I Miss The Time When You Missed Me escrita por Jade Lima


Capítulo 17
Capítulo 15 - It was real, Damon?




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— Elena...

— Damon! O que está acontecendo?! — ela disse, com os olhos arregalados e assustados. Eu fiquei com medo. Ela estava tão confusa... Eu só queria abraçá-la e pedir perdão.

— Quem era que estava aqui? — ela perguntou e eu respirei fundo. O ouvi dizer meu nome, mas não reconheci sua voz.

— Matt. Matthew Bonovan — eu falei, fazendo-a olhar ainda mais confusa para mim. — Elena, ele é responsável por sua salvação — completei, fazendo-a rir. Ela estava caçoando.

— Minha salvação? Por favor. Não brinque comigo.

— Não estou brincando! — falei, me aproximando. Ela recuou, tirando o sorriso de seu rosto. — Elena... Ele lhe salvou... Mas há complicações.

— Conte-me, então. Quero ouvir tudo de sua boca.

Sentamos em cima da cama, e então, contei a ela tudo que Matt havia acabado de me contar. Adicionei outros detalhes como a primeira vez que vi Bonovan na ambulância, e como ele disse que a salvaria mais tarde, no quarto de hospital. Elena ouvia atentamente. Ela ria. Ela chorava. Ela não acreditava. Porém, não falava uma palavra. Quando acabei, ela ainda parecia confusa. Ela estava de cabeça abaixada, e quando tentei tocá-la, ela protestou.

— Não. Não me toque. Por que não me contou antes? Esperou que eu descobrisse, Damon! — ela falou alto, e eu abaixei a cabeça, sem dizer uma palavra — Espere... Ainda há um ponto de interrogação... — ela disse, e eu já sabia aonde a conversa iria chegar. — Damon, eu ouvi sua conversa com Matthew...

— Pergunte-me, Elena.

— Damon... O que ele quis dizer com não acho que seja uma missão impossível conquistá-la de volta? De volta? O que isso quer dizer? O que mais está escondendo de mim?

Eu abaixei a cabeça e respirei fundo. Como diria aquilo?

— Vamos, Damon! Diga-me! Acha que não consigo lidar? É isso? Você me acha fraca? Uma pobre menininha que acaba de sair de um coma, não é?  — ela gritou, e eu lambi meus lábios. Elena era forte. Disso eu tinha certeza. Ela conseguia aguentar qualquer coisa que eu a dissesse. Mas como eu poderia falar tudo aquilo do nada?

— Elena, eu sei que és forte.

— Então deixe-me provar que sou tão forte quanto você sabe — ela falou, endireitando a coluna.

— Estávamos andando de carro na noite do acidente... Certo? — eu disse, e ela assentiu. — Elena... Íamos nos casar.

Ela soltou um pulo de onde estava sentada, levantando-se. Tive o instinto de tocá-la novamente, mas ela recuou pela terceira vez. Elena estava colhendo lágrimas nos olhos, por certeza. Ela deveria estar lembrada de nosso acidente... De seus sonhos.

— Era real, Damon? Era... Real? — ela falou e eu apenas assenti com a cabeça, ainda sentado. Ela colocou a mão na cabeça, sem saber o que falar. — Nunca pensou em me contar? Em nenhum momento em que estivemos juntos desde que acordei? Nunca pensou em me contar de como estávamos apaixonados? De como íamos nos casar? E quando eu lhe contei sobre os sonhos, hoje a noite? Não pensou em me falar de como eles eram reais? O que tem na sua cabeça, Damon? — A cada frase, o tom de voz de Elena aumentava. Eu não sabia o que dizer. Ela estava certa. Droga, Damon.

— Elena... — falei, levantando-me.

— Você mentiu pra mim! Isso... Isso tudo é uma mentira! — ela gritou, olhando ao redor do quarto.

