[LEIAM AS NOTAS INICIAIS]

Acordei um pouco mais cedo do que o normal, e como eu não tinha nada para fazer decidi passear um pouco pelas ruas de Londres. Deixei um bilhete a Hermione avisando-a que logo estaria de volta.

Quando saí do Caldeirão Furado e comecei a andar percebi que estava sendo seguida de perto por um cachorro preto muito bonitinho, ele me seguia onde quer que eu fosse. Estava passando por uma loja de brinquedos e avistei um patinho de borracha na vitrine e logo me lembrei do senhor Weasley e resolvi entrar e comprar para ele.

Quando saí, o cachorro estava na porta esperando por mim e voltou a me seguir. Como eu estava com fome e não havia comido nada de café da manhã parei em uma cafeteria e comprei umas rosquinhas e chocolate quente e fui me sentar em um banco.

_Olá cachorrinho. – disse a ele que estava sentado me observando comer – Você quer uma rosquinha?

Ele latiu em resposta, peguei uma rosquinha e levei até o focinho dele para que ele comece. Ele me parecia estranhamente familiar, mas eu nunca havia visto aquele cachorro antes em toda a minha vida, pelo menos não que eu me lembrasse.

Depois de ter terminado de comer fiquei acariciando o cãozinho que deitou sua cabeça em meus joelhos para descansar.

_Você é muito familiar sabia? Gostaria que conhecesse minha irmã Hermione. Mas, eu estou meio chateada com ela. Ela está acusando o meu pai de assassinato acredita? Ela disse que todos os bruxos dizem isso e muito mais, mas eu não acredito que meu pai seja um assassino. Se ele fosse um assassino ele não teria me deixado na casa dos meus pais adotivos, teria me matado ou deixado em qualquer lugar. – eu desabafava com ele – Sabe, eu não o conheço muito bem, mas sei que ele é uma boa pessoa. E que foi preso inocente.

Fiquei um bom tempo conversando com aquele cachorrinho que me ouvia em silêncio como se entendesse o que eu estava falando. Até que me lembrei de que precisava voltar.

_Preciso ir. Até mais ver. – disse beijando sua cabecinha e balançando suas orelhinhas.

Ele ficou parado me olhando se afastar e não me seguiu como antes.

Quando cheguei ao Caldeirão Furado senti um abraço apertado.

_Minha filha onde estava? – perguntou senhor Weasley

_Eu fui passear. Eu avisei a Hermione.

_Não pode sair sozinha com um assassino a solta. – disse ela muito preocupada.

­_A senhora também não, não é? – disse exasperada – A Hermione está me falando à mesma coisa. Mas, eu não acredito que Sirius Black seja um assassino e ele é o meu pai.

Ela olhou para mim com uma cara de quem havia visto um fantasma. E logo em seguida me deu outro abraço apertado.

_Não acredito que ele é seu pai. – disse ainda me abraçando

_É sim. – respondi sem saber o que estava acontecendo

_Então você é minha prima. – respondeu ela

_Eu sou o que?

_Sente-se querida. – disse me conduzindo a um sofá no canto do bar. – Vou te explicar.

Ela respirou fundo e me deu um sorriso maternal e começou a explicar:

_Eu sou prima do seu pai, o pai dele era meu tio. Quando aconteceu aquela guerra com Você-Sabe-Quem e os pais do Harry morreram, Sirius achou melhor levar você para um lugar seguro. Ele foi até a minha casa e explicou o que havia acontecido. Ele disse que os pais do Harry haviam morrido para protegê-lo e conseguiu fazer com que ele sobrevivesse, ele não saberia se iria ter a mesma sorte que seus amigos então resolveu deixar você em um lugar seguro. – ela olhava sem realmente enxergar, era como se ela estivesse vendo em uma tevê o passado – Mas, ele sabia que na minha casa seria muito obvio, então ele resolveu leva-la para o mundo trouxa. Mas, eu não fazia ideia de que era você a minha sobrinha.

Ela voltou ao futuro e olhou para mim com um sorriso no rosto.

_Então os meus padrinhos eram os pais do Harry? – perguntei sem entender

_Sim.

_Não acredito! – sussurrei e saí correndo

_Aonde vai? – perguntou senhora Weasley

_Falar com o Harry. – respondi por cima do ombro.