Histórias Do Olimpo: A Fúria De Hades escrita por Gustavo Henrique


Capítulo 1
O Começo nada interessante para mim


Notas iniciais do capítulo

Se quiserem me dar idéias para o segundo ou o terceiro, estarei disposto a ouvir todos vocês!



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UM

O COMEÇO NADA INTERESSANTE PARA MIM

Nada como uma boa história para nos divertir, ainda mais num país como o Brasil, onde as lendas e histórias são sempre tratadas como mitos e “histórias de crianças”, mas se quer a verdade, preciso lhe dizer, essa história não tem nada de interessante, nada mesmo, pelo menos para mim que tive que viver tudo isso, mas, então vamos para a história.

Sou um garoto aparentemente “normal”, tirando meu TDAH e minha dislexia, acho que sou um garoto normal, tenho 12 anos, e até hoje não conheço meu pai. Não disse meu nome, meu nome é Pedro, vou tentar me descrever, tenho 1,70m sou magro mas como demais, não tenho muitos amigos, mais quando digo que não tenho muitos amigos, eu estou falando sério, não tenho NENHUM amigo, a única pessoa que consegue falar comigo sem dizer que sou estranho é um garoto chamado Breno, que já repetiu a 8ª série 2 vezes, então é o tipo de garoto robusto e que sempre está com uma touca, ou com uma calça bem grossa, a única vez que vi ele sem a calça, foi um pedaço de sua perna, que alguns garotos valentões resolveram levantar no meio do recreio, sua perna era muito peluda, muito peluda mesmo, você já deve ter visto atores como Tony Ramos, que tem o corpo bem peludo, mas esse Breno, tinha duas vezes mais do que ele, mais eu deixei passar, não ia perguntar para o cara porque ele tinha tantos pelos na perna, podia acabar chateando ele ou até mesmo perdendo o contato com a única pessoa que poderia falar comigo na escola, então preferi ficar só pensando nisso do que perguntar para ele o que ele tinha na perna.

A escola é um lugar difícil para pessoas com TDAH pois eu já havia saído de duas escolas da cidade de São José dos Campos, uma delas foi o Poliedro, depois fui colocado no Objetivo, e atualmente estou na Áurea Cantinho Rodrigues, e arrumo muitos problemas na escola, problemas do tipo, apanhar na escola, e acabar jogando um aluno contra a porta de uma sala e depois ninguém mais me encontrar naquele dia, e só lembrar de algumas coisas como sair correndo e aparecer em casa, mais essa semana tem sido muito mais estranha do que todas as outras de minha vida por que coisas estranhas tem acontecido.

Minha escola é antiga, com um corredor grande em baixo, uma escada e uma rampa que vão até uma praça suja, onde ficam vários pombos e alunos que namoram naquele lugar, tínhamos até uma arvore no meio da praça, subindo mais acima na rampa, tem um pátio, com varias mesas, e um palco que por sinal só foi usado uma ou duas vezes naquele ano, nesse pátio tem um corredor grande que se estende até a quadra e a diretoria, com 4 salas que temos poucas aulas e uma sala que nunca deixam a gente entrar, e ninguém sabe o que tem lá dentro, nem mesmo Breno que estuda desde a primeira série na escola. Eu estava na aula de Português sentado ao lado de Breno, porque ele havia perdido seu livro e a professora obrigou-o a sentar do meu lado, mesmo quando ele queria chorar porque ela disse que ia ligar para seus pais, mais falando a verdade ouvi algumas histórias sobre Breno, que ele morava na rua e que seus pais haviam morrido, eu já tinha percebido que ele tinha um cheiro estranho e que sempre estava com as mesmas roupas, mas como eu nunca fui uma pessoa de julgar as outras, eu não ligava para essas coisas em Breno porque ele era um bom amigo, do tipo que te defende quando você está apanhando, quando a professora saiu para ir ao banheiro Breno me disse:

— Cara, sinto que alguma coisa não está bem, alguma coisa nessa escola — A professora interrompeu. —

— Breno, JÁ PARA FORA DA SALA, e você Pedro, venha aqui fora comigo!

...

Agora é a parte em que posso dizer, as coisas estão ficando estranhas, eu e Breno saímos da sala seguindo a professora, eu achei que ela ia brigar comigo e com Breno, mas ela fez uma coisa pior, ela fechou a porta e olhou com seus olhos penetrantes para mim e disse:

— Sr. Pedro, estamos te procurando a muito tempo! — Disse ela num tom suave. — Pedro Precisamos ir — Quando ela falou, não fiquei com medo mas havia alguma coisa em sua voz, ela não era humana, podia até ser humana mais era como se você pegasse um saco de plástico e começasse a amassar e quando você amassava as palavras saíssem, mas eu não tive muito tempo para pensar, porque de repente vejo minha professora de Português virando um monstro, de uns 2 metros de altura com duas asas enormes como as de um morcego vermelho, e olhos pretos como grafite, negros e brilhantes ao mesmo tempo que eram penetrantes. Até então só tinha visto Breno me defender com palavras, mais nesse dia vi o menino estranho que repetiu de ano 2 vezes, pegando um porrete de madeira de dentro da mochila, e acertando em cheio o monstro que na mesma hora virou pó.

Não era pó comum, como esse que a gente vê em livrarias antigas e até mesmo em nosso quarto, era um pó muito diferente ele era brilhante como ouro aquele pó não se parecia com nada que eu já tivesse visto em minha vida aquele pó se parecia, com ouro ralado ou ouro em pó, foi isso que eu vi espalhado pelo chão, mas eu não tive muito tempo de ver o que era aquilo, porque quase no mesmo instante o pó foi levado pelo vento.

Agora, se há uma coisa que não entra na minha cabeça, é como Breno escondeu um porrete de madeira o ano todo dentro da mochila, porque logo após o monstro virar pó ele me disse:


— Pedro precisamos ir embora o mais rápido possível, temos que aproveitar que a aula está acabando, e dar o fora daqui porque se você continuar aqui, provavelmente as coisas vão ficar muito piores!


Não sei se você já teve a oportunidade de escutar alguma história estranha que parece falsa, como as histórias do folclore brasileiro, mais o que Breno me contou foi, que todas as Histórias que havíamos ouvido sobre mitologia grega não eram apenas “Mitologia” mais sim a realidade atual, ele disse que ainda nos dias de hoje os deuses do Olimpo vinham até a terra e tinham filhos e filhas com mortais, e esses filhos eram chamados de semideuses, ele disse que eu não conhecia meu pai, porque meu pai era um deus do Olimpo, mais que ele não sabia quem era meu pai, só sabia que era um deus.




Depois que ele contou tudo isso, me dei conta que já estávamos no portão da escola, quando de repente a Diretora aparece e nos pergunta:

— O que os senhores estão fazendo esta hora fora da sala
a aula só acaba daqui 10 minutos! —

Breno sorriu para mim e eu disse:

— Sra. Carmen, hã... Nós fomos dispensados pela professora Jane, de português ela disse que já podíamos ir embora, já que tínhamos terminado todas as nossas atividades!

—Hã... Podem ir embora, o que eu ia fazer mesmo?
Meninos, vocês lembram pra que direção eu estava indo? — Disse ela num tom suave como se estivesse convencida, nem precisamos responder, ela foi correndo de volta até a diretoria, e nos deixou falando sozinhos na calçada da escola.

Antes que eu pudesse perguntar algo sobre isso, Breno me disse:

— Nossa cara, como você fez isso?
— Eu não sei, apenas falei com ela e convenci! — Eu disse isso num tom tranqüilo, mas estava impressionado.



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