Kuroshitsuji - Feitos Um Para O Outro escrita por Dark Tenshii


Capítulo 4
Capítulo 4 – Um pai em perigo




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Duas semanas se passaram desde o dia em que Emily e Sebastian se conheceram. Desde então, eles sempre saem juntos, e parecem até amigos de longa data. Eles saem para irem à patinação no gelo, boliche, karaokê, shopping e entre outros lugares. Ela está sempre se divertindo com ele e seus pais não se preocupam dos dois estarem juntos, o que Emily achou muito estranho. Ela pensa que pelo menos, sua mãe não gostaria da ideia dela estar se envolvendo com um ser imortal.

Tudo estava indo as mil maravilhas, mas infelizmente algo horrível acontece. Ao chegar à sexta feira a tarde, depois das aulas, Emily encontra sua mãe desesperada na cozinha de casa.

— Mãe, o que está acontecendo?

— Seu pai... Ele foi... capturado. – Responde Helena colocando a mão no rosto enquanto chora.

— Capturado? Por quem? Como assim?

— Olhe. – Disse Helena entregando uma carta – Acabei de receber.

Emily abre a carta e começa a lê-la.

“Cara Helena,

se deseja ver seu amado demônio novamente, nos entregue Emily. Se não, Edgar será morto.

Ps: Sem nenhuma gracinha. Nada de truques escondidos na manga.”

— Papai não seria capturado assim tão facilmente. Ele não é fraco. Isso deve ser mentira. Já tentou ligar para o celular dele?

— Sim,... mas está fora de área. Eu sei que ele foi capturado porque eu posso sentir a raiva que Edgar está sentindo. Ele deve estar chateado por ter sido preso e ter te colocado nesta situação de risco.

— Eu não posso deixar isso assim, do jeito que está.

— Mas Emily, você não pode ir sozinha. Mesmo se eu for junto para te ajudar a resgatar ele, não será o suficiente. Seu pai é mais forte do que nós duas juntas.

— Entendo, mas sei a quem posso recorrer.

— A quem filha?

— Já volto mãe. Juro que não demoro.

— Volte aqui menina, com quem você vai se encontrar?

— Não posso dizer ainda, mas não fique preocupada. – Diz Emily saindo pela porta.

— Emily,... Cuidado. Aiai,...Espero que nada aconteça com você minha querida.

—--------//---------

Emily pega rapidamente o celular e digita um número.

— Alô? – Diz a voz do outro lado da linha.

— Sebastian, preciso falar com você agora, urgente. Encontre-me no beco sem saída perto do cinema.

— Estarei lá imediatamente – E assim finalizam a ligação.

Em cinco minutos, Emily chega ao local do encontro onde já se encontrava Sebastian.

— O que você quer de tão urgente comigo?

— Eu preciso de sua ajuda. Meu pai foi sequestrado e os algozes querem eu como forma de pagamento.

— Edgar foi capturado? Isso é realmente verdade? Ele é bem forte.

— Eu sei. Isso está me assustando. Sozinha eu não tenho forças suficiente contra eles. Mesmo se eu juntar forças com minhas mãe, mas com a sua ajuda...

— Desista Emily. Deixe as coisas como estão. Melhor deixar ele morrer do que vocês correrem risco e eles conseguirem te capturar.

— Mas por quê? Você não quer me ajudar?

— Isso mesmo. Porque eu te ajudaria? 

— Mas Sebastian, eu...

— Nem mais nem menos Emily. Estou indo.

— Não, espere. – Disse Emily segurando sua blusa – Por favor,... Eu sozinha não consigo. Eu preciso de você. Faço qualquer coisa...

— Qualquer coisa Emily?

— Qualquer coisa. - Disse ela convicta.

— Até mesmo se fosse fazer amor comigo, você aceitaria?

Emily arregala os olhos. “Droga, porque fui falar uma coisa dessas. Eu não posso pensar nisso” pensa Sebastian.

— Esqueça o que eu disse... – Diz Sebastian tentando disfarçar suas últimas palavras.

— Não,... Espere. Se esse for o seu preço para você ajudar no resgate de meu pai, eu... Aceito.

Sebastian olha para ela, admirado. Ele ama Emily segretamente, até tenta não nutrir muitas esperanças com ela, mas ultimamente alguns desejos começaram a aparecer nele e está sendo difícil evitá-los. Principalmente, controlá-los.

— E onde ele se encontra, você sabe? – Pergunta Sebastian voltando ao assunto.

— Bem,... Pelo que minha mãe disse, ela sentiu a presença dele na antiga fábrica de roupas da cidade.

— Então vamos para lá.

Ela liga para sua mãe e avisa que conseguiu o apoio de Sebastian, falando para se encontrarem num determinado ponto da cidade, que é um pouco antes da fábrica abandonada.

