The 29th Hunger Games! escrita por Lançassolar


Capítulo 16
Capítulo Morgan


Notas iniciais do capítulo

ai está o capítulo do Morgan, nosso Carreirista fofo =p, Good read!



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Urinar é realmente uma das melhores sensações da vida, quando sua bexiga está realmente cheia. Acabei me afastando um pouco de Ayla e Dokk para minhas necessidades mais básicas e já estava me preparando para voltar quando escutei o grito. “Mais um. O dia hoje está para o caçador”.

Termino e estou recuperando minhas armas, quando escuto mais gritos. “Desgraçados, eles não aprendem mesmo”. Estou voltado para aliviar o sofrimento do infeliz tributo quando o bestante aparece em minha frente. É tão obvio que chega a ser cruel. A Capital não pretende que o sofrimento de quem quer que seja acabe rapidamente. O gorila a minha frente não parece disposto a atacar, o que comprova minha tese. Mas ele também não parece disposto a ir a lugar nenhum.

Sem mais opções, e impaciente ataco o maldito macaco. Minha espada voa para dilacerá-lo. Crava-se no braço, mas o bestante mal parece sentir. E então levo o soco. A força do gorila é descomunal. Sou jogado um metro para trás. Fui ferido, e doía muito. Minha força de vontade é a única coisa que me faz levantar. E ataco o macaco de novo. Ele apara o golpe facilmente, mas dessa vez eu recuo, antes de receber seu golpe.

Os gritos se tornam cada vez mais altos. Ayla e Dokk devem estar dando um show de horrores para o público. “Eu não devia ter vindo para os Jogos. Foi burrice, mas agora é tarde para se lamentar”.

 Resolvo testar uma estratégia diferente. Não tenho lança, mas estou com uma faca presa às costas. Tudo vai depender da velocidade. Jogo a faca na direção da cara do macaco. Ele levanta o braço para se proteger. Deslizo por baixo do monstro e ataco sua perna.

O gorila grita e cai. Já estou pensando que escapei dele, quando mesmo caído, o bestante agarra minha perna. A dor é alucinante. Seu aperto é muito forte. Viro-me para a besta e dou seguidos golpes de espadas. “É inútil, os braços são imunes a qualquer ataque”. O bestante começa a me puxar para perto dele. Ignoro a dor, e dou um impulso, voando em sua direção. Cravo a espada em seu coração. Ele me larga ao morrer.

Preciso de um minuto para me recuperar, então cambaleio para onde minha dupla está, minha perna dói muito, o que dificulta minha movimentação. A cena a minha frente é algo surreal. A garota do 8, está totalmente mutilada, e já não parece ter forças para gritar. Sangue escorre ao seu redor. Ayla apenas olha, e Dokk continua a tortura. A coitada já perdeu um braço, um pé, três dedos e uma orelha.

- Hora de tirar um olho querida. – Ele diz.

Após me ver a garota faz uma cara cuja mensagem é explícita: “Me mata”. Concedo-lhe o desejo, uma segunda faca voa da minha e corta sua garganta.

Os dois tomam um susto. Eles ainda não haviam me percebido, tão concentrados que estavam na atrocidade que cometiam. Meu olhar para Dokk era uma navalha.

- Você não presta.

Dokk faz uma careta irônica.

- Não. Ninguém presta. Nem eu, nem você, nem quem nos bota para lutar nessa arena. Ninguém presta. Todos nós somos canalhas. Mas muito me surpreende essa sua atitude agora Morgan. O que é? Quer dar uma de bonzinho? Sabe o que eu acho...?

- Cala essa sua boca.

- Eu acho que você amarelou, não aguentou a pressão. – E, com um sorriso de língua de fora completou: - Como a garotinha ali.

Respirei fundo, dei as costas para Dokk, controlando a respiração e a cabeça.

- Você é fraco Morgan. Não serve para ser nosso líder.

Agora ele passou dos limites. Saco a espada. Dokk não se surpreende, na verdade ele já esperava por isso. O grupo de Carreiristas não pode durar para sempre.

- Outra hora Morgan. Você está ferido. Não será justo. Irão dizer que não houve mérito em minha vitória.

Era um blefe. Dokk me atacaria de qualquer maneira, ele estava esperando esse momento há muito tempo.

- Não se preocupe com isso. Você não pode me vencer caso eu esteja em plenas condições físicas, de modo que imagino que nesse momento, será bem justo.

