as instruções nos rótulos, modo de preparo e vejam só: era só colocar no microondas!

Depois que me livrei das cartelas pra não me dedurarem de que não havia sido eu quem preparei, coloquei tudo em formas e pus no forno do fogão.

Em seguida, comecei a bater tampas de panelas umas nas outras, afinal, tinha que fazer barulho uma vez que estava me dedicando a cozinhar.... Hehe.

Quando estava tirando os códigos de barras dos copos recém comprados, Sasuke surgiu na entrada da cozinha.

— Está tudo bem aí? — Sasuke perguntou desconfiado.

— Oh, claro... Acabo de fazer uma lasanha.

Caminhei até a geladeira pegando um refrigerante.

— Pode desligar o forno? Se não a lasanha vai queimar, querido. — pedi e ele foi até o forno estranhando ainda com a mão sobre o botão.

— Mas nem ligado o forno está. — observou.

Ops! Erro de gravação.

Mesmo assim, ele abriu a porta do forno e retirou a lasanha quentinha de lá.

— Ué... Deve estar com algum problema este botão! — comentei, enquanto Sasuke colocava a lasanha sobre a pia.

— Contratou alguma empregada e eu não estou sabendo? — perguntou unindo as sobrancelhas, eu apenas dei de ombros. — Hoje mesmo mais cedo estive aqui e estava tudo uma maloca! 

— Há cada ano bissexto ocorre um fenômeno e eu encarno uma super dona de casa, querido! A propósito... Poderia pegar pratos no armário? — pedi e ele abriu a porta trazendo-lhes, mas com minha super visão raio laser, avistei que na merda dos pratos novos ainda tinham os malditos códigos de barras no centro. Corri para pegá-los da mão dele.

— Onde está a louça original da casa? — Sauske perguntou sem cerimônias. Argh.

Já não se enganam mais pessoas como antigamente.

— Aquelas já estavam velhas, querido. — disse sem me preocupar com seu olhar feroz para o saco de lixo cheio de embalagens de comidas prontas mescladas com louças sujas.

— Eu deveria jogar você no lixo e pedir uma esposa nova por telefone, pagaria sem parcelar no cartão. — Sasuke disse sacando tudinho que eu havia feito. Droga!

Fazer o que se ele me conhece no olhar!

Eita homenzinho ruim, viu.

— Oras... E onde é que encontraria uma esposa tão linda, charmosa, na moda, desprendida de coisas materiais, cabelos e olhos exóticos, pernas torneadas e umbigo pra dentro? Hein, hein, hein? — perguntei mas ele se quer me deu atenção.

Então fui chamar o garoto para jantarmos. Konohamaru me ajudou a colocar a mesa e assim que terminamos de comer, fomos para a sala.

— Você não está mais doente? Parece soando! — falei, verificando a temperatura de Konohamaru que estava sentado ao lado de Sasuke no sofá, imitando sua postura de homem.

Só o que me faltava um mini Sasuke. Argh.

— Ele está bem melhor, depois que Lee se recuperou da bebedeira... — Sasuke explicou dando ênfase nas palavras. Eu hein! — O examinou e deu alguns remédios, parecem estar fazendo um rápido efeito. — disse olhando o garoto.

— Sim, Konohamaru é forte... — comentei olhando a peste com cara de anjo que sorria de ponta a ponta.

— Vamos assistir um filme! — Konohamaru sugeriu e eu fiquei me perguntando quando é que este garoto iria dar o fora daqui?!

Eu estava com o controle na mão e comecei a passar pelos canais, parando num desenho idiota qualquer.

— Esse não! — protestou.

Mudei de novo passando por um programa de celebridades, o que me chamou atenção.

— Não! — Sasuke disse.

Então mudei, vendo um canal de moda.

— Não! — os dois falaram juntos.

Oh, como é difícil agradar estes dois, viu! Então pulei mais um canal, onde estava passando um filme de ação, matança e bombas explodindo por todos os lados.

Passei imediatamente e quase fui expulsa da sala!

— Volta naquele! — protestaram e como eu era minoria ali, tive que voltar né.

Sendo assim, aconcheguei-me entre os dois, tentando com todas as forças prestar atenção naquela chatice. Olhei para os lados e ambos sequer piscavam.

Meu tédio era tanto que acabei pendendo a cabeça para o lado do ombro do Sauske. Eca! Endireitei-me rapidinho, mas novamente estava quase cochilando no ombro dele quando uma bomba explodiu no filme me acordando de uma vez.

Então decidi fazer pipoca. É.

Levantei-me decidida a usar meus dotes culinários, mas pra minha decepção não havia pedido pipoca de microondas! Droga! Vasculhei o armário encontrando um pacote de milhos. Li o rótulo e vejam só: era super difícil de fazer!

Mas fui tentar, né...

Parecia estar rolando um tiroteio na cozinha com todo aquele barulhos de milhos estourando. Fui obrigada a dar um tempo debaixo da mesa até cessar...

Mas bem dizia minha mãe: depois da tempestade, vem sempre a fumaça.

Corri para apagar o fogo e comecei a tossir quando abri a tampa. OK, faço parte do sistema apartheid, totalmente contra o racismo, porque não comer pipocas negras?! Taquei um salzinho pra tapear, coloquei em uma bacia e fui levar pros marrentinhos.

— Olha, elas estão meio bronzeadinhas... Mas foi proposital em, temperinho da vovó Haruno, segredos de família sabe...— ia dizendo quando me deparei com os dois dormindo no sofá. Um mais lindo que o outro. Fiquei parada assistindo os dois rostinhos calmos.

Larguei a bacia num canto qualquer, e aproximei-me para com cuidado retirar o controle das mãos de Sasuke que me assustou ao segurar firme meu pulso e lançar olhar sério.

— Desculpe... Não queria te acordar! — sussurrei, lembrando-me que ele deveria mesmo estar exausto, pois não dormiu desde o enterro de sua mãe.

— Mas acordou... — disse rabugento, levantando-se do sofá e arrumando Konohamaru que dormia pesadamente no sofá.

Corri pelas escadas para pegar um travesseiro e cobertor para o garoto. Joguei o cobertor para Sasuke que o cobriu enquanto eu aninhava sua cabeça no travesseiro.

— Obrigada... — disse ao Sasuke. — Tenho escondido de você minha amizade com o garoto. Você sabe... Ele é um garoto de rua... Fiquei com medo de sua reação e depois acabei inventando tudo aquilo e...

— Acho que o garoto está dormindo, vai acordá-lo. — Sasuke disse interrompendo-me.

— Dane-se, vou te agradecer da minha forma... — falei, ficando nas pontas dos pés.

Enlacei meus braços em seu pescoço, sustentando seu olhar e selei meus lábios nos dele. Ele pareceu um pouco confuso... Mas aos poucos foi cedendo ao beijo, correspondendo intensamente e segurando em minha cintura, até que me afastou.

— Não devia fazer isso. — repreendeu-me.

— Por que não? — perguntei aproximando-me novamente, mas ele me impediu.

— Achei que fosse inteligente o suficiente pra não se envolver...

— Por quê?

— Porque não é recíproco.


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Notas finais do capítulo

Não nos matem com este final, ok? Queremos comentários, recomendações! E ah, depois responderemos os comentários.

Beijos, até o próximo!!