Ao se encontrarem, Helena e Sebastian se cumprimentam e Emily teve a sensação de que eles já se conheciam, o que ela achou muito estranho. Uma coisa era seu pai conhecer Sebastian, já que era demônio. Outra era um anjo conhecer Sebastian, parecendo que eram bons amigos distantes. Mas questionar isso no momento não vinha ao caso. Não era o momento apropriado.

Eles continuam seguindo para a fábrica e finalmente conseguem se infiltrar dentro dela. Eles vasculham a fábrica toda e encontram Edgar preso junto à parede, com as mãos e pés pregadas na mesma.

— Pai, você está bem?

— Emily, Helena,... Fujam. Não fiquem aqui. Eles vão aparecer a qualquer momento.

— Não se preocupe querido. Sebastian está nos ajudando. – Diz Helena apontando para Sebastian que está um pouco mais distante.

— Ele veio nos ajudar...? Até entendo se ele quisesse salvar Emily, mas a mim?

— Isso foi porque Emily me pediu. – Disse Sebastian se aproximando, libertando Edgar das correntes de ferro que o prendiam à parede.

— Mentiroso. – Disse Emily.

— Ora, ora, ora... O que encontro aqui: dois demônios, um anjo e uma humana. – Diz uma voz saindo de um canto escuro.

— Desgraçado,... - Diz Edgar – Você não colocará as mãos em minha filha.

O homem começa a rir.

— Desculpe, não pude evitar o riso. Você está fraco, não tem como lutar e Emily e Helena não são tão fortes assim.  E Emily sua filha? Só pode ser piada mesmo.

O sujeito olha para Sebastian, pensa por um instante e faz cara de curioso.

— Agora esse aí,... Eu não o conheço.

— Sou o demônio que acabará com você. Me chame de Sebastian.

— É o que veremos.

O homem saca uma espada e começa a lutar contra Sebastian.

— Essa espada... Ela pertencia a Hanna. – Comenta Sebastian

— Você disse certo. Pertencia. Não sei o que aconteceu com ela, mas encontrei essa espada há pouco tempo. Você deve saber quais são as vantagens dessa belíssima espada, suponho.

— Uma espada capaz de matar qualquer criatura imortal. Conheço-a muito bem. – Diz Sebastian tentando socar a barriga do sujeito, enquanto se lembrava do passado. 

Pois ele já tivera com a mesma em suas mãos a anos atrás, quando matara um demônio denominado Claudio Fausto.

Enquanto as duas mulheres tiram Edgar da perede, outros capangas aparecem,fazendo com que Helena e Emily tivessem que agir. Edgar ajudava somente um pouco, já que estava muito debilitado.

Mesmo com a diferença de forças, Helena e Emily conseguem derrotar os inimigos dando o melhor delas, quanto Sebastian continua sua luta intensa.

Emily aproveita a brecha, concentra seu poder nas mãos e, aproveitando um momento de distração, atira na direção dos pés do oponente de Sebastian, o fazendo se desequilibrar e cair no mesmo instante. Em um rápido movimento, Sebastian pega a espada e a crava na barriga da criatura.

— Eu te disse que seria a pessoa que acabaria com você.

— Seu filho da... – E antes de completar a frase, a criatura cospe sangue e morre.

— Já estava sem paciência com ele. Que cara chato. – Comenta Sebastian se levantando e entregando a espada na mão de Edgar. – Acho que isso vai ser mais útil em suas mãos. Você pode usá-la para proteger Emily, caso seja necessário.

— Obrigado. – Agradece Edgar.

— Precisamos voltar. Você não está nada bem querido. – Diz Helena

— Realmente estou exausto. Necessito de um descanso. Se quiser nos acompanhar Sebastian, pode vir.

— Obrigado pelo convite. Eu aceito. Irei te ajudar a carregar.

E assim eles, saem da fábrica e seguem caminho para a casa de Helena e Edgar.

Já em casa, depois de Helena ter cuidado dos ferimentos de seu marido, Edgar começa a descansar para se recuperar,e Emily fala para a mãe que acha melhor ir para a outra casa.

— Por mim tudo bem, mas acho que você não devia ir sozinha para lá. Sebastian pode a acompanhá-la?

— Claro. – Respondeu ele.

— Mas mãe,...

— Algum problema filha? – Pergunta Helena sem entender a reação de Emily.

— Não... Nenhum... – Responde Emily não querendo explicar o motivo. Se ele a acompanha-se, iriam cobrar sua parte do acordo. 

Então, os dois seguem caminho para a casa da reflexão. Durante todo o trajeto, ela permanece quieta, de cabeça abaixada. Pensativa.


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