Dokk me olhou com raiva. Ser menosprezado na frente de Panem inteira não estava em seus planos. E foi nesse momento que ele atacou.

Não sei se posso vencer Dokk. Ele é mais forte que eu, e mais alto. Minha vantagem seria a velocidade. Mas estou com um ferimento, que dói muito, e me torna lento.

Sua espada descreve um arco e voa na direção de minha cabeça, minha lâmina sobe para apará-la. Trocamos uma série de golpes. Dokk ataca furiosamente. Defendo-me como posso, e recuo. Em determinado momento lanço uma estocada contra o rosto de meu desafeto. Ele desvia por pouco, mas perde a orelha no movimento.

- AAAHHHHHH! – Grita Dokk.

Ele é pura fúria. Desiste de ataques hábeis. Segura a lâmina com as duas mãos, e passa a usá-la como um porrete. Eu mal consigo evitar os ataques. Em determinado momento o golpe foi forte demais. A espada de Dokk começou a vencer a minha. Centímetro por centímetro, em direção ao meu pescoço. Então cometi um erro. Tirei os olhos das mãos de meu oponente por um segundo. Tempo suficiente para Dokk soltar uma mão da espada, retirar uma faca da roupa e cravar em minha barriga.

Não posso descrever a dor. Que sorte que não atingiu nenhum órgão vital. Retiro a lâmina da barriga, jogando-a no chão, e recebo um soco no rosto. Desabo. “O maldito está me matando”. Ayla apenas observa enquanto Dokk avança para sua presa caída. Ele tenta estocadas retas, de cima para baixo. Quer me matar com um único golpe. Aparo-as com minha espada. No momento em que ele levanta o pé, para pisar em meu ferimento, dou-lhe uma rasteira e levanto-me.

Ayla festeja:

- Vamos garotos, vocês estão dando um show. – Ela é pura excitação.

Dokk continua furioso, mas parece cansado.

- Vou acabar com você. – Ele me diz.

- Não. – Eu respondo tentando esconder a dor da voz. – Você vai tentar.

Respiro fundo. Eu não sei se sobreviverei a essa luta. Mas de uma coisa tenho certeza. Se eu morrer, Dokk vai morrer junto. Não vou dar esse prazer a ele. Não importa a dor que eu tenha de suportar.

Avanço para Dokk. Dessa vez eu começo atacando. Dokk recua e começa a mandar ataques longos. Sua envergadura é maior. Desisto de avançar e recuo. Ayla incentiva:

- Resolvam isso logo. – Ela diz. Como se fosse fácil.

Dokk avança. Seus golpes continuam fortes. Mas não com a mesma intensidade de antes. Desisto de bater espada com espada. Começo a desviar. Abaixo a cabeça. Dou um passo para trás. Movo-me para o lado. E sorrio. A dor lateja, e já perdi uma boa quantidade de sangue. Mas eu ainda posso fazer isso.

- Lute maldito. Pare de fugir. – Dokk vocifera. - Enfrente sua morte.

- Vem. – É tudo o que digo.

O infeliz avança.  Continuo desviando. Então ele lançou uma estocada muito bem feita. Se esse golpe me acertasse, eu estaria morto. Mas ele não acertou. Fui rápido o suficiente. Rolei para o lado, engolindo a dor, e cortei seu calcanhar. Minha espada destruiu músculo, pele, tendão. Tudo que encontrou pela frente.

Dokk caiu, gemendo e berrando. Aproveitei a oportunidade e, ainda no chão, decepei sua mão da espada. Mais gritos. Me levantei como podia, e puxei a espada dele. Dokk estava derrotado, apenas esperando o golpe final.

- É assim que acaba? – Ele me diz, como que arrependido. – Dê-me um golpe forte. Um bom golpe, que termine isso.

- Você não merece misericórdia. – Eu digo.

Finalizo-o com um golpe duro. A espada entra no abdome e sobe até o pescoço. O canhão explode.

O paraquedas chega quase instantaneamente.

Passo a pomada e Ayla me leva a clareira, onde limpo o sangue e reponho água. Precisarei de um bom tempo de descanso.

- Vamos voltar agora? – Ayla pergunta.

- Não, eu ainda preciso me recuperar mais.

Descanso por alguns minutos, e então escuto dois tiros de canhão, em um curto intervalo de tempo. Ayla parece curiosa:

- O dia hoje está bem quente. Quem será que morreu agora?

As palavras voam da minha boca antes que eu possa contê-las.

- Eloan. – Eu digo. – Marriote também. 


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Notas finais do capítulo

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