— Elena... Como queria que eu lhe falasse tudo isso... Em que hora, oportunidade... De que possível jeito eu poderia lhe falar?

— Eu não quero te ouvir. Quem sabe, o acidente e tudo isso que nós estejamos metidos agora, foi só um sinal de Deus para que não nos casássemos. Sabe por que, Damon? Casamento é submetido à confiança. Se não há confiança, não há modo nenhum no mundo em que isso possa dar certo! — ela disse, dando ao quarto segundos de silêncio pleno, em seguida. Eu não conseguia pensar em absolutamente nada. Eu havia a perdido... De qualquer maneira, eu não a tinha mais... — Estou indo para a casa de meus pais... Boa noite, Damon. ela disse, saindo do quarto. Ouvi seus passos nas escadas, e saí do quarto rapidamente.

Você não presta, Damon! Mentiu pra mim! Disse que não estava mais se encontrando com aquela mulher! Elena gritava comigo, fazendo com que eu tivesse medo de que ela me deixasse... Não conseguiria ficar sem ela. Elena... Não é o que você está pensando disse nervoso. Ah, não? Eu o vi. Estava jantando com ela. Com aquela que já foi sua namorada, Damon. Que você já amou! gritou ainda mais alto. Elena não fazia ideia. Isso dava um humor a situação. Eu não conhecia melhor programador de casamentos. eu disse, fazendo com que Elena parasse de gritar e arregalasse os olhos. Elena, casa comigo falei, e ela sorriu.

— Elena! — gritei seu nome.

— Não! Por favor, não. Não diga nada mais em que você possa se arrepender de ter dito depois... — Ela olhou nos meus olhos, e foi quando percebi que ela estava chorando... Ela virou as costas, pegou sua bolsa, e bateu a porta da frente com força ao sair.

Eu? Fiquei sozinho, com meus próprios pensamentos tolos. Assim que ela saiu, por certeza, não conseguia dormir. Deitei-me na cama e chorei. Burro. Acabo de perder a pessoa mais importante de minha vida. A minha única. Eu tinha a escolha de contar a ela tudo que aconteceu desde o princípio... Eu tinha a merda da escolha. Por que teimava em achar que eu não a tinha?

Já fazia vinte minutos em que Elena havia saído para a casa dos pais quando ouvi o meu celular tocar. Franzi o cenho. Nesta hora? Poderia ser...

Elena.

Corri o mais rápido que pude para atender ao celular que estava na sala. Eu podia ouvir aquela música de suspense na minha cabeça enquanto eu tentava não tropeçar nas escadas. Ela só parou quando coloquei o telefone na orelha e ouvi gemidos.

— Damon... — dizia a voz da minha amada, em súplica. Ela estava chorando — Eu não sabia mais a quem ligar... Ajude-me.

— Elena? O que houve? — falei, ouvindo seus soluços desesperadores.

— Meus pais... Encontrei-os deitados no chão da cozinha... Ah, Damon, há tanto sangue! Tanto sangue... Mas ainda encontro respiração... O que faço? Damon, o que faço!

— Ai meu Deus! Chame a ambulância! Rápido. Estarei no hospital.

Meu coração bateu forte quando desliguei o telefone. Meus únicos pais... E o choro de Elena... O demônio.

Foi ele.


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Notas finais do capítulo

Finalmente, né! uahuah MIL DESCULPAS! 5 meses sem escrever! Saudades de vocês! Espero que vocês não tenham desistido da fic! Ando muito ocupada MESMO com a escola. Todo fim de semana tenho que estudar por que toda segunda tem prova. Esse é um dos únicos que tenho folga. Mas falta um mês pra voltar as férias, e esse capítulo é uma garantia que vocês tem que eu não vou deixar a fic! Espero que tenham gostado porque... Próximo capítulo a gente tem uma coisa bem legal sobre o demônio... Até mais!! Reviews + recomendações seeempre. Vamos me animar pra escrever mais pra vocês!