Histórias Do Olimpo: A Fúria De Hades escrita por Gustavo Henrique


Capítulo 4
TUDO É ESCLARECIDO PELA MINHA MÃE


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pelos comentários, e por aqueles que tem favoritado e acompanhado a fic! Se leu não esqueça de dar review!



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QUATRO

TUDO É ESCLARECIDO PELA MINHA MÃE


A
travessamos a rua na frente da praça depois de quase sermos atropelados por dois carros, chegamos vivos até o outro lado da calçada depois disso andamos um pouco e depois, viramos uma esquina que dobrava para a direita, enquanto eu andava eu também estava fuçando no celular, uma coisa que não tinha percebido é que meu celular estava com a bateria cheia antes de lutarmos contra as duas fúrias, e depois de lutarmos com elas um ponto da bateria se foi e só restavam quatro pontos, então eu pensei comigo mesmo como eu faria no caso de o celular descarregar no meio de uma batalha, eu precisava ter alguma certeza de que ele estaria sempre carregado quando eu precisasse, porque se ele não estivesse carregado, provavelmente eu e Breno morreríamos, com todos aqueles monstros que poderiam estar nos seguindo naquele momento, mas eu ainda tinha quatro pontos na bateria do meu celular, eu poderia ser sábio e usar esses quatro pontos que ainda restavam para nos proteger, porque quando eu chegasse em minha casa, com certeza eu precisaria recarregar aquele celular, como Breno tinha dito antes, a tribo de semideuses ficava em plena Amazônia, com certeza não haveria energia elétrica, mas eu podia contar com o imprevisto, já que tantas coisas mágicas tem acontecido, porque não podemos ter energia no meio da mata amazônica, Zeus não é o deus dos raios e da eletricidade? Ele que de um jeito de colocar energia no meio da mata.

Abri a loja Olimpiana do Android, e resolvi ver o que tinha de interessante lá, me deparei com os mais incríveis artigos, desde de espadas, adagas, lanças até vendiam poções lá, a loja era muito interessante, Hefesto devia ter trabalhado duro naquela loja, eu até estava pensando em comprar uma lança, mas eu não fazia idéia de como arrumar dracmas de ouro, continuamos andando reto desde quando viramos a esquina, estávamos no maior silêncio, quando de repente nosso silêncio é cortado por um arco Iris na nossa frente, eu olhei para aquilo e fui forçado a parar imediatamente, não sabia o que era nem que tipo de danos aquilo podia nos causar, mas então o arco Iris foi tomado por um fina neblina, como aquelas neblinas comuns que a nós vemos bem de manhã, mas no meio do arco Iris, surgia um rosto, um rosto de uma jovem branca, que aparentava ter uns vinte poucos anos de idade, cabelos longos e castanhos e com algumas mechas multicoloridas, que por alguns instantes pareciam um arco Iris, e os olhos eram verdes piscina, tinham um brilho intenso que eu nunca havia visto na vida, eram penetrantes, acolhedores e gentis, e também severos, o nariz era arrebitado como de uma boneca de porcelana, tinha os lábios finos e havia passado um leve batom rosa nos lábios, o que a deixava muito mais bonita, mas era o tipo de beleza que não era muito comum, não precisava de nenhum tipo de maquiagem ou algo do tipo, era simplesmente bonita, do jeito que era.

A moça do outro lado disse:
— Olá Breno e Pedro, como vocês estão?
— Claro senhora Íris estamos super bem, só acabamos de matar duas fúrias e um cão infernal! — Breno berrou com ignorância.
— Íris? Deusa do arco Iris não? — Eu disse interessado
— Além de deusa diretora da tribo — Breno cochichou
— Sim Pedro, sou Íris deusa do arco Iris e diretora da tribo, mas chega de apresentações, vamos direto ao ponto, eu precisava urgentemente me comunicar com vocês, as coisas estão ficando muito feias no Olimpo, alguns deuses estão duvidando da liderança de Zeus e ele quer que realizemos uma missão para resolver esse problema e saber onde tudo está acontecendo, quando vocês chegarem aqui vão entender melhor tudo que está acontecendo, mas no momento vocês precisam se concentrar em chegar rápido aqui! Caso contrário as coisas vão ficar feias, alguns semideuses estão começando a questionar tudo que estamos fazendo, estamos precisando de ajuda aqui, Pedro, você foi o escolhido pelo oráculo, espero que Breno tenha explicado tudo que acontece nesse novo universo, mas você precisa saber o que profecia dizia, e interpretá-la para que tudo dê certo quando você e mais dois semideuses saírem para a missão e saiba também que a profecia disse exatamente sobre você o lugar de onde você vem foi citado na profecia, queria pedir que por favor não nos decepcione, da ultima vez que Breno guiou alguém, a missão não deu muito certo, mas quero que saiba, primeiramente que nós precisamos de você, mas vamos direto ao ponto, a profecia dizia:
“Um semideus do vale virá,
Um dos heróis sucumbirá,
Alguns se opõem
Diante as emoções,
O mundo em suas mãos vai estar,
Vai destrui-lo ou o preservar?”

