Vale Da Lua escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 19
Perdendo a Sanidade


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por todos os reviews *-*
Então, o começo é Clove Loka, mas depois fica legal, achei o final fofinho e ela vai começar a lembrar o/.
(Eu alterei as falas, para não ficar muito igual as originais de OUAT)



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Não acredito que cheguei a esse ponto. Estou chorando por causa de um cavalo estúpido que quer me fazer acreditar que eu sou uma coisa que eu não sou. E o pior é que Enobária confia nele, acho que todos preferem ele a mim. Mas tem uma coisa que eu não vou deixar ele fazer: tirar minha sanidade.

–- Snow, precisamos conversar – o Nightmare fala entrando no quarto.

–- Claro que precisamos -- Sem pensar, puxo a faca da minha gaveta e prendo na perda. Acho que eu estava errada. Ele não pode tirar um coisa duas vezes.

POV Enobária

O almoço já vai começar, dispensamos a Clove hoje porque ela está muito abalada com tudo que está acontecendo. Chef Pierre está servindo o almoço quando Finnick começa a falar:

–- Chef Pierre! – Chamamos ele de “chef” antes do nome não apenas pelo motivo dele ser um chef, mas também por questão de respeito. – Almoce conosco hoje, querido amigo. É uma pena que Clove não esteja conosco nesse momento, mas não posso mais esperar. – É minha impressão ou o Finnick durão está suando frio. Ele fica de pé – Hoje quero que seja o primeiro dia de uma sequencia de eventos maravilhosos. Bom, a muitos anos filósofos tentam definir o significado de amor, eu também não sei defini-lo, mas sei de uma coisa, eu quero descobrir com você. Annie, aceita casar comigo?

–- Sim, sim, simmm! – Annie responde chorando e pulando em seu colo.

O momento amor perfeito não durou muito tempo, assim que eles sentaram, ouvimos gritos, gritos do nightmare. Logo a Clove começa a gritar também. Eu e Cato corremos para o quarto dela em menos de um segundo, se é que isso é possível. Arrombamos a porta. Sangue, muito sangue.

–- Que infernos acabou de acontecer aqui? – Cato pergunta tentando manter a calma.

–- Não se preocupe, não a machuquei – O Nightmare responde – Bom, pouco. E foi sem querer.

–- Eu tenho que mata-lo – Clove murmura chorando desesperadamente.

–- Por quê? Querida, o que aconteceu? – Pergunto com uma voz doce.

–- Se eu o matar – ela se engasga de tanto chorar – Tudo vai voltar a ser como era antes.

–- Isso é ilógico Snow. – O Nightmare responde calmamente.

–- Não terei certeza se não descobrir. –Clove lança sua faca no peito do nightmare, mas antes que ela atinja seu alvo, Cato se atira na frente. – NÃO! Não! – Ela berra e começa a chorar mais desesperadamente do que antes. – Por quê? Por quê?

–- CHARMING! – Sonhador também entra em desespero.

–- Eu... Não podia deixar você fazer isso – Cato responde rouco. – Você precisa dele. Tem que acreditar.

–- Não, fica comigo! – Clove fala ajoelhada chorando.

–- Sonhador, tem magia para salva-lo? – Pergunto mantendo a calma.

–- Isso é tudo culpa sua – Clove fala baixo para o nightmare – ou melhor, é minha, Se eu tivesse deixado você matar a Annie, Enobária teria o matado.

–- CLOVE! – A repreendo.

–- Desculpe, Red – Sonhador responde triste. – Acho que não. Desculpe Snow, eu não queria faze-la sofrer.

–- Eu sou uma inútil – ela fala novamente chorando. Nunca tinha visto esse garota chorar tanto. –N-nem consigo machucar o ser certo. – Ela suspira.

–- C-Clove – Cato fala colocando a mão no ombro dela.

–- Desculpe. – ela diz.

–- Onde conseguimos magia para salva-lo? – Pergunto.

–- Magia? Não podemos usar outra coisa? – Clove pergunta beirando o desespero.

–- Ele está tão ferido que não sei como ainda consegue respirar – O nightmare responde.

–- FAZ ALGUMA COISA! – Clove berra agora, no ápice do desespero tentando inutilmente estancar o sangue que escorre sem parar do peito de Cato.

Precisamos urgentemente de alguma coisa, algo mágico, algo realmente mágico. Gloss aparece na porta e pergunta se devemos usar vodca para ele parar de sentir dor, dispensamos. Magia, magia, magia! Como assim ele não tem mais magia?

–- Como assim você não tem magia? – pergunto.

–- A magia nesse mundo é instável. – Ele responde. – logo ela vai voltar, mas temo que seja tarde de mais.

–- Temos que esperar? – Pergunto mais calma do que eu achava que estaria.

