The 29th Hunger Games! escrita por Lançassolar
Notas iniciais do capítulo
Chap 2 ^^ !
A velocidade do trem não me surpreende. Calculo mentalmente o tempo que levaremos para atingir a capital. Sabendo a distancia e calculando a velocidade como algo em torno dos 350 km\h. Nossa viajem deve durar cerca de 10 horas.
Observo o trem dos tributos. Deve ter mais comida ali que o que eu vi em toda a minha a minha vida.
- Podem comer se quiserem. – A voz de Sarah Smith vem sorridente.
Encorajado, estico a mão até uma armação de massa e carne colocada na mesa. Não faço ideia do nome, mas aprovo o sabor. Como mais um e então sou acompanhado por Bianca.
- Vou chamar o Jacko, fiquem bem. – Smith deixa o cômodo.
- E então? Qual será sua estratégia? – A pergunta vem de Bianca.
- Não sei. – Digo pouco empolgado.
- Eu não tenho medo deles, sou forte.
Isso é exatamente o que eu esperava de Bianca Smallfield, força bruta, porém nenhuma inteligência. Para vencer os Jogos além de habilidade com armas, é necessário carisma e inteligência. Não sei quais são minhas chances de vencer, mais com certeza são maiores que as dela.
Ouço a voz que vem entrando na sala:
- Então vocês são meus.
Observo Jacko Powys, um jovem de 20 anos e vencedor da edição 25, pelo Distrito 2. A regra é que cada Distrito deve ter como mentor um vencedor anterior dos jogos, mas como o 11 ainda não venceu, são colocados mentores de Distritos que tem uma maior abundancia de vencedores, como o 1, 2 ou 4. Jacko parece ridiculamente empolgado e imagino que esse seja seu primeiro ano como mentor. Ele foi o típico tributo Carreirista, vencendo no final ao demonstrar um espantoso talento com a lança, minha arma. Agora entregamos nossa vida a ele e imagino nossas possibilidades caso ele seja amigo ou parente de algum dos tributos do 2 desse ano, o que é possível. Alguns anos atrás o irmão mais novo de um vencedor foi coletado.
- Esse é meu primeiro ano como mentor, e por isso é imprescindível uma boa atuação de vocês.
Ele nos observa dos pés a cabeça, dissecando-nos com o olhar. Após uma avaliação visual minuciosa ele diz:
- Qual seu nome moça?
- Bianca.
- Você parece ser forte. Vou pensar em uma estratégia, não se preocupe. E você?
- Me chamo Robbie Waters.
- Você é esguio, é veloz menino?
- Sim. – Respondo, embora incerto.
- Se for rápido pode aprender a esgrima. Tudo bem, agora podem relaxar. Nos vemos em meia hora para a ceia. Sim?
Jacko sai da sala, aparentemente feliz. Talvez ele acredite realmente que podemos vencer, talvez esteja apenas preocupado em fazer o seu trabalho e nada mais. Porém Jacko está feliz, o que me deixa perturbado. Não consigo imaginar nenhuma ligação entre os Jogos Vorazes e felicidade.
Troco de roupa. Encontro uma camisa limpa em uma gaveta e coloco uma calça social. Testo diversos sapatos, mas nenhum se encaixa perfeitamente no meu pé, de modo que prefiro ficar descalço. Após algum tempo Sarah Smith aparece para me levar a sala da ceia. Ela faz uma careta de espanto quando vê meus pés, e não posso tomar isso como pessoal, mas diante dos Jogos Vorazes, se eu vou agradar ou não Smith é minha menor preocupação.
Chegamos a sala de jantar e Jacko e Bianca já estão lá. Nosso mentor faz uma cara de satisfação a me ver e diz:
- Ótimo, agora que os dois estão aqui já podemos começar.
- Jacko, para que a pressa, vocês terão tempo de sobra para isso, vamos cear em paz. – A repreensão vem de Sarah Smith.
Ele dá os ombros. Coloca mais sopa no prato e põe-se a comer. Eu me sento também e analiso o que ingerir. Também opto pela sopa. Em poucos minutos Jacko esquece o pedido de Smith.
- Acredito que vocês tem uma boa chance esse ano, se estiverem dispostos a realmente vencer, e não apenas a sobreviver.
- Como assim? – A pergunta vem de Bianca.
- É o seguinte, todos estão nos Jogos Vorazes por algum motivo, alguns por falta de sorte, outros por opção própria. Alguns lutam pela honra, outros pela glória. Alguns lutam por alguém que amam e outros apenas por suas vidas. Mas todos lutam por alguma coisa, esse é o ponto. Até onde você está disposto a ir para vencer?
Respondo instantaneamente:
- Até onde for preciso.
Jacko se diverte com minha resposta.
- Ótimo, por que você terá de matar também, ah sim. – Bebe um suco vermelho. – Dizem que a primeira morte é desnorteante para quem não é um Carreirista.
O tom de desafio dele me irrita.
- Posso matar tão bem quanto qualquer Carreirista.
- Espero que sim. – Disse mordendo uma fruta, enquanto o sumo escorria pela boca. - Veremos.
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