O Vírus Misterioso escrita por Tokii


Capítulo 4
Capítulo 3




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Os Drowzees vinham para cima de nós furiosos. Eu não sabia o que fazer, nunca havia estado em uma batalha pokémon antes, muito menos com pokémons zumbi com força sobre-pokémon! Claro que o cheiro de putrefação vindo as feridas abertas dos Drowzees não ajudava em nada na minha concentração. Eu achei que fosse morrer ali mesmo. Que ótimo, havia começado minha jornada pokémon a uma hora e já ia pro brejo? Que decepcionante.

– Eevee, use Sand-attack! – Gritou Karen.

O Eevee dela virou a traseira para os Drowzees e começou a mexer as patas traseiras como se fosse sair disparado de lá, mas não saia do lugar. Então uma nuvem de areia, poeria e terra começou a se levantar, encobrindo nossa visão e tomara que a dos Drowzees também.

– Peter, vamos sair daqui – Disse Karen.

Bom, nós tentamos, mas eu não conseguia mover um músculo e Karen também parecia paralisada. Eu não sabia o que estava acontecendo, era como se alguma força me impedisse de correr, mas não havia nada. Então, entre a poeira levantada os Drowzees começaram a chegar perto. Eles estavam todos com os dois braços levantados no ar, bom, todos menos um, e seus olhos emitiam um brilho azul, que quando posto em contraste com os olhos vermelhos, dava uma cor roxa aos olhos.

– Peter. – Gemeu Karen. – E-eu não consigo me mexer...

– Eu também não... – Respondi. – O-o que é isso?

Os Drowzees estavam bem próximos de nós e eles tinham um olhar maligno no rosto. Era mais como se eles não quisessem nos arrebentar, como outros pokémons infectados que eu já havia visto, mas como se quisessem nos torturar até uma morte lenta e dolorosa.

Um deles se aproximou de Karen, eles tinham quase a mesma altura que ela, variando um pouco pra cada Drowzee. Ele ergueu aquele projeto de tromba de elefante que os Drowzees tem e começou a passar no rosto de Karen, que gritava sem parar, mas Drowzee gostava de vê-la sofrer. Eu tentava de tudo para tentar me mexer, mas não adiantava em nada, meus músculos não obedeciam. Então eu vi Pikachu, parado do meu lado e me olhando com um olhar bem assustado. Me perguntava se ele conseguia se movimentar. Os Drowzees estavam tão entretidos em "brincar" com Karen que essa era a minha chance.

– Pikachu, você consegue se mexer? – Sussurrei.

Ele assentiu com a cabeça. Já era um começo. Eu não podia pedir que ele atacasse os Drowzees, imobilizado daquele jeito eles iriam me matar, certamente. Então tive uma ideia.

– Pikachu, use Thundershock em mim. – Mandei, sussurando ainda.

Pikachu achou estranho a príncipio, mas ele assentiu minhas ordens e usou Thundershock em mim. É difícil descrever como é ser eletrecutado por um Pikachu, mas o melhor jeito de descrever, foi com o que eu fiz na hora:

– Aaaaaaaaaah! – Gritei, chamando a atenção de todos os Drowzees e assustando Karen. – Aaah... Ai!.. Au...

Aos poucos, fui sentindo meus músculos voltando e eu podia me mexer de novo. Mas, por outro lado, os Drowzees deixaram Karen de lado e vieram pra cima de mim. Eles chegaram bem perto e um tentou encostar em mim com aquelas trombas nojentas, mas eu dei um soco no rosto dele. É, eu soquei um pokémon, me processo por violência animal.

– Pikachu, use Thundershock mais uma vez! – Comandei.

Pikachu deu um pulo e suas bochechas começaram a brilhar. Uma onde de raios percorreu toda a área e atordou os Drowzees. Não foi muito, eles logo voltaram a si, mas foi o suficiente para que Karen se libertasse de seus poderes psíquicos.

– Agora, Karen! Vamos sair daqui! – Gritei, apontando para o Sul.

