O Feiticeiro Parte I - O Livro de Magia escrita por André Tornado


Capítulo 14
III.3 Duas amigas inseparáveis.




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No jardim da escola, Bra sentou-se num banco de pedra, debaixo de uma árvore frondosa. Abriu a lancheira e os olhitos azuis brilharam. Lambeu os lábios e retirou um bolo de arroz com ambas as mãos. Começou a comê-lo devagarinho, para prolongar o prazer de estar a comer aquela guloseima. Estava tão entretida que nem reparou que alguém se aproximava dela.

- Koniichi-wa, Bra-chan!

Assustou-se, atrapalhou-se com o bolo e este acabou no chão, onde se desfez numa papa branca.

- O meu bolo! – Choramingou.

Pan olhou para o chão.

- O que é que tem o bolo?

- Caiu! – Gritou Bra furiosa.

- Esquece o bolo.

- Mas era o meu lanche!

Cruzando os braços, Pan suspirou.

- Queres vir treinar comigo, ou não?

A proposta repentina sacudiu Bra. Abriu um sorriso para responder um imediato Hai!, mas depois encolheu-se a fazer beicinho.

- O que foi? – Perguntou Pan espantada com aquela atitude. – Já não queres treinar comigo?

- Quero… mas não posso.

- Porquê?

- O meu irmão descobriu o nosso segredo e disse que contava tudo à minha mãe se eu me portasse mal e dissesse que Goten-san esteve lá em casa ontem à noite, porque tinham de estar a estudar para os exames da universidade e não a passear.

- Aquele Trunks – resmungou Pan, erguendo um punho fechado. – Qualquer dia, rebento-lhe com os dentes!

Bra desatou a rir, tapando a boca com a mão, num estilo mimado tão do agrado da sua mãe, que gostava de dizer que ela era a princesinha da casa.

- Não eras capaz. O nii-chan é muito forte.

- Sim, forte como o meu tio e fui capaz de derrotar Goten-san naquele torneio de artes marciais, quando só tinha cinco anos.

- Mas esse combate não foi a sério…

- Quem disse? – Pan, muito vermelha, pôs-se em bicos dos pés.

- O meu pai – explicou Bra. – Disse que Goten-san não utilizou todo o seu poder e que foi estúpido por confiar demasiado e não pensar que tu serias capaz de o derrotar. Disse que Goten-san era uma vergonha para os saiya-jin, assim como Gohan-san.

- O teu pai qualquer dia também vai engolir os dentes – ameaçou Pan mostrando novamente o punho fechado. – Ele não fala mal do meu pai!

A cara inocente de Bra acabou com a fúria de Pan. Sentou-se ao lado da amiga, no banco de pedra.

- Como foi que Trunks-san descobriu que nós treinamos juntas?

A resposta foi um encolher de ombros.

- Achas que foi Maron-san?

- Não – negou Bra com veemência. – Maron-san nunca me trairia.

- É muito estranho. Eu não disse a ninguém e tu disseste-me que apenas Maron-san conhece o segredo.

- Se calhar, alguém nos espiou.

- Trunks-san?

Novo encolher de ombros.

- Bem, se o segredo já se sabe, não há mais nada a fazer. Por isso, mais vale aproveitarmos o tempo e continuar a treinar. Mais cedo, ou mais tarde, os nossos pais vão descobrir. E quando o fizerem, devemos ser muito fortes, que assim eles vão ficar tão impressionados que já não nos põem de castigo.

Bra fechou a lancheira com cuidado, colocou-a em cima dos livros. Após uma curta pausa, a resposta foi um aceno afirmativo. Pan ficou radiante. Não desejava perder a companheira de treinos. E ficou espantada quando ouviu a amiga dizer, pensativa:

- Não te preocupes. Acho que já sei como resolver esta situação…

- O que vais fazer? - Inquiriu Pan curiosa.

- Logo te conto! Vou enganar o nii-chan.

- Vai rebentar-lhe com os dentes?

- Vou fazer uma coisa melhor.

As duas desataram a rir.

Soou a campainha da escola, a anunciar que acabava o intervalo da manhã. Todos os meninos e meninas deveriam regressar ao edifício para retomarem as aulas. As duas entreolharam-se com cumplicidade durante algum tempo.

- Ah! – Disse Bra a fingir uma cara séria. – Se Videl-san souber disto!

- E se Bulma-san souber disto! – Anuiu Pan a imitar a cara de Bra.

Bra pulou para as costas de Pan e disse-lhe entusiasmada:

- Vamos embora!

Pan verificou se não estava ninguém a espiá-las, voltando a cabeça de um lado para o outro. Em breve, o caminho estaria livre, pois todos corriam para a entrada da escola, abandonando o jardim. Pan anunciou, enquanto ajeitava a amiga nas costas, passando os braços pela curva dos joelhos para a segurar.

- Hoje, vou ensinar-te a voar!

Nas cavalitas de Pan, Bra soltou um grito de alegria.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:
O ódio e a vingança.



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