–- Não, não! Não podemos!! – Clove berra.

–- CÉUS! – Sonhador berra – Ele não está respirando!

Clove desmaia.

POV Clove

–- Socorro! – grito enquanto meu cavalo corre descontroladamente. Eu não consigo para-lo, é quase como se ele estivesse enfeitiçado.

Já estou chorando quando uma mulher de aparência jovem, de olhos castanhos e cabelos presos vem com seu cavalo me ajudar.

–- Muito obrigada – Respondo quando ela me ajuda a descer do cavalo.

–- De nada, querida – ela responde com um sorriso amigável.

–- Nunca mais irei andar a cavalo novamente – digo com medo.

–- Não, se eu fosse você faria isso o mais rápido possível, enfrente seus medos – ela responde – Meu nome é Regina.

–- O meu é Snow. – respondo a ela.

***

–- Ela me salvou papai! – Digo sorridente a um homem com vestes de rei e cabelo acinzentado.

–- Snow! Ainda bem que está segura agora. – Ele responde me abraçando – Desculpe por deixar isso acontecer com você minha filha.

–- Ela me ajudou, e o nome dela é Regina. – respondo.

–- Acho que achamos a mulher certa – O homem responde.

–- Acha papai? – pergunto e acho que meus olhos estão brilhando.

***

Meu pai pediu Regina em casamento! E eu não poderia estar mais feliz! Ela aceitou. Estou andando até o celeiro, porque como ela mesma disse devo enfrentar meus medos. Abro a porta.

–- Não! – Digo ao ve-la beijando um homem que aparentemente cuida dos cavalos.

–- Snow! Snow! – Ela chama, mas eu já estou correndo para longe, e chorando. Até que ela finalmente me alcança.

–- Como pode fazer isso? – pergunto entre lágrimas. – Você vai se casar com o meu pai! Se tornar minha mãe!

–- Eu não amo o seu pai – Regina responde segurando lágrimas.

–- Como? Como não o ama? – pergunto.

–- O amor não funciona assim... – Ela responde. E Então eu entendo o que ela sente pelo garoto do estábulo – o amor é um sentimento que não controlamos e...

–- E você ama o homem do estábulo? – pergunto agora com um sorriso.

–- Sim! – ela responde com um pequeno sorrisso.

–- Preciso falar ao meu pai! Ele vai entender – digo já me virando.

–- Não! Você não pode contar a ele – ela responde com uma voz preocupada – ele pode entender, mas outras pessoas não irão. Principalmente minha mãe.

–-Então, fuja com ele! – digo a ela.

–- Essa pode ser uma boa ideia – ela responde com outro pequeno sorriso. – esse pode ser nosso segredo?

–- Sim, esse é o nosso segredo.

Abro os olhos. Minha cabeça dói ao lembrar do meu sonho, que é tão real que poderia ser uma lembrança. Céus. É uma lembrança! Tenho que pedir desculpas ao nightmare, e Cato! Eu matei o Cato! Levando da cama as presas e vou cambaleando até a sala. Todos estão lá, não estão com expressões tristes, que tipo de gente não fica triste em um velório? Até que vejo aqueles lindos olhos azuis me encarando com um sorriso de tirar o fôlego.

–- Está vivo?! – Quase berro correndo até o sofá.

–- Parece que sim – ele responde me abraçando.

–- Mas eu vi você morrer... – digo triste.

–- Não, você me viu quase morrer. – ele responde.

–- Usamos magia – Enobária responde – para curá-lo, graças aos céus a magia do Sonhador voltou a tempo, senão ele teria morrido.

–- Ele precisa descansar – Cashmere diz – depois vocês conversam, queria.

–- Tudo bem, até depois – digo sorrindo.

–- Até depois – ele fala e me dá um beijo na resta.

Vou andando silenciosamente até meu quarto, encontro Sonhador no jardim, olhando para a lua. Me aproximo e passo a mão em seu pescoço.

–- Me desculpe – digo – eu acho que preciso de um tempo para pensar.

–- Sempre desculparia você Snow. – Ele responde – Mas o que fez você mudar de ideia?

–- Acho que eu tive uma lembrança – digo, e tenho certeza que ele fez uma expressão feliz.

–- Maravilhoso Snow, e acho que nada melhor do que uma bela noite de sono para ter mais lembranças—ele diz.

–- Concordo. E... Obrigada por salvar o Cato – respondo.

–- De nada. Os dois merecem que ele ficasse vivo.

–- Eu não merecia. – digo triste.

–- Merece mais do que pensa.

Com isso seguimos novamente para o quarto, o nightmare vai dormir no seu canto de sempre, e eu vou para minha cama, pronta para novas lembranças.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? auhshuahsuhaushhaus, 5 reviews para o próximo, espero que tenham gostado do capítulo...