Os Drowzees ainda estavam meio atordoados por causa do Thundershock e seus movimentos eram mais lentos. Quem é que está com os músculos ruins agora, seus Drowzees de uma figa?! Nós passamos pelos Drowzees, empurrando eles e corremos em direção sul. Corremos até não conseguirmos mais. O problema? Sem perceber, fomos parar em uma floresta. Até onde eu sabia, estavamos na Floresta Ilex.

Era uma floresta bem sinistra, as árvores eram bem altas e de troncos bem grossos e as copas das ávores deixavam pouca luz entrar, deixando o lugar bem sinistro. O mato, que já era alto fora da floresta, agora chegava até o meu umbigo, só se via as orelinhas amarelas do Pikachu naquele mato, Eevee havia desaparecido completamente no meio do matagal. Chamamos os pokémons de volta para as pokébolas e continuamos andando. Não parecia que os Drowzees haviam nos seguidos.

– Cuidado, Karen. – Avisei. – Essa floresta deve ser o lar de muitos pokémons.

– Tá bom. – Respondeu ela. – Vou mantêr cuidado.

Andamos por uns metros e então percebemos uma caminho de grama batida, como se algo tivesse passado por ali. Como era muito fácil se perder naquela floresta fechada, resolvemos seguir essa trilha, como ponto de refência. Sim, sabiámos que podiamos estar indo direto para a morte, mas era o único jeito de não se perder.

Não sei por quanto tempo ficamos seguindo aquela trilha, era difícil dizer, já que não dava para ver o sol de dentro da floresta. Mas depois de algum tempo, começamos a ver teias de aranha nas ávores. Eram teias grandes e difícil de não se ver, então desviavamos delas com facilidade. Não havia nenhum pokémon ali, ainda bem.

– Peter, você tem certeza de que é uma boa ideia continuar seguindo por essa trilha. – Perguntou Karen. – Tenho uma sensação de que o que fez essa trilha foi o mesmo que fez essas teias enormes.

– É arriscado, mas é o único jeito de não nos perdemos nessa floresta. – Respondi.

Enquanto seguíamos a trilha, passamos por uma espécie de casa de madeira. Mas era pequena demais para ser uma casa de verdade, talvez fosse um abrigo construído ali para abrigar os pokémons da floresta. Mas ela estava toda caída e a madeira toda roída. Não paramos para prestar muita atenção, achamos que era algo trivial. Conforme andavamos as teias iam ficando mais frequentes. As coisas ficaram sinistras mesmo quando começamos a ver cadáveres de pokémon. Haviam alguns Caterpies e Weedles sem cabeça e alguns Kakunas e Metapods, onde só restaram as cascas e a "polpa" havia sido comida. De novo, o cheiro de carniça era muito forte no ar, mas eu não tinha certeza se era por causa dos pokémons semi-comidos ou se havia pokémons infectados.

– Eu não suporto essa cheiro. – Comentou Karen. – Ele é muito forte! Peter, vamos voltar, por favor... – Pediu.

– Tudo bem, eu acho que não tem pro... – Algo pegou a minha perna nessa hora.

Não vi o que era, mas eu cai de cara no chão e só consegui ouvir Karen gritar em desespero. Enquanto isso, eu era arrastado com velocidade para longe dela, ouvia seu grito ficando distante enquanto o mato e os galhos arranhavam meu rosto confome eu era arrastado. Eu tentava me segurar no chão, mas não conseguia, estava sendo puxado muito rápido.

Eu não sabia o que fazer, estava tudo acontecendo muito rápido. Tentei tirar a pokébola do Pikachu do bolso e chamá-lo para fora, mas um galho bateu no meu braço e eu a deixei cair no meio da floresta.

– Pikachu, essa não!! – Gritei. – O que tá acontecendo aqui!?! Me larga!!

Foram as últimas coisas que eu consegui dizer antes de trombar com uma pedra e desmaiar. Depois disso, não lembro mais de nada do que aconteceu.


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