— Nossa, sou tão importante assim? Previram o futuro e eu estava nele, sou ta importante assim? — Perguntei a Íris
— Pedro, você é a nossa peça chave em tudo isso, se Zeus confia em você, não teremos dúvidas quanto a sua índole! Apenas chegue a nossa tribo, e tudo será esclarecido! Agora preciso mesmo ir, nossa veterana Nathália está precisando de ajuda com os filhos de Hermes, sem mais nem menos, apenas venha pra cá, vamos te receber como família! Até a próxima, garoto da profecia!
Depois disso, o arco íris desapareceu, não aconteceu nada de especial, apenas desapareceu, mas eu tive a vontade de ficar horas conversando com aquela garota, ou deusa, Íris a diretora da tribo, que por mais distante que estivesse, parecia estar o mais perto possível. Logo depois que o arco Iris desapareceu, eu encontrei um envelope, era pesado, um peso metálico, quis imaginar o que era mas algo me chamou atenção, escrito em cores diferentes estava: Precisarão disso, guardem até o fim! De Íris, sua amiga e líder. Eu abri o envelope, encontrei duas moedas douradas, não eram muito grandes, deviam ter o tamanho de duas moedas de um real, então perguntei:

— Breno, o que são estas duas moedas aqui?
— Olha! São dois dracmas! Se a senhora Íris disse que vamos precisar, Pedro é melhor guardá-los com todo o cuidado, eles são bem fáceis de perder, digo por experiência própria!
— Breno, aquela mensagem que nós recebemos tem algum nome específico? Só os deuses podem mandar?
— Pedro, aquilo que nós recebemos foi uma mensagem de íris, não é porque recebemos da deusa Íris, mas ela criou um modo de os semideuses e deuses se comunicarem de qualquer lugar do mundo, ou do mundo inferior! Quando precisarmos vou ter ensinar como usar as mensagens de íris para nos comunicarmos!
— Breno, sem querer cortar o nosso assunto com falta de educação, mas eu acho que é melhor nós nos concentrar e continuarmos seguindo nosso caminho até minha casa, pode ser que outros monstros possam nos seguir, nós precisamos ser rápidos! — Breno ficou em silêncio depois de eu ter falado, então nós continuamos seguindo reto depois da curva que tinha sido interrompida pela mensagem de íris, minha casa não era tão longe da escola, nós seguimos uns quatro metros na mesma rua, que tinha a calçada cheia de pedras soltas, como se alguém o tivesse quebrado, depois de andarmos mais um pouco viramos a direita, era uma avenida grande, tinha uns vinte ou quinze metros de comprimento, só de olhar já fiquei cansado, pois já havia lutado com duas fúrias e um cão infernal, quase de uma vez só, meus ossos estavam doendo, eu sentia minha energia se extinguindo, mas eu continuei, porque sabia que no final de tudo ia valer a pena, me concentrei e então me concentrei em detalhes, a rua havia muitos carros era muito perto da rodoviária da cidade então saiam vários ônibus de lá, havia até uma entrada para o campo que eu tinha visto o cão infernal, o mais interessante é que não haviam muitas pessoas andando a pé, o tanto de gente que passava na rua, estavam, na maioria das vezes com algum tipo de transporte, bicicleta ou motos, tinha até um garoto que estava vindo da minha escola que estava andando de skate, na verdade eu tinha a impressão que só eu e Breno andávamos por aquele lugar, como zumbis capengando por uma rua cheia de carros, continuamos seguindo em frente, eu olhei para minha esquerda e vi um restaurante, era bonito, parecia ter uma comida agradável, só depois de ter olhado aquele restaurante eu me dei conta de que eu estava com fome, eu havia saído seis e quarenta e cinco de minha casa, e naquele dia eu não tinha lanchado na escola, estava morto de fome, olhei as horas no meu Galaxy Ace, já era meio dia e quarenta, o tempo tinha passado num pulo desde que saímos da escola, eram onze horas quando saímos de lá, parece que quando você está lutando com monstros que podem te matar a qualquer momento você fica entretido, e acaba perdendo a noção do tempo, mas até que enfim estávamos chegando perto de minha casa, viramos numa esquina para a direita, havia um bar, por um instante eu achei ter visto um homem grande e robusto, mas havia alguma coisa diferente nele, ele tinha um olho? Isso mesmo, o homem no bar tinha um olho, bem no meio da testa, eu nunca tinha visto algo parecido, por algum motivo, eu sabia que aquele homem era um ciclope, e pelas aulas de história, eu lembrava que alguns ciclopes não eram muito legais, eu não fiquei com medo, mas tive vontade de ir lá e brigar com aquele ciclope, mas ele podia ser bonzinho, então eu preferi não criar problemas, nós continuamos seguindo em frente, ainda em silêncio nós viramos mais uma esquina a direita, era uma rua um pouco incomum para morar, porque eu morava nos fundos de um sobrado, a rua que estávamos não era uma rua de bairro comum, era uma rua comercial, tinha até um supermercado a uns seis metros da minha casa e por isso passavam muitos carros por lá, não haviam crianças ou adolescentes brincando ou conversando ou fazendo algo do tipo, era apenas uma rua comum com adultos e pessoas que iam até o supermercado, mas enfim eu me sentia muito aliviado, pois já havia chegado até minha casa e agora tudo seria esclarecido, nós estávamos no portão de minha casa, era um portão grande, bege, com um dois ou três metros de altura, com alguns espaços que davam para ver os dois carros que ficavam lá dentro, mas era uma pena porque nenhum dos carros era de minha mãe, nós ainda andávamos a pé pra todo lugar que tínhamos que ir, até então estávamos em silêncio, quando Breno disse:
— Pedro, nós chegamos até aqui, não sabemos o que nos aguarda dentro de sua casa, vou logo te adiantar, sua mãe pode não estar lá. — Disse ele com pesar nas palavras.
— Breno, você está falando sério cara? Se você acha que algo aconteceu, diga logo, eu não quero me decepcionar!
— Pedro, provavelmente nada aconteceu! Mas é uma suposição, quero que você esteja preparado, agora vamos parar de enrolar, abra o portão e vamos ver o que aconteceu! — Ele disse num tom que era possível, perceber que ele queria mudar de assunto, eu também achei que não seria algo confortável para se conversar, então fiz o melhor que pude no momento, abri minha mochila, e peguei meu molho de chave, eu tinha a chave do portão da frente e da porta da sala, então peguei a chave e olhei para Breno, e depois fui até o cadeado e girei a chave, o cadeado se abriu e nós entramos, estávamos na garagem, eu fechei o portão e nós seguimos pelo corredor que ia até os fundos, no começo do corredor ao lado direito era a casa da vizinha da frente, ao todo eram três casas no terreno, andando uns dois metros pelo corredor, havia um mini campo de futebol que pertencia ao filho da vizinha da frente, que nunca fora fã de se relacionar comigo, então a uns três metros a frente havia a casa da primeira vizinha dos fundos, era um sobrado alto, com uma sacada que tinha vista de frente para o mini campo de futebol da vizinha da frente, então nós viramos a direita e chegamos em minha casa, era uma casa humilde, uma janela que dava de frente para um plantação de jabuticabas e acerolas, era o tipo de lugar que você não gostaria de estar num sábado de manhã, os pássaros paravam lá para tomar um café da manhã, e ficavam assobiando a manhã inteira, o resultado disso era simples, eu acordava cedo num dia de sábado, virando a esquerda estava a porta da sala, eu me surpreendi, minha mãe estava sentada na sala, nos esperando, por algum motivo ela já sabia de tudo, então Breno disse:
— Senhora Lucia, já está na hora, Pedro deve partir, mas eu acho que antes de tudo, ele quer fazer algumas perguntas.
Depois disso, eu fui correndo abraçar minha mãe, eu nunca tinha a abraçado de tal maneira, era um abraço de quem não tinha visto a mãe fazia anos, eu nunca tinha ficado tão alegre em ver minha mãe, então eu logo perguntei:
— Mãe, você está bem? Preciso que me conte essa história toda, você sabe o que eu quero que você fale!
— Pedro, eu estava com muitas saudades de você! Da próxima vez, fale para seu sátiro Breno avisar que você está bem, quase morri do coração! Pedro, eu sei o que você quer saber! Você tem que saber que seu pai não te abandonou, logo após que você nasceu, seu pai ficou alguns meses junto comigo cuidando de você, mas eu não sabia que ele era um deus do Olimpo, eu sei quem é seu pai, mas no seu aniversário de doze anos, ele pediu que para sua própria segurança, eu não deveria contar para você, nem para ninguém que ele era seu pai, filho, me perdoe, mas eu jurei pelo rio Estige, não posso fazer nada a respeito. Isso é tudo que aconteceu, todos estes anos, eu venho tentando te proteger desses monstros horríveis, infelizmente eu consigo vê-los, mas não posso fazer mais nada, eu sempre te escondi, mas agora fica mais difícil, já que você está com doze anos e está quase do meu tamanho, o seu cheiro de semideus fica mais fácil de reconhecer, os monstros começaram a aparecer com mais freqüência, eu acredito que você é especial Pedro, você vai ajudar a salvar o mundo, eu tenho certeza absoluta disso, eu sei que você não vai me desapontar! Mas agora precisamos ir.



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