Edgar e Helena estão preocupados sobre o sequestro de Liz. Enquanto esperam Emily, ficam pensando em um plano para conseguir resgatar a filha de volta sem problema algum. De repente Helena sente algo estranho e tem uma visão: ela vê Emily entrando num local escuro, que parecia estar abandonado. Edgar que conhece bem Helena percebe que sua mulher teve uma visão e pergunta:

- Você teve uma visão, não foi? Por acaso tem alguma relação com Liz?

-  Mais ou menos. Vi Emily entrando num lugar sombrio. Ela deve ter ido sozinha resgatar Liz.

- Droga, precisamos ir ao local imediatamente. – Diz Edgar esmurrando a parede.

- Não podemos ir sozinhos. Nossos poderes não estão muito fortes e, além disso, não temos como rastreá-la.

- Mas Sebastian pode.

- Você está certo. Precisamos encontrá-lo.

De repente ouvem-se batidas na porta. Quando Edgar abre, encontra Sebastian bem a sua frente.

- Ótimo. – Diz Edgar – Precisamos de sua ajuda.

- Está acontecendo alguma coisa? – Pergunta Sebastian percebendo o clima pesado.

- Sim. – Confirma Helena. – Liz foi sequestrada e acabei de ter uma visão na qual Emily estava indo sozinha salvá-la.

- O quê? – Fala o demônio sem acreditar.

- Precisamos que você rastreie sua localização. – Continua a dizer Helena - Nós não temos poderes suficientes porque estamos afastados tanto do céu quanto do inferno.

- Nem precisava ter me pedido. Farei isso imediatamente.

Sebastian se concentra e consegue sentir a localização de sua amada. Os três seguem para o tal local.

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Enquanto isso, no esconderijo do metamorfo, se encontra Liz amarrada numa cadeira por cordas. Ela está muito machucada e seu rosto está inchado de tanto chorar.

O metamorfo conversa com o demônio sem que Liz veja.

- Eu nunca fiz algo tão cruel assim. Realmente vocês demônios... São perversos.

- Não se preocupe meu caro amigo metamorfo. Isso é necessário. Aposto que Emily deve estar a caminho. Quando ela chegar, nosso plano estará completo.

O metamorfo encara o demônio e se transforma. Agora ele está com a aparência de Emily e anda em direção a Liz que logo fica apavorada.

- Você só me atrapalha. É um estorvo. Te odeio. – Diz o metamorfo segurando um pedaço de madeira.

Ele está prestes a acertar a menina, mas a verdadeira Emily entra pela porta e o impede.

- Não faça mal a ela, seu metamorfo desgraçado. – Diz Emily chutando a barriga da criatura com força.

Ele cai longe. Emily aproveita e desamarra Liz.

- Você está bem minha querida?

A garota se afasta de Emily e permanece em silêncio.

- O que você fez com ela seu desgraçado?

- Só a torturei um pouco enquanto estava em sua forma.

- O quê? Como você pode ser tão cruel a esse ponto... Você merece morrer. – Diz Emily começando a atacar o metamorfo.

Os dois travam uma intensa luta e Emily está levando a melhor. Antes de o metamorfo cair no chão sem fôlego, ele consegue desferir um golpe com uma pequena adaga nela não muito profundo.

Aplausos ecoam pelo local com pouca claridade. Emily olha para seu lado e encontra um homem a aplaudindo.

- Nada mal.

- Quem é você?

- Desculpe não me apresentar. Meu nome é Crowley e eu sou um dos principais comandantes do sequestro de Liz.

A raiva sobe a cabeça de Emily e ela o encara serrando os dentes.

- Crowley, me ajude. Estou muito fraco. – Diz o metamorfo caído no chão.

- Ajudar? Porquê?

- Nós temos um acordo. Você precisa prender Emily para que eu use os poderes dela.

- Desculpe, mas não lembro de acordo nenhum.

- Seu desgraçado.

- O máximo que posso fazer é adiantar sua morte. É bem melhor do que morrer lentamente assim. Você não acha? – Diz Crowley pegando uma arma.

- Seu filho da... – Antes que pudesse completar a frase, o metamorfo é atingido pela bala do revolver na cabeça, morrendo logo em seguida.

- Essa arma é muito eficaz. Não sei o que faria sem ela. Mas não se assuste. Essa não é a arma que usarei contra você, e sim essa. – Diz ele tirando uma espada de dentro do seu paletó.

- Uma simples espada? Tem certeza? – Pergunta Emily

- Sim. Ela será suficiente para te matar. Mesmo que eu não consiga te acertar em cheio, ela está banhada com um veneno que te matará aos poucos.

- Saiba que eu não tenho medo disso. Conseguirei te vencer para tirar Liz desse lugar.

- Mesmo que você a salve, ela não falará mais com você. Ela está traumatizada.

- Eu sei disso. Mesmo que ela não fale mais comigo, espero vê-la bem.

- Que seja. – Diz Crowley correndo em sua direção e começando a atacá-la.

Emily consegue se desviar de todos os ataques e isso está deixando Crowley furioso.

- Isso terminará agora. – Diz ele se desviando de Emily , correndo em direção a Liz.

- Não. – Grita Emily desesperada.

Rapidamente ela entra na frente de Liz e recebe o ataque que lhe acerta quase o coração.

- Emily. – Grita uma voz de homem. É Sebastian que tinha acabado de chegar ao esconderijo junto com Edgar e Helena.

- Emily, você está...

- Não se preocupe comigo agora Sebastian. Pai, mãe, tirem Liz daqui e deixem que Sebastian acabe com Crowley.

- Crowley? – Diz Sebastian.

- Eu mesmo. – Responde o demônio.

- Se queria vingança por que eu estraguei seu plano há séculos atrás, podia ter feito isso diretamente comigo e não com ela.

- Mas aí não seria uma vingança. Não teria graça.

- Acabarei com você agora mesmo.

Os dois começam a travar uma luta intensa. Crowley está se divertindo com a situação e provoca Sebastian.

- Não adianta correr para salvar Emily. Ela morrerá de qualquer jeito devido ao veneno que tem naquela espada. E para sua informação, não existe antídoto.

Uma raiva descomunal toma conta de Sebastian e ele joga Crowley contra a parede que deixa sem querer a arma de seu paletó cair. Antes que ele a conseguisse de volta, Sebastian a pega.

- Esse será seu fim. – Diz Sebastian atirando no demônio sem pensar duas vezes, o fazendo cair morto.

Ele vai ao encontro de Emily e a segura, a colocando no colo.

- Obrigada Sebastian. – Fala Emily quase que sem forças.

- Não diga nada Emily. Eu te salvarei de